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História Radioactive - Let Me Love You - Ascensão e queda de um anjo - Parte 2


Escrita por: KWhite

Notas do Autor


Eu dividi esse capitulo em 3 partes.
A ultima parte ainda vem.

Capítulo 49 - Ascensão e queda de um anjo - Parte 2


New York, New York – 1 de agosto de 2011 – Instituto de New York.

Selena Clost  

Eu nunca pensei nisso.

Esse era o problema, eu nunca penso em nada.

Pensar ou agir?

Duvida cautelosa.

Chacoalho a cabeça tentando parar de pensar, ouço alguém me chamar e olho para trás vendo o despertador da Isabelle, a hora marcava 10 horas da manhã. Puta merda, eu dormi demais. Corro até o guarda-roupa e pego o vestido preto curto, uma camisa com mangas compridas da mesma cor que o vestido e meias calças escuras e um par de sapatos altos preto. Retiro o meu pijama, visto as tais roupas que separei e arrumo a maquiagem e o cabelo, ponho a pulseira no braço e a estela no bolso do vestido.

Saio do quarto, olho para Clary que me esperava do outro lado do corredor e caminho um pouco mais rápido até chegar a ela e ando para fora do corredor com ela. Todo mundo trabalhando, tudo movimentado como previsto. Valentine está poderoso com um exercito como qualquer vilão faria, como qualquer vilão diria. Exercito não é o que torna um vilão forte, é a sua inteligência. Se você tem o exercito clichê, é a prova que você não consegue fazer nada sozinho, não importa o quão é o tamanho

Inutil.

Isso que você se declara a ser quando se está com um exercito, infelizmente todo vilão de livro faz isso, até Hitler fez essa besteira. Deixou todo mundo fazer o que ele mesmo deveria fazer sozinho e ele só deu ordens e ordenou suas próprias concepções e espalhou mentiras e ódio como todo idiota a fiel a algum elemento criado por humanos e acreditando que aquilo é verdadeiro sem ter certeza e gerando guerra desnecessária. Se penso que são todos os livros? Não, não são até porque odeio generalizar. Só apenas livros que se dizer ser sobre Judeus somente.

No caso de Hitler: Teoria sobre os Judeus que o fez acreditar que Judeus são superiores que alemães em alguns livros que não eram muito reais com os fatos e detalhe: Ele não era alemão e nem Judeu, mas olha no que deu. No caso de Valentine eram as regras da Clave, ele acreditava que a maioria das regras criadas pela Clave, não eram leis de Raziel. As leis da Clave oferecia acordos ou seja traduzindo: Palavras que compraram os submundanos para garantir paz e não guerra e imunidade para matar nephlims e sair ileso.

Claro que alguns submundanos mereçam alguma punição, mas não pena de morte como Aloysius Starkweather sugeriu e nem torturas graves como Imogen Herondale sugeriu. A Clave precisa se impor, senão acaba gerando mais Valentines da vida: Mais idiotas que acreditam que se tem um exercito clichê babaca e com um bando de seres idiotas que seguem seu teorema maluco, acaba dominando o mundo.

Eu mexia pelo painel junto com Clary para ver se havia mais um sinal de Valentine ou dos idiotas do ciclo. Eu nunca tive medo do Valentine, mesmo sem saber quem era ele. Valentine é só mais um Hitler da vida, apenas mais um Lúcifer da vida. Apenas mais um que tentou dominar o mundo, mas não conseguirá.

— Alec ligou para o Magnus, ele está vindo para cá trazendo novidades sobre o livro branco. – disse Clary

Até que emfim.

— Está louca para acordar sua mãe, não é mesmo? – deslizei meus dedos sobre os painéis de mesa e sorri para ela – Ela deve ser muito importante para você.

— Estou. Ela é muito importante para mim, ela é tudo que tenho além do Simon e um irmão que eu nem sabia que existia. – ela sorriu enquanto via a lista das ruas de New York.

— Eu também achava isso, achava que Max, Alec e meus pais eram minha única familia até que um dia apareceu um casal de mundanos e dois feiticeiros e trouxeram a Selena para nós. Eu nem sabia que ela existia até ela vir aqui, a mamãe é super ocupada em Idris e nunca nos contou sobre ela. Só soube que disseram que ela estava morta.

— Você não sabia que Selena existia? – ela levantou a cabeça – Como lidou quando ela chegou aqui?

— Não, eu não sabia dela. Fui bem receptiva, o instituto nunca foi de receber muitas garotas graças a falta do Calice Mortal. – abri a rua do colégio de arte no mapa com os dedos - Sempre que podíamos contávamos uma com a outra, somos os últimos Lightwoods daqui, acredite o histórico de Starkweather e de um Lightwood não é muito bom, até os Herondales são complicados. – olhei para ela e ri – Um dia você aprende sobre isso melhor.

— Esse negócio todo de família por aqui é bem complicado. – ela riu. – Na vida mundana não muda muito.

— Pois é. Aqui são muitas famílias como os Starkweathers, Herondales, Branwell, Lightwoods, Fairchild, Gray, Garroway e entre outros. Cada uma delas tem sua complicação e fama, tem que aprender desde cedo. O que temos em comum? Lutamos para viver e matamos e morremos todos os dias.

— Entre mundanos... – ela pausou – não dá para encontrar nada em comum, todo mundo é separado por diferenças e rótulos.

— Bom, eu não te digo que Idris é a maravilha como nos Deuses lá em Athena, na Grécia. Até porque é mentira, em Idris nossa cidade sagrada não há rótulos para nephlins somente para Submundanos e os nephlims são cruéis com os poucos novatos que surgem. Bom tomar cuidado, Clary.

— Se é o que fala... Tudo bem. – disse Clary

Olhei para o lado, vi Alec e Magnus andando pelo corredor e rapidamente desfaço a mesa do mapa deixando ela limpa e livre de magia. Eu não quero ser mente suja, mas Alec anda dormindo com Magnus e eu certamente imaginei o que fazem, imagino o quanto fazem barulho em suas “festas.”

Eles estão se amando, estão se divertindo e o Alec está feliz, está finalmente feliz. Brian deve ouvir muito isso, ele é sortudo por “presenciar” o amor do meu irmão e meu melhor amigo. Não to dizendo que o Brian vê isso, eu quero dizer que ele ouve isso. Sim, eu estou maluca e orgulhosa do Alec.

— Acharam alguma coisa? – perguntou Alec com as mãos para trás.

— Não. – esbocei um pequeno sorriso sem mostrar os dentes – Mas primeiramente Bom Dia né?

— Bom dia, algum sinal do Jace? – Alec pergunta novamente e neguei com a cabeça. – Tentei rastrear ele e não consegui.

— Bom dia. – sorriu Magnus – Nem precisa rastrear ele, nem sempre magia funciona.

— Vamos focar no livro branco e assim que encontramos, focamos em mandar mensagem para o Jace para ver se atrairmos ele até onde estamos. Quem sabe ele desiste de ir atrás do Valentine.

— Eu concordo, eu faço qualquer coisa pela minha mãe. – disse Clary

— Sendo assim, eu recolhi umas coisas da casa do meu velho amigo Ragnor Fell – disse Magnus pondo tudo em cima da mesa com magia – Vamos ver se alguma coisa ajuda.

Ragnor Fell.

Eu devo tudo a ele, foi ele quem me disse quem eu era.

Olhei cada objeto, tava na cara que nenhum desses ajudaria. Observo Clary pegar um marcador de livro antigo, ela olha para o mesmo em mãos e entrega o mesmo para o Magnus, ele rastreia e pela cara eu sei que não é nada bom. Magnus e Dexter eram os únicos que sabiam que eu estava usando Clary e Isabelle para garantir a vida do Brian.

— O que foi, Magnus? – perguntou Clary.

— Eu sei onde está o livro branco. – disse Magnus.

— Onde? – disse Alec cruzando os braços. – Leve nos até lá.

— Olha, não é muito fácil. – disse Magnus.

— Magnus, diga onde está e com quem está.

— Está com a Camille. – a voz de Magnus soava horrorizado. 

— Você foi muito útil. – ironizei – Quer dizer que o livro branco está com sua ex namorada?

Ele olhou para o marcador com uma cara nada agradável e em seguida, ele assentiu com a cabeça afirmando que o livro estava com Camille. Jocelyn, tanto lugar para você esconder isto e escolhe justo para ficar com a pessoa que menos queríamos papo: Camille Belcourt. Não é que eu não goste dela? Até que gosto dela em algumas coisas que ela fala. Mas Camille não é qualquer vampira, ela era A vampira e se eu achava Kayra e Charlotte cruéis isso porque eu não conhecia o nível de maldade da Camille.

Sempre penso que Kayra é cruel, apenas olho para Camille e logo esqueço, mas ao meu ponto de vista ela é fria, uma ótima jogadora de sentimentos, ela brinca de pingue – pongue de relacionamentos, seu twitter mostrava mentiras dizendo que estava com amigas, mas os olheiros do submundo como os tolos seelies sempre a viam com outras pessoas ou seja com outros rapazes, ela podia ser filha da Camille, ambas são bonitas e espertas.

Camille? Como posso descrever Lady Belcourt? Lady Belcourt, ex-baronesa de Londres e ex-servente da Corte Francesa nos anos de 1500 e 1600, também foi namorada do Magnus Bane, foi amante do rei Henry Valois o rei da França, também teve rolo com o filho bastado do rei que também se chama Sebastian Valois e foi babá da filha da rainha da Escócia.

Como sei disso? Magnus me contou tudo sobre ela, a história de Camille é complicada e fora que Camille ama uma droguinha nas veias, tanto que já foi encontrada doida em festas. Não a condeno, Camille vive mais do que qualquer um. Quem me dera ter histórias como ela já teve, mas sou uma mera mortal correndo contra o tempo que não quer ser conhecida por simplesmente fazer a diferença, eu não quero ser uma rockstar, não quero lotar estádios, não quero ser alguém comum.

“Fulano lotou estádios e quebrou não sei quantos recordes mundiais” Tá idai? Você viveu ou só preencheu espaço por ter se matado de trabalhar e ainda não ser reconhecido? Viver é muito mais do que isso, é muito mais do que ter dinheiro em mãos. Viver é mais do que trabalho e recordes, significa apenas ter lembranças maravilhosas e se orgulhar de cada uma delas, é o que eu digo todos os meus dias ao meu irmão Maxon e ele concorda comigo.

Ele se mata de trabalhar, ele faz músicas incríveis e ele nunca teve esse objetivo de viver quebrando recordes, ele trabalha porque ele ama seu trabalho. 400 músicas gravadas e compostas, ele vive no estúdio e apenas 20, ele escolhe pro álbum dele e o resto fica descartado, o que é uma pena. Ele quebra recordes e lota estádios porque todo mundo conhece sua alma, seu jeito, seu coração e amam quem ele é. Ele vive bem assim como eu.

— O que estão esperando? Temos que ir atrás da Camille.

— O duro é saber onde ela está, para onde o Raphael a levou. – disse Clary.

— Dumort. É lá onde eles abrigam suas criaturas, seus escravos e seus subjulgados, provavelmente no porão do dumort ela deve ficar lá trancada em seu caixão. – disse Magnus.

— Eu e Alec já fomos no Dumort algumas vezes para investigação por causa do pó de fada e sangue mundano. Deve ser fácil achar, aquele lugar está destruído e cheio de sangue por fora, já por dentro sempre foi luxuosa por causa da Camille e o Dumort nunca foi reformado inteiramente e nunca foi um hotel grande e maravilhoso como a Trump Tower.

— Tem razão. Quando fomos resgatar o Simon, foi fácil achar pelo rastro de riqueza dela. – disse Alec.

Os olhares do Alec nesses tempos para Clary não eram os melhores desde que ela chegou aqui, Clary é apaixonada pelo Jace agora e eu e Isabelle sabemos o quão ele é apaixonado pelo Jace. Alec implica com Clary desde que ela chegou aqui. Mas eu sei que no fundo ele adora ela como todos nós adoramos.

— Camille sempre foi de se exibir dentro do Dumort com riquezas, sempre excêntrica e deixa tudo exposto, traduzindo é algo nada inteligente de sua parte. Mas o local onde Camille esconde os caixões dos novatos é no primeiro andar no último quarto. – disse Magnus.

— Como entraremos lá? – pergunta Clary.

— Eu tenho um plano. Alec acorde o Max e peça para ele descer até aqui.

— Tudo bem. – disse Alec

Alec se retirou indo em direção ao quarto do Max.

— Vai chamar a Selena? – perguntou Magnus e quase que arregalei os olhos na frente dele.

Eu fechei os olhos e suspirei fundo.

— Não, deixe-a quieta. Ela já está abalada demais com o desaparecimento do próprio namorado. Eu dou conta disto, não quero que ela surte ou tenha trabalho demais.

— Se você diz... Por mim, tudo bem. – disse Magnus mexendo os ombros.

Ah, por Raziel! Magnus quer me entregar agora? Quer me ferrar agora? Eu sei que ele não aprova a maior merda da minha vida, o meu maior risco da minha vida e talvez o ato mais egoísta e sujo que eu tenha feito. Eu estou prestes a salvar a vida do meu namorado, podia ser a vida de qualquer um que salvamos junto com o Jace todos os dias. Eu faço de tudo por aqueles que eu amo.

Max acaba de chegar com aquela calça moletom cinza, cabelo bagunçado e camisa regata branca ao lado do Alec que já tinha seu traje preto de combate pronto.

— Conte-nos o plano. – disse Alec.

— Alec fique de vigia na porta do Dumort junto com o Max, eu e Clary vamos dar uma passadinha para conseguir um caixão na funerária, colocarei Clary dentro deste caixão com uma estaca na mão e levarei pro Dumort e avisarei pro Simon ajudar a gente entrar lá e enrolar o pessoal. Assim que entrarmos lá na tal sala que Magnus disse, eu tiro Clary de lá do caixão e ela me ajuda a procurar o caixãozinho da Camille e pedimos a tal informação do livro branco.

— Lá vou eu correr risco de ser papinha de vampiro de novo. – Max bufou – Quando eu irei finalmente fazer algo ao invés de ser vigia?

— Logo, eu prometo.

— É um ótimo e clássico plano. – disse Magnus – Mas tem um detalhe: Camille quer algo em troca, é o que ela sempre pede.

— O que devemos dar em troca? – perguntou Clary.

— Traduzindo o que ela mais quer?

Alec olhou para Magnus esperando uma resposta e o mesmo retribuiu com um pouco de constrangimento e provavelmente iria faltar palavras ao explicar.

— Iremos pensar isso no caminho. – disse Alec já que Magnus não conseguia falar.

— Então vamos.

Saimos perto da mesa, então fomos em direção a porta do instituto e abrimos a mesma, descemos as escadas rapidamente e corremos para direções diferentes. No meio do caminho até a funerária, pego o meu celular do bolso e acesso a agenda buscando o numero do Simon. Aperto em chamada, já estava chamando a ligação e coloquei no ouvido, logo ouvi a voz dele.

— Alô?

— Simon? – perguntei.

— Sim. – ele pausou - Está tudo bem, Selena?

— Não é Selena, é Izzy. – o corrigi – Eu e Clary precisamos da sua ajuda, poderia nos ajudar?

— Claro. Pode falar o que precisam.

— Precisamos que enrole o pessoal ai e diz que tem outro vampiro chegando ai, eu e Clary estamos chegando e precisamos achar Camille, não podemos ser vistas. Alec e Max já estarão na porta do Dumort nos aguardando.

— Achar Camille? Pirou de vez?

— Não piramos. Só descobrimos que o livro branco está com Camille, e aquele livro é o único jeito de acordar a Jocelyn.

— Ok, eu vou fazer o que posso.

Simon desligou a chamada, coloquei o celular no bolso. Clary me perguntou se Simon tinha concordado e assenti que sim. Antes de chegar na funerária, paramos em uma esquina uma calçada antes da funerária e pegamos a estela, combinamos de fazer a runa da invisibilidade uma na outra e então fazemos.

Começamos a correr até a funerária, parecíamos duas meninas prontas para assaltar pela primeira vez um banco. Eu sei que é errado, mas roubar um caixão? Completamente errado, até porque a qualquer momento morre alguém seja ele pobre ou rico e faz muita falta um caixão na funerária, tipo: “Onde irei colocar aquele parente chato que me deu meias em todos os natais possíveis?”.

Caixão.

Significado: É a casa de quem é rico ou pobre que vai debaixo da terra, ou seja é uma caixa onde não pode levar dinheiro, jóias, diamantes e muito menos carro de luxo. A menos que você peça para seus parentes antes de morrer que construa um tumulo do tamanho de carro, e coloque seu caixão lá dentro do carro e simplesmente enterra seu carro junto com você.

Eu nem vou dar idéia, eu sei o quanto os humanos são loucos e vai que fazem isso. Os bandidos acham-se o maximo por roubar bancos, porque não roubam caixões? Ah é, o que fariam com caixões? Não vale nada a eles, só a seus soldados mortos. Roubar caixão é divertido, é a sensação de estar se divertindo.

Entramos na funerária, procuramos um caixão simples e barato que desse para repor. Não deve ser comparado ao caixão que Camille está, mas dava para o gasto para carregar a Clary até lá o Dumort. O Dumort não era muito longe da funerária, então dava para empurrar até lá.

— Que tal esse? – ela virou para mim, perto do caixão – é simples e parece com aqueles que o Simon vê no Dumort.

— Perfeito.

— Vamos pegar um carrinho e colocar o caixão em cima dele. – ela pediu – Ai eu entro dentro dele e você me empurra até o Dumort.

— Beleza.

Vou atrás do carrinho, acho o carrinho no fundo da funerária e empurro até em direção a Clary, olho para o lado, o velhinho recepcionista que dormia no balcão toma um susto com o barulho do carrinho e derruba o telefone no chão e reclama de dor nas costas ao se abaixar para pegar o telefone. Eu e Clary não agüentamos e começamos a rir.

Cara, isso é muito errado.

O velhinho escuta as risadas e começa a ficar louco, dizendo que a funerária está mal assombrada e ouve risadas e simplesmente diz que os mortos que foram enterrados com os seus caixões voltaram para assombrar e para se vingar dele. Os velhinhos e suas loucuras, os idosos tem imaginação mais fértil do que os adultos.

Ajudei Clary a colocar o caixão em cima do carrinho, após o feito empurramos o carrinho até a porta e abrimos a porta da funerária, saímos da funerária com o caixão e abrimos a tampa e Clary entrou no caixão e fecho a caixão, saio empurrando o carrinho até o Hotel Dumort.

Chegando no Hotel, dei de cara com Alec e Max de plantão, Alec sorriu e me entregou a estaca de madeira e então abri o caixão e entreguei a estaca de madeira a ela, ela segurou contra o peito e fechei a tampa do caixão. Entrei no Dumort com o carrinho e Simon diz aos vampiros que se viram para olhar o caixão.

— É só mais um recém-transformado, relaxem. – disse Simon assim que os vampiros se viraram para ele – eu dou conta.

Os vampiros desconfiados se retiram e Simon logo se apressa me ajudando com o caixão até o local onde a Camille está, ele empurra até uma porta sombria e aguardo parada com as mãos sobre o caixão e observando ele abrir a porta, ouço o rangido da porta se abrir e o grunhido do Simon ao abrir a porta, empurrei o carrinho com o caixão e olhei atentamente a sala, não era nada elegante.

Teia de arranha para todo lado, entrei devagar olhando para as paredes escuras e antigas e Simon vai em direção a uma lanterna que tinha do outro lado da sala, parei o caixão em local vago e abri a tampa, Clary se sentou no caixão e tirou a estaca de cima de si e ajudei ela a sair do caixão.

Andei até o Simon que havia encontrado o caixão da Camille, coberto por correntes e elas são rompidas com força e chegamos perto do mesmo, abrimos juntos e lá estava Camille tão linda e parecia que estava dormindo que era um anjo. Só parece ser um anjo, apenas parece;

Clary segurou a estaca bem alto pronta para atacar e Simon a observou com a lanterna para ver se não tinha nenhum truque vindo da Camille. A bela adormecida versão morta – viva acordou e mostrou suas presas mostrando estar pronta para atacar

Dou um pulo para trás de susto como uma criança que está explorando uma casa mal asssombrada do parque de diversões no cais e dá de cara com aqueles monstros de mentiras. Camille começa a gargalhar.

— Se fizeram de tão corajosos, vindo me encontrar. – ela se sentou – Mas no final, são todos medrosos, eu sabia que iriam me encontrar – ela sorriu colocando sua mão sobre sua coxa – O que tanto querem?

— Vou ser curta, grossa e direta. – tomei a estaca da mão de Clary e apontei para Camille – Onde está o livro branco? – ela olhou para nós de forma que não gostou do meu tom.

— Não está comigo. – ela respondeu.

— Como é? – aproximei a estaca para mais perto dele – Como assim não está com você?

— Está comigo, mas não aqui. – ela disse.

— Onde está? – Clary perguntou.

— Em meu apartamento. – Camille respondeu.

— Diga onde fica esse apartamento e me de as chaves. – pedi a ela – Precisamos do livro branco.

— Eu digo e eu também preciso da minha liberdade mais do que o livro branco. - disse Camile

— Tá insinuando o que? Que a gente dê sua liberdade? – disse Clary e olhei ainda mais impaciente para Camille – Sem chance.

— Camille para de enrolar e vai sonhado que irei te dar sua liberdade – debochei – apenas diga onde é merda do apartamento agora e me dê as chaves.

— Então sem livro branco – ela voltava a se deixar no caixão com o braço apoiado na tampa para ela mesma fechar o caixão – não é assim que vocês querem.

Magnus tinha razão. Camille era cheia de joguinhos e esse era um deles, ela gosta de ter sempre algo em troca.

— Espera. – digo enquanto ela já estava na metade fechando o caixão – Vamos dar sua liberdade e nos leve até o livro branco.

— Com prazer. – ela sorriu.

Saimos de perto do caixão enquanto Camille saia do mesmo, mesmo saindo do caixão ela parecia elegante, já eu levantando da cama não soava tão bonito assim. Magnus fez uma ótima escolha na era vitoriana, os súditos franceses também e o russo que Camille teve rolo.

— Ela vai mesmo sair? – Simon falou apavorado – Não, não sem chance. Raphael vai me matar por isso, ele vai cortar lá em baixo!

— Vai. E que escolha temos? – Clary olhou para o Simon – Tem mais alguma idéia?

— Não, mas tem que traze-la de volta antes do Raphael voltar. – alertou o Simon

Camille já estava em pé ao lado da Clary e Simon abriu a porta, saímos da sala e seguimos pelo corredor até chegar aquela sala chique onde encontramos ele quando foi transformado em rato e raptado. Paramos assim que vimos Raphael e o clã vampiresco pronto para atacar.

— Nosso pacto de shadowhunters e vampires acabou aqui. – Raphael já mostrava suas presas – eu já devia saber que vocês iriam nos trair e proteger a si mesmos.

— Eles vieram atrás de algo mais importante do que vocês. – disse Camille sorrindo e Raphael já estava avançando para atacar – Eu sempre soube que comando esse lugar melhor que você, pois é a mim que sempre procuram.

Raphael avança junto com os outros, já estiro o chicote e quebro a parede deixando entrar sol e os vampiros recuarem imediatamente.

— Nunca subestime os shadowhunters, espero que tenha aprendido essa.

Saimos rapidamente daquela sala, corremos em direção a saída para encontramos o Alec e o Max, assim que saímos entramos na van do Simon que estava em local coberto e encontramos os meninos no hall de entrada e fomos em direção ao apartamento da Camille.

Assim que chegamos ao apartamento dela depois de muita escada e um corredor extenso, ela abriu a porta e entramos lá dentro. Era uma biblioteca enorme com uma mesa, eu me pergunto se aquele era o lugar certo, porque geralmente os apartamentos costumam a ser exóticos com moveis comuns como sofá, TV, estante, lareira e etc, eu tenho certeza que Camille não leu metade.

— Bom começarem a procura, existem mais 4 salas nesse mesmo estilo. – disse Camille

Max e Alec começaram a procurar do outro lado da sala e eu e Simon e Clary fomos procurar em outro perto da mesa. Olho livro por livro e não era, Clary achou um livro de receitas da mãe dela, o que um livro de receitas estava aqui? Porque Jocelyn daria um livro de receitas a Camille sendo que ela nem come nada que humanos comem.

— Espera. – disse Clary

Ela abriu metade do livro marcado e pegou a parte do marcador e colou, o livro se transformou, e passou a ser um manual de runas. Tinha explicações, feitiços, runas, palavras, alguns contos em latim como o codex tinha. Voilá, aqui está o livro branco. Max e Alec finalmente pararam de procurar.

— Feitiço de camada para virar livro de receitas, impresssionante. – digo.

Em todo caminho até o apartamento da Camille, Clary ficou no telefone e mal conseguia escultar para saber quem era de tão apressados estávamos para achar o livro branco. A curiosidade bateu de saber quem era. Será que era Jace?

— Onde está Camille? – perguntou Simon.

— Ela sumiu. – respondeu.

— Vamos embora – disse Alec

Olhamos para o canto que não mexemos e vimos um portal se abrir, olhei para o lado e vi Jace vir correndo e desesperado, ele parou assim que vimos o portal se abrir e vimos Valentine sair do portal com aquele sorriso satisfeito e seus homens armados e começar a se aproximar de nós

— Onde está o seu irmão? – disse Valentine se aproximando da Clary.

Clary segurou firme o livro branco, ela olhava para Valentine com tanta raiva tanto quanto Simon.

— Não é do seu interesse. – disse Clary.

— Não se aproxime dela! – disse Simon avançando em Valentine com raiva.

Valentine o segurou pelo braço e o derrubou no chão rapidamente, ele retirou sua adaga para matar o Simon, usei o meu chicote e amarrei sobre seu braço. Ele puxou o chicote e me derrubou no chão, grunhi de dor e Valentine se virou com sua própria adaga apontada para Simon.

— Pare! – disse Jace com adaga apontada para Valentine. – Pare com isso, se não eu mato você.

Eu e Simon nos levantamos do chão e os guardas nos preenderam. Exceto Clary que estava atrás do Valentine com o seu livro.

— Você não teria coragem de matar o seu pai. – Valentine completou – Eu estava protegendo você para quando estivesse pronto e crescido, se tornasse o guerreiro que eu treinei para ser.

— Você me treinou para ser como você. – Jace continuava com a adaga apontada para o Valentine, eu nunca o vi com tanta raiva.

— Eu tenho tanto para te ensinar. – disse Valentine – Seu irmão está aqui por uma razão, lute comigo e assista os seus amigos morrerem.

Os soldados fizeram Alec para ser refém com a arma na garganta como todos os outros estavam.

— Seus amigos o fazem ficar cada vez mais fraco. – disse Valentine.

Jace olhou para mim e voltou a olhar para Valentine.

— Vamos lá, se você quer o livro branco ele está aqui, é o único jeito de para você. – disse Clary.

Valentine se virou para Clary e sorriu para ela.

— Ah Clarissa, você é como sua mãe. – ele deu uns dois passos. – Você faz qualquer coisa pelos seus amigos. – ele levantou a mão e baixou rapidamente - Eu estou tocado. – sua voz se alterou – O livro branco nunca fez parte do meu plano. – colocou as mãos uma em cima da outra na frente do seu corpo. – Eu preciso que você acorde sua mãe e venha comigo com o livro para esta jornada. – Clary segurou mais firme com o livro branco. – Diga isto.

Valentine se virou de volta para Jace.

— Você está pronto? – perguntou Valentine.

Jace abaixou a arma e se aproximou e disse:

— Eu irei com você, mas me prometa que não irá machucar eles. – pediu Jace.

— Você tem minha palavra. – Valentine afirma.

— Isso é loucura. – A agonia de Clary era explicita em sua voz. 

— Me desculpe. – disse Jace.

Valentine foi pegando Jace pelo braço.

— Jace o que você está fazendo? – Clary perguntou e Valentine se virou para olhar para ela antes de ir. – Valentine está errado, você não é como ele...

— Não, Clary. Nós sabemos disso. – disse Jace.

Clary estava desesperada, em choque.

— Guardas soltem os amigos e o levem – ordenou Valentine.

Os guardas nos soltaram e empurraram Jace para dentro do portal. Fomos atrás do Jace, ele simplesmente nos impediu.

— Se afastem, se afastem. – disse Jace já quase engolido pelo portal.

Clary foi até o portal e Alec impediu ela.

—O que está fazendo? – disse Clary

— Salvando sua vida. – Clary empurrou ele - Se você for entrar no portal sem nenhuma direção vai acabar presa no limbo para sempre. – Alec estava segurando ela e então Clary começou a chorar nos braços do Alec.

— Alec, leve-a para outro cômodo – sugeri.

Alec fez o que sugeri e Valentine andou até a mim, oh não ele me reconheceu. Tenho que negar até o fim que sou eu.

— Eu não esqueci, você sabe quem sou e eu sei quem é você. – disse Valentine que passou mão sobre o meu rosto – faz tanto tempo que não a vejo.

— Você não sabe quem eu sou. – estremeci com o seu toque.

— Eu sei, você finge que não é você. Você não é Isabelle, você é aquela gêmea esquecida por Maryse, aquela que eu fiz toda minha mágica e tornei poderosa tão nova. – disse Valentine.

— Eu não sou ela! – gritei.

— É sim. – ele disse e me segurou, me deixando imune e pegou sua estela e passou sobre meu pescoço e gritei de dor – Eu sei que é você, porque eu desenhei isso em você.

Fui Exposta! Exposta igual as tretas da Kim Kardashian e sua família.

Tanam! Pior do que um Sex-tap vazado é ser exposta antes do tempo com sua própria mentira.

— Porque fez isso? Já não criou caos suficiente? – perguntei com tanta raiva.

— Seus amigos não sabiam que era você? Oh, mas que pena. Você é uma péssima mentirosa, vocês são muito tolos em acreditarem nela. – disse Valentine.

— Você não tem idéia porque estou fazendo isso. – eu estava cada vez me alterando – Eu cometi um erro e vim consertar isso.

— Você é uma estúpida, egoísta. Mas você é realmente como eu, seu pai adotivo acertou na criação. Você tem a chance de salvar seu mundano estúpido e você pode ir comigo, junto seremos invencíveis. – disse Valentine.

— Não! – dei um golpe certeiro no guarda e peguei sua adaga, ataquei Valentine. – Eu nunca irei com você, eu não sou você e como Clary disse, você está errado. Você não me conhece.

— Eu te conheço o suficiente para saber que sangue de anjo que eu injetei em suas veias faz anos, você é a caçadora correta e tanto poderosa quanto Clary. – disse Valentine.

— Eu sou uma shadowhunter normal. – disse para Valentine.

— Uma shadowhunter normal faz isso? – ele pega o meu telefone no bolso e passa a estela sobre ele revelando a runa que ajuda os objetos mundanos verem coisas submundanas – Que runa é está? Está runa nem sequer esta no livro branco.

— Eu apenas a fiz. – respondi.

— Nem é Jace e nem é Clary, conseguiu superar as minhas expectativas. – sorriu Valentine. – Uma caçadora que cria runas extraordinárias e por acaso a Clave já viu o que ela faz?

— Não. – respondi.

— É por isso que quero que venha comigo. – disse Valentine.

— É por isso que a resposta continuará sendo não, não vou com você. – continuei firme com a minha resposta.

— Você é quem sabe, a Clave nunca vai dar valor isso e ninguém vai dar. – disse Valentine.

“Você não teria se tornado a caçadora que você é, se tivesse o criado.” – Sebastian

— Eu não ligo. Você e eu sabemos de outra verdade e deixe isso claro que você não é o único que mente para todo mundo! – gritei.

Valentine apenas saiu do local pelo portal me ignorando e me deixando a falar sozinha, as pessoas que estavam ao meu redor olhavam para mim decepcionados com que fiz e Alec saiu de onde estava e veio até a mim, ele parecia decepcionado comigo por eu ter feito essa confusão. Eu fiz pelo Brian, fiz por sua mãe e eu sabia que a Clave não iria me deixar usar o livro depois.

— Nossa mãe quer todo mundo no instituto – Alec pegou uma corda e amarrou minhas mãos – ela quer falar com você, Selena.

Seguimos para fora do apartamento da Camille, descemos o prédio até chegar ao terreo, descemos as escadas da porta e andamos até encontrar o canto onde Simon escondeu a van dele, entramos na van e ficamos todos calados esperando chegar até o instituto. Clary me olhava desapontada e Alec ficou de olho em mim o tempo todo com muita raiva.   


Notas Finais


Está acabando a fic, logo chego em reta final.


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