Acorda, a vida é agora, disse ele.
Como ainda não percebeu que não quero acordar?
Seguro o ar, o encaro por alguns segundos. O chamado Sombra parece mal. E eu, ainda com lenços amarrados nos pulsos, carrego a dor do mundo. Um fio me separa da insanidade. O ar é pesado. Parece que ele também carrega o mundo nas costas. Não tenho soluções. A minha única preocupação é se nós dois iremos suportar. Ele é a razão e emoção, uma mistura tão profunda e singular tanto quanto a minha neurose beirando a psicose; Somos dois maduros, experientes no mundo da dor, mas novatos nesse mundo.
Sinto que não preciso perguntar se tem confiança em mim, seu olhar já diz tudo e eu soube, que era recíproco, quando o fitei nos olhos pela última vez.
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