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História "Rain" - Capítulo único: Rain.


Escrita por: didi-cham

Notas do Autor


Haam.... Oi, caso exista alguém aqui.... Hihihihi <3

Bem, sei que essa fanfic é bem comprida e eu até pensei em dividir ela em duas ou três partes, mas meio que ia quebrar a essência dela, sabe? Eu não sei explicar, então vcs vão ter que lidar com uma one-short com mais de 10.000 palavras. Mas ela vale a pena. Fiquei um século a escrevendo e sempre dei o meu melhor nela, mesmo sendo o meu primeiro Lemon (Mas eu já escrevia hots héteros), eu acho que ele está bom, até. Eu não posso falar nada sobre isso ¬¬
Hhahhahahahha

Bem, um aviso sobre essa fic: Ela foi inspirada em uma música de BTS (Meio obvio, né?) chamada "Rain" (Sério?), mas eu também me inspirei em "Dead Leaves" e na música "The Manual" do Eddy Kim (Que música fofa, G-Zuis), além de várias outras depressivas.
E, se vc é como eu, que fica ouvindo as música K-pop e não K-pop da vida enquanto lê, tenta colocar as músicas Bad, tá? Eu já li muitas fanfics depressivas, pra se emocionar mesmo, com músicas animadas e isso quebrava totalmente o clima. Estou falando por experiencia própria ;-; *Apertando na playlist "hora da Bad"*

E eu quero agradecer a uma pessoa maravilinda, que me ajudou super com a linda capa dessa fanfic e que vai ser uma boa companheira para minhas ideias futuras ><
E, como eu sou meia lerda na vida, eu vou tentar marcar a @httpx aqui, mas como falei antes, eu sou lerda e não sei se isso funcionou ¬¬ (Não 'funfionou, mas a preguiça é maior, então vai ficar assim --w--)
Ela faz capas lindas e o seu mérito é mais do que reconhecido. Muito obrigada <3

E, só para deixar claro: Eu não estou escrevendo essa fic para romantizar o suicídio e já vou falar que ninguém vai morrer nessa poha, só se for de amor e carinho, tá? Mas eu coloquei "suicídio" nos avisos pq é uma característica muito importante para história, então....

Sem mais o que falar... Espero que gostem e que me digam o que acharam, já que essa é a primeira One-Short de BTS que eu escrevo e estou meia apavorada com a reação de vcs.... Então... Bom capítulo <3

Capítulo 1 - Capítulo único: Rain.


 

“Cidade cinza, edifícios cinza, estradas cinza, chuva cinzenta”.
Bangtan Boys - Rain.

 

 

 

 

O céu estava nublado assim como a mente de Jungkook, que estava parado, a bicicleta apoiada próxima a uma grande parede de tijolos, ao seu lado. O vento frio e a chuva não o atingiam ali, escondido entre duas grandes construções, mas o frio e o barulho de carros era o mesmo de sempre, o deixando ainda mais confuso com tudo.

Com o fato de ter que ir embora, até o fato de se ver totalmente sozinho em meio a dor.

Sua mente estava tão cansada, tão abatida e tão pesada que, aos olhos do mais jovem, nada mais valia a pena. Ele não se importava mais. Não mais.

Não depois de descobrir que todos os anos vividos ao lado dele foram simples mentiras. Não depois de descobrir que ele havia o traído e o enganado. O usado e abusado de si.

E, com os olhos negros em mente, os lábios grossos e bem definidos, o corpo baixinho e forte, as palavras frias de Hoseok em mente, dizendo que ele havia o usado para subir na vida, Jungkook deixou, mais uma vez, lágrimas fugirem de seus olhos já vermelhos e inchados.

E, mais uma vez, chorou por ele.

 

 

 

“Com o passar do tempo, nós odiamos aquilo que frequentemente tememos”.
William Shakespeare.

 

 

 

O tempo passou, as estações mudaram, o clima, o tempo, a vida.

O garoto se tornou homem, assim como a inocência se tornou desconfiança com o mundo. Os olhos que antes eram tão brilhantes, agora reluziam a tela do computador a sua frente, mórbidos e foscos.

O Jeon era somente mais um em meio a muitos. Mais um secretario qualquer. Mais um cara pobre e que tinha que trabalhar loucamente para não perder a casa e morrer de fome. Mais um fracassado na vida. Mais um homem qualquer na vida dele. Pelo menos era o que os tabloides e as revistas de fofoca falavam do incrível e belo modelo e ator Park Jimin. Pelo menos era o que o coração de Jungkook sempre soube.

Que nem sempre soube.

- Jeon Jungkook, o presidente que falar com você. – Uma voz foi ouvida, assim como o som de divertimento na mesma. O de cabelos castanhos não se surpreendeu ao ver Hoseok, um de seus ex amigos, sorrir de forma superior.

Ele preferiu Jimin. Como todos os outros.

O Jeon nada disse. Um aceno de cabeça foi o suficiente.

E, sem esperar mais nada, Hoseok seguiu até a sala de seu chefe.

E Jungkook o seguiu, sabendo exatamente o que iria acontecer com ele. Era mais do que obvio, pois a expressão no rosto de Hoseok era a única e principal pista que o outro precisava. 

 

 

 

“Olha, Entre um pingo e outro
A chuva não molha”.

Millôr Fernandes

 

 

 

Agora o som de carros não era assim tão alto. As vozes não eram ouvidas e a música que tocava em seus fones era alta e bela, algo que combinava perfeitamente com a vista que tinha da cidade chuvosa e nublada.

Sempre amou ir ali, observar o céu, assim como observar o horizonte, os prédios, ruas, pequenos parques e as montanhas.

Ele sempre gostou de ir a ponte sobre o rio, ver a vida seguir, enquanto a sua desmorona.

Ainda mais com a chuva caindo sobre si.

Os olhos negros do menino ficavam meio embasados graças a chuva que caia sobre os mesmos, assim como sua franja, agora negra pela água, caia sobre seu rosto. O casaco fino e as calças de jeans não correspondiam ao frio da época, assim como não correspondiam ao corpo magro e estranhamente bem definido.

Talvez, em meio a sua vida monótono e sem graça, ele tenha encontrado o hobby de se cuidar, apesar de não se importar realmente com sua vida.

E isso o fez sorrir.

Um sorriso tão irônico para o seu estado tão deplorável, que chegou a ser mórbido e desolador.

Os olhos negros passavam pelo horizonte enquanto seus pés descalços balançavam de forma infantil sobre o parapeito da molhada ponte. As mãos apoiadas ao lado do corpo enquanto o homem, que estava mais para menino, tentava não pensar muito no motivo de estar ali. Não pensar muito em sua vida destruída e em seu dom de não conseguir mais amar nem ser amado.

Isso era tão...

- Triste... – Jungkook murmurou a si mesmo, sorrindo fracamente, sentindo seus olhos arderem e sua garganta fechar. Mas ele não iria chorar. Jurou a si mesmo que nunca mais faria isso. Nunca mais choraria por coisas tão bobas e fúteis como a sua vida.

E, observando com os olhos marejados um última vez o seu lugar preferido, Jungkook fechou os olhos, deixando um sorriso nascer em seus lábios antes de se impulsionar para frente e desabar contra o rio.

Mas ele não sabia que hoje um certo homem, de lindos cabelos negros e sorriso charmoso, estaria a andar de carro pela ponte. Assim como não sabia que ele o veria e o reconheceria sem nenhuma dificuldade. E Jungkook nunca saberia que tal homem parraria o carro no meio da estrada e correria em sua direção, totalmente desesperado e chocado com o que via.

A única pessoa que amou estava prestes a se matar com um inocente e calmo sorriso nos lábios.

 

 

 

A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais”.
Epicuro.

 

 

 

Estava tudo escuro quando Jungkook abriu os olhos.

Ele estava cansado, o corpo pesado e a mente girando. A boca estava seca e rachada, assim como sua barriga parecia se apertar e sua cabeça prestes explodir. Ele estava mal. Mas a cama era tão macia, o lugar tão arejado e confortável que isso parecia ser tão... Certo em sua mente, que Jungkook nem percebeu que a algum tempo atrás estava prestes a desistir de tudo.

Por que o “todos” não existe em sua vida.

Ele abriu os olhos, piscando várias vezes antes de focar seu olhar no teto branco com um lindo e exagerado lustre. A mente dele não percebeu nada estranho com isso. Não percebeu a falta do mofo e da lâmpada exposta de seu teto.

Ele soltou um gemido sôfrego, virando seu corpo delicadamente. Os olhos seguiram até uma enorme janela ao lado da cama, encontrando a cidade cinza e nublada pela chuva. Era uma vista linda. E isso o fez sorrir de forma estranha, tomado pelo sono e cansaço. Os olhos se fecharam mais uma vez, assim como sua expressão ficou mais calma e o sono quase o invadiu... Mas sua mente, em um baque, percebeu algo estranho.

Os olhos negros se abriram rapidamente, assim como ele se sentou na cama, sentindo os cobertores quentinhos e macios demais para serem os seus. A cama não rangia e os vizinhos não gritavam ou choravam. O cheiro da casa não era desagradável, assim como os cachorros não existiam. Era tudo silencioso e calmo demais. Bom demais.

Olhou ao redor, vendo poucas coisas sobre o enorme cômodo. A enorme cama parecia caber mais de quatro pessoas, assim como todo o lugar devia ser do tamanho do antigo apartamento de Jungkook, se não maior. 

Ele forçou mais sua visão, podendo ver um conjunto de pequenas poltronas em frente a uma lareira branca, assim como viu várias estantes, também brancas, com livros de diferentes tamanhos e cores. Jungkook ficou chocado com tanto luxo e com tanta modernidade, mas o que o deixava mais aflito era uma única e importantíssima coisa.

Aonde ele estava?

Com a mente girando e o corpo doendo, Jungkook jogou as cobertas para o lado, sentindo menos frio do que estava acostumado, pois a casa devia ser aquecida. Os pés cobertos por uma grossa meia tocaram o chão, encontrando um tapete felpudo e, como todo o quarto, branco.

Olhando para o seu próprio corpo, Jungkook percebeu que não usava mais as mesmas roupas de antes, sendo trocadas por uma calça de moletom um pouco curta, uma blusa comum preta e uma blusa grossa de lã por cima, assim como meias quentinhas.

Jungkook percebeu que seus dedos estavam levemente dormentes, assim como ele sentia sua garganta doer sempre que engolia em seco. Talvez ele tenha ficado doente aos ficar no frio com as roupas molhadas. 

Mas isso não era importante agora.

Ele, com dificuldade e dor, se alevantou lentamente, apoiando-se na cabeceira da cama, para logo afirmar suas pernas tremulas e bambas. Olhou ao redor mais uma vez, suspirando baixinho, o quanto sua garganta machucada deixava, ao ver uma porta entre aberta, um dos únicos lugares além da enorme janela, que iluminava o quarto.

Andou até lá com dificuldade, abrindo a mesma e vendo um enorme corredor iluminado por lindas e fortes iluminarias brancas, que só ficavam ainda mais brilhantes contra o branco das paredes.

Sentiu seus olhos lacrimejarem com o repentino brilho, mas seguiu a caminhar pelo corredor até chegar a uma escada enorme, de mármore branco com um carpete azul royal, que a tomava praticamente por completo. Ela era rodeada por cercas pretas com detalhes dourados, formando desenhos detalhados e belos. O lugar era tão brilhante e moderno que Jungkook quase pensou que estava no céu, pois tudo era em tons brancos e de diferentes azuis.

Era delicado e másculo ao mesmo tempo.

Ao chegar no final da escada, ele viu mais moveis caros, mais luminárias extravagantes, livros e várias estatuas e coisas que Jungkook achava necessárias somente para ajuntar pó.

Aos olhos negros, nada era realmente importante.

Caminhou sem nenhuma vontade por ai, entrando de porta em porta, sem achar nada nem ninguém, mas logo, apurando sua audição, ele pode ouvir uma voz abafada e familiar vindo de uma das portas ali. Seguiu até lá sem nenhuma vergonha, tocando sua mão na madeira branca, mas parando ao recordar da onde conhecia aquela voz.

Olhou pela pequena fresta da porta, vendo o corpo baixinho e imponente. Os cabelos, agora negros, estavam tomados pela mão gordinha enquanto a outra segurava um celular próxima ao ouvido. Ele demonstrava nervosismo enquanto andava de um lado para o outro, deslizando os dentes pelo lábio inferior.

Jungkook não conseguia parar de o encarar. Encarar cada pedaço daquele que tanto o destruiu.

Mas, infelizmente, Jungkook nunca foi capaz de o odiar.

- Hoseok, não diga mais nada sobre ele. Não ouse mais o chamar assim. Não ouse sequer o tratar como inferior ou sei lá. Você não tem o direito de tratar ele... – A voz dele foi cortada pela pessoa do telefone, a quem Jungkook já sabia perfeitamente quem era. – Não. Ele nunca me fez sofrer. Eu fiz ele sofrer. EU! Eu o enganei. O usei. Eu que... – Jimin parecia desesperado. Ele parecia prestes a chorar, mas sua voz estava tão revoltada e irritada que Jungkook diria que essas lágrimas eram de raiva.

O de cabelos negros suspirou, bagunçando os cabelos com raiva, ouvindo o que Hoseok falava.

Mas ele, em um momento, parou de andar, ficando com uma expressão tão chocada e irada que o mais novo sentiu medo.
 - Fale só mais uma vez isso. Fale só mais uma vez isso sobre ele que eu irei até ai e vou te espancar, seu desgraçado! Como você pode? Como pode fazer isso com ele? Como? – O baixinho tinha o tom de voz mais assustador e arrepiante que Jungkook já ouviu na vida. Ele tinha os olhos arregalados e a mão apertada em punho, encarando um ponto fixo no chão como se fosse um psicopata. – Por que não me disse o que ele estava passando? – Agora seu tom era frio. – Por que não disse, Hoseok? Por que não me disse que Jungkook ainda estava morando na coreia e não no exterior?

 

 

 

“Na vida todos temos um segredo inconfessável, um arrependimento irreversível, um sonho inalcançável e um amor inesquecível”.
Diego Marchi.

 

 

 

O corpo de Jungkook estava jogado sobre um dos sofás azuis da sala branca. Os olhos negros encaravam o teto enquanto Jimin continuava a falar no telefone.

Morando no exterior? Como Jungkook iria morar no exterior se não tinha dinheiro para comprar nem mesmo um pão velho? Isso era ridículo. Tão ridículo que o de cabelos castanhos se permitiu rir, mesmo que uma risada fraca e baixa, já que sua garganta estava doendo.

Olhou para a porta onde Jimin falava em um tom alto, tão selvagem e irritado que o mais novo se conteve para não encolher.

Ele estava o defendendo. Por mais estranho que fosse, Jimin estava o defendendo.

 Alevantou-se em um pulo, sentindo uma tontura rápida o tomar, para logo ficar mais forte e intensa. Sua mente girou várias vezes enquanto seu estomago embrulhou, suas pernas ficaram fracas e ele teve que se apoiar no próprio sofá. Uma pontada forte na cabeça, assim como o som baixo de alguém lhe chamando só o deixou pior. Logo ele sentiu-se sentar no sofá enquanto duas mãos quentinhas apertavam suas bochechas com força.

Piscou os olhos várias vezes, tentando voltar com a respiração mais calma e sutil. Olhou para frente, encontrando o rosto apavorado de Jimin, que o analisava de forma preocupada. Os olhos negros de Jungkook ficaram arregalados, mas ele não soube bem ao certo o que fazer ao ver Jimin tão próximo a si.

- Jungkook, você está bem? Quer que eu te traga água? Algo para comer? – Jimin estava realmente apavorado, o coração a mil e uma estranha vontade de chorar. Estava simplesmente odiando ver o seu garoto nesse estado.

- Estou... Estou bem... – O Jeon falou simplesmente, a voz fraca graças a garganta e a repentina tontura.

Jimin suspirou baixinho, sorrindo brevemente com isso, mesmo que ainda estivesse assustado. As mãos quentinhas continuaram contra as bochechas do menino, que continuou a observar o homem a sua frente de forma intensa e levemente perdida.

- Por que me defendeu? – A voz de Jungkook continuou baixa, mas seus olhos negros demonstravam curiosidade. Jimin o observou, vendo como seu rosto estava o mesmo, belo e extremamente doce, só que com olheiras profundas e um machucado no canto dos lábios, que estavam rachados e machucados.

Jimin teve que conter a vontade de falar a verdade.

- Por que eu quis, Jungkook. Simples assim. – Jimin voltou a observar os olhos do mais novo, sorrindo de forma triste, relembrando de como uma vez aqueles olhos, agora nublados e intensos, foram inocentes e brilhantes. – Eu vou preparar algo para você comer. Vem, vou te levar até a cozinha... – Jimin colocou o braço de Jungkook sobre seu ombro, envolvendo a cintura do mais novo com cuidado e delicadeza, assim o alevantando com certa dificuldade.

- Eu estou sem fome... – Jungkook murmurou, vendo os cabelos negros de Jimin caírem levemente pelo seu rosto, que estava tranquilo, como se o peso do mais novo não fosse nada. Mas realmente não era. Jungkook era leve.

Seguiram pelo enorme apartamento e entraram em uma das portas que antes o Jeon havia bisbilhotado. Jimin deixou Jungkook sentado em uma das cadeiras próxima a mesa e foi até a cozinha, completamente focado em alimentar o garoto que o observava atentamente, apesar de estar disperso em pensamentos.

E, sem nem mesmo perceber, Jungkook começou a encarar a pequena janela da cozinha, vendo a chuva cair com mais intensidade do que se lembrava.

O som da chuva contra o vidro era a única melodia ali presente além dos sons que Jimin fazia enquanto começava a esquentar um pouco de comida que acabou sobrando do almoço. E logo o mais novo tinha um prato branco, elegante e caro à sua frente com uma comida a qual ele nunca sequer viu antes.

- Coma. Está pálido demais. Deve estar com fome... – Jimin disse simplesmente, sentando-se ao lado de Jungkook na mesa. O mais novo o observou por alguns segundos, mas simplesmente acenou, pegando os palitinhos e, sem demorar, devorou a comida.

Jimin nada disse. Ele apoiou o cotovelo na mesa, deitando o rosto na palma da mão, sem tirar os olhos de Jungkook, que estava abatido e bem pálido, além de estar magro e totalmente cansado. Essa imagem fazia estragos no coração de Jimin, que nunca achou que conseguiria ver isso.

Nunca achou que veria o seu tão amado Jungkookie prestes a se jogar de uma ponte, totalmente encharcado e destruído. Além do inocente sorriso em seus lábios.

O de cabelos negros desviou o olhar para a janela, encarando a cidade, tentando não se lembrar do rosto tão sereno de Jungkook quando estava prestes a fazer aquilo. Seu estômago embrulhou e sua garganta fechou, assim como suas mãos começaram a tremer loucamente.

- Por que fez aquilo? – A voz dele soou tão baixa e fraca que Jungkook quase não ouviu. – Por que ia fazer aquilo, Jungkook? – O de cabelos negros voltou seus olhos na direção do outro, demonstrando toda a dor e desespero neles.

Jungkook deixou os palitinhos sobre o prato parcialmente vazio e voltou seus olhos para Jimin. Mas ao encontrar a íris negra, triste e desolada, Jungkook quase se deixou levar pelos sentimentos que a muito tempo ainda existiam em si.

Mas ele simplesmente balançou a cabeça, um sutil sorriso nos lábios secos e machucados.
 - Por que eu quis, Jimin. Simples assim.

 

 

 

“Alguns pressentem a chuva; outros contentam-se em molhar-se”.
Henry Miller.

 

 

 

Jimin estava decidido a nunca mais deixar o Jeon sozinho.

Os olhos negros do menino analisavam a enorme janela da sala, assim como analisavam a cidade cinzenta e depressiva. Ele parecia estranhamente calmo enquanto brincava com uma caneta de forma despreocupada.

Jimin teve que sorrir ao ver essa cena tão inocente e doce, mesmo que a pouco tempo estive-se simplesmente desolado com a imagem do mais novo. Ele avia, mais uma vez, tentado se jogar, mas agora da enorme e bela sacada de seu apartamento.

Jimin olhou a imagem de Jungkook, e, com um tom baixo e desolado, decretou:
 - Eu quero que venha morar comigo, Jungkook. – Jimin falou repentinamente, os olhos pequenos observando atentamente a ração de Jeon, que acabou por não vir. Ele simplesmente continuou a encarar a vista. Encarar a chuva.

- Não.

Jimin já esperava isso, mas ele não aceitaria essa resposta.

- Então aonde vai ficar? Vai morar debaixo da ponte? – Ele tinha a voz calma e autoritária, aproximando-se a passos lentos e sutis do menino – Você vai morar aqui, comigo e em mais nenhum outro lugar.

Jungkook não demonstrou, mas sentiu um arrepio quando Jimin se sentou ao seu lado, no chão frio da sala calorosa, mas que agora parecia impor uma aura solitária e triste. Jungkook não conseguia entender como Jimin conseguia morar aqui sozinho.

 - Imagina o que os outros iriam pensar em ver o tão famoso Park Jimin sentado no chão ao lado de um suicida barato e derrotado... – Jungkook sentiu um sorriso amargo nascer em seu rosto, encarando com ainda mais intensidade a imagem a sua frente.

O de cabelos negros suspirou baixinho, observando o perfil esbelto de Jungkook, ficando ainda mais entristecido com as palavras ditas por ele.
 - Você... Não é isso, Jungkook... Você...

- Eu sou o que, Jimin? – O de cabelos castanhos demonstrou pela primeira vez um sentimento diferente de indiferença e cansaço. Demonstrou raiva e magoa. – Eu sou um idiota, ingênuo, bobo e fácil de enganar? – O mais novo não conseguiu conter uma lágrima rebelde. Ela deslizou sorrateiramente pela sua bochecha vermelha e inchada.

O coração de Jimin se esmagou e quebrou em vários pedaços.

- N-não... – Jimin, que encarava os olhos de Jungkook com desespero e dor, murmurou de forma sôfrega e baixa – Você não é nada disso. Nunca foi... Nunca... – Jimin soltou um som estranho, contendo a vontade de chorar. Os olhos de Jungkook já estavam marejados, assim como seu corpo tremia e seu rosto ficava totalmente vermelho.

- E-eu não sou ninguém além de um fracassado. Nunca consegui nada de b-bom. Semp-pre destruí tudo. Sempre cai de cara no chão. E-Eu... – Jungkook deixou um gemido doloroso escapar, abaixando a cabeça enquanto levava as mãos até o rosto, deixando as malditas lágrimas escorrerem.

E, ouvindo o sofrimento na voz de Jungkook, Jimin se deixou levar, assim deixando as malditas lágrimas escorrerem por seu rosto.

E, em meio as lágrimas dolorosas e gemidos altos, os dois se deixaram levar pela dor que os tomava. Jimin abraçou com força o corpo tremulo de Jungkook, murmurando várias vezes como Jungkook era especial, como ele foi, e sempre será, alguém muito importante em sua vida.

- Eu destruí t-tudo entre nós. Eu te usei da pior forma. Eu te usei para chegar aonde estou agora. Te usei para alcançar meus objetivos, alcançar minha tão almejada e sonhada fama... Mas agora... A-agora... – A voz de Jimin falhou, e ele apertou mais ainda o corpo de Jungkook contra si, sentindo as mãos tremulas dele envolverem sua cintura. – Eu sempre soube, desde que te vi partir, q-que essa minha escolha seria a pior. Eu sempre so-oube que nunca seria feliz sem você ao meu lado... Sempre... V-você... Vo-você sempre foi a única pessoa que realmente amei. Sempre foi a pessoa que sonhei estar ao meu lado... E-eu... – As lágrimas escoriam de forma tão abundante pelos olhos de Jimin que ele não conseguia enxergar nada. Ele deitou a cabeça sobre o ombro de Jungkook, sentindo o mesmo o apertar, o esmagar contra si. – E-eu te amo, Jeon. N-nunca diga que não é ninguém.  Você é alguém. É aquele que me motivou a viver cada dia sem desistir de tudo. Você é aquele que me fez perceber que a vida só é bela quando estamos em paz e ao lado de quem amamos. E eu te amo... Então... Por favor...

- E-eu... – A voz baixa do de cabelos castanhos foi ouvida, assim como o som baixo do gemido de Jimin – A-aceito. Aceito morar com você... Então... Por f-favor... Me mostre que minha vida vale a pena e que eu não devo desistir mais del-dela.

 

 

 

“Lágrimas não combinam com amor...
lágrima é o amor se afogando, pedindo socorro
é chuva por dentro

Amor é essa coisa que faz a gente ser feliz por nada
é esse sol que sai do coração e ilumina tudo”.

Renata Fagundes

 

 

Os olhos de ambos estavam pesados pelas lágrimas, assim como a respiração ainda estava falha e cansada. Mas os beijos delicados e inocentes eram tão doces que nenhum deles parecia querer se separar.

Jeon acariciava delicadamente os cabelos de Park enquanto o mesmo beijava seu rosto com amor, limpando as lágrimas com os lábios. Os dois ainda choravam, mesmo que de forma mais calma e simples, totalmente jogados sobre o amor um do outro, totalmente entregues aos toques tão inocentes e amáveis.

Jimin, que tinha as costas deitadas sobre a cama macia e quentinha, sentia seu peito aquecer a cada novo beijo deixado no rosto de Jungkook, que o observava sempre que o mesmo se afastava, um sorriso em meio a sutis lágrimas, os dedos deslizando pelos cabelos negros, assim como as pernas depositadas no meio das de Jimin, que rodeavam sua cintura de forma carinhosa e possessiva.

- E-eu te amo... – Jimin murmurou entre um beijo e outro, levando as mãos até a nuca do mais novo, o puxando então para um beijo sutil e calmo, somente movimentando os lábios delicadamente. 

Jungkook apoiou os dois antebraços sobre a cama, deixando o beijo fluir conforme o ritmo do mais velho, que aproveitava o momento para brincar com os fios da nuca de Jeon, que se arrepiava a cada novo toque.

- Eu te amo... – Jungkook murmurou após se afastar do beijo, aproximando-se mais uma vez, selando os lábios de forma doce e calma. Jimin sentiu seu peito aquecer, sentiu seu coração pulsar, sua mente embasar e tudo ao redor girar.

Puxou o corpo sobre si, querendo ficar mais perto do outro. Querendo aumentar o contato de ambos. E Jungkook, ouvindo os sons baixo que Jimin soltava, os sutis e delicados gemidos, não conseguiu mais se conter.

Abriu mais a sua boca, deixando sua língua passear pelos lábios fartos de Jimin, que gemeu ainda mais ao sentir o quentinho do músculo contra si, abrindo a boca instantaneamente, e, sem esperar, roubou a língua do Jeon para si, começando um beijo intenso e carinhoso.

As mãos de Jimin brincavam com os fios castanhos de Jungkook, enquanto o mesmo arrumava suas pernas para ficar mais confortável e bem apoiado, fazendo Jimin gemer ao ter seu membro friccionado pela coxa grossa do mais novo, que sorriu satisfeito. Amava ouvir os gemidos de seu hyung.

Jungkook se inclinou mais contra Jimin, aumentando o contato de ambos, mas ainda não era o suficiente para o outro.

- Tire essa camisa... – Jimin disse em meio a um gemido, as mãos apressadas indo até a barra da camisa do mais novo, tirando as duas de uma vez só, deixando o peitoral do mesmo totalmente exposto.

Jungkook sorriu brevemente, voltando a se inclinar sobre o outro, que aproveitou para passar as mãos pelo peitoral definido de Jeon, deslizando os dedos pelos sutis gominhos de seu peitoral, pelos mamilos e pelas costas.

- Agora é a sua vez... – O mais novo murmurou com a voz baixa e rouca, totalmente arrepiado. Os dedos desceram até a blusa de Jimin, a tirando sem nenhuma pressa ou dificuldade, deixando o corpo a mostra´. – Ainda não é o suficiente... – Jungkook murmurou após tirar a maldita peça de roupa, fazendo Jimin gemer e revirar os olhos em prazer, pois, mais uma vez, Jungkook fez pressão contra seu membro latejante. O mais jovem abriu o botão da calça de Jimin, logo abrindo o zíper para então se afastar do mesmo, removendo a peça de uma só vez.

E, quando se posicionou mais uma vez no meio das pernas de Jimin, teve que gemer em contentamento.

Os olhos negros do mais velho estavam semicerrados, assim como sua boca estava vermelha e inchada. O corpo de Jimin era definido e levemente bronzeado, as cochas grossas e a bunda definida. As bochechas pareciam rosadas de vergonha, mas Jungkook sabia que esse não era o principal motivo para isso.

Ele era a visão mais erótica que já virá em sua vida.

O Jeon se jogou contra Park, que gemeu manhoso ao sentir os lábios quentes do outro sobre seu pescoço, dando mordidas e chupões fortes. O de cabelos negros esticou o pescoço, dando mais espaço ao outro enquanto arranhava as costas desnudas, tentando demonstrar o que sentia com a boca deliciosa do de cabelos castanhos.

Mas ele queria mais do que isso, queria sentir mais do Jeon contra si, e, com isso em mente, começou a esfregar seu membro contra o corpo de Jungkook, que gemeu contra a pele quente de Jimin, de forma longa e sôfrega, sentindo o mais velho dar leves investidas contra si, esfregando-se loucamente contra seu membro pulsante e doloroso.

O Jeon, não querendo perder para o Park, desceu seus lábios molhados pela pele quente do mesmo, sentindo se pulsar a cada novo gemido.

Afastando-se levemente do corpo a sua frente, olhou na direção de Jimin, salivando com a cena que passava sobre seus olhos, vendo-o de olhos fechados, cabelos bagunçados e colados sobre a testa suada, a boca aberta e o rosto corado, sem se importar em gemer alto o suficiente para acordar os vizinhos.

E, com essa linda imagem em mente, Jungkook atacou o mamilo direito de Jimin com a língua, dando chupadas e mordidas fortes e intensas. Jimin gemeu alto, os olhos se revirando enquanto se contorcia em prazer.

- Que merda, Jungkook... – O outro falou em um gemido longo, dando uma investida feroz e bruta com o quadril, fazendo sua cueca, já molhada pelo pré-gozo, ficar ainda mais molhada ao ouvir um gemido longo de Jungkook, que trocou sua atenção para o mamilo esquerdo.

Jimin mordeu o lábio inferior, odiando mais do que tudo a dor no meio de suas pernas, mas sentir os lábios quentinhos do outro sobre si era tão bom e delicioso... Mas, ao ouvir um gemido longo e sofrido de Jungkook, como se ele sentisse uma dor quase descomunal, Jimin quis fazer algo para recompensar tudo o que já avia feito em sua maldita vida.

Segurou com certa brutalidade os ombros de Jungkook, o afastando e o jogando contra a cama, soltando-o de seu “abraço” com as pernas torneadas. Os olhos de Jungkook pareciam curiosos sobre a repentina atitude de Jimin, mas ele só soube arfar ao sentir as mãos dele irem até sua calça e descer a mesma sem nenhum problema, jogando-a longe, juntamente com as quentinhas meias.

- J-Jimin... – Jungkook falou em meio a um gemido, sentindo os dedos do seu hyung subirem até a sua cueca e a tirar sem nenhuma delicadeza ou calma, deixando assim o membro latejante, vermelhinho e surpreendentemente grosso a mostra.

O mais velho gemeu com essa visão, olhando na direção de Jungkook, que estava levemente vermelho, os olhos semicerrados e os lábios sendo maltratados pelos dentes. Os cabelos castanhos estavam rebeldes e levemente molhados, assim como ele respirava com dificuldade e desespero.

A visão que levaria Jimin do céu ao inverno em segundos.

Ele voltou seus olhos para o membro latejante de Jungkook, aproximando-se devagar, segurando a extensão com os dedos quentes e afobados, sentindo-se arrepiar com o gemido manhoso e calmo de Jungkook, que jogou a cabeça para trás, deixando que aqueles sentimentos o engolissem por completo. 

Jimin observou a glande rosadinha e, sem se conter ou querer fazer joguinhos, deu um beijo molhado e calmo ali, deixando sua língua brincar e descer pelo membro que pulsava deliciosamente contra o musculo, deixando não só Jungkook louco, mas também Jimin, que começou a descer os lábios quentinhos, apertando o membro com vontade, movimentando sua língua loucamente, deleitando-se com o gosto de Jungkook, que só sabia gemer e se deleitar com os arrepio e as fisgadas sobre seu baixo ventre. Só sabia morder os lábios e se conter para não mover o quadril contra os lábios de Jimin, que estava mergulhado no sentimento de ter Jungkook dentro de si, completamente bêbado com os gemidos longos e roucos do mais novo.

O mais velo segurou a coxa direita de Jungkook, descendo com luxuria os lábios envoltos do membro, raspando levemente seus dentes, sentindo-o pulsar cada vez mais rápido, sentindo os gemidos do mais novo aumentarem, assim como a tensão no quarto banhado somente pela luz da janela.

O Jimin apertou seus dedos na coxa de Jungkook, movendo-se para cima e para baixo em um ritmo constante e rápido, sentindo vez ou outra o membro do mais velho entrar por completo dentro de sua boca, mas Jimin não se importava. Aquilo era bom demais.

Jimin gemeu alto ao sentir a mão grande de Jungkook puxar seus cabelos, mas se surpreendeu ao não sentir ele o pressionar ou o empurrar para baixo, somente segurando os cabelos negros em meio aos dedos, o incentivando a continuar.

E Jungkook estava tão extasiado, tão afoito e quente que quase não sentia os próprios dedos nos cabelos do mais velho, só sabia sentir a língua quente, os dentes raspando delicadamente por sua extensão e os sons eróticos que ecoavam pelo cômodo. Mas ele não podia se deixar levar, pois a noite não poderia acabar com somente um boquete.

E, com isso em mente, assim como uma frustração irritante, Jungkook pediu “educadamente” para que Jimin o solta-se, por que agora era a vez dele se divertir. E o Park não hesitou em o fazer, adorando mais do que tudo o tom autoritário na voz de Jungkook.

O mais novo deitou o corpo de Jimin no colchão, suspirando ao ver o estado de seu tão amado hyung. Suado, ofegante, quente e com os olhos banhados em malicia.

Aproximou seus lábios do corpo a sua frente, dando um beijo molhado no abdômen de Jimin, que se encolheu ao toque, gemendo baixinho. E Jungkook, dando mais um beijo no mesmo lugar, deixou-se levar pelo sentimento que o tomava.

Colocou a língua para fora, e, sem demora, passou a mesma pela pele de Jimin, devagar e eroticamente, amando sentir o gosto dele, adorando deixar mordidinhas e, uma vez ou outra, chupões. E, enquanto fazia tudo isso, sentia as mãos de Jimin em seus cabelos, abaixando-o cada vez mais, para que chega-se logo no destino final.

Com um sorriso safado e destruidor nos lábios, Jungkook tirou a maldita cueca de Jimin, jogando a mesma longe, fazendo o mais velho gemer de forma manhosa e divertida, mas o gemido logo ficou surpreso e alto, pois, sem nem perceber, os lábios de Jungkook já o tinham por completo dentro de si.

Os olhos se reviraram enquanto seus dedos apertaram os cabelos de Jungkook, que tinha movimentos frenéticos, rápidos e certeiros, a língua movia-se em perfeição enquanto os dedos seguravam com firmeza as coxas grossas, fazendo desenhos imaginários sobre a pele do outro.

- J-Jungk... Oh... Mais rápido, poha!... – Jimin não sabia o que fazer além de se contorcer e gemer como louco, sentindo-se entregue aos lábios de Jungkook. Lábios esses que faziam maravilhas em si. Maravilhas que, em nem sequer dois minutos, quase o levou ao ápice. Era ridículo. Jimin nunca gozou tão rápido, muito menos com um simples boquete. Mas era um dos melhores, se não o melhor, boquete que já recebera na vida.

E Jungkook não conseguia parar de sorrir com isso, sabendo pelos espasmos e pelos gemidos cada vez mais altos que seu hyung estava prestes a gozar. E, como todo bom dongsaeng, ele parou quando já sentia o membro latejar freneticamente, e, com um sorriso mais do que malvado, desceu seus lábios até os testículos do mais velho, que gemeu em frustração, puxando os cabelos castanhos para cima, mandando para voltar ao boquete.

Mas o Jeon não o fez, suspirando ao sentir os dedos pequenos e gordinhos maltratarem seus cabelos, os puxando com força.

- Haa... Jungkook, seu... – Jimin fechou os olhos, jogando a cabeça para trás, afundando-a contra o macio da cama, sentindo a respiração o mais novo bater contra um lugar delicado. Sua entrega rosadinha e acesa.

Jungkook soltou uma risada soprada, olhando para cima, encontrando um Jimin imerso em sentimentos e em gemidos roucos, já que sua garganta começava a doer por tanto esforço.

O mais novo levou as mãos até o mamilo rosado de Jimin, o apertando levemente com as curtas unhas, movendo-o com força, sentindo o corpo alheio estremecer e ficar mais e mais quente. Jungkook sentiu seu membro pulsar quando ouviu um palavrão sair dos lábios vermelhos e inchados de Jimin.

- Abre a boca... Jimin... – Jungkook falou em um tom baixo e calmo, subindo seus dedos pela pele do mais velho, que grunhiu em aprovação, abrindo a boca e, sem esperar, colocando a língua para fora, já sabendo o que viria. E logo envolveu os três dedos longos de Jungkook, sentindo-se simplesmente incrível ao ouvir um arfar baixo do outro.

Aquilo era incrível.

Jungkook observou os lábios inchados e grossos envolverem seus dedos com desejo, os olhos pequenos focando-se em sua direção, banhados em luxuria.

E, quando já sentia os dedos devidamente húmidos, os tirou da boca quentinha de Jimin, fazendo com que o mesmo gemesse em frustração, mas ansioso para os toques seguintes. Ele mordeu os lábios com desejo, encarando Jungkook o máximo que conseguia, pois tudo era tão intenso que ele quase sentia-se desmaiar a cada nova ação.

E ele só soube gemer de forma sofrida e alta quando um dos dedos entraram devagar em si, a respiração ficando tão falha que ele acho que ia ter um infarto. E a situação só piorou quando o segundo dedo entrou, assim como o terceiro.  A dor veio rápida e certeira, fazendo seus olhos se fecharem e sua boca abrir em um grito silencioso, mas, tão rápida como chegou, ela sumiu, pois, com os movimentos lentos dos dedos de Jungkook, Jimin nem percebeu a tão costumeira e incomoda dor.

E, em um incentivo mudo, um breve momento no quadril e um gemido, Jungkook soube que ele queria mais rápido. E ele o fez, afundando os três dedos o mais fundo que conseguia, tentando ir o mais rápido e o mais intenso que conseguia, só faltando ouvir os gritos do mais velho, que se contorcia, gemia e puxava seus cabelos com força.

- J-Jun... – Jimin não conseguia falar, sua respiração era tão descontrolada que ele só sabia gemer mais e mais a cada novo movimento. Mas, quando sentiu Jungkook lhe acertar no ponto dos céus, em um movimento profundo e agonizante, Jimin realmente sentiu sua garganta doer com o grito contido e desesperado que soltou – Ai!... Ai!... – Ele incentivava, e, contorcendo-se em desejo, pediu aos deuses que isso nunca termina-se.

E Jungkook nem percebeu quando envolveu seu próprio membro, os dedos afoitos e desesperados para terminar com aquela dor deliciosa. Ele ouvia os gemidos cada vez mais altos de Jimin ecoarem pelo quarto, assim como o som erótico que sua mão fazia em seu membro e na entrada do mais velho, que parecia engolir e esmagar seus dedos.

Mal esperava para o comer de verdade.

E, com esse pensamento em mente, Jungkook tirou seus dedos de Jimin, que quase gritou vários xingamento por, mais uma vez, ter sido arrancado do céu chamado “Jeon Jungkook”, mas, quando olhou na direção do outro, irritado e frustrado, gemeu em contentamento, vendo os cabelos castanhos desgrenhados, as bochechas vermelhas e o corpo nu totalmente brilhante pelo suor.

Jungkook voltou a se deitar sobre Jimin, segurando o seu membro próximo a entrada do Park enquanto levava seus lábios contra os do outro, os selando em um beijo desesperado e completamente sádico e masoquista, pois os dois se mordiam loucamente, chupavam-se e as unhas de Jimin penetravam a pele alva e quente de Jeon enquanto os dentes de Jungkook brincavam com os lábios vermelhos do Park.

O mais novo simplesmente sentia seu corpo arder em excitação, e, para brincar um pouquinho, arrodeava com destreza sua glande sobre a entrada de Jimin, que gemia em expectativa contra os lábios do Jungkook sempre que achava que iria acontecer a penetração, mas soltava um som de desgosto ao ser enganado.

- Jeon, para de provocar, caralho. Enfia logo isso, a menos que queira que eu faça isso por ti. – E, depois da voz irritada e ofegante de Jimin, Jungkook teve que obedecer seu hyung.

O mais novo apoiou a cabeça no ombro do mais velho, sentindo as mãos quentinhas e fortes se espalharem por suas costas, e, penetrando lentamente, com uma falsa e odiosa calma, Jungkook sentiu-se espremer, esmagar e torturar pela entrada extremamente apertada e quente do mais velho.

E, sentindo o membro grosso e pulsante de Jungkook dentro de si, entrando cada vez mais fundo, lento e calmo, Jimin teve que, de alguma forma, descontar o prazer que sentia, deixando assim uma mordida tão forte no ombro de Jungkook que deixou uma marca avermelhada, próxima ao ponto de sangrar.  

- M-merda... Qu-que apertado-o... – O mais novo gemeu contra a pele do Park, uma lufada de ar batendo contra a pele quente e molhada, o arrepiando ainda mais. Jungkook mordeu a pele suada de Jimin, parando quando já estava totalmente dentro dele, sendo esmagado aos poucos.

Um silencio confortável se apossou do quarto, somente as respirações descompassadas e aceleradas eram ouvidas.

Jimin tinha os olhos fechados, sentindo o corpo da cima de si tremer levemente em ansiedade, assim como o seu. Ele queria que o outro começasse a se mover logo, que ele o fode-se com força e jeito, mas ele não tinha forças para falar nada. Então começou a mover o próprio quadril contra o outro, querendo dizer que ele devia se mover logo.

Jungkook afundou mais ainda seu rosto contra o pescoço de Jimin, entendendo perfeitamente o recado, e, sem esperar outra dica, começou a mover o próprio quadril, apesar de ainda ser lento e calmo, aproveitando o interior quente e apertado de Jimin, que não continha os gemidos, os jogando contra a orelha de Jungkook, o deixando totalmente arrepiado e desesperado.

As mãos de Jimin brincavam com a pele de suas costas, o aranhando e o apertando.

- Rápido... – Jimin falou em meio a um gemido, afastando levemente Jungkook de si, puxando-o para mais um beijo, que abafou seus gemidos histéricos quando os movimentos de Jungkook ficaram tão rápidos e profundos que ele sentiu sua alma sair do corpo por um breve segundo.

Ele estava indo fundo, tão fundo que suas pernas vacilavam e suas mãos tinham que se agarrar com força no corpo sobre si. Levou suas mãos aos cabelos de Jungkook, que gemia contra seus lábios, estocando cada vez mais fundo, em busca de seu próprio prazer, assim como o prazer de Jimin, que gritou quando, mais uma vez, sentiu-se ser tocado lá, aonde ele chamava de “céu”.

- Poha, Jungkook... – Gemeu, mordendo os lábios vermelhos do mais novo, -que soltou uma risada soprada, mas logo formou uma expressão séria e totalmente sexy, mordendo os lábios e estocando mais fundo, fazendo Jimin gritar em puro prazer – Caralho!

Jungkook aumentou o ritmo, sentindo o típico formigamento o envolver, assim como o calor e os pequenos espasmos. E, percebendo os baixos e desesperados xingamentos, assim como os gemidos que saiam dos lábios vermelhos de Jimin, Jungkook percebeu que o baixinho estava tão próximo ao ápice quando ele.

Sentindo as unhas curtas de Jimin perfurarem suas costas, o corpo pequeno tremer e o grito arrastado, assim como um liquido quente sujando levemente seu abdômen, Jungkook deixou-se levar, gozando com força dentro de Jimin, que tinha os braços moles, o corpo dando pequenos espasmos e a respiração tão rápida e entrecortada que ele parecia prestes a morrer.

Jungkook sentiu seu corpo cair sobre o outro, mole e cansado.

As respirações pareciam não se normalizar, de tanto tempo que ficaram parados, olhos fechados, bocas abertas em busca de ar.

E, em meio ao calor dos corpos, conseguiram aproveitar uma boa noite de sono.

 

 

 

“A depressão rouba do vivo a vontade de viver fazendo com que o vivo se sinta morto”.
Delson Jacinto Vieira

 

 

 

Os olhos de Jungkook abriram-se com dificuldade, mesmo sobre a escuridão do quarto. Os olhos pesados, o corpo dolorido e a cabeça nublada e confusa.

Mais uma vez ele acordou com o lustre luxuoso sobre sua cabeça.

Mas, diferente da última vez, ele sabia perfeitamente onde estava e com quem estava. E, como um tiro no meio de sua testa, Jungkook percebeu o que havia feito.

Mais uma vez caiu na lábia de Jimin. Mais uma vez se deixou levar pelos olhos negros, sorriso doce e falsa doçura.

Jungkook sentiu sua mente clarear e logo escurecer mais uma vez. O som da chuva contra a enorme janela ao lado da cama era alto, mas a respiração baixa de Jimin era a única coisa que Jungkook conseguia ouvir.

O mais velho estava deitado ao seu lado, coberto somente da cintura para baixo, deixando seus músculos definidos a mostra, assim como seu rosto calmo e tranquilo, os cabelos negros desarrumados caindo sobre os olhos. Jungkook quis chorar ao ver essa cena, pois percebeu que os malditos sentimentos estava tão acesos quanto anos atrás. Ele percebeu que ainda amava aquele que o destruiu e o afundou completamente.

Os olhos negros do mais novo se focaram sobre o rosto de Jimin, e logo olharam na direção da janela atrás do corpo adormecido. Era uma vista realmente linda da cidade, ainda mais com as gotas que caiam sobre o vidro.

Se permitiu sorrir, mesmo que fosse, mais uma vez, uma imagem desoladora.

Alevantou-se devagar, não querendo acordar o homem ao seu lado. Vestiu as calças e seguiu até a porta, sem se importar em terminar de colar “suas” roupas.

Seguiu pelo caminho que fez no passado, sem fazer ideia de quanto tempo ficou deitado ao lado de Jimin. Olhou ao redor, se surpreendendo mais uma vez com a decoração da casa tão chique e iluminada, apesar de sentir uma aura solitária e fria emanarem das paredes.

O Jeon podia imaginar Jimin andando sem rumo pela casa, olhando ao redor, tocando tudo ao seu alcance, uma expressão calma e um olhar triste.

E, mesmo sem querer, Jungkook sentiu-se triste com isso.

Desceu as escadas, pisando de degrau a degrau com uma leveza quase sobrenatural, observando o local ainda claro demais para seus olhos escuros.

Mas se surpreendeu ao ver Hoseok parado no centro da sala, o celular em mãos e uma expressão levemente irritada, os lábios franzidos e os olhos semicerrados.

Jungkook não disse nada, simplesmente ficou a encarar o homem a sua frente, não tão surpreso em o ver ali, pois já sabia que ele e Jimin tinham uma relação intima e que eles deviam ter a chave da cada um do outro.

Mas Hoseok pareceu muito surpreso ao ver Jungkook sobre o pé da escada, o encarando com aqueles olhos foscos que ele tanto odiava e invejava.

- O que faz aqui? – Hoseok tinha a voz fria e cortante.

Jungkook, como sempre, não se abalou com esse tom.

- Nada. – Respondeu o mais novo, sem tirar seus olhos de Hoseok, que sentiu seu sangue ferver em pura e maligna raiva com a resposta tão simplista e direta.

- Então já deve estar indo embora. O Jimin já fez seu ato de caridade cuidando do menino mendigo, certo? – Hoseok analisava atentamente o menino a sua frente, e, quando percebeu uma marca levemente suspeita em seu pescoço, foi impossível não sorrir – Mendigo e estupido. Incrível, Jungkook. Você realmente não aprende com seus erros, né?

Jungkook nada disse, pois estava mais focado em encarar Hoseok.

E o mais velho teve que se conter para não encolher sobre aquele olhar intenso.
 - O que ele te disse dessa vez, Jungkook? Disse que te amava e que nunca devia ter o usado daquela forma? Que era um idiota em achar que seria feliz sem você e blá, blá, blá? – Hoseok fazia as perguntas sem nem esperar uma resposta. Um sorriso nasceu em seus lábios - Você é ingênuo em achar que ele não vai te jogar fora mais uma vez, mendigo estupido.

E Hoseok esperou qualquer reação do menino.

Dês do sorriso mais diabólico até a resposta mais fria, mais rude e ríspida. Mas nunca pensou que veria os olhos do mais novo marejarem e uma maldita e inocente lágrima derreter sobre sua pele branca e macia.

Jungkook não soube como, mas conseguiu manter-se firme mesmo após as lágrimas simplesmente escorrerem de seus olhos.

- Quando eu o fiz me odiar tanto, Hyung? – A voz dele era tão leve, tão doce e tão calma que Hoseok sentiu-se a pessoa mais grotesca e porca do mundo – O que te fiz de tão mal para que me tratar assim?

E, como se tivesse levado um tapa, Hoseok perdeu as palavras.

Ele simplesmente sentiu seu corpo paralisar e sua mente ficar branca, assim como a imagem de Jungkook, tão abalado e inocente, se marcou para sempre em seus pensamentos.

E ele não conseguiu fazer nada quando viu o menino fugir, sem nem mesmo se importar com a chuva, para longe da casa branca e azul.

 

 

 

Se eu fosse a chuva
poderia eu me conectar com o coração de alguém assim como ela pode unir
os eternamente separados, terra e céu”?

Kubo Tite (autor de manga)

 

 

 

Jungkook estava sentado em um banco qualquer da praça, os olhos focados nos carros que passavam e nas vidas que corriam a sua frente.

Era bom ficar parado, olhando as coisas acontecerem tranquilamente, mesmo que as lágrimas e o frio o deixassem totalmente alheio a tudo e todos.

Já que, infelizmente, os “todos” existiam em sua maldita vida.

Olhou para o céu mais uma vez, focando suas íris negras no cinza das nuvens, deixando que toda a dor aglomerada dentro de si saísse em um gemido contido e doloroso. Deixou as mãos tremulas irem em direção ao seu rosto para ficarem ai, como se isso o protegesse de si mesmo. De sua vida.

Ele queria voltar no tempo em que tudo era belo e simples, em que Jimin não havia se aproximado, dizendo que estava com dificuldades em entender a matéria. Jungkook não era bom professor, mas, mesmo assim, se esforçou em ensinar o colega novo.

E isso só o fez chorar mais ainda.

Se lembrou do dia em que Jimin o chamou de amigo pela primeira vez, assim como se lembrava perfeitamente do dia e que apresentou o antigo ruivo para os amigos. Antigos amigos.

Se lembrou também do dia em que Jimin disse uma frase estranha, que se alojou em seu coração e em sua mente. “Eu acho que gosto de você, Jeon Jungkook. Me desculpe se for mais do que um ‘gostar’ de amigos”.

E essa lembrança fez um soluço se engasgar na garganta de Jungkook, que sentia suas mãos tremerem de frio e seu corpo ficar cada vez mais formigado e duro.

A imagem do sorriso inocente, da forma em que ele brincava com os outros e consigo, a forma que sua risada era contagiante e divertida, a forma que seus antigos cabelos ruivos se espalhavam pelo vento, assim como a imagem dele beijando Hoseok atrás de uma árvore, escondido de todos.

Menos da maldita intuição e curiosidade do Jeon.

Se lembrou da imagem do ruivo, que agora tinha lindos cabelos negros, chorando desesperadamente, tentando explicar o obvio, assim como se lembrou do sorriso de seu antigo melhor amigo enquanto observava a cena a sua frente.

Tudo era tão confuso...

Olhou para as próprias mãos brancas, não sentindo mais os próprios dedos, sem conseguir sequer os mover.

Também lembrou do dia em que descobriu que Jimin só se aproximou de si para conseguir se aproximar de Hoseok, que era filho de uma modelo com muitos contatos e que poderia ajudar Jimin a realizar seu sonho de ser um ator famoso.

Jungkook chorou mais ainda. Se debulhou em lágrimas, encolheu seu corpo e tremeu de dor, amor e frio.

A mente dele parecia ficar cada vez mais sombria, assim como seus pensamentos só sabiam rodear um certo Park Jimin.

Abraçou as pernas contra o peito desnudo, sentindo o tecido molhado da calça em contato com sua pele fria. Não deixou isso afetar seus choro compulsivo, assim como não deixou de julgar a si mesmo por ser tão estupido, por ter deixado seu coração o levar a destruição total.

E, enquanto sentia o coração ficar mais e mais dolorido, Jungkook também ouviu seu nome ser chamado, mas simplesmente ignorou isso, sentindo-se tão fraco que ele podia jurar ser uma alucinação.

Mas, quando ele sentiu seu corpo fraquejar e ele quase cair do banco que estava sentado, Jungkook sentiu dois braços o envolverem, assim como ouviu seu nome ser chamado mais uma vez.

Olhou para cima, vendo uma nuvem cinza e uma imagem de alguém desfocada, mas logo a imagem dos olhos negros de Jin, um velho amigo, se formou em sua mente.

E, após ver os lábios do amigo se movimentarem, assim como os olhos preocupados e desesperados pairando sobre si, Jungkook só viu o preto que o engolia aos poucos.

 

 

 

“Para toda malícia, tem uma inocência. Para toda chuva, tem um sol. Para toda lágrima, tem um sorriso”.
Tati Bernardi

 

 

 

Os olhos negros do rapaz já estavam abertos a muito tempo, assim como sua calma estava simplesmente grudada em seu peito. Sabia que estava em um hospital, sabia que estava cheio de fios grudados em seu corpo, várias cobertas e várias camadas de roupa sobre si, assim como sabia que, em algum lugar do enorme quarto que estava, um grupo de pessoas conversavam.

Jungkook não podia fazer nada.

Não sentia seu corpo direito, só sabia que ele queimava e que doía até mesmo mover os olhos, algo que ele nem sequer tentou fazer, pois a linda janela em frente à sua cama era uma bela distração. Um sorriso se formou em seus lábios, mesmo que isso doe-se e o deixa-se desconfortável.

Mas o sorriso em seus lábios foi sumindo quando, do nada, a presença de Yoongi, uma pessoa a qual uma vez chamou de amigo, apareceu em seu campo de visão.

- G-gente! – Ele gritou, e o fato dele ter gaguejado deixou Jungkook levemente surpreso – Ele acordou! Ele acordou? Sim, ele acordou! – E, após quase achar que estava errado, Yoongi só soube gritar em aviso aos amigos.

E logo cinco corpos apareceram, totalmente afoitos, chorosos e desesperados para ver se era realmente verdade.

Jungkook, que tinha os olhos bem abertos e atentos a tudo, simplesmente não entendeu o que via.

Não entendeu o porquê de Jin, uma pessoa a qual considerou como um irmão quando mais novo, parecia chorar desesperadamente enquanto tentava não tocar em seu corpo dolorido. Não entendia por que Namjoon, outra pessoa que considerou amigo, estava o observando com um sorriso nos lábios, um sorriso doce e quente, o passando confiança e carinho. Yoongi, um carinha que Jungkook sempre achou engraçado e estranho, e que também era seu amigo, estava ao lado de Jin, fazendo caretas e dizendo que ele não era uma mulherzinha pra chorar assim. E ele obviamente levou um tapa de Jin, que odiava quando o provocavam.

Jungkook poderia ter sorrido, mas ele não conseguia, pois sua mente estava em um turbilhão.

Se surpreendeu ao ver TaeHyung, um menino que não era assim tão próximo quando mais novo, mas que era divertido e companheiro. Mas, a sua surpresa ficou maior ainda ao ver Hoseok, um pouco mais afastado que os outros, observando-o com os olhos vermelhos, cheios de culpa, dor e alivio. Alivio pôr o ver bem? Jungkook esperava que sim, pois sempre amou o amigo, mesmo ele o tratando de forma tão... Horrível. 

Mas os olhos de Jungkook seguiram para a imagem da pessoa a sua frente na cama, vendo os olhos semicerrados de Jimin levemente inchados, vermelhos e com olheiras profundas. Viu o sorriso dele, mesmo que fraco e levemente abalado, aumentar.

- Oi... – A voz do mais novo era baixa, mas foi o suficiente para que ele sentisse uma enorme e agonizante dor, como se ele tivesse comigo cacos de vidro.

Os seis ali presentes sentiram apertos no coração ao o ver fazer uma careta de dor, algumas lágrimas se formarem canto canto de seus olhos. Jimin, que era o mais abalado e destruído ali, chegou ao seu lado da cama, abrindo um sorriso calmo e doce enquanto pegava sua mão com delicadeza, sabendo que ele estaria com os músculos doloridos.

- Não faça muito esforço, Jungkook... – Ele alisou levemente sua mão, voltando seus olhos na direção dos amigos. Pelo menos era o que a mente de Jungkook achava – Namjoon, você poderia chamar o médico, por favor? E aproveita levar o Jin tomar um pouco de ar. Ele está nervoso demais... – Jimin deixou seus olhos caírem sobre o mais novo ao receber a afirmação de Namjoon, que lançou mais um sorriso na direção e Jungkook, para logo segurar Jin delicadamente pelos ombros e o tirar do quarto.

Um silencio se instalou ali, e Yoongi, que estava meio nervoso, já que simplesmente odeia hospitais e climas tensos, pigarreou baixinho, observando o Jeon sobre a cama.

- Eu achei que estava no exterior. – Ele falou do nada. Jungkook percebeu Hoseok paralisar no mesmo instante – Pelo menos essa foi mais uma das mentiras do carinha ali. – Yoongi não se importou em apontar para o outro com um movimento de cabeça, sempre grosso e direto demais.

Jimin pareceu não se importar muito com o tom grosseiro de Yoongi sobre seu amigo, pois ele simplesmente continuou a observar a mão de Jungkook contra a sua, como se aquilo fosse a coisa mais perfeita e que o deixasse totalmente em paz.

E, aos olhos negros de Jungkook, aquilo era a mais pura verdade.

Taehyung não fez nada além de continuar calado, encarando o nada, sem demonstrar nenhum sentimento sobre os ataques dados em Hoseok. Jungkook não entendeu o porquê, já que, a muito tempo ele era perdidamente apaixonado pelo outro, que estava a encarar a janela intensamente, ignorando a simples existência do homem grosso.

Yoongi provavelmente pensou que teria uma resposta de Hoseok ou pelo menos uma reação de alguém, mas, quando não o teve, só soube bufar e dar de ombros. E, murmurando um “Eu volto quando o clima não estiver tão ruim”, ele seguiu até a saída do quarto, sumindo em seguida.

Desviando a atenção da porta, os olhos do mais novo se fixaram em Hoseok.
 - C-como as-assim?... – Jungkook perguntou baixinho, os olhos observava a imagem do outro. Mas, diferente do que Jimin imaginou, ele não demonstrava estar bravo, mas sim magoado e desolado.

Jimin não queria falar sobre isso agora. Ele não queria jogar uma coisa dessas nas costas de Jungkook, que pena acordou de um incidente tão... Assustador.

Jimin sorriu, e, decidido a não falar nada, simplesmente balançou a cabeça de forma negativa. Mas alguém tinha uma ideia diferente da dele ali presente.

- Acho melhor você falar logo, Jimin. Não quero que ele continue sendo enganado. Pelo menos não por você... – Hoseok, que estava calado dês do princípio, deixou sua opinião no ar. Ele tinha a voz perdida enquanto encarava a janela, sem ter coragem de observar ninguém ali. Muito menos Jungkook.

Jimin não gostou da intromissão do outro, já que ele não tinha o direto de falar nada. Se não fosse por ele, Jimin não teria que mentir. Se não fosse por ele, Jimin não teria que ver o mais novo nesse estado, tão fraco e solitário. Ele não tinha direito de falar nada, e, se tivesse, Jimin não iria ouvir.

Mas Jungkook queria entender logo o que estava acontecendo e por que todos pareciam tão estranhos. Ele nem sequer sabia por que todos estavam ali.

 Eram tantas perguntas que o Jeon estava começando a ficar tonto.

- J-Jimin... – O mais novo engoliu em seco – F-fala... – Ele fez uma breve careta, sabendo que, depois disso, não falaria mais nada por semanas. Estava cansado, a mente parecia nublada e os olhos teimavam em se fechar, mas ele não deixou isso acontecer. Queria entender o que estava acontecendo.

Jimin olhou na direção de Taehyung, que estava a observar a linda vista da janela, perdido em pensamentos, mas, como se sentisse alguém o observar, olhou na direção do de cabelos negros, sem mudar sua expressão calma e perdida.

 - Acho que o Hoseok tem ração, Jimin. Ele tem que entender que nós nunca quisemos deixar ele sozinho. – E, com essas palavras, Jungkook ficou ainda mais confuso e desesperado.

O que estava acontecendo?

Jimin estava realmente tenso, mas, de certa forma, os seus amigos tinham ração. Ele olhou para Jungkook, os olhos pequeninhos e inchados estavam demonstrando medo da reação do mais novo, mas ele tinha certeza que Jungkook entenderia.

Ele pelo menos esperava isso.

- Jungkook... – Jimin parou por um tempinho de falar, pensando em como diria isso sem o deixar confuso - Por anos nós achávamos que você... Ham... Que você tinha ido embora, simplesmente sumido de nossas vidas. Pelo menos era o que o Hoseok sempre nos falou... – E, nesse momento, Jungkook entendeu tudo.

Então esse era o motivo de, sem motivos ou sentido, seus tão amados amigos simplesmente sumiram de sua vida?

- M-mas... – Jungkook não tinha mais voz. Sentia sua garganta ser arranhada, assim como seu corpo parecia queimar e doer mais e mais a cada momento. Ele estava ficando tonto e sua respiração estava dolorosa e estranha.

- N-nós não sabíamos de nada, mas nós achamos que era verdade, já q-que sua família tinha se mudado e você saiu da escola sem dizer nada pra ninguém... – Jimin tinha ficado levemente desesperado, sentando-se na cama, ficando ainda mais próximo a Jungkook, que fez uma careta de dor – Nós achamos que você... – Ele não sabia bem ao certo o que dizer. Não sabia explicar, já que nem ele mesmo entendia o que estava acontecendo.

E, vendo a dificuldade de Jimin, Hoseok tomou a dianteira da explicação.

- Eu disse para todos que nós dois continuávamos sendo amigos mesmo depois daquilo e disse que você tinha me perdoado, mas não a Jimin. – E, ao ouvir isso, Jungkook lançou um olhar frio, mas não irritado, na direção de Hoseok - Eu menti sobre isso, obviamente. Eu também disse que sua família tinha se mudado para o Japão e que você não quis se despedir por medo da ração de todos. E eu mentia quando alguém falava que tinha te visto em algum lugar, dizendo que você estava feliz no exterior, vivendo sua vida e tals... – Hoseok não parecia orgulhoso de suas palavras. Ele tinha o rosto triste, cansado, desolado – Eu achei que isso era bom... Eu achei que assim Jimin poderia... Sei lá... – Ele olhou na direção de Jungkook, que manteve o contato visual sem nenhum problema – Que ele talvez conseguisse te esquecer... – Ele riu baixinho, desviando os olhos para a janela, não suportando os olhos intensos de Jungkook sobre si – E eu também te menti sobre Jimin e minha mãe. Ele realmente se aproximou de ti pra se tornar meu amigo, mas ele acabou desistindo depois de se apaixonar por você. Ele nunca se vangloriou disso nem cassou de ti, como eu sempre dizia. E naquele dia, quando você viu eu e o Jimin se beijando...  Meio que eu o forcei a me beijar, então...

Jimin, que até o momento estava calado, observando atentamente as reações de Jungkook, não acreditou no que ouviu. Ele olhou para Hoseok, os olhos ardendo em pura raiva, desacreditado em tanta facilidade e monstruosidade.

 - Você fez o que? – O Park tinha o maxilar trincado e estava realmente se prendendo a mão de Jungkook para não pular sobre Hoseok e o quebrar em vários pedaços, o jogar contra a parede e espremer sua cabeça com tanta força que o sangue simplesmente jorraria de seu nariz, ouvidos e boca. E, quem sabe, o jogaria pela linda janela.

Mas, antes que qualquer um pude se falar algo, um homem alto, magro e velho apareceu na sala, os olhos pequenos escondidos sobre um óculos e um sorriso doce nos lábios. Suas vestes eram totalmente brancas, assim como seus cabelos.

- Posso ver que estão tendo uma conversa animada aqui, mas gostaria que não destruíssem o quarto do senhor Jungkook, pode ser? – O senhor tinha um tom divertido, e, quando ele entrou no cômodo, trazendo sua aura calma e doce, o quarto pareceu se transformar.

 Todos ficaram mais calmos e Jungkook quase suspirou aliviado, mas não o fez, já que sua garganta doía muito.

- Desculpe... – Jimin disse, olhando de relance para Hoseok antes de olhar para o médico mais uma vez, sem demonstrar seu ódio que aos poucos sumia de seu peito.

- Tudo bem, tudo bem. Mas eu gostaria que me dessem licença, sim? O garoto aqui precisa descansar, além de que preciso dar uma olhadinha em sua saúde... Então... – O médico arqueou as sobrancelhas, indicando que os três homens ali presentes tinham que sair. E logo.

Taehyung e Hoseok não hesitaram em aceitar isso, mas Jimin, que tinha os olhos focados em Jungkook, não parecia tão feliz com isso.

- Eu poderia ficar aqui um pouco...

- Não, senhor Park. Você está aqui a três dias. Tem que descansar, assim como o senhor Jeon precisa. Então, por favor, não quero ter que cuidar de mais um paciente... – O doutor sorriu brevemente, encarando com tranquilidade os olhos de Jimin.

Jungkook teve que repassar a frase do homem em sua cabeça várias vezes.

“você está aqui a três dias”...  

Jimin não discutiu mais sobre isso, pois percebeu que o senhor estava certo. Ele olhou na direção de Jungkook, que o observava meio perdido em pensamentos. O de cabelos negros sorriu amável, sentindo-se feliz em o ter ali, junto a si, mesmo que ambos ainda estivessem imersos a problemas e desentendimentos.

 - Eu vou cuidar bem dele, senhor Park. Agora vá. – E Jimin foi, mas não antes de se aproximar de Jungkook e deixar um beijo castro em sua testa, murmurando um “Estarei aqui antes que termine de falar ‘Eu amo o maravilhoso Park Jimin’”.

Jungkook sorriu ao ver o corpo pequeno sair de seu campo de visão, mas sentiu uma bola maior ainda formar-se em sua garganta, fazendo com que o sorriso morre-se por completo.

 Os olhos negros se focaram na janela a sua frente, e, enquanto as gotas de chuva caiam em abundancia lá fora, os olhos de Jungkook se perderam na imagem de si mesmo refletida na janela. Os olhos profundos, a pele ainda mais pálida e uma expressão cansada.

Um completo fantasma.

A mente do Jeon parecia ficar cada vez mais perdida e confusa enquanto encarava a sua imagem distorcida no vidro. Ele realmente tinha se mudado com sua família, mas não para o Japão, mas sim para a cidade vizinha. E seus amigos podiam mesmo ter o visto andando pelas ruas, já que, depois de alguns anos longe, ele teve que voltar para a cidade em busca de emprego, mas o Jeon nunca saia de casa e, quando saia, sempre estava com um capuz e fones de ouvido.

Mas algo dentro de si, talvez seu lado assustado e pessimista, parecia sempre o levar ao mesmo pensamento. Eles estão mentindo e me enganando. Eles estão querendo algo de mim, eles estão...

 - Você tem sorte em ter amigos assim, senhor Jeon. – A voz do médico foi ouvida. Os olhos já pequeninhos se fechando mais ainda quando ele sorriu, tirando Jungkook de seus pensamentos desagradáveis – Seus amigos não saíram sequer um dia do seu lado. Até um deles, um chamado Yoongi, que reclamava todos os dias de como as cadeiras de espera eram desconfortáveis, nem sequer me ouviu quando eu disse que ele devia ir para casa descansar. – O senhor balançou a cabeça, aproximando-se do corpo deitado na cama, olhando algumas coisas anotadas em uma prancheta – E quer apostar que eu vou ficar vinte anos mais velho tendo que aguentar eles me pedirem pra vir te visitar de cinco em cinco minutos? - velho riu, sem perceber os olhos marejados de Jungkook – Espero que você consiga os aguentar daqui em diante. Eu não se se conseguiria, mas um jovem feito você, cheio de vida, deve aproveitar isso. Né?

E, sem nem mesmo saber uma virgula da história de Jungkook, sem nem mesmo saber o seu nome direito, muito menos que tipo de pessoa ele era, o tal médico, cheio de sorrisos e doçura, falou as exatas palavras que Jungkook precisava ouvir.

Ele praticamente arrancou o pessimismo de si, e, com um enorme sorriso nos lábios, o velhinho colocou algo na mente do mais novo. Algo que ele nunca mais iria esquecer.

Ele deveria amar o tudo e o todos.

Já que eles, de agora em diante, nunca mais sairiam de sua vida.

Felizmente.

 

 

 

“Sou alguém que gravou, como a chuva
Minha existência em você?
Se não, eu sou apenas alguém
Que veio e se foi como uma garoa”?

Bangtan Boys – Rain

 

 

 

Uma fina e delicada garoa caia aos poucos do céu, misturando-se lindamente com raios amarelados e quentes de sol. As nuvens cinzas se desfaziam aos poucos, assim como o frio parecia menos incomodo na pele de Jungkook, que encarava a linda e hipnotizante vista a sua frente.

Ele sempre amou a chuva, mas, nos momentos em que as gotas finas se misturavam com os raios do sol, ele sentia-se perfeitamente em paz.

Jungkook, que estava sentado no tapete felpudo no chão, apoiou suas costas na cama, sentindo a mão delicada de Jimin mexer com calma seus cabelos enquanto o mesmo também encarava a linda vista da enorme janela, deitado de barriga na cama dos dois, de forma confortável e casual.

- Achei que você ia no aniversário do Hoseok hyung... – Jungkook murmurou, deixando os dedos de Jimin o relaxarem. O mais novo fechou os olhos por um breve segundo, respirando fundo, sentindo o cheiro delicioso do apartamento de Jimin, que sorria, observando o céu cinza se transformar lindamente em um azul claro.

 - Ele disse que eu tinha que cuidar de você, esqueceu? E o Taehyung está com ele, assim como o Jin hyung e todo o resto dos barulhentos... – Jimin olhou na direção do mais novo, querendo gravar a imagem dele, os olhinhos fechados e um sorriso estampado em seus lábios, para sempre – E se você não tivesse decidido caminhar na chuva, não teria pegado esse maldito resfriado e agora nós dois estaríamos comendo as delicias que Jin hyung faz. – Jimin bufou baixinho, puxando os cabelos castanhos de Jungkook com força, trazendo sua cabeça para trás.

Jungkook não reclamou, mas foi impossível não fazer uma careta com isso.
 - Eu gosto de caminhar na chuva... – O mais novo falou levemente manhoso, sentindo o nariz de Jimin deslizar pela sua bochecha delicadamente enquanto ele ainda segurava seus cabelos para trás. Um sorriso nasceu em seus lábios vermelhinhos.  

- Eu sei... – Jimin respondeu, afastando seu rosto de Jungkook para o observar melhor – Mas você tem a saúde frágil. Não quero que aquilo aconteça mais uma vez... – E, sem perceber, Jimin deixou seu tom fraquejar. Jungkook abriu os olhos e olhou na direção do mais velho, vendo o rosto dele levemente vermelho e os cabelos bagunçados, além da carinha levemente entristecida.

Ele sempre ficava assim quando se lembrava do passado.

Um sorriso tão doce se formou nos lábios de Jungkook que Jimin não conseguiu esconder seu amor por ele, tendo que sorrir juntamente ao outro, mesmo que de forma boba. Ambos ficaram se encarando por um tempinho, Jimin soltando os cabelos do mais novo, que continuou com a cabeça jogada para trás, encarando o de cabelos negros.

Até que Jungkook, com seu jeitinho sapeca e esperto que Jimin só descobriu existir após dois anos juntos, decidiu se alevantar e se sentar perto do outro, o puxando para seu colo em seguida, o envolvendo em seus braços, ignorando o fato dele estar usando somente uma blusa branca, que era sua.

- Eu quero que me prometa que nunca mais vai andar na chuva e que nunca mais vai me assustar assim, senhor Jeon Jungkook – Jimin, que tinha uma expressão dura e mandona, disse enquanto segurava o ombro do mais novo, levando a outra mão até o seu rosto, deixando a palma quentinha ali.

Jungkook, que até então segurava Jimin pela cintura, o observando com um sorriso, acenou divertido, selando os lábios em um beijo doce e calmo.

- O que eu não faria por você, ein, Jeon Jimin? O que eu não faria por você?

E, mais uma vez, Jungkook se deixou levar pelas mãos de Jimin. Mais uma vez deixou o amor pelo pequeno o engolir e o corromper por completo. Mas, dessa vez, ele não choraria de tristeza, mas sim de felicidade e amor.

E, sem surpresa nenhuma, o sol amarelado e quente iluminou o branco e colorido quarto. Iluminou os sorrisos estampados nos rostos corados e felizes de ambos.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Por favor, me amem <3
Hhahahahhaha

Me desculpem os erros. Eu li e reli isso como uma condenada, mas sempre fica alguma maldita coisa.

E eu deixei o final em aberto para que vcs mesmos pensem no futuro desses dois <3
Eu amo fazer isso e amo ler esse tipo de fic, então... <3

Um beijo, um queijo e digam se amaram ou odiaram essa fic, se querem a colar no meio da testa ou a jogar no lixinho chamado "essas merdas da vida". Eu to vivendo lá... Só pra dizer mesmo...


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