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História Rain - Saudades.


Escrita por: Satoji

Notas do Autor


Boa noite a quem está lendo isso agora (21:15) apakaoakaoskso gente eu estou sem computador T.T
Eu fiz e editei esse capitulo pelo celular, espero não ter muitos erros... boa leitura <3

Capítulo 4 - Saudades.


.  QUARTO CAPÍTULO — SAUDADES

 

Levantou-se em um salto e foi em direção ao banheiro. Abriu a porta do cômodo e adentrou no mesmo, olhou-se no espelho e suspirou, não conseguia esquecer a noite passada. 
Caminhou até o box do banheiro, abriu o chuveiro e com roupa e tudo se colocou embaixo da água que caia gelada. 
Ele precisava parar de pensar nela. 

— Sesshoumaru? — Chamou a voz feminina do lado de fora do quarto, ele NADA respondeu — Eu sei que está aí. 

Ainda com a água caindo por todo seu corpo, fechou os olhos âmbares e deixou que a água lavasse tudo... assim como naquela vez. 

 

"— Tem algo que preciso te contar — Encarava os olhos escuros a sua frente, fazendo a garota engolir em seco.

— Diga...

— Logo eu irei estudar fora do país, quero que tome cuidado com a Sara — Kagome riu, observando o rosto do rapaz sem expressão. 

— E porque eu teria de tomar cuidado com a Sara? Eu não tenho medo... — Sesshoumaru encarava seu rosto, fazendo ela parar de falar. 

 

Havia se tocado somente agora. Ele iria embora, a deixaria, não se veriam mais, se ele pedia para ela ter cuidado com a Sara é porque não estaria mais ali para protegê-la. 

 

— Quando? — Perguntou ela, deixando a chuva cair por seu corpo e lavar seu rosto. 

— Depois da sua apresentação... já que eu tenho notas suficientes para passar e não falto... 

— Mas porque isso tão de repente? 

— Eu vou herdar a empresa, e como sabe... vou casar com a Sara um dia. Então, tome cuidado, não quero que se machuque por minha culpa.

— Claro — Sorriu fraco — Como eu pude... 

 

Ele não comentou nada. Nem a olhou. Sabia que ela estava a chorar pois mesmo com a chuva lavando seus corpos e camuflando o cheiro dela, ele conseguia sentir os cheiros das lágrimas que caiam sobre o rosto dela. 

 

— Boa sorte — Levantou-se e iria começar a caminhar, se não fosse por um escorregão no telhado, fazendo ela perder o equilíbrio.

 

Fechou os olhos com força, certamente iria se machucar de maneira grave. Quando percebeu que seu corpo não sofreu impacto com o chão assustou-se, até pensou ter morrido, abriu os olhos devagar e encontrou o youkai segurando o seu corpo contra o dele. 

Os olhos deles se encontraram, nada mais foi dito, somente seus lábios conversaram, enquanto eles se tocavam e deixavam suas línguas dançarem conforme o som da chuva. "

 

Socou o vidro do box do banheiro, quebrando o mesmo e deixando vários cacos espalhados pelo chão. Abriu os olhos e observou aquilo. 

Movimentou seus pés e sentiu os cacos entrarem neles. Bufou, continuou a caminhar indo em direção a porta do banheiro. 
Saiu do cômodo e Sara foi a primeira coisa que viu, encarou a mulher e voltou a andar, deixando um rastro de sangue pelo tapete do quarto. 

 

— O que foi isso? — Perguntou espantada. 

 

Sesshoumaru novamente não respondeu, abriu o guarda roupas e pegou uma toalha, jogou-a sobre a cama e depois começou a retirar sua camiseta, calça e por fim a box preta que usava. Sara entrou no banheiro e ao ver a situação, saiu do mesmo e perguntou novamente. 

 

— Responda, o que aconteceu? — Ela não ligava de ver o homem nu, no começo se sentia incomodada mas depois de um tempo, começou a ignorar a situação.

— Não lhe devo explicações... o que faz aqui? 

— O que acha? Depois que Inuyasha falou sobre nosso noivado e você foi para o jardim, sumiu da festa, quero saber o que fez...

— Nosso casamento é fachada, Sara — A lembrou — Não lhe devo satisfações da minha vida, quem se envolveu emocionalmente nessa relação foi você...

— Foi ela, não foi? — Os olhos de Sara começavam a ficar irritados e vermelhos — RESPONDA! 

 

Irritado, ele voou para cima da mulher e a prendeu contra a parede, segurando seu pescoço com força. 

 

— Eu juro... se fizer algo a ela de novo — Apertou mais forte, deixando Sara roxa e sem ar — Eu mato você e não ligo se a empresa da sua e da minha família vão falir ou que uma guerra entre os youkais e humanos aconteça, eu pouco me importo com você — Soltou o pescoço de Sara e a segurou pelos cabelos — Está avisada. 

 

Jogou Sara no chão e foi em direção ao guarda roupas novamente. Ela se levantou com falta de ar, observando o Youkai, apertou o punho e sentiu os olhos marejarem, Sesshoumaru a tratava como um nada, mas ela mudaria isso. 

 

— Você sabe... que vai se arrepender disso, não sabe? — Perguntou ela, Sesshoumaru a olhou e nada respondeu. Sara pegou sua bolsa e saiu do quarto dele batendo a porta com força e o deixando sozinho. 

 

 

Descia as escadas do prédio correndo, pela falta de energia os elevadores não estavam funcionando e ela teve que descer os oito andares pelas escadas.

 

— Vamos Kagome! — Dizia convicta de que terminaria o lance de escadas logo. 

 

Cansada e suada ela chegou ao fim das escadas, saiu pela portaria e corria em direção ao ponto de ônibus, sua moto continuava no concerto. Precisava ver sua irmã, ela havia dito que estava no hospital e a preocupação tomava conta da garota, Kikyou foi a única coisa que lhe sobrou da família. 

Vestia uma calça preta, uma babylook preta curta com um casaquinho sem mangas preto, um tênis all atar preto e um colar prata. 
Seus cabelos estavam soltos e voavam junto com o vento, Kagome corria como um relâmpago pela calçada, precisava chegar ao ponto de ônibus, foi então que parou e se lembrou que poderia chamar um táxi. 

Bateu com força na própria testa e chamou um táxi, se sentou na calçada e esperou até que o mesmo veio, ela entrou e pediu que fosse até o hospital. 

Passados alguns minutos ela já estava na recepção do hospital falando com a atendente, a qual, já lhe deu os detalhes que ela precisava. Kagome correu até o elevador e foi em direção ao quarto da irmã, abrindo a porta bruscamente. 

 

— KiKy...

— Kagome! — A outra se assustou — Não entre dessa forma, vai assusta-lo! — Kikyou sorria, enquanto segurava um bebê nos braços.

— Desculpe — Sussurrou — Como ele está? — Aproximou-se da cama da irma e observou a criatura em seus braços — É tão lindo — Sorriu. 

— Quer segurar? — Perguntou, estendendo o pequenino em direção à Kagome. 

— Claro! — Pegou o pequeno em seus braços, sorrindo em seguida — Ele é lindo Kikyou... porque não me disse que estava aqui ontem?

— Eu não queria que faltasse a festa, você trabalha demais — Sorriu e observou a irmã segurar seu pequeno — Mas me conte, como foi? 

— Horrível — revirou os olhos — Porque não me disse que era para comemorar o noivados daqueles dois? Você e Inuyasha me pagam...

— Ei! — A voz masculina ecoou no quarto — Não ameace minha esposa, ela ainda está em período de repouso... 

— Você — Kagome franziu a sobrancelha — Eu poderia esgana-lo Inuyasha, se não tivessem feito um bebê tão lindo — Kagome acariciou a cabeça do bebê. 

— Kagome! — Kikyou a repreendeu — Como foi na empresa, querido? 

— O mesmo... posso pega-lo? — Perguntou já levando os braços em direção ao bebê, mas Kagome foi para trás.

— Nem pensar, acabei de pegar — Sorriu, mas seu sorriso de desfez ao ver uma figura na porta a observando — Ah... olá Sesshoumaru — O cumprimentou.

 

Ele acenou com a cabeça e então voltou-se para o irmão.

 

— Acredito que Sara vai querer vir depois, então, volto mais tarde. 

— Não — Falou Kikyou, sorrindo em seguida — Aproveite para ver Kurosawa enquanto está acordado. Ele dorme muito. 

 

Inuyasha sentou-se ao lado da esposa com uma das cadeiras que estavam no quarto. Sesshoumaru caminhou devagar até Kagome, quando estavam bem próximos ela se virou, deixando que ele visse o bebê em seus braços. 
Kurosawa abriu os olhos devagar, se mexendo muito e abrindo a boquinha, o grande youkai passou a mão pela cabeça do pequeno, os cabelos eram negros assim como os de Kagome e Kikyou. 

Kagome riu do pequeno se debater ao sentir Sesshoumaru passar a mao em seus cabelos, o youkai observou o rosto da humana e sorriu internamente, mas por fora, estava sério como sempre. 

— Ele parece cheio de energia — comentou ela.

— Sim — Concordou. 

— Quer segurar? — Perguntou ela, olhando dentro dos olhos dourados do grande youkai.

 

Inuyasha e Kikyou se olharam e sorriram, ainda existia uma pontada de esperança para aqueles dois. E eles fariam o possível para juntá-los.

 

— Não...

— Anda — Ela sorriu, estendendo Kurosawa para Sesshoumaru — Basta você segurar a cabecinha assim — Ela colocou o pequeno nos braços de Sesshoumaru. Kurosawa era tão pequeno que quase se perdia nos braços do tio — Só deve tomar cuidado para que ele não caia... Ainda é bem molinho. 

 

Sesshoumaru nada falou, apenas segurou o sobrinho, Kagome parecia se divertir com a situação.

 

— Você acha que ele nos conhece? — Perguntou Sesshoumaru. 

— Duvido — Respondeu ela — No momento ele só vê vultos... tão pequeno e frágil, parece que vai se quebrar a qualquer momento, não é? 

— Sim — Respondeu. 

— Acredito que os seus também serão bonitos assim — Kagome comentou e sorriu, Sesshoumaru a olhou e encarou seus olhos.

— Não quero filhos, Sara será uma péssima mãe — Comentou, deixando Kagome sem graça mas tendo que concordar com o comentário. 

— Entendo — Sorriu — Bem, Kikyou — Olhou para a irmã e o cunhado e sorriu — Eu vou indo, me liga... eu posso te ajudar a olhar o Kuro. 

— Claro, vou precisar sim! Se puder ir para minha casa amanhã... 

— Pode deixar — Sorriu.

 

Kagome se despediu de todos e saiu do quarto. Começou a caminhar rápido, não queria ver Sesshoumaru novamente, não agora. Sem perceber, um ser estava logo atras dela, este, segurou seu braço e a fez se virar para ele, assustando a garota. 

 

— Kagome. 

— Que susto — Suspirou — Que faz aqui? 

— Eu trabalho aqui — Bankotsu arqueou a sobrancelha — Está tudo bem? Parece que viu um fantasma. 

— E vi — Bufou — Vou indo antes que ele apareça. 

 

Piscou e saiu correndo em direção ao elevador. Deixando o rapaz sozinho e a observando sumir.  Enquanto corria, Kagome fazia uma linha de pensamento concreto "Sesshoumaru... acredito que teria sido melhor se não tivéssemos nos conhecido, acredito que poderíamos estar felizes agora. 

Você poderia estar apaixonado pela Sara e eu, bem... talvez continuasse com essa vida de cantora. Talvez não.
Talvez tenha sido melhor assim. Você vivendo a sua vida e eu a minha, espero que compreenda, não quero mais te ver" 

Entrou no elevador e fechou a porta, fechando os olhos e suspirando em seguida.

 

❈ 

 

Andava pelas ruas com a cabeça nas nuvens, esbarrada pelas pessoas e sentia como se o chão fosse se abrir e a engolir a qualquer momento.

Encostou-se em uma parede e respirou fundo, segurando a mão sobre o peito. Fechou os olhos e contou até dez, encontrar Sesshoumaru sempre a desestabilizava.

 

— Calma! — Sussurrou. Engoliu a saliva que estava parada na garganta e abriu os olhos dando de cara com um par de olhos âmbares— AH! 

 

Gritou ela, tendo a mão grande do youkai a tampar sua boca, arregalou os olhos e então quando se acalmou ele tirou a mão de sua boca. 

 

— Menos, humana — Pediu ele.

— Você é louco? — Perguntou ela arqueando a sobrancelha e se colocando a andar, tendo o youkai em seu encalço — poderia me matar de susto, sabia? 

— Cuidado — Sussurrou ele, fazendo ela parar de andar e ele automaticamente também — Estão te vigiando. — Terminou a frase, fazendo a garota gelar.

 

Sesshoumaru passou uma das mãos pelas costas da garota e começou a andar, indo em direção a uma cafeteria. Logo chegaram ao destino e adentraram a mesma. 

Kagome estava estática, da última vez que ele pediu que ela tomasse cuidado quase foi estuprada por um garoto no colégio. 
Ambos foram em direção a uma mesa e sentaram-se, Sesshoumaru acabou por fazer o pedido pelos dois e então, quando o garçom se foi, ela se colocou à falar.

 

— Como sabe? 

— Esqueceu quem é minha noiva? — Perguntou sem esperar resposta — Ela foi me interrogar hoje pela manhã, sobre nós... mas a deixei ciente que não temos nada.

— Então não tem porque me preocupar com sua Sara — Concluiu.

— Aí que você se engana — Sussurrou, apontando com a cabeça para a porta. 

 

Kagome virou a cabeça devagar e viu um homem estranho de capuz entrar na cafeteria e sentar em uma mesa um pouco afastada. 
Virou-se e observou Sesshoumaru receber os pedidos, assim que o atendente saiu ela se colocou à falar.

 

— Mas eu não fiz nada — Protestou. Já se colocando a levantar, mas Sesshoumaru segurou seu braço e a fez sentar.

— Enquanto eu estive fora. Algo aconteceu? — Perguntou ele, encarando ao fundo os olhos dela. 

— Não — Mentiu. 

— Não minta — Ordenou — Eu posso acabar descobrindo e será pi...

— Olha, chega! Eu não quero me envolver com você e nem com Sara, sei que foi legal a gente se ver, sei também que você não queria, mas foi me levar aquele show naquele dia... também nos encontramos na sua "festa" — Fez as aspas com os dedos e continuou — de noivado e acredito que se Sara tivesse me visto iria ser ruim... Mas não podemos continuar com isso, você tem seus afazeres e eu tenho os meus,  não quero problemas. Entende? — Soltou seu braço e se levantou, caminhando em direção à porta, deixando o youkai sozinho. 

 

❈ 

 

— MALDITA SEJA — Jogou um dos cubos de vidro de sua mesa em direção à parede, fazendo seu secretário ter de se abaixar para não ser atingido. 

— Se-Sesshoumaru-sama! Acalme-se — O pequeno youkai abaixo-se pegando os cacos de vidro para que seu "mestre" não viesse a se machucar.

— Jaken... — Chamou o pequeno youkai fazendo ele gelar e levantar o olhar devagar em direção a Sesshoumaru — Realmente não posso matar Sara? 

— QUE? — Gritou derrubando os cacos no chão novamente e os pegando rapidamente em seguida — Mas que i-ideia... se fizer, perderá todas as posses que sua família tem sobre a empresa que a família que a senhorita Sara possui.

— Entendo — Suspirou — Perdendo assim o direito de viver nessa era e também todo nosso dinheiro, suponho. 

— Infelizmente senhor — Afirmou o pequeno. 


Notas Finais


Me desculpem pela formatação errada :x assim que tiver um pc com internet eu arrumo D: até breves <3


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