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História Raposinha - O medo


Escrita por: lizlonelyk

Notas do Autor


O medo e a morte são tema desse episódio.

Não importa o quanto somos especial, rico, pobre... Um dia temos de pensar nisso, já parou para pensar a falta que faz? Ou o quanto a sua vida é preciosa para você e para quem nem imagina ser, ou ainda que pode perder alguém especial a qualquer momento (não só para a morte).

Capítulo 19 - O medo


Fanfic / Fanfiction Raposinha - O medo

Enquanto isso no templo do Silêncio....

- Vejo que está voltando da visita de seu irmão Felipe (uma voz um pouco familiar de homem, ecoou através do templo do silêncio decorado com os vitrais de Lonely a qual sua consciência pairava como uma flor dentro da Solidão acima do altar).

- Ele continua igual, nada nele mudou vim aqui por outro motivo.

- A Kitsune?

- Não, ela não é meu problema, é seu! (o rapaz de bela postura caminhou até o altar, observando a Solidão pairando acima do altar o qual tinha diversas velas espalhadas ao redor), sabe que Zoe tem um poder maior de controle da Solidão que essa simples e frágeis velas.

- Há senhora do tempo, a bela Zoraide Amglevam, não sei quem é mais obcecado você ou ela. Saiba Felipe meu plano vai muito bem, melhor que imaginava a ilusão que criei a cada dia cresse com os sentimentos, só preciso recuperar algo...

- Faz muito tempo deste que prometeu, quero minha vida de volta!

- Se acalma rapaz, deixa-me cuidar de tudo por você, seu irmão dentro em breve irá nos ajudar e depois a Kitsune e por fim a Zoe, poderá fazer o que bem entender com ela.

- Não te compreendo, por qual motivo não deixou trazer meu irmão comigo?(Felipe olhava para a cúpula do templo, buscando ver o dono da voz).

- Isso não importa agora meu rapaz, o fato é que a Kitsune já conseguiu realizar sua primeira transformação e a cavaleira e a feiticeira estão muito ocupadas para treina-la, precisamos de ódio e descontrole fornecidos somente por ela para continuamos... (a voz foi ficando mais e mais distante até desaparecer).

- Maldita dor! Que não passa... (Felipe caiu de joelhos diante do altar o qual saiu o espectro Amargo).

- O que foi? Senti muita dor? Seu coração esta vazio? Sabe que sente Saudades dela... (o vulto negro falava enquanto o rodeava).

- Isso não é saudade! Ela merece pagar pelo o que fez comigo!

- Talvez se sinta só... É uma pena a Solidão não esta pronta ainda... O que irá fazer agora?

- Talvez você pudesse agir, vá e veja como a cientista está, recebemos sinais de um enorme tristeza em seu coração.

- Eu não sou o mais indicado para isso mestrinho, talvez o medo e a culpa sejam mais eficazes nessa tarefa.

- Tem a razão, invoque e envie-os para visitar ela.

Voltando a Karen e Zoe...

Minha mãe havia terminado de preparar tudo para que Zoe passasse a noite em meu quarto, enquanto eu peguei o Max de meu pai, ele em sua forma filhote falou muito baixo em meu ouvido.

- Kitsune não deixe a Zoe sozinha esta noite e não caia na besteira de tentar se transformar, eu preciso ficar de vigia.

- Como assim Max?

- Não esta sentindo nada?(ia responder que não quanto minha mãe deu boa noite para-nos)

- Boa noite mãe, (assim que fechei a porta Max virou um lobisomem e saiu pela janela).

- Bem preciso terminar seu androide, sua família é bem legal, obrigada. (Zoe falou entrando no guarda roupa com sua expressão muito triste, eu senti algo... não sei o que foi, mas senti).

- Zoe espere, você disse que teve problemas com a personalidade certo? Amanhã não tenho aula (menti teria prova de matemática), posso te ajudar, confesso que amo esses lances tecnológicos (isso foi verdade).

- Vou passar a noite e a manhã sem dormir e fico muito irritada, não serei uma boa companhia.

- bem... Eu... ( cocei a parte de traz de minha cabeça sem saber o que dizer, ela me observou com curiosidade), meio que li no diário ... E eu quero que saiba que mesmo não tento passado por algo parecido eu... Eu não posso deixa-la ficar sozinha hoje sem o Max aqui...

Ela apenas concordou com a cabeça deixando a porta aberta, eu passei para “dentro do guarda roupas”, ela não deixou entrar no quarto escrito “Não entre”, então esperei ela voltar com minha versão robô.  É bem estranho a me ver pude notar algo, minha percepção do “eu mesma” era bem diferente da realidade e eu vi como é fácil ser “substituído” pela nova tecnologia, ela havia dito que em 2060 esses tipos de robô seriam tão comuns, muitos deles ficariam em lugares de pessoas especiais que viessem a morrer ou de animais de estimação assim permitindo ser eterno para aqueles que ficassem, pois possuem a mesma personalidade, jeito de agir, falar de ser.

  A ideia de morrer e não existir mais é algo que já havia pensado em aniversários anteriores e do fato de a cada dia todos nós temos certos uma única coisa, a morte, sei é triste pensar que ao fazer aniversario estamos comemorando menos um ano, em nossas vidas e em geral comemoramos as experiências e o novo tempo que chega, são poucos que compreendem o quanto pequenos momentos são importantes, a morte é algo inevitável pode ocorrer por diversos motivos e a qualquer instante (infelizmente bebês morrem sem mesmo ter nascido, algo que minha mãe tem como parte ruim de seu trabalho em salvar vidas, é que algumas morrem), o tempo nunca volta, ele pode se repetir em outras condições diferentes, mas nunca as mesmas, a morte é algo real e ao perder a vida, perguntamos sobre o depois...  Zoe não aguentou mais e ao terminar a androide seus olhos se encheram de lágrimas.

- Zoe vai ficar tudo bem pode confiar em mim.

- Perdi meus pais e a minha vida Karen... Eu sou...

- Você é minha amiga e pode confiar em mim (disse tentando ser firme).

- Sinto medo Karen

- Medo de que?

- De morrer ou fracassar novamente.

Dei um beijo em seu rosto e peguei sua mão sentamos no sofá, ainda não sabia como agir, não sou uma garota fofa, não sou meiga, estou mais para um mine trator e nunca tive amigos nem em minha outra vida, conhece a gata, mas estraguei tudo com o meu “outro eu”, eu a feri quase a matei, em meu pesadelos posso senti seu sangue escorrer em minhas mãos quando lutei ao lado do Max melhor ao lado dos meios lobos pelo poder do reino, a gata estava no exército adversário e eu fiz a escolha errada, poderia ter ajudado ela e os outros, mas não me juntei a ele por isso o odeio tanto.

- Zoe não sou a melhor pessoa para está aqui, desejava que a Lonely ou a Vitoria estivessem aqui ou até mesmo Alai e o Sr: bulldogg, mas sou eu, sei que antes não tivemos um bom começo e eu te ataquei(em minha forma Kitsune). Mas quero te ouvir... (minha voz falhava e eu fiquei nervosa minha cauda e orelhas sugiram , mas continuei) Tempo é algo precioso e não sabemos o quanto ainda temos, acredito que dedicá-lo a quem amamos é a melhor forma de usá-lo. Não importa o quanto nos resta de tempo e sim como escolhemos viver o tempo que nos foi dado.

Ela continuava calada, olhava para o chão de sua sala perfeita (quero jogar !!!), estava vermelha e eu ainda continuava a segurar a sua mão, ela suspirou e olhou para mim e disse:

- Tem razão, eu não sei quanto tempo ainda tenho de vida, sinto medo de morrer, meus poderes não irão funcionar aqui e tudo é minha culpa, deveria ter deixado o Felipe aqui em seu mundo com o seu irmão Erick... ter dado mais valor a minha própria família... ontem no hospital eu reconhece na ficha de entrada a letra dele, ele havia visitado o irmão, Max contou que o viu em seu mundo e que sabe onde ele está agora, em minhas lembranças quando eu fui atrás da Solidão eu o vi no templo do silêncio foi ele que me matou...

Eu só a ouvi contar, o clima tava muito pesado tão pesado que senti, não tinha nada que pudesse fazer isso cortava o meu coração de um jeito.


Notas Finais


Um pouco pesado mas...
Desde que nascemos nossos dias seguem para a morte, ela pode vir rápido, devagar der repente ou a que todos desejamos com uma bela vida e velhice bem aproveitada. A questão a ser refletida é o que estamos fazendo com algo tão especial que é a vida ou melhor a "Nossa Vida", pense nisso, o futuro é um livro ainda em branco pode escrever o que quiser.


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