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História Raposinha - Aprender aprender a aprender.


Escrita por: lizlonelyk

Notas do Autor


O quando é difícil aprender a aprender, temos parâmetros em nossas vidas, os imitamos, tentamos reproduzir o que vermos, ouvimos e sentimos, somos às vezes o fruto do mundo ao redor, somos arrogantes em nossa ignorância, para ser melhor é preciso aprender a aprender.

Capítulo 40 - Aprender aprender a aprender.


No subsolo da catedral havia uma escada que levava a uma caverna enorme debaixo da cidade de Arrom, estalactites pendiam no teto, uma nascente que crescia em um pequeno lago de cor verde, cogumelos fosforescentes e cristais fornecia luz ao ambiente que era mágico, Alfredo me levou por um caminho atravessando a ponte de bambu do lago até um lugar plano sem estalactites, no chão havia marcas como se algo tivesse sido arrastado ou puxado, Alfredo em sua roupa de sacerdote de cor branca com um cinto dourado, parou diante de uma pedra e disse: 

- Então o seu segredo é ser uma Kitsune?

- Sim, em outra vida mais isso faz muito tempo, hoje sou apenas uma garota (disse coçando a parte de traz da cabeça).

- Você não é a única que passou por aqui, isso também faz tempo... (ele olhou com mais atenção para mim), então o que sabe fazer?

Eu transformei em raposa e tentei golpear a pedra que era de meu tamanho com a cauda, primeiro em gelo depois usei fogo,  Alfredo olhava como se eu estivesse fazendo errado, sua mão estava sobre o queixo enquanto a outra batia devagar em sua perna.

- Diga-me Karen em sua outra vida, qual fui sua maior dificuldade para despertar suas caudas?

Eu voltei à forma normal, sentei em cima da pedra que não teve nenhum arranhão, fiquei em silêncio, não quis dizer sobre o meu “outro eu” ou sobre nunca ter conseguido a terceira cauda sem a ajuda da fruta meio.

- Compreendo seus motivos, eu antes de ser um sacerdote, vivia no mundo dos dragões, queria ser um cavaleiro completo, acreditava que necessitava de outra metade mais forte do que eu (eu olhei para o seu rosto, o reflexo verde e azul da caverna fazia uma ilusão como se ele não estivesse matéria, algo como um fantasma), e nada melhor que a criatura mais poderosa em minha opinião, porém dragões são arrogantes demais, para aceitar uma parceria ainda mais com alguém sem poder e “pequeno” como eu, tentei provar de diversas formas que era digno, até que eu roupei um ovo de dragão, achava que poderia doma-lo e ser seu mestre e amigo, mas o dragão cresceu, ficou lindo e incrivelmente forte, ele e eu por um tempo ficamos juntos, ele tinha-me como um pai (ele parou e olhou para o teto e após para o chão), então um dia estava montado em suas costas quando ele do alto me derrubou, enquanto eu caia ele se aproximou de mim e disse: “De todos os homens você será o único, a saber, que sentimentos não se roubam ou se poder comprar com outros sentimentos antes de morrer”, eu respondi “Já estava morto você me deu uma nova vida”, ele então se admirou de minha resposta e poupou-me, desde então vivo aqui ensinando o que aprendi (ele se aproximou de onde eu estava), se não estou enganado sua aura é de quem possui muita atenção com os outros, imagino que sua maior dificuldade seja em aceitar a Solidão.

- Aceitar a Solidão? (problemas com o “eu” não é bem se senti só).

- Diga-me Karen você se ama?

Pergunta muito difícil, mas respondi com um sim, ele se sentou no chão e fechou os olhos, sua aura ficou visível de cor vermelha em formado de um gorila, ele ficou assim por um bom tempo até eu resolver chama-lo.

- Senhor Alfredo?

Ele abriu os olhos sua aura permaneceu igual, ao estender sua mão direita à cor mudou para um roxo escuro e de sua palma saiu uma luz vermelha, só então falou.

- Você precisa aprender, aprender a aprender antes de aprender a se amar ( voltou a fechar os olhos).

- Aprender aprender a aprender? Como faço isso?

- ...

Como não obtive respostas sentei ao lado dele ficando de mesma posição e tentei fazer o que ele fez.

- Muito bem, já sabe aprender fazendo ou através de imitação, vejo que sabe também há ser, suas memórias de sua trajetória como Kitsune a ensinaram bastante, possui uma bela memória e faz reflexões de seu “outro eu”   

Eu olhei para ele ia perguntar, mas ele continuou.

- Sabe conhecer, busca conhecimentos através de pessoas mais velhas, foi assim com a velha loba não é?

- Como sabe dela?

- Isso não importa agora, de sua mão.

Eu a dei e ele olhando uma linha nela disse:

- Não aprendeu a conviver nem com sigo nem com os outros apesar de respeitar a todos, seu medo e falta de confiança em si e nos outros ocasionou seu “outro eu”, bem vou dizer que já tem o que precisa dentro de si, mas se quer uma fruta meio eu tenho uma.

Naquele momento fiquei muito nervosa, minhas orelhas e cauda surgiram, fechei meu punho olhando para o chão eu gritei.

- Quem soltar um mostro em Arrom, junto nesse momento! (olhei para o Alfredo ele havia apenas fechado os olhos novamente, sua aura agora em formato de uma raposa se fez em cor branca).

Estava nervosa, então o deixei e voltei pelo caminho do lago até a escada e por fim voltei para o meu alojamento na catedral. Na mesa mais algumas frutinhas e uma jarra com água, eu tomei um pouco e comi as frutinhas, me deitei na cama olhando para o teto negro, fechei os olhos, mas não conseguia dormir era muita preocupação e responsabilidade, precisava de Vitória e do Alfredo, dei um pulo da cama e voltei para a caverna, Alfredo nem ao menos havia se movido, sua aura branca em formato de raposa... Eu tomei a forma e fiquei deitada ao lado dele, deixei a mente vagar em pensamentos.

- Bem pelo menos agora é diferente não sou tão pequena assim... Sei o que fui e o que posso ser... Conviver ... Fugia de mim mesma odiava ser pequena...


Notas Finais


...


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