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História Raro Amor - Jaeyong - Ciumenta Aventura


Escrita por: DamDia

Notas do Autor


Oi, pessoal!
Parece que faz uma eternidade, certo?
Espero que vocês tenham visto o aviso deixado por mim. Toda vez que acontecer algo eu buscarei avisar sempre antes :)
Inclusive o calendário de postagem para o resto do mês já está no meu perfil!

Desculpa por fazer vocês esperarem e obrigado por continuarem aqui <3
Boa leitura!

Capítulo 12 - Ciumenta Aventura


Fanfic / Fanfiction Raro Amor - Jaeyong - Ciumenta Aventura

Eu sinto ciúme quando alguém te abraça, porque por um segundo essa pessoa está segurando meu mundo inteiro. - Caio Fernando Abreu

 

O caminho do carro ao hospital pareceu demorar como nunca. 

Sentia como se tudo que vivi com Taeyong pudesse ir embora com ele. Na minha mente racional, eu sabia que seus ferimentos iam passar. No entanto para minha ansiedade, não mais controlada por remédios, Taeyong ia se desfazendo em sangue enquanto eu estava ali o segurando sem poder fazer mais nada.

Para minha surpresa, ele voltava aos poucos a realidade, algo que me tranquilizava. Jennie, no volante, virava para nós toda vez que parávamos em um sinal de trânsito.

— Continua pressionando. — Dizia, ela. — Jeno, avise a seu pai que estamos indo para o hospital.

O garoto parecia ainda meio anestesiado, como se estivesse processando tudo com dificuldade. Não o culpo, até porque eu não estava nem um pouco.

— Acho que ele não precisa saber. — Ele diz. Seu corpo vira para o lado, encarando Jennie. — Isso tudo é culpa dele.

Percebo o olhar dela pesar.

— Certo, Taeyong já é maior de idade. Porém, você não. — Diz Jennie encostando o carro á frente do hospital. — E vai ser preciso fazer um curativo nessa sua sobrancelha.

Jeno não responde.

Paro de prestar atenção ao sentir uma vibração no meu bolso, por um momento havia esquecido que peguei o celular de Taeyong. 

Havia algumas mensagens de Jisoo, ou melhor, muitas mensagens. Penso em apagar a notificação, mas escolho não fazer isso. O celular não era meu, muito menos a namorada.

Esqueço tudo que envolvia Jisoo, ao sentir que o sangue de Taeyong voltava a escorrer. Minha calma ia se perdendo à medida que eu tentava estancar o sangue dele. No entanto, parecia que não estava funcionando.

— Não para de sangrar, Jennie. — Digo nervoso sentindo um arrepio gélido percorrer meu corpo.

— Calma, já chegamos. — Sua resposta era tudo que eu poderia querer ouvir naquele momento.

Não se pela falta de pacientes no hospital naquele horário, ou se o caso de Taeyong era sério demais. O atendimento dele foi rápido demais.

Eu cuidei de toda papelada enquanto Jennie ia acompanhar Jeno e Taeyong. Queria ir junto, mas precisávamos fazer essa parte.

— Qual é seu relacionamento com o paciente Jeno? — A recepcionista pergunta. — Preciso do responsável pois ele é menor de idade.

Tento pensar em algo rapidamente. Mais não conseguia raciocinar. Minha mente voltava a pensar apenas em Taeyong e todo aquele sangue, um péssimo pensamento repetitivo.

— Eles são irmãos. — Disse, Kai. Ele havia chegado com Winwin nesse meio tempo. 

Encaro Kai agradecendo com meu olhar.

— Ok, o paciente já Jeno está sendo atendido, vocês podem esperar na sala de espera. — A atendente aponta para umas cadeiras que ficava de frente com uma porta de vidro.

Eu saio dali sem dizer um obrigado sequer, não por falta de educação, mas por não estar em meu perfeito estado mental. Ao invés de ir para as cadeiras, tento entrar pela porta de vidro. 

Precisava ver se estava tudo bem.

Viro para trás, Winwin e Kai conversavam sobre algo e a recepcionista havia saído de seu posto. 

Não sei como, naquela fração de segundo, encontro com o olhar de Winwin. Ele parecia sério, não tinha uma expressão a ser lida. Não sabia o que estava pensando ou sentindo.

Não tinha muito tempo até a recepcionista voltar, interrompo o olhar com Winwin e proveito aquele momento para tentar achar Taeyong.

No meio dessa aventura, acabo passando por diversos pacientes que estavam em um estado pior do que Taeyong. Por ser uma ala de trauma, o sangue dos sangue se misturavam com o cheiro de hospital. E o som das máquinas apitavam em meu ouvido. Um zumbido terrível.

Meu coração acelera. Paro um instante. Pisco os olhos, precisava manter a calma. 

"Onde você está, Taeyong?". Questiono em minha mente. Temo o pior, "e se nesse meio tempo algo de ruim aconteceu?" "Será que está tudo bem?".

O "Beep beep" das máquinas me livram dos pensamentos. No entanto, uma dor horrível no meu peito me faz voltar para meu estado de ansiedade.

Continuo parado.

Vejo uma médica vindo até mim, ela parecia um leve vulto.

— Está tudo bem? — Ela pergunta com uma voz longe.

Tento perguntar sobre Taeyong, mas não consigo falar. Se respirar parecia difícil, emitir algum som era impossível. 

Olho ao redor tentando achar alguma janela, minhas mãos começam a coçar.

— Pessoal, preciso de um ansiolítico aqui. — Escuto ela dizer como um  som mais longe.

Respiro fundo. E, na última respiração, minha visão escurece e eu desmaio.


 

Algum tempo depois...

Não sabia se tudo havia sido um sonho, pesadelo ou a realidade. Independente disso, agora minha mente estava leve. Percebo que estou deitado.

Começo abrir meus olhos levando um breve susto.

Taeyong, com uma série de curativos em seu corpo, sorrir para mim. Ele permanecia sentado na cadeira ao meu lado.

Percebo que era eu quem havia virado o paciente depois de tudo. 

— Hoje foi só tensão. — Ele sorrir, mas logo para e uma expressão  de dor aparece. Sua mão vai a boca apoiando no corte.

Sento na cama.

— Você não devia estar aqui. — Comecei a me preocupar. — O médico te liberou desse jeito? Vou falar com ele.

Taeyong segura em meu braço.

— Calma, eu estou melhor. — Sua resposta não era tão confiável assim, era algo que o antigo Taeyong costumava fazer. Tentar me tranquilizar mesmo que para isso ele mudasse a história para uma versão mais agradável. — O médico disse que eu podia fazer uma visita.

Com a palavra “visita”, minha reação foi analisar onde de fato eu estava. Procurei uma janela. Era possível ver que ainda era de noite.

— Eu estou dormindo há quanto tempo? — Pergunto ainda encarando a janela. Para falar a verdade, aquela indagação foi mais para mim do que para ele.

Sua mão vai no meu rosto, sua mão no meu queixo, puxando-me para ele. Não esperava por isso.

— Digamos que não passou nem duas horas desde que chegamos no hospital. — Taeyong responde. — Sua mãe inclusive está chegando daqui a pouco. Depois que você desmaiou, os médico preferiram te colocar em um quarto. Digamos que para ficarem de olho em você.

Penso na reação dela quando soubesse tudo aquilo. 

Provavelmente vai começar a questionar o porquê de eu não ter avisado. E quando ela ver o estado de Taeyong e Jeno, fará um interrogatório. Isso sem falar no meu desmaio, com certeza vai ligar para o doutor Kim.

Afastei aqueles pensamentos ao ver Taeyong me encarando. Provavelmente me achando um completo estranho.

Não tinha problema, era como ele já havia dito, essa noite estava tensa, minha estranheza era o mínimo.

— Dizeram que você teve um ataque de pânico. — Taeyong diz quase num sussurro. — Não sabia que você tinha esse tipo de problema.

O que eu menos queria falar sobre naquele momento era sobre minha saúde mental. 

— Mesmo que não pareça… — Começo a dizer. — Faz um bom tempo que não nos falamos, coisas aconteceram e outras se mantiveram iguais.

Ele não responde. Era entendível que Taeyong não tivesse uma resposta. Não sei se ele se sentia culpado, ou se nem ligava.

Hoje já tinha sido um dia e tanto para eu pensar sobre isso.

Toda a situação dele com o pai, a briga, jeno me ligando, eu indo até a casa dele. O sangue, o estresse até o hospital. Tudo parecia ter durado dias, no entanto, Taeyong estava aqui do meu lado, como antigamente.

— Você não tem noção do quanto estávamos preocupados com você. — Digo sem saber se eu começava a falar sobre a briga com o pai dele.

Mais uma vez Taeyong não responde. Tento lembrar se ele costumava a ser assim calado.

— Enfim… Era tanto sangue, eu achei que… — Ele segura em minha mão.

Eu paro de falar.

— Obrigado. — Diz, Taeyong.

Era desconcertante, não podia negar. Para mim, era impossível fingir que o toque de Taeyong não estava começando a mexer comigo. Seu jeito despreocupado, a leveza de sua fala. Éramos bem diferentes nisso. Eu uma tempestade e ele maresia.

Não conseguia acreditar que depois de tanto tempo fazendo terapia. Era só ele voltar que eu simplesmente iria passar a sentir tudo de novo. 

— Eu aceito seu agradecimento. — Digo tentando pôr meus pensamentos em ordem. — Porém, o que aconteceu?

Taeyong dá um sorriso sem jeito antes de responder.

— Uma discussão que saiu fora do controle. — Suspiro com sua resposta simplista e nada convincente.

— Taeyong, te conheço a um tempo, e eu nunca sequer vi você e seu pai discutirem. — Comento, arrependendo-me em seguida.

Tento lembrar que eu não conhecia mais ele, foram longos anos desde que fiz parte de sua vida. Eu conhecia o Taeyong de dez anos atrás, não esse.

— Esquece. — Tento concertar. — Independente do que aconteceu, posso conversar com minha mãe e ver se podemos fazer algo…

— Não, Jae. — Ele diz. — Meu pai não vai fazer isso de novo, eu prometo.

Queria voltar a argumentar sobre isso, porém sinto uma vibração incômoda na minha perna. "O celular dele" Penso. 

Com certa dificuldade pela calça apertada, pego o celular no meu bolso.

— Toma. — Digo entregando a ele. — Faz um tempo que ele não para de vibrar. 

Taeyong pega o celular e coloca no seu bolso.

— Acho que sua namorada está preocupada. — Percebo que ele não parecia se importar tanto assim.

— Eu imaginei. Quando sua mãe chegar, eu saio e falo com ela. Por enquanto te farei companhia. 

De fato o dia de hoje estava estranho, quando ia imaginar que isso ia ocorrer.

— Licença… — Eu digo. Com cuidado ajeito o curativo da sua testa. — Seu rosto está bem feio. 

Ele rir e eu também.

— O pior é que o jantar de noivado já é próxima semana. — Taeyong diz.

Meu sorriso se fecha.

Não queria lembrar disso, mas por algum motivo, aquele jantar começava a me assombrar.

— Verdade, no meio disso tudo, eu tinha esquecido. — Respondo.

— Não tem problema, acho que Jisoo vai dar um jeito de melhorar meu rosto. Ela não ia permitir que eu arruine o álbum de fotos. 

Sinto uma mistura de desapontamento com ciúme se alastrar em mim. Forço-me a ficar em silêncio.

— Você ainda vai? — Ele pergunta.

Mais silêncio. 

Culpo-me por criar algum tipo de expectativa no dia de hoje, mesmo que eu nem saiba qual. Era como se eu tivesse criado uma narrativa sobre taeyong que só fazia sentido na minha cabeça. Como se isso fosse uma novidade.

— Acho que eu vou sim. Inclusive já confirmei a presença no convite. — Minto. Odeio mentir, mas só queria que aquela conversa acabe. 

Agora era a vez dele de fazer silêncio.

Não durou muito. Logo vejo a porta do quarto se abrir. Já me preparo para ouvir o choro e o desespero de minha mãe.

Estava enganado.

Jeno e Winwin entram no quarto. Se eu já estava achando toda situação estranha. Agora parecia piorar cem vezes mais.

Winwin olha para Taeyong como se não esperasse pela a presença dele. Jeno sorria enquanto falava "eu disse". Taeyong olha para Winwin também sem esperar a presença dele. E eu? Eu tento entender o que estava acontecendo.

— Eu disse que ele estaria aqui com o Jaehyun. — Jeno fala para Winwin. 

— Disse… — Winwin responde com um olhar sério para mim.

Odiava não conseguir decifrar o que ele estava pensando.

— Vamos, Taeyong! Você tem uma visita. — Esbraveja Jeno.

Nesse momento, a feição de Winwin —  em uma fração de segundos — vai de sério para confuso, e de confuso para desapontado.

Lembro do nosso primeiro encontro e de ter confundido o nome dele com o de Taeyong. Meu corpo gela e na hora uma certa culpa volta para mim. 

Quando ia falar algo para Winwin, minha mãe entra no quarto junto com Yoona e Sehun. Mesmo assim ainda tento voltar minha atenção a ele, porém com a chegada da minha família ele havia aproveitado para sair do quarto.

"Merda", penso.

 — Meu filho! — Esbraveja minha mãe segurando suas lágrimas com a mão.

Taeyong sai da frente abrindo o caminho para ela, que logo vem me abraçar.

— O que aconteceu? — Ela pergunta para mim.

— Mãe… — Sehun diz interrompendo a minha futura respostas. — Não é com o jaehyun que a senhora devia ter se preocupado.

Ele encara taeyong vendo os curativos dele. Yoona bate com o braço nas costas de Sehun, para que ele não fizesse alarde.

— Minha nossa, vocês vão ter de me contar absolutamente tudo! — Minha mãe diz impaciente.

Uma hora eu contaria, mas naquele momento só conseguia pensar no desapontamento de Winwin.

— Irei contar. — Digo me levantando da cama, todos me olham confusos. — Porém, preciso resolver uma coisa.

Taeyong segura em meu braço, como se não quisesse que eu saísse. Olho para ele. 

Como o doutor Kim diria, o primeiro passo para esquecer é não se importar. 

Sei que conhecendo-me bem, eu não vou conseguir, mas vou tentar ao máximo não ficar no meio de Taeyong e de Jisoo. 

Abro um sorriso educado para Taeyong. Desvencilhando-me dele, digo um "até logo" para todos e vou correndo atrás de Winwin. Esperando que de alguma forma, eu pare de me importar.

Meus passos estavam vacilantes.

Correr sob efeito de ansiolíticos e calmantes não era nada bom. 

Minhas pernas parecem extremamente cansadas, minha mente meio paralisada tenta focar em alguém que pareça com Winwin. Não lembro qual era sua roupa, o que piora ainda mais a busca.

Passo pela ala de trauma, a mesma onde eu tinha desmaiado. "Não olha para o sangue" Advirto-me. 

Nem sinal dele.

Quando achava que não tinha mais jeito, Winwin aparece mais à frente. Estava parado com um copo de café na mão. Ainda mantinha uma feição séria no rosto. 

Aproximo-me dele, mesmo tonto, corro aquele pequeno espaço. Quase não consigo parar, por pouco não bati no café que ele segurava.

— O que você… — Winwin tenta dizer meio surpreso. 

— Me desculpa. — Eu digo interrompendo.

Minha respiração estava descompassada, apoio meus braços nos joelhos, ficando praticamente agachado.

Ele põe as mãos em meu ombro.

— Respira. Com calma. — Diz, Winwin pausadamente.

— Me desculpa. — volto a dizer. — Eu devia ter te falado.

Ele balança a cabeça, ajeitando seu cabelo.

— Sim, você devia ter me contado. Principalmente a parte em que, coincidentemente, o "Taeyong" do nosso encontro, mora na frente da sua casa. — Ele diz fazendo eu arrumar minha postura e encará-lo. — E pelo dia de hoje, pude entender que ele é alguém no mínimo muito importante para você.

Sua fala parecia até difícil de processar. Winwin era sincero, não falava com ironias ou indiretas. Nada com ele era embelezado ou amenizado.

— Eu sei, eu devia ter te contado, e ainda quero contar. — Ele sorri pela primeira vez naquela noite. — Só que uma parte do meus problemas veio por causa dele, ou pela minha expectativa sobre ele. Não estou preparado agora para falar.

Tentei ser o mais sincero possível. Mas, Winwin se afasta de mim. 

Surpreendendo-me, vejo ele jogar o copo de café numa lixeira próxima, para depois voltar para perto de mim. 

E calmamente, Winwin me dá um abraço.

— Não vou ter forçar a nada. — Ele diz ainda em meus braços. — Mas prometa nunca mentir para mim sobre isso ou sobre qualquer outra coisa. Não gosto de fazer papel de bobo.

Abro um sorriso.

— Prometo. Afinal, você é muito inteligente para isso. — Digo conseguindo fazer ele sorrir também. — E a propósito, o meu ”tal” vizinho vai se casar. E, fui convidado para o jantar de noivado. E, pensei em te chamar.  E, seria ótimo ter você comigo.

— Nossa, quantos "e"s. — Winwin mais uma vez sorrir. — Se você precisa de mim. Irei com certeza.

Naquele corredor, nosso abraço acaba virando um beijo. Winwin toma a iniciativa e põe seus lábios sobre os meus. Gentilmente sua língua pede passagem. Suas mãos vão a minha nuca e meus braços em sua cintura.

Quando nosso beijo acaba, eu reparo numa pequena plateia atrás de nós.

Sinto uma vergonha terrível. 

Parados com expressões diferentes, ali estavam minha mãe e sehun surpresos. Yoona, Kai e Jennie com um sorriso no rosto. Jeno e Jisoo que encaravam tudo aquilo sem entender o que estava acontecendo. E Taeyong, o qual me encarava com um olhar de ciúmes.

Algo que eu não via desde muito tempo.

 


Notas Finais


É isso pessoal, espero que estejam curtindo.
E agora? O noivado de Taeyong e Jisoo está bem próximo...

Vamos conversar nos comentários? Vou tentar responder rapidinho!
Até mais :)


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