1. Spirit Fanfics >
  2. Re Creators >
  3. Incógnita

História Re Creators - Incógnita


Escrita por: Tigrevurmud

Capítulo 3 - Incógnita


Fanfic / Fanfiction Re Creators - Incógnita

- Não isso não tem nada a ver com aquele ataque estranho no centro da cidade... – disse uma voz masculina em um dos corredores dedo aeroporto. Ele falava ao celular. Seu sotaque era diferente dos japoneses.

O local estava pouco movimentado, mas ainda assim era o suficiente para criar várias filas nas lanchonetes e atendimentos diversos ali presentes.

O homem andava com forte nervosismo, ele trajava um paletó azul marinho, carregando uma maleta ele caminhava rapidamente por entre as pessoas enquanto falava ao telefone.

- Certo... estarei aí... como? Não pensei em alugar um carro... certo... é mais seguro... ok, vou esperar que me busquem próximo à lanchonete da entrada. A presto!

Ele caminhou pelo corredor e rapidamente passou pela porta automática que dava acesso a principal entrada do enorme aeroporto. Não demorou muito para uma jovem com roupas esportivas passar pela porta na mesma velocidade do homem.

Ela usava um boné branco com um detalhe em vermelho, suas roupas mesclavam preto com vermelho.

O homem de paletó azul marinho sentou-se em uma das mesas da ampla lanchonete, ele abriu sua maleta e olhou discretamente para dentro, em sua visão apareceu pasta escura onde havia uma única palavra escrita em sua capa, era uma italiana.

- Segreto? Hum... isso pode ser interessante como eu pensei...

A jovem que acabara de ler a palavra da pasta do homem estava atrás dela, sua voz o surpreendeu tanto que ele ficou pálido ao olhou para trás, não era o fato de ser uma jovem ali presente, mas sim ela tê-lo surpreendido e visto a pasta dentro de sua maleta.

- Segreto... se não me engano isso significa sigilo... o que será? O que será?

- Quem é você?! – indagou o homem, haviam poucas pessoas nas mesas ao redor, mas ela ainda mantinha uma voz baixa.

- Ah... eu... bom... vamos fazer o seguinte, você vai me dizer para onde vai e o que vai fazer...

- O que? Nunca!

- Ah... – um sorriso sarcástico se abriu nos lábios da jovem.

***

Sota e Meteora voltaram juntos para a casa do jovem, quando ele abriu a porta de seu quarto ambos ficaram atônicos, foi uma surpresa muito grande para ambos, verem que a pessoa que aguardavam, já os aguardava. A jovem em um vestido militar preto com detalhes em amarelo, repousava parte de seus longos cabelos prateados no lençol da cama na qual estava sentada.

- Vocês demoraram... já estava entediada.

- Esperava que visse mais tarde. – Sota fez essa observação olhando o brilho do reflexo do sol nos cabelos prateados da garota.

- Então, você está mesmo de volta, Altair?

- Ora... Meteora, a quanto tempo. Mas, não estou de volta, estou apenas de passagem.

- Sota-dono me adiantou o assunto.

- E você não acreditou, certo?

- Sinceramente. Acredito que você ame sua criadora. – nesse instante Altair abriu levemente a boca de forma inconsciente. – e não viria até aqui para fazer algum jogo que a envolvesse.

- Entendo. Como esperado da bibliotecária da Mil Milhas... muito bem...

- Como está Shimazaki-san? – indagou Sota. – Você voltou para ela não foi?

- Ah... sim. Ela está bem.

- Altair. Shimazaki-dono sabe que você veio pedir ajuda?

A pergunta de Meteora fez Altair a olhar com um rosto mais sério.

- Isso importa?

- Não pretendo negar ajuda, mas esconder isso da sua criadora me parece um tanto suspeito.

Sota encarou ambas sem entender ao certo o que estava acontecendo.

Os olhos carmesins de Altair tremiam levemente, uma tensão estranha pareceu emergir no pequeno quarto até que Sota falou.

- O que importa no momento é salvar Shimazaki-san. – exclamou Sota.

- Exatamente. – Altair pareceu relaxar um pouco seus ombros e sua expressão. – podemos discutir isso quando Setsuna estiver a salvo, o que me diz, Meteora?

- Por hora devo concordar.

- Certo.

Os dois sentaram-se diante de Altair, ela então, falou em um tom calmo.

- Como já disse para o Sota, o corpo de Setsuna está sofrendo efeitos parecidos com o que sofria no início ao usar demais minhas habilidades, você deve se lembrar Meteora, pois essa foi a razão de eu ter recuado quando eu a enfrentei pela primeira vez.

- Eu me lembro muito bem.

- Que bom. Mas, já usei meu Holopsicon para tentar reconstruir o corpo dela, entretanto não surtiu efeito.

- Como? – Meteora ficou perplexa. – não teve efeito algum?

- Sim.

- Mas seu poderes são extraordinários. – disse Sota. – não teve nenhum efeito, por menor que seja?

- Não, isso me deixou assustada, mas não queria preocupa-la mais, então eu agi como se fosse encontrar a solução em outro lugar rapidamente.

- Seu desejo em protegê-la é admirável, mas fingir que iria conseguir... – Meteora foi interrompida por uma voz mais nervosa de Altair.

- Não fingi! Preste atenção Meteora, eu disse que agi como tal e não fingi, eu posso muito bem conseguir isso, mas...

Sota olhou preocupado para o rosto de Altair que olhava para o chão.

- Mas você se preocupa que se for sozinha possa não conseguir à tempo, certo?

Altair concordou assentindo com a cabeça enquanto desviava o olhar com timidez.

- Muito bem. – continuou Meteora. – sabemos que o uso de habilidades em excesso podem levar à criação sumir desse mundo, mas o caso de Shimazaki-dono é diferente, ela não possui habilidades como eu ou Altair.

- Isso é verdade... como isso pode estar acontecendo com ela? – indagou retoricamente Sota.

- Altair. – Meteora fitava a jovem diretamente em seus olhos vermelhos. – você possui alguma habilidade para ler o interior dos personagens ou algo similar?

- Ah? Não...

- Sota-dono, se pudermos fazer isso...

- Sim... teremos algum ponto de partida.

- Como esperado de você, mas... isso me desaponta um pouco, normalmente eu teria pensado em algo assim, acho que fiquei um pouco mais nervosa do que eu pensei.

- Isso é muito provável... Sota-dono, por favor, crie uma história onde Altair possua tal habilidade.

- Ah...? o que, eu?!

- Sim. Você não se importaria que fosse ele certo, Altair?

Os olhos carmesins da princesa do uniforme militar se voltaram para Sota, ela falou com um pequeno sorriso em seus lábios.

- Não.

“Afinal... foi por causa dele que Setsuna me criou.”

- Muito bem, pode criar algo?

- Bem... assim de repente...

- Pode ser uma história curta, apenas algo que descreva essa habilidade dentro de um contexto e já postaremos na internet para ganhar aceitação do público.

- Ok... eu farei o meu melhor.

Sota se levantou e ao sentar-se junto à sua mesa ele começou a esboça uma curta história sobre Altair.

- Você parece bem, Meteora. – disse Altair. - Pelo visto, tornou-se uma deusa também.

- Entendo, com seu Holopsicon você já me observou... mas... estou longe de estar perto do seu nível de divindade, se é que esse é o termo mais apropriado.

- Claro que é, somos criadoras de mundos, personagens e histórias, é algo lógico sermos chamadas de deusas.

***

O ventilador de teto no quarto do jovem era o único ruído que podia ser escutado naquele momento.

- Hum... entendo... essa habilidade parece bem útil. – Altair olhava com grande interesse para um tipo de painel holográfico que se mantinha conforme sua mão esquerda permanecia aberta na sua frente.

- Desculpe por isso, Meteora-san.

A jovem de olhos azuis claramente estava incomodada e um pouco envergonhada, mas respondeu no tom mais natural que pôde.

- Não se desculpe, Sota-dono, afinal, sou a única criação aqui presente, além da própria Altair.

- Hum... bem... esse habilidade me permite analisar a situação da saúde do corpo da Meteora aqui na minha frente, mas... ah... isso é interessante, você colocou esse ícone para analisar o motivo de algum problema em sua origem... isso pode ser útil... mas...

- Ah?

- Isso funciona em criações, assim como as minhas outras habilidades, então provavelmente...

- Ainda assim precisa tentar.

- Hum?

- Eu disse que ajudaria não disse?

- Sota? – Meteora estava surpresa com a reação do jovem.

Altair que igualmente ficou surpresa, parecia ter recobrado sua postura serena de costume.

- Certo... bem... vamos tentar.

- O que? Daqui? – indagou o jovem.

- Sim.

Erguendo ambos os braços, Altair fez aparecer uma metralhadora em sua mão esquerda e um sabre na direta.

- Décimo Primeiro Movimento do Cosmos: ampliação do destino!

O holograma que estava diante da jovem de cabelos prateados mudou de cor, de azul passou para roxo e agora ela olhava com intensidade para ele.

- Não... não pode ser...

- O que houve? O que está vendo, Altair? – indagou Sota.

- Não mostra nada... nada... – ela olhava perplexa para o painel. – foi uma perda de tempo!

- Se acalme...

Nesse momento dois sabres surgiram próximos do pescoço de Meteora, eles estavam cruzados, mas ainda mantinham uma distância de 2 centímetros da pele da jovem.

Altair não falou nada, mas a tensão havia subido abruptamente. A jovem encarava Meteora com um olhar frio.

- Ela não tem culpa, Altair!

O grito de Sota fez Altair afastar os sabres do entorno de Meteora que estava com um rosto levemente assustado.

- Precisamos pensar em outra coisa, sem dúvida acharemos uma solução!

- Eu vou voltar agora. – Altair falou com uma voz mais fria do que o normal enquanto abaixava seus olhos carmesins e virava-se de costas para os dois.

- Espere... – o jovem nem pode continuar o pedido, Altair já desaparecera das vistas dos dois ali presentes.

- Ela está mais confusa do que eu havia imaginado. – disse Meteora em um tom normal.

Sota só podia lamentar a situação e sua impossibilidade de fazer algo mais.

- Eu entendo ela... de certa forma... mas...

- Precisamos pensar em outra coisa...

- Sim... mas...

***

Em uma região afastada dos grandes centros comerciais, a noroeste do monte Fuji fica uma floresta com cerca de 38 km² conhecida como Aokigahara ou como ficou popularmente conhecida “Mas de arvores” em virtude de sua alta densidade que chega ao ponto de impossibilitar que os ventos soprem a baixo das copas das árvores, isso dá à ela um clima sinistro, ainda mais somado ao fato de poucos animais viverem lá e a crença popular de que o local é maldito e assombrado por vários demônios, é também conhecida por um alto número de suicídios.

Durante essa noite, uma pessoa singular andava por entre as árvores, ela usava um uniforme escolar feminino escuro, seu cabelo roxo possuía uma longa trança que balançava conforme a jovem andava.

- Huhumm.... esses caras são muito... muito burros... provavelmente diferentes daqueles que estão aqui em baixo... – ela pisou alguma vezes no chão com um sorriso sarcástico em seu rosto.

A alguns metros atrás da jovem haviam seis homens uniformizados com trajes escuros, todos estavam caídos no chão repleto de sangue, assim como suas roupas, suas armas como pistolas e metralhadores não haviam sequer disparado uma única vez.

- O que eu faço.... – dizia a jovem colocando seus braços um sobre o outro na altura de seus estomago. – ganhar dinheiro de trouxas sem parar já está entediante... mas... isso aqui pode ser muito trabalhoso... – ela fez uma expressão de tédio misturado com um rosto de uma criança mimada, logo em seguida abriu um sorriso ainda mais sarcástico. – brincadeirinha... ah... tive tanto trabalho para chegar aqui... se... se é que enganar e matar um esquadrão de agentes secretos não foi nenhum pouco divertido, muito chato... chato de mais... demasiadamente chato... no entanto... o que será que o mundo vai pensar ao descobrir essa coisa aqui.

A jovem olhou para a lua cheia e logo em seguida voltou seus olhos dourados para o chão de terra coberto por algumas folhas caias, em sua mente ela podia imaginar um grande círculo em baixo da terra e parecia se divertir com isso.

- Ah.... eles pensaram em esconder isso na floresta dos suicidas ahahahaha que hilário... isso sim é bem divertido... qual será? Qual será a expressão que aquele garoto vai fazer ao ver isso nos noticiários? Será que vai dizer? Foi ela? Não... não foi ela, ou será que foi? – a jovem colocava e tirava seu dedo indicados do seu queixo. – mas isso não vai deixar as pessoas em pânico... não, vai sim... porque... porque... uma mentira sobre uma mentira, ela da uma volta em si mesma e se tornara realidade...


Notas Finais


Título do próximo capítulo: Notícia fatídica! Colisor!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...