Ato 01 - A Sombra Voadora – Parte 04.
Após revelar o primeiro local de treinamento, os demais, menos Subaru, ficaram surpresos. Subaru se perguntava por que os outros estavam tão espantados. Ao ver a expressão preocupada dele, Mavis deu uma pequena risada e explicou que aquela ilha era um lugar muito importante tanto para ela quanto para a guilda. Ela achava que lá seria um ótimo lugar para que eles começassem o treino dele. Ao ouvir a explicação, Subaru perguntou se estava tudo bem ir a um lugar tão importante, considerando ele mesmo. Mavis, assim como os demais, já tinham percebido que Subaru sempre se diminuía, e todos se perguntavam se isso poderia ser por causa dos antigos "amigos" dele. Eles sabiam que seria um trabalho muito árduo fazê-lo superar isso.
Com tudo resolvido, Makarov fez com que o tempo voltasse a correr. Subaru perguntou se eles se importariam se ele fosse com eles depois que seu turno acabasse. Os demais não se importaram, e após anotar os pedidos deles, Subaru se afastou. Após sua saída, começaram a conversar sobre o que fariam. A ruiva, que olhava para Subaru e sentia que ele tinha um grande potencial, olhou para Mavis e perguntou com um olhar sério:
– Mestra, eu sei que a senhora disse que iria treiná-lo, mas eu posso treiná-lo também? Sinto que aquele garoto tem um certo potencial para se tornar um bom espadachim, e eu quero que ele conheça o que é uma amizade de verdade, em vez daquela falsa que ele teve – falava a mesma com uma expressão séria, surpreendendo os demais, pois até hoje ela nunca havia tido vontade de treinar ninguém. Mas eles conseguiam entender os motivos dela; afinal, na Fairy Tail, era ensinado que o companheirismo e a amizade podem levar ainda mais longe. Ao ver como os antigos companheiros tinham tratado Subaru, isso enfureceu a ruiva, que sentia que devia mostrar a ele o que poderia ser uma amizade verdadeira. Ao ouvir a sugestão da ruiva, Mavis achou uma excelente ideia, pois isso poderia ajudar Subaru a perder a mania de se diminuir e, quem sabe, ele poderia começar a se valorizar mais. Olhando para a ruiva, Mavis disse:
– Eu acho que a sua ideia é muito boa, Erza, mas tente não pegar muito pesado com ele, ok? Afinal, ele parece entender quase nada de magia e muito menos de espada – falava a mesma com uma expressão neutra, enquanto Erza concordava com ela. Makarov perguntou quanto tempo eles achavam que Subaru precisaria treinar para ficar apto a sair para uma missão rank A. Mavis, com uma expressão confiante, disse que precisaria de apenas um ano, e após esse tempo, Subaru poderia até fazer missões rank S. Os demais ficaram surpresos e perguntaram por que ela tinha tanta certeza disso. Com um pequeno sorriso, Mavis disse que Subaru tinha uma grande quantidade de mana que chegava a ser quase a metade da dela. Aquelas palavras deixaram os demais muito surpresos, pois sabiam que Mavis tinha uma gigantesca quantidade de energia mágica. Se aquilo fosse mesmo verdade, Subaru se tornaria mais um dos ás da guilda.
Depois que o turno de Subaru terminou, ele se despediu e agradeceu ao pessoal do restaurante por tudo. O dono disse a ele que ele sempre teria um lugar ali, caso quisesse voltar algum dia. Após dar o pagamento, Subaru se juntou a Mavis e aos demais, que estavam prontos para partir para Tenroujima, pois Mavis queria começar o treino dele o mais rápido possível. Concordando com ela, Subaru disse que precisava apenas passar na pousada para pegar suas coisas. Depois de pagar tudo, ele foi até a marina, onde viu os demais na frente de um navio. Dentro dele, Mavis e Erza estavam esperando por ele. Quando ele ia subir no navio, Makarov o chamou e, com um carimbo, marcou a palma da mão de Subaru com o símbolo da guilda na cor laranja, desejando-lhe muita sorte. Subaru agradeceu, e ao subir no navio, partiu feliz, por ver que mais uma fase de sua vida estava para começar. Ele estava muito empolgado.
Vendo a animação dele, Mavis se aproximou e disse:
– Subaru-kun, antes de começarmos o seu treino, eu preciso te explicar algumas coisas sobre o seu treino, e acho que consigo te livrar do seu fardo. – Falou a mesma, conseguindo atrair toda a atenção dele. Ao ouvir que ela poderia livrá-lo do seu fardo, Subaru sabia que ela estava falando do retorno através da morte e que, se fosse para se livrar daquilo, ele faria qualquer coisa. Mavis começou a explicar que o treino dele duraria um ano e que, na ilha, o tempo passaria um pouco mais devagar do que fora dela, pois um dia lá parecia três. Os treinos seriam divididos entre aulas de magia com ela e aulas de espada com Erza. Subaru ficou surpreso, perguntando como o tempo poderia passar mais devagar e se era alguma magia, mas concordou com tudo que ela disse. Mavis então explicou que conseguiria retirar aquela habilidade, mas seria um processo extremamente doloroso para ele, afinal, aquela habilidade parecia estar fundida com a alma dele. Ela perguntou se ele realmente queria fazer aquilo, e com um olhar determinado, Subaru disse:
– Eu quero fazer isso, então Mavis-san, poderia me livrar disso, por favor? – Perguntou ele, com uma expressão decidida. Vendo que ele tinha se decidido, Mavis pediu para que Erza se afastasse um pouco para que pudesse começar. Então, fazendo um círculo mágico branco aparecer debaixo de Subaru, ela começou a recitar um feitiço. Ao ver que Mavis tinha começado a recitar, Subaru sentiu uma dor excruciante tomar conta de seu corpo; era como se ele sentisse todas as suas mortes de uma vez só. Ele caiu no chão, agonizando de dor. Ao ver aquilo, Mavis queria muito parar, mas sabia que era a vontade de Subaru se livrar daquele fardo. Mesmo que doesse nela ter que fazer aquilo, Erza perguntou a Mavis se havia algo que pudesse fazer para amenizar um pouco da dor de Subaru. Com um semblante neutro, a pequena maga disse que tinha como compartilhar um pouco da dor. Sem pensar muito, Erza perguntou o que precisava fazer. Mavis explicou que ela precisaria entrar no círculo mágico e segurar uma das mãos dele. Aproximando-se de Subaru, Erza segurou a mão dele e sentiu uma dor extrema, perguntando-se como Subaru poderia ter suportado uma dor como aquela.
Depois de algumas longas e difíceis horas, Subaru acordou de repente, como se despertasse de um pesadelo. Percebeu que era noite e que não estava mais no navio, mas sim em uma espécie de ilha. Um pouco afastado, percebeu que Erza parecia estar dormindo profundamente. Ao tentar se levantar, sentiu fraqueza e se lembrou do que havia acontecido, perguntando-se se tinha dado certo. Antes que pudesse perguntar alguma coisa, ouviu uma voz lhe chamando, parecendo feliz por ele ter acordado. Ao se virar, percebeu que a voz era de Mavis, que se aproximou perguntando se ele estava bem. Ao responder que sim, isso deixou a pequena aliviada. Com uma expressão curiosa e preocupada, Subaru perguntou se o feitiço tinha dado certo. Abrindo um grande sorriso, Mavis disse:
– Não precisa se preocupar, Subaru-kun, deu tudo certo e eu consegui tirar aquela habilidade de você. Mas, quando consegui retirá-la, percebi que você ganhou uma habilidade no lugar daquela, mas desta vez não é uma habilidade maléfica que irá te causar dor. – Falou a mesma com uma expressão animada. Vendo Subaru um pouco surpreso com a notícia, ele perguntou qual seria essa nova habilidade que tinha conseguido. Mavis, querendo matar a curiosidade dele, revelou que o nome da habilidade era [Manipulação Temporal]. Com essa habilidade, Subaru poderia acelerar e desacelerar o tempo por um curto espaço. Mavis disse que tinha percebido que o domínio dele com a magia das trevas havia aumentado muito. Ao ouvir aquelas palavras, Subaru ficou extremamente surpreso, pois esperava uma habilidade medíocre. Mas aquela era realmente poderosa, e ele ficou feliz em saber que aquela maldita maldição tinha lhe cedido pelo menos algo bom no final. Então, ele perguntou o que tinha acontecido com a ruiva. Com um pequeno sorriso, Mavis explicou o que ela tinha feito. Isso deixou Subaru surpreso, pois ele nunca havia pensado que alguém faria algo assim por ele. Ele sentiu que tinha que agradecer a ela depois por ter feito aquilo, mesmo sem entender o porquê.
Olhando ao redor, Subaru achou o lugar muito bonito. Um pouco curioso, ele perguntou a Mavis:
– Mavis-san, essa é a ilha na qual eu vou treinar? – Perguntou, um pouco curioso, enquanto conseguia ver uma enorme árvore no centro da ilha. Mavis, com uma pequena risada, confirmou que sim e explicou que aquele lugar tinha um significado bastante especial para ela. Curioso, Subaru perguntou qual era a história daquela ilha. Ao ver que tinha um aluno curioso, Mavis ficou feliz por encontrar alguém um pouco parecido com ela. Então, enquanto observavam as estrelas, ela começou a contar um pouco da história da ilha e também um pouco de sua própria história. A noite foi passando, e podiam-se ouvir as vozes e algumas risadas dos dois ao longo da noite. Assim começou mais um capítulo na vida de Subaru, ao lado de duas poderosas magias, em uma ilha, sem saber que certos problemas do seu passado ainda não desistiram de procurá-lo.
Continua…
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