1. Spirit Fanfics >
  2. Real and True - Imagine (Jeon Jungkook) >
  3. Where it all fell apart

História Real and True - Imagine (Jeon Jungkook) - Where it all fell apart


Escrita por: sunshinejk_

Notas do Autor


Olá! Como estamos? Espero que vocês estejam bem!

Passamos dos 200 favoritos e eu nem sei colocar em palavras o quão grata eu estou por todo o carinho de vocês com a fanfic e os personagens. Muito obrigada, do fundo do meu coração! ❤️

Já vos aviso para que preparem o emocional para esse capítulo!

📍A capa de hoje é um pouquinho diferente, mas vocês já devem imaginar que lugarzinho é esse, né?

📌 Avisos importantes

- “X”, indica uma pequena quebra de tempo. Quando ela for de dias, semanas ou meses, eu vou especificar.

- Comentários e críticas construtivas serão sempre bem vindos. Não tenham vergonha de interagir comigo, por favor!

- Leiam as notas finais! Eu sempre deixo informações importantes por lá.

- Plágio é crime.

Boa leitura! 🐋

Capítulo 33 - Where it all fell apart


Fanfic / Fanfiction Real and True - Imagine (Jeon Jungkook) - Where it all fell apart

Nossos lábios estão se movendo

Eles estão fazendo palavras

Palavras se transformam em enigmas

Nós pioramos isso

Porque eu não estou escutando

E você não está ouvindo

           - Talk, Why Don’t We


 

S/N

Seul, Coréia do Sul

– Ué, Jungkook não estava no Japão? – Jihoon me olha confuso.

A essa altura, as orbes de Jungkook já haviam nos encontrado e nos fuzilavam, com raiva. 

– Puta que pariu! – fecho meus olhos. – Isso não pode estar acontecendo.

 

Jungkook se aproximou em passos largos, com os olhos transcendendo raiva e decepção. E enquanto ele tentava abrir a porta do carro, eu apenas mantinha meus olhos fechados, pensando na merda que havia feito. 

– Você não vai abrir? – Jihoon pergunta, me olhando estranho. Ele não fazia ideia que Jungkook sentia ciúmes da forma como ele estava presente na minha vida e na vida do bebê. – S/n, está tudo bem? Ele parece preocupado com você.

Assenti, apertando os meus olhos e respirando fundo. Enquanto tentava buscar coragem para sair do carro, fiquei repassando tudo o que o médico havia me falado no hospital, para que o nervosismo não me dominasse. Eu sabia que isso não faria bem ao bebê. Eu precisava ficar calma, e mesmo que eu soubesse que seria quase impossível, era a única coisa que eu podia fazer pelo meu filho. Não ser engolida pelos sentimentos ruins e intensos. 

Quando viu que eu não iria fazer nada e com o semblante completamente confuso, Jihoon destravou as portas do carro e Jungkook a abriu, me olhando desesperado.

– Onde você estava?! – perguntou, analisando meu rosto. – S/n? O que diabos aconteceu? Você…

– Ei, Jungkook. Calma, nós estávamos... – Jihoon tentou responde-lo de forma simpática, mas foi cortado.

– Eu perguntei para ela. S/n, o que aconteceu com você? – pergunta mais uma vez, analisando meu rosto e minha barriga. – Você está pálida.

Jihoon intercalou os olhos entre nós dois, totalmente surpreso pela resposta nada simpática e amigável de Jungkook. Eu podia ouvir a respiração pesada dele, antes de o ver torcer os lábios e descer, fazendo a volta no carro para pegar as minhas bagagens. 

– Ele só me buscou no aeroporto, Jungkook. Você não precisa se preocupar. – minha voz sai fraca. Eu não queria preocupa-lo, mas ele não pareceu acreditar em mim. – Eu estou bem. 

– Não, você não está. – ele intercala o olhar entre mim e Jihoon, antes de se aproximar do garoto. – Que merda você fez com ela? 

– Como assim o que eu fiz com ela? Jungkook, S/n só se...

Jihoon não foi capaz de terminar a frase e quando eu virei meu pescoço para trás, ainda sentada no banco do passageiro, ele estava sendo empurrado contra o próprio carro pela mão de Jungkook.

– Ela estava bem quando falou comigo. O que caralhos você fez para ela?

Jungkook estava furioso. Eu nunca o tinha visto assim. Na verdade, eu nunca o tinha visto nem próximo à isso. E o mais difícil ao ver toda aquela situação, era saber que ele estava reagindo assim por culpa das minhas atitudes. Era como se eu sentisse cada pedaço do meu corpo ser envenenado pelo peso da culpa ao me deparar com o semblante duro e cheio de raiva de Jungkook, enquanto os olhos dele continuavam perdidos e fuzilavam Jihoon, que em contrapartida, se mantinha assustado e sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo. Depois de tudo o que havia feito por mim e pelo meu filho, Jihoon não merecia estar sofrendo os efeitos colaterais de uma confusão a qual ele não fazia parte. Nenhum dos dois merecia. 

– Me solta, caramba. – Jihoon o olha indignado, tentando se desvencilhar dos braços de Jungkook. – Meu Deus… você perdeu a cabeça? 

– Jungkook… – tentei chama-lo, mas minha voz saiu fraca. Soltei o cinto e desci do carro, me aproximando dos dois. – Jungkook, por favor! 

Jungkook soltou Jihoon e levou as mãos até a cabeça, parecendo aterrorizado com o que havia acabado de fazer. Aquilo definitivamente não condizia com ele.

Jihoon respirou fundo lentamente e fechou os olhos, encostando a cabeça no carro. Ele precisou de alguns segundos assim, como se estivesse procurando por motivos que justificassem o que estava acontecendo. Nada faria sentido. 

– Tudo bem. Eu vou embora. – ele se vira de volta, levando o olhar até Jungkook, que mantinha o maxilar travado. – Eu não sei o que deu em você e nem porque você pensou que eu poderia ter feito algo a ela. Mas eu jamais faria mal a S/n, Jungkook. – ele parou e balançou a cabeça, se virando para mim. – Você tem certeza de que vai ficar bem?

– Sim. – assenti calma. – Obrigada por tudo. E me desculpa por isso. Eu sinto muito.

Ele apenas sorriu em resposta e se afastou. Jungkook revirou os olhos e antes que eu pudesse falar qualquer coisa, fechou o porta-malas do carro com força. 

Depois que o carro de Jihoon se afastou, nós subimos em silêncio até o apartamento e quando entramos, eu senti cheiro de canela. Jungkook não gostava, mas sabia que era o meu aromatizador preferido. 

Ele fechou a porta do apartamento e passou por mim carregando as minhas malas até o quarto. Quando voltou para a sala, apenas me olhou como se quisesse respostas. A essa altura, o semblante de Jungkook não era mais dominado pela raiva. Somente por dor e decepção. 

– O que foi aquilo? Você enlouqueceu? – perguntei quebrando o silêncio. – Você tratou Jihoon de uma maneira horrível.

– Não, S/n. Foi você quem enlouqueceu. Eu passei os últimos três dias correndo de um lado para o outro feito um idiota com a ajuda de Sunhee, dos meus hyungs e do Hye, tentando deixar tudo pronto pra quando você chegasse... – fala com a voz falha. – Nós estávamos com tudo planejado, caramba. Mas aí você resolve mandar aquela mensagem dizendo para Bong Hye que ele não precisava te buscar no aeroporto, e nunca mais responde nenhuma das nossas mensagens. Eu estava morrendo de preocupação, pensando em hipóteses horríveis do que poderia ter acontecido, enquanto você estava com aquele idiota!

– Você me disse que estava no Japão! 

– E aí você achou que isso significava que poderia sair com Jihoon e não responder as mensagens e nem atender as ligações de ninguém? Meia dúzia de pessoas preocupadas e imaginando que você já poderia estar morta em uma vala por ai.

– O que? – juntei minhas sobrancelhas, sentindo meu peito apertar mais ainda. – Todos vocês estavam me procurando? 

– São quase duas da manhã! Você desembarcou as oito! Ninguém sabia onde você tinha se metido. Eu estava quase ligando para a polícia. 

Conforme as palavras dele foram saindo e eu me dei conta da proporção que a situação havia tomado, eu senti um peso ainda maior nas minhas costas, como se a culpa apenas se multiplicasse.

– Eu fiquei sem bateria antes de embarcar. Pensei que vocês ainda estivessem no Japão e não quis atrapalhar Bong Hye. – falo sincera. – Quando nós estávamos vindo para o Trimage eu senti um mal estar e Jihoon me levou para o hospital. Só isso! Eu não consigo entender esse ciúmes que você sente dele, Jungkook. Você vive cercado de mulheres bonitas e talentosas e como acha que eu me sinto? 

– Eu não acredito que estou ouvindo isso. – ele junta as sobrancelhas. – Nenhuma dessas mulheres que você fala está carregando o meu filho. É tão difícil de entender? – pergunta passando as mãos pelos cabelos. Fechei meus olhos e deixei uma lágrima solitária cair. Ele ainda me olhava, revoltado. – Por que você foi pedir pra ele te buscar? Logo ele?

Eu gostaria muito de argumentar sobre a relação dele com Mi-rae e contar o quão insegura ficava quando ele estava próximo dela, mas haviam dois problemas. 
Um - Eu não sabia exatamente o que acontecia entre eles. A única certeza de que eu tinha era a da minha intuição, mas isso não bastava para entrar nesse assunto com Jungkook -. 
Dois - E mesmo se tivesse a confirmação de que existia algo, não sei se eu conseguiria questiona-lo. Eu tinha medo do que poderia ouvir -.

– Nós só fomos no hospital, Jungkook. Jihoon não tem culpa se a sua agenda é tão inflexível que nem eu consigo acreditar quando você tem tempo. 

– Você vai colocar a culpa em mim? – fala incrédulo, mas sem alterar o tom de voz. – Você acha que é fácil aguentar tudo calado? Você acha que é fácil ver com os meus próprios olhos que mais uma vez quem estava com você e o meu filho era ele? Não coloque a culpa em mim, por favor. Você sabe que seria injusto.

– Eu não estou colocando a culpa em você. Apenas não quero que haja como se eu fosse uma filha da puta insensível, que ignora o seus sentimentos. – rebato exasperada. Eu odiava discutir com ele e me odiava ainda mais por magoa-lo. – Você não imagina como as coisas estão sendo difíceis pra mim, Kook. Minha família queria que eu ficasse na Califórnia, mas eu vim porque amo você. Isso não é suficiente?

– Não quando a primeira pessoa que vem na sua mente é sempre Jihoon! Mas quer saber? Eu não me importo! – vocifera com os olhos marejados. Jungkook também parecia esgotado. – Faça as coisas como você achar melhor.

Aquelas palavras foram um gatilho para mim. Ele realmente tinha dito que não se importava? 

– O que você quer dizer com isso? – pergunto sem olhar nos olhos dele. Eu estava com medo da resposta. 

– Eu não sei, S/n. – o som da voz dele era quase imperceptível. Estávamos ambos sendo consumidos pelo orgulho e pelas nossas lágrimas. – Se você quiser ao menos ver o que eu estava fazendo aqui, vá ao quarto do bebê. Aquela era a surpresa. 

Jungkook terminou de falar sem me olhar nos olhos e saiu pelo corredor, indo até o quarto dele. Fiquei alguns minutos sentada no sofá, pensando no que poderia fazer caso as coisas desmoronassem. Eu não tinha nenhuma ideia. 

Senti um aperto no peito e fechei os olhos, deixando as lágrimas caírem. Quando retomei minha respiração, rolei meus olhos pelo quarto do bebê. Ele estava pronto.

As cores e a decoração eram a cara de Jungkook e faziam jus a personalidade única e imprevisível dele. Elefantes.

As paredes estavam pintadas de cinza e tinham estrelas em tons de marrom e branco.

Me aproximei do berço de madeira, passando minhas mãos e imaginando quando o bebê finalmente estivesse ali. Talvez eu fosse precisar mais dele do que ele precisaria de mim.

Na parede em que o berço estava, tinham montanhas em alto relevo cobertas com “neve” e iluminadas por uma luz suave de led. E mais em cima, uma cabeça de elefante linda pendurada. Deixei um sorriso escapar. O bom gosto de Jungkook ainda me surpreendia. 

Ele havia mandado colocar uma espécie de madeira na metade do teto que ficava em cima do berço, com pontinhos brilhantes semelhantes a estrelas. 

Respirei fundo sentindo o cheirinho do perfume de bebê e caminhei até a poltrona de amamentação, que estava em um dos cantos próximo ao berço. Peguei o urso que estava em cima dela, me sentando e tentando alinhas meus pensamentos.

Parecia que nós dois não estávamos mais funcionando. Uma sensação de que tudo o que nós havíamos aprendido  e evoluído um com o outro nos últimos meses tivesse desaparecido me preencheu de repente. Eu e Jungkook havíamos acabado de brigar por ciúmes e de uma hora para outra, tudo pareceu tão cansativo.

Quando finalmente retomei a vontade de viver e criei coragem para fazer isso, tomei um banho quente e demorado. Minhas lágrimas se misturavam com a água do chuveiro e eu tinha vontade de gritar.

Durante a madrugada inteira eu fiquei inquieta e pela primeira vez nos últimos meses, não era por causa do bebê e da barriga. E Jungkook também estava. Pude ouvir os passos dele até a cozinha pelo menos três vezes, junto do som da televisão.


Notas Finais


Esse capítulo foi fogo de escrever, confesso. S/n pisou muito na bola e acabou ferindo duas pessoas muito importantes para ela.

Colocou o Jihoon em uma situação extremamente desconfortável e deixou o Jungkook totalmente desconcertado. Espero que vocês tenham compreendido a proposta do capítulo, e que tenham conseguido sentir o quão abalados emocionalmente eles estão, e o desespero que ambos expressaram durante toda essa conversa.

Tanto a S/n quanto o Jk estão muuuito vulneráveis nesse capítulo, e apesar de ser um momento de divergência e mágoa entre eles, da pra ver o quão envolvidos e entregues eles estão. Falando nisso… Vocês perceberam que em meio a todo esse caos, saiu o primeiro “Eu te amo”? E foi da S/n…

Spoiler do próximo capítulo: prepara que vem mais confusão. E essa confusão vocês vão lembrar perfeitamente, porque aconteceu na vida real e o fandom foi a loucuraaaaa… algum chute?

Enfim. Me contem o que acharam!!! ❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...