Harry POV
O dia foi normal depois daquilo, aulas chatas, e mais aulas chatas... Até a última aula.
- Olá alunos. A professora de música entrou na sala, mas não foi respondida. – Bom, como teremos muitas poucas aulas esse ano, começarei de cara com um trabalho.
- Ah não! Payne gritou. – Eu não faço!
- Quer ser reprovado no começo do ano? Ela o reprendeu, e ele se calou. – Primeiro, eu quero 4 voluntários aqui na frente. Depois de 10 minutos, ninguém levantou. – Então eu vou escolher. Primeiro, Liam Payne. Ele se levantou e parou ao lado dela. – Zayn Malik. A cada nome meu estomago embrulhava mais. Ele foi também, e fez um toque esquisito com Liam. – Louis Tomlinson. Agora pronto, estava quase vomitando. – E, por último, Harry Styles. Eu quase desmaiei, formar uma “BANDA” com esses 3, impossível. Quando eu tentei encarar um dos três, percebi que Liam e Louis me olhavam maliciosamente, e Zayn estava indiferente, por enquanto. – E a música será Change your life, de Little Mix. Essa música combinava com nossa trajetória nessa escola, e na vida também.
Eles manifestaram, mas não foi mudada a música.
- Eu estou ferrado. Falei virando para trás, onde Josh e Niall estavam sentados.
- E bota ferrado nisso, 3 de uma vez. Josh disse.
- Ajudou muito Josh, obrigado. Disse, revirando os olhos. – Você pode ir lá pra casa depois da aula, preciso de algum ombro pra poder chorar.
- Okay, mas se o Louis chegar perto de mim eu vou embora. Ele disse e piscou pra mim.
Acabando a aula, Niall se despediu da gente e foi embora, e Josh nos levou pra casa. Louis ainda não havia chegado, glória a Deus.
- Vamos pro meu quarto. Eu disse, subindo as escadas correndo, e ele correu atrás de mim.
Abri a porta, e assim que ele entrou, tranquei.
- Pronto, assim o Louis não nos incomoda.
Ele deitou na cama, e deitei ao lado dele.
- Por que me chamou aqui Hazza?
- Você acha que é fácil saber que você vai passar horas no mesmo cômodo que três das piores pessoas da sua vida? Apoiei minha cabeça no ombro dele, quase no peito, e ele começou a brincar com meus cachos.
- Sabe Hazz, é tão viciante brincar com seus cachos.
- É tão broxante ter um amigo como você e não poder pegá-lo. Disse baixinho, eu estava provocando-o.
- O que?
- Isso que o senhor escutou.
- Não me atiça Harry, depois aguenta a bronca... Ele virou a cabeça de um modo bem esquisito.
- Atiçar? Eu? Me fiz de bobo, e ele caiu direitinho. Mas quando ele tentou me beijar, eu levantei.
- Vou tomar um banho. Me espera aqui. Sai correndo para o banheiro, e tenho certeza que ele revirou os olhos...
Josh POV.
Maldito Styles. Me atiça, e depois sai correndo. Mas eu ainda pego esse safado, nem que seja pela última vez. Ouvi ele cantando “Perfect” no chuveiro, e isso foi para me provocar.
Quando ele sai, sai só de toalha.
- Pode me dar licença? Ele fez uma carinha fofa, e eu bufei, saindo do quarto dele.
Quando apareço no corredor, me deparo com Louis, Zayn e Liam.
- O que faz aqui? Louis pergunta frio.
- Vim com Harry.
- Aquele cachinhos vai se arrepender de ter nascido. Liam diz, e Zayn o reprova. O que estaria dando de errado com Zayn?
Entrei correndo no quarto, e vi Harry só de cueca.
- M-me desculpe Hazza. Falei, e senti minhas bochechas queimarem.
Ele vestiu rapidamente uma bermuda.
- Foi nada, por que entrou correndo?
- Tem 3 demônios no corredor.
- Ai meu deus. Ele botou as mãos sobre o rosto. – Topa sair?
- Onde?
- Sei lá, que tal dar uma volta na pracinha aqui perto.
- Vamos, melhor do que ficar aqui.
Saímos do quarto na ponta dos pés, de modo que não escutassem nós saindo. Andamos pouco e chagamos lá.
- Sabe Josh. Me virei pra ele. – Hoje eu estava lembrando daquele dia, no sofá da sala...
- Que coisa mais “novela mexicana”. Respondi rindo.
- Deixa eu falar merda. Ele me deu um soco no braço, puis a mão fingindo dor. – Eu gostei muito daquele dia. Que menino safado.
- Quer repetir? Me deitei na grama, em uma parte que era inclinada, e mandei ele deitar também.
- Na grama? Pude ver que ele estava muito nervoso.
- É mais exótico... Falei, me deitando sobre ele, e selando nossos lábios.
- Não J, alguém pode ver a gente... Ele disse, entre o beijo que comecei.
- Você estraga o clima assim. Me joguei na grama. – Mas tudo bem, depois fazemos isso. Olhei malicioso pra ele.
- Tarado.
- Gostoso.
- Sem vergonha.
- Cala a boca. Dei mais um beijo nele. – Assim fica bem melhor...
- Tarado denovo. Ele revirou os olhos. – O que será que eles estão fazendo lá em casa?
Zayn POV.
- Eu acho que devíamos bolar algum plano pra fazer o Harry passar vergonha nessa apresentação. Louis disse, se jogando em sua cama.
- Discordo. Falei e eles me encararam assustados.
De um tempo para cá, eu não tenho mais prazer em irritar o Styles, pelo contrário. Nas poucas vezes que nos falamos sem discutir, eu me sinto bem em ficar perto dele, sinto como se eu ficasse completo, eu não sei explicar.
- Como discorda Zazza?! Liam realmente ficou indignado.
- Eu não sei Li, tenho que ir.
Me despedi dos dois e sai. Eu realmente não sabia o que estava acontecendo comigo. Resolvi dar uma passada na pracinha que tinha visto por ali, talvez eu me acalmasse. Isso só piorou as coisas.
- Para J, isso faz cócegas!! Isso era... a voz de Harry?
Desci um pouco o morro, o suficiente para ver Harry e Josh se “agarrando” na grama. Isso foi demais para mim. Eu senti uma lágrima escorrer sobre meu rosto, até eu vê-la cair sobre meu tênis. Tudo estava ruim, não podia piorar.
Até começar a chover.
Eu vi Harry e Josh correndo, com Harry cobrindo seus lindos cachos com a jaqueta de Josh. Eu me virei e fui andando devagar para casa, eu precisava pensar na vida...
Niall POV.
Eu estava passeando com meu cachorro, Jimmy, quando meu celular tocou.
- Alô? Disse ao telefone, era meu pai.
- Oi pai.
- Filho, liguei pro diretor e ele disse que dias antes de você entrar passaram algumas lições, e ele pediu para você falar com um tal de Liam Payne, para pegar as lições.
- Ok, pai. Amanhã eu falo com ele.
Quando desliguei o telefone, olhei pra frente e bati com um menino.
- Oh. Peguei as coisas que ele segurava. – Me perdoe.
- Não foi na... Pera ai, Niall? Era Liam.
- Liam?
- Você é o garoto novo né?
- Sim, e eu preciso falar com você...
Liam POV.
Falar comigo?
- Sobre? Acho que fui frio demais.
- Preciso das lições que passaram antes da minha chegada.
Ah, escola...
- Tenho tudo na minha casa, se importa de ir lá comigo?
- Minha casa é aqui do lado, pode esperar eu pegar meus cadernos?
- Anota em um meu, depois você me devolve. Puxei ele pela mão. – Vamos.
Ele era muito bonito. E com certeza não era daqui.
- Você é de onde?
- Da Irlan... Pera, como sabe que não sou daqui? Ele me encarou sério, e depois fez uma careta.
- Seu sotaque, é muito exótico. Eu ia falar muito bonito, igual a você. Mas ficaria muito na cara que gostei dele.
Andamos um pouco calados, mas eu podia ver que o cachorro dele não gostou de mim.
Merda.
- Chegamos! Eu disse ligando para minha casa, mas não tinha ninguém. Melhor ainda.
Nós subimos.
- Sinta-se em casa Niall. Joguei as chaves de casa em cima da mesa de centro da sala. – Vou lá pegar os cadernos.
Ele se sentou no sofá, meio desconfortável. Depois que cheguei, ele se sentou com perna de índio no chão e começou a copiar, comigo ajudando, claro.
- Ufa! Ele glorificou, jogando as mãos para cima. – Aleluia isso acabou.
- Quer fazer alguma coisa agora? Perguntei, na inocência. – Um cinema talvez?
- Quem sabe... Vamos! Ele deu um sorrisinho tímido. – Tudo menos terror.
É claro que eu iria assistir terror.
Saímos com minha moto, e demoramos menos de 10 minutos para chegar ao cinema.
- Duas entradas para Invocação do Mal, por favor. Falei para a moça dos ingressos.
- Liam, eu disse sem terror! Ele falou, pondo a mão na cintura.
- Por favor moça. Disse novamente, e pisquei pra ele, que revirou os olhos.
- Se eu não dormir de noite, eu vou te ligar, e não deixar você dormir. Ele disse, passando a mão no bolso. – Ai que merda, cadê minha carteira.
- Eu pago.
- Não Liam, me conheceu hoje e já vai gastar dinheiro comigo, impossível.
- Cala a boca. Mandei um sorrisinho. – Pago e pago tudo que quiser comer.
Ele revirou os olhos, e se corou. Corado ele era mais lindo ainda.
Compramos pipoca, doces, refrigerantes, e ele só pediu pipoca.
Quando entramos na sala, estava lotada, menos a última fileira, que não tinha ninguém. Deixei ele escolher o lugar, e ele escolheu os dois últimos do canto, perto da parede.
- Me sinto mais seguro na parede. Ele disse. – Não respondo por meus atos vendo filmes de terror.
- Tudo bem, eu te protejo.
Isso soou como uma cantada. Ele me olhou com uma cara de “se eu estiver corado, te mato vadia”, dei uma risadinha.
O filme começou, e logo quando a tal da boneca apareceu, ele agarrou meu braço.
- Calma, é só uma boneca! Coloquei meu braço por cima do ombro dele. – Posso?
- C-Claro. Ele estava com tanto medo, que gaguejava. Ou isso seria vergonha?
Ao desenrolar do filme, cada susto era um arranhão em mim, uma puxada pra perto, e eu realmente estava gostando disso.
- Isso tudo é medo? Perguntei baixinho no ouvido dele, depois dele se esconder no meu peito.
Ele virou pra mim com uma cara nada agradável.
- Só espera sairmos desse inferno, vou te esganar Payne! Ele berrou no cinema, e todos nos encararam.
- CALA A BOCA AI! Pude ouvir um cara gritando lá de baixo. Niall se afundou na cadeira, com os olhos fechados.
- Desculpe, pensei que seu medo não era tão grande assim. Falei novamente baixinho no ouvido dele.
- Não precisa se desculpar.
- Precisa sim, olha sua cara de medo.
Nisso, ouvimos um grito no filme, e Niall pulou no meu pescoço. Quando ele se atreveu a tirar a cabeça do meu ombro, nosso olhar se encontrou.
Ele me olhava de um jeito tão... inexplicável. Ficamos nos olhando por um bom tempo, até despertamos do transe, e ficarmos ambos morrendo de vergonha.
Eu não conseguia parar de olhar para aqueles lábios perfeitos.
Saímos do cinema eram mais ou menos 7 horas. Estava chovendo.
- Tem alguma coisa pra fazer agora? Perguntei, rezando para que a resposta fosse não.
- Tenho, infelizmente. Meu pai deve estar chegando em casa, tenho que estar lá antes dele. Ele abaixou a cabeça.
- Então vamos. Disse, puxando ele pelo braço para o estacionamento.
Subimos na moto e acelerei o máximo possível, chegamos na casa dele em 4 minutos.
- Bom, adorei o dia Payne. Ele disse, tirando o capacete.
- Eu quem o diga. Mostrei os arranhões no meu braço.
- Você quem me obrigou a assistir terror.
Revirei os olhos falsamente.
- Me desculpe.
- Só tem um jeito de se desculpar. Disse, era agora ou nunca.
- Como? Ele fez cara de desentendimento.
- Assim. Puxei ele para perto de mim e selei nossos lábios. Eu sabia que não devia demorar muito no beijo, mas um beijo na chuva é maravilhoso.
Ele ficou mais para um Irlandês queimado, de tão vermelho que estava. Ele soltou um sorriso de lado, e saiu correndo.
“ Ah Niall, espero que isso não vá te afastar de mim...”
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