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História Rebelde X Nerd (Reescrevendo) - Voltando às origens


Escrita por: sgmymodel

Notas do Autor


Mais um capítulo para instigar vocês a acompanharem o desenrolar dessa trama. Espero que gostem!!

Capítulo 2 - Voltando às origens


Fanfic / Fanfiction Rebelde X Nerd (Reescrevendo) - Voltando às origens

“Vire a página e não olhe para trás. Você faz melhor hoje do que fez ontem.”

- The100

 

DEMI'S POV

Desci a escada lentamente enquanto escutava Stronger da Kelly Clarkson, pensando no que eu tinha feito de errado para voltar para aquela merda de escola. Se foi lá onde tudo começou, para que eu vou voltar? Para reviver tudo de novo?

Entrei no carro e encostei na janela, ainda com o fone de ouvido. Minha mãe estava me levando, pois ela ainda tinha que assinar alguns papeis e entregar a cópia dos meus documentos, para finalizar minha tão indesejada matrícula. Caso contrário, eu estaria naquela lata velha que chamam de ônibus, indo em direção ao inferno. Não entendo o motivo para eu não ter ficado no Marymount High School. Só porque é um colégio apenas para meninas, não significa que eu vá tentar pegar todas elas, ou então, que eu vá influenciá-las a vir para o “lado negro da força” (como algumas mães se referiram ao grupo LGBT durante a última reunião de pais e mestres da Marymount High School).    

       - Chegamos filha, está preparada?

       - Claro - menti enquanto tirava meu fone.

Ao passar pela porta, minha mãe para e olha para mim com cara de dó, talvez porque saiba o quanto aquilo tudo é terrível para mim. Não queria ter que voltar lá, não mesmo, no entanto, entendo que minha mãe não teve muita escolha. Retribuo o olhar com um sorriso imperceptível e volto a caminhar em direção a secretaria da Los Angeles High School.

Chegando lá, preencho os formulários restantes e pego a minha grade horária, não queria fazer nenhuma atividade extracurricular, mas como sou obrigada, escolhi música e teatro. Logo que finalizei, o diretor Turner, um homem alto, na faixa dos 40, cabelo castanho e olhos verdes, veio conversar conosco:

       - Olá Srta. Lovato e Sra. Hart. Bem-vindas de volta ao Los Angeles High School.

       - Muito obrigada por nos receber assim, de última hora, senhor Turner - respondeu minha mãe, enquanto o cumprimentava com um aperto de mão.

      - Que isso, Sra. Hart, é uma honra recebê-las de volta. Só esperamos que nenhum outro incidente ocorra neste ano, certo Srta. Lovato? - disse olhando para mim  

       -  Certo - respondi olhando para o lado, com uma pontada de raiva por ele me fazer lembrar do que acontecera.

      - Não se preocupe que eu vou assegurar que nada a impossibilite de se formar em junho do ano que vem, aqui na Los Angeles High School.

       - Fico muito grato ao ouvir isso. Agora Srta. Lovato, acho que você já deve ir para a sua aula, vamos começar esse ano letivo com o pé direito, okay?

Eu apenas assenti com a cabeça. O diretor logo pediu licença para sair e eu aproveitei para me despedir de minha mãe.

       - Não se preocupe, vai dar tudo certo. Qualquer coisa é só você ligar que eu venho te buscar – disse me dando um abraço apertado.

       - Okay, mãe - respondi sabendo que se isso realmente fosse uma frase sincera, eu ligaria para ela assim que virasse de costas.

Entrei na sala meio atrasada, era aula de Química. Reconheci alguns rostos, inclusive o do imbecil do Justin, o que fez meu estômago revirar. Sinto todos olhando para mim, a cada passo que eu dava, meu coração se apertava ainda mais, pois eu sabia que as pessoas estavam cochichando sobre mim.

Recebi todos os meus livros do dia de uma vez, assim como todos os alunos e me sentei na primeira carteira da fileira da janela, meu lugar favorito para mergulhar nos pensamentos e só acordar ao final da aula. Fiquei assim a manhã inteira, entrando e saindo das salas, sentando sempre na mesma carteira e com os pensamentos sempre no mesmo lugar: O que eu direi para ela quando nos encontrarmos? Como ela irá reagir com a minha volta?

Finalmente o sinal da última aula tocou. Coloquei meu fone de ouvido e fui logo guardar as minhas coisas no armário, assim, poderia pegar a sala de música vazia para tocar um pouco no almoço. Virei em um corredor para encontrar o armário 218 à direita, coloquei a senha, porém o armário permaneceu fechado. Continuei lutando para abrir a bosta do cadeado, até que num momento de raiva, soquei o armário e ele finalmente se abriu.

Rapidamente guardei meus livros, fechei o armário e comecei a andar em direção a sala de música, até que identifico uma menina que se parecia muito com ela, a apenas um metro de distância de mim. E então, meu coração começa a disparar só de pensar na possibilidade de ser ela, além dos milhões de pensamentos sobre o que direi para ela.

A tal menina fecha o armário e se sem querer se depara comigo, mas quando eu a reconheci, senti que meu coração ia sair pela boca, eu havia a encontrado. Pude notar que ela ficou branca e estagnada, por isso, rapidamente tirei meu fone de ouvido e me aproximei:       

       - Selena, você está bem? - mas já era tarde demais, ela caiu desmaiada assim que eu me aproximei.

Quando percebi que já tinha se passado 7 min e ela ainda não tinha acordado, peguei o primeiro interfone de emergência que encontrei no corredor e chamei a enfermeira, que logo a colocou numa cadeira de rodas e a levou para a enfermaria.

Sua pressão estava baixa, assim como a glicemia, segundo a enfermeira, por isso, ela teve que ficar tomando soro na veia. Mas no fundo, fiquei me perguntando se a verdadeira razão para ela estar lá não seria eu e nesse momento, toda aquela expectativa em relação ao que eu diria se a visse acabou em uma grande desilusão. Eu a vi...ela me viu e não teve nenhuma reação que eu esperava.

Fiquei sentada em uma poltrona próxima à maca onde ela estava, ainda inconsciente. Então, decidi me levantar e me aproximar aos poucos, para observar aquele rosto tão angelical que eu não via há 3 anos. Depois de observá-la por um tempo, fiquei tentada a pegar em sua mão, lembrando do tempo em que tudo era tão ingênuo até o dia da minha expulsão.

Senti meu coração bater na ponta dos dedos, mas rapidamente fui obrigada me retirar a tirar, pois ela estava acordando.

- Merda. – disse pensando alto.

Ainda mais depois de hoje, acredito que eu deva preparar melhor o nosso reencontro, já que a nossa primeira tentativa não foi das melhores. Por causa disso, logo coloquei minha mochila nas costas, atravessei a porta e corri para a sala de música, aonde eu sabia que estaria segura, sem ter que aguentar as pessoas fofocando sobre mim. 

Dizem que é nos piores momentos que saem as melhores canções, pois somos inspirados por uma onda de sentimentos incontroláveis, mas que conseguem ser extravasados em cada nota. Tears in heaven, Jocelyn Flores, Two of Us, Sunday Bloody Sunday e When the Eagle são grandes exemplos disso. E acredito que, depois do dia de hoje, eu também possa ser mais uma a confirmar isto...

This is a story that I've never told
I gotta get this off my chest to let it go

(Warrior – Demi Lovato)

Tradução

Esta é uma história que eu nunca contei

Tenho que tirar isso do meu peito para deixá-la ir


Notas Finais


Mais um capítulo que para mim, foi bastante emocionante de reescrever. Espero que gostem tanto quanto eu e deixem nos comentários o que vocês estão achando!!


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