- Parece que a porrada que te dei a pouco tempo atrás não foi suficiente, né seu babaca?! - Mário entra de vez na cozinha puxando Nana pra longe de Rafael. - Agora eu vou terminar de acabar com você.
- Mário pelo amor de Deus, as crianças. - Nana diz apontando para criancas que estão ali perto sentadas e assustadas com o que aconteceu.
- Tira eles daqui Nana, vou acabar com esse desgraçado. - Mário diz enfurecido.
- Calma pai!! - Miguel chora ao ver o pai e o advogado trocarem socos.
- Bezinha, pelo amor de Deus, me ajuda aqui. - Nana grita.
- Oi oi oi tô aqui... aí Meu Deus o que tá acontecendo ??!! - Bezinha se assusta
- Tira as crianças daqui Bezinha, leva eles. - Diz apontando pros dois. - Para gente, pelo amor de Deus para. - Nana se assusta.
- Seu desgraçado, você está acabando com uma família. - Mário mete um soco forte na cara de Rafael. - Está assustando meus filhos. - Mais um soco. - Você encostou na minha mulher. - Ele bate novamente.
- Vocês não são casados, tecnicamente ela não é sua mulher, e ninguém beija sozinho. - Rafael diz jogando Mário pra longe e logo em seguida subindo em cima dele e enchendo - o de porrada.
- Vocês vão se matar, parem por favor!!!!! - Nana se apavora ao ver os dois sangrando bastante. - Rafael, por favor, para de bater nele. - Ela se desespera ao ver que Mário estava quase desacordado de tanto que apanhava.
- Eu paro, paro por você. Porque você não merece ver isso, mas esse babaca, eu devia quebrar a cara dele na porrada. - Rafael sai sem olhar pra Nana, se deparando direto com os seguranças que o retiram dali.
- Então vem seu muleque! - Mário chama o advogado pra briga.
- Mário chega! Vem, levanta. - Nana tenta o ajudar.
- Me solta! - Mário grita.
- Amor, calma, você viu o que aconteceu.
- Vi, vi ele pedindo pra te beijar e você dizendo que ele poderia.
- Não foi isso, não foi isso que aconteceu Mário. - Ela tenta limpar o sangue que escorre na testa de Mário.
- Para, me solta! Já mandei tirar a não de mim. - Ele diz afastando a mão de Nana.
- Mário, eu tô tentando te ajudar, você não me deixa nem explicar, me escuta um pouco.
- Não preciso escutar mais nada, o que vi já foi o suficiente. Eu não devia ter acreditado em você, acreditado que ainda existia aquela Mariana que eu amei. - Diz se levantando rápido o chão e sentindo uma tontura.
- Senta por favor, você tá sangrando.
- Não fica se fazendo! Eu tô bem, tô muito bem. - Diz se encostando na parede para se sentar.
- Mário eu não deixei ele me beijar, ele perguntou se.. - Nana é interrompida.
- Eu vi Mariana, eu vi! Não preciso que me conte, que invente. EU CANSEI! - Ele grita. - Fiz de tudo por você sempre, mas só tenho recebido pedrada. Eu não vou mais correr atrás de você, eu amo você, mas eu tenho que amar mais a mim. - Diz se levantando e saindo andando.
- Mário o que você tá fazendo? O que está dizendo? - Ela vai atrás dele garantindo que ele não caia.
- Estou dizendo que acabou! A C A B O U! - Ele frisa. - Não vou mais ser o marionete dos seus caprichos de madame.
- É isso que acha que eu sou? - Os olhos de Nana se enchem de lágrimas. - A gente tem uma história, uma família, uma filha que infelizmente não está aqui. Temos dois filhos lindos, nosso cachorro, a gente se ama, Mário. Por que está sendo assim? Por que tanto ciúmes? - Ela diz chorando.
- Por que??? - Ele pergunta em tom de deboche. - A minha mulher está se beijando com outro e você ainda pergunta o por que ?
- Eu não estava beijando ninguém, ele que me beijou! Igual quando aconteceu com você e a Clara, e pior, ela é sua ex e eu estava grávida, Mário, eu estava GRÁVIDA! - Ela volta a se lembrar do ocorrido e se desmancha em lágrimas. - E mesmo assim eu te perdoei, mesmo você fazendo várias cagadas por querer, EU TE PERDOEI! O que você está fazendo comigo que não tem perdão. Olha o meu estado Mário!
- Eu que sou corno e você que precisa de perdão? - Ele ironiza. - É o que? Ele é jovem, bonito, sem problemas, rico, advogado, elegante, o que mais ? O que ele tem que eu não tenho? Aliás, não me responde, isso não me interessa mais. - Mário diz saindo pela porta da sala.
- Onde você vai? - Nana vai atrás.
- Vou no hospital pra ver isso. - Mário aponta para os machucados.
- Eu vou com você!
- Não, não vai! - Ele diz grosso, saindo da mansão.
Mesmo com toda dor que estava sentindo por aquele momento, Nana tinha que manter a calma, se manter forte e ir falar com as crianças que certamente não haviam entendido nada.
- Ô meu Deus, vocês não precisam chorar. - Nana corre para abraçar os dois que estavam juntos, abraçados na cama dela. - Tá tudo bem, tá? Tá tudo bem. - Ela acalma os dois. - Bezinha, pode ir. Eu fico com eles.
- Tia por que você beijou aquele moço que deu esses presentes pra gente? - Miguel aponta para os brinquedos.
- Eu não beijei o moço. Ele quem me beijou, eu amo o seu pai, foi tudo um mal entendido.
- Mas o tio Mário ficou bravo, começou bater no homem com força, ódio... Até parecia o Diogo. - Sofia comenta.
- Não, filha. Jamais! O Mário não é como o Diogo.
- Mas ele ficou muito bravo, eu nunca tinha visto ele assim. - Miguel fala chorando baixinho.
- Ei, não chora. - Ela diz acariciando os cabelos do garoto. - Vai ficar tudo bem, tá bom? Vocês até podem comer mais bolo. - Ela tenta agradá-los.
- Eu não quero agora. - Miguel fala se deitando na cama.
- Eu vou buscar um pedaço, tá mãe?
- Tá bom, filha.
- Mãe, eu eu que a senhora tá triste com o que o tio Mário fez, a gente ouviu vocês discutindo. Não quero que chore, nem que fique pra baixo com isso tá bom? Eu amo muito você. - Sofia diz antes de sair do quarto.
- Eu também te amo, meu amor. - Ela manda um beijo pra filha que já estava saindo. - Mimi. - Nana chega perto do garoto. - Não precisa ficar triste, tá? A Tia tá aqui, logo tudo vai ficar bem.
- Eu queria a minha mãe. - Ele chora.
- Eu sei que não sou sua mãe, mas será que um abraço meu te conforta? - Ela diz sorrindo.
- Muito! - Ele corre e pula nos braços de Nana.
- Eu te amo, te amo muito mesmo, tá?
- Eu também te amo.
A noite chega e nada de Mário voltar pra casa, Nana já estava ficando impaciente. Até que quando da meia noite e Mário chega em casa com a cara inchada de choro e com a aliança de namoro na mão.
- Pelo amor de Deus, quer me matar? Estou a horas ligando pra você e nada de você me atender, o que custa ? - Nana se estressa.
- Toma! - Mário entrega a aliança.
- Mário? - Nana fica sem entender.
- Você tem razão, estou te machucando, e eu te amo demais pra querer continuar machucando você.
- Não foi isso que eu quis dizer, Mário, por favor.
- Sou eu quem estou dizendo, dessa vez eu que estou decidindo. Passo para pegar minhas roupas amanhã. - Ele diz saindo novamente.
- Espera! Você não pode terminar as coisas assim. Temos uma família, temos filhos!
- Eu vou buscar o Miguel lá em cima. - Ele diz indo em direção a escada.
- Não! Não vai levar ele pra lugar nenhum. Ele já está assustado o suficiente. E você não tem nem pra onde ir.
- Tenho, vou ficar na casa da Clara até me ajeitar em algum lugar. Afinal aquela casa também é minha.
- Você não pode estar falando sério. - Nana se altera. - Como você vai pra lá se ela nem está aí?
- Ela volta amanhã, e eu tenho a chave.
- Como assim você tem a chave ? - Nana se irrita.
- Mas que saco! Não tenho que dar satisfações! - Ele grita.
- Ah não tem? Tudo que passamos foi em vão pra você? Nossa Liz.. nossas noites de amor. Nada valeu? - Ela diz chorando muito.
- Eu te amei mais que tudo no mundo, Nana. Mas você sempre me esnobou. Não sei onde eu estava com a cabeça quando eu decidi abondanar toda a minha vida.
- Você não sabe? Não sabe onde estava com a cabeça? Ah mais eu sei! Estava naquele elevador, naquele carro, na minha sala, ou em qualquer outro lugar em que a gente fez amor, até que desse amor veio a Liz. Você quis estar comigo porque a gente se ama!
- Nana eu não aguento mais! Não consigo mais. Você não voltou a ser você desde a Liz. Foram dias, semanas, meses difíceis pra nós, eu sei. Mas você não me deixou passar eles com você, se afastou, não me deixou nem dormir na nossa cama.
- Mário, por favor, esse não é o momento, não é o assunto.
- E quando vai ser? Eu não aguento mais! Eu perdi a minha Mariana. Eu tinha uma mulher forte, porém doce. Hoje eu só vejo uma chorumingona que passa o dia chorando o tempo inteiro. - Mário diz alterado, dava pra ver que ele estava embriagado.
- Eu vou fingir que não ouvi o que você disse, está bêbado, não posso levar em consideração. - Nana tenta respirar fundo, mas as lágrimas já eram inevitáveis.
- Acabou, eu e você acabou. Depois resolvemos como fica a questão das crianças, pois eu sei que já há laços afetivos entre eles. Eu sou pai da Sofia também e você mãe do Miguel.
- Mário, você tá falando sério mesmo? - Nana começa a chorar descontroladamente, tremendo bastante. - Você não tem que ir embora, fica, por favor Mário, eu te amo.
- Não ama! Quem ama não faz o que você fez.
- Mário..
- Não, a gente está se fazendo mal, olha como você tá! Eu não quero mais te fazer sofrer. Eu não quero mais me fazer sofrer! - Diz dando de costas.
- Mário, espera, por favor. Eu preciso de você. Mário eu te amo, não faz isso. - Nana chora de soluçar ao ver que o poeta não vai voltar.
Nana passou algumas horas da noite chorando e só parou quando começou a passar mal, vomitar bastante, ficando fraca e tonta, sendo cuidada por Vera até dormir.
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