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História Recomeço - Depressão


Escrita por: bellsejake

Notas do Autor


Olá gente, tudo bem? Então esse capítulo vai falar um pouco sobre tudo,espero que gostem.
Ah, o Roberto foi inspirado no Henry Cavill.

Capítulo 13 - Depressão


Fanfic / Fanfiction Recomeço - Depressão

“Somos uma sociedade de pessoas com notória infelicidade: solidão, ansiedade, depressão, destruição, dependência; pessoas que ficam felizes quando matam o tempo que foi tão difícil conquistar.” 

10 dias depois... 

 

Os dias passaram lentamente, a agência já estava ativa a duas semanas, e tudo estava entrando em uma bela rotina, porém o frio começou a me incomodar e a solidão se tornou uma grande amiga e aliada. Em 10 dias, o clima havia mudado loucamente, e acabou mexendo com o meu psicológico, a saudade de casa começou a tomar conta do meu coração. Os choros noturnos só acalmavam com calmantes e bebidas.  

Fazem exatamente 10 dias que estou em Forks, a agência estava indo de vento em poupa, lucrando mais que imaginávamos, Seth me indicou outro mecânico que resolveu finalmente ao barulho do meu carro. 

O barulho da chuva a noite já não me acalmava, o frio extremo me fazia mal, mas combinava com o sentimento que havia em meu peito, os sonhos intensos com o Marcos, o cheiro dele inebriava o meu ser a cada manhã, havia emagrecido 5 quilos em tão pouco tempo, afinal, meu apetite havia sumido rapidamente, mas o nível de álcool havia aumentado, uma garrafa de vinho antes de dormir para esquecer os problemas.  

Levantei com o meu corpo levemente dolorido, finalmente era sábado, a agência estaria fechada. Fui direto para o chuveiro, demorei mais que o previsto, mas o necessário, depois de responder 15 e-mails e colocar um sorriso no rosto para falar com a minha mãe. Me olhei no espelho e vi o quanto estava mal, o meu rosto estava abatido, a uns anos atrás tive problema com depressão, mas depois de um longo tratamento com yoga, orações e inúmeras horas de terapia estava “bem”, mas não imaginava que iria piorar de tal maneira.  

-Você não vai ficar mal novamente Ana. - Repeti encarando a figura cansada no espelho. 

Nessa semana tinha recebido um convite para jantar do Roberto um dos advogados do escritório que contratamos, no início me pareceu estranho o convite em menos de meio hora de conversa, mas recusei e seguimos com o serviço, mesmo que aqueles belos olhos azuis e aquele leve sotaque italiano me fizessem pensar o contrário. 

Peguei meu telefone, respirei fundo e liguei para o Roberto. Em poucos segundos ouvi a voz grossa no telefone. 

“Alô”  

“Oi, aqui é a Anna da agência, desculpe ligar em pleno sábado.” 

“Você pode ligar em qualquer momento, aconteceu algo?” 

“Não, está tudo bem.” 

Respirei fundo antes de continuar 

“Aquele convite ainda está de pé?”  

“Claro Anna, que tal além de um jantar, almoçarmos juntos?” 

“Pode ser..” 

“Tem um restaurante C'est Si Bon em Port Angeles, ele é um dos mais aclamados na crítica, além de ter uma divina carta de vinhos.”  

“Perfeito!” 

“Ok, o endereço é 23 Cedar Park Dr, Port Angeles, às 14:00h. Sou amigo pessoal do dono, então não se preocupe com a reserva”  

Respirei fundo, e lembrei da enorme arrogância dele, me arrependi mentalmente e pensei em mil desculpas, mas nenhuma seria convincente. 

“Ok, até lá.”  

“Beijos Principessa”  

Corei ao ouvir o “principessa”, tinha apenas 1 hora para me arrumar e mais 30 minutos de carro. Verifiquei o clima tempo e reparei que o Sol iria abrir, que fez o meu coração palpitar de felicidade. Eu estava lutando para ficar bem, não queria voltar antes do tempo para o Brasil, e se isso significasse sair com um babaca lindo italiano, eu arriscaria!  

Pesquisei sobre o restaurante e ele era extremamente chic e caro, puta merda, ele realmente não combinava nada comigo, eu realmente queria um local simples, com comida simples com pessoas simples. 

Peguei a minha calça jeans justa preta, coloquei uma camisa solta vinho de botão, passei a mão nos meus cachos para organizar e uma maquiagem bem leve, aliás era apenas uma distração, nada demais. Peguei a minha jaqueta, bolsa, uma presilha e meu capacete, iria de moto.  

Parei no posto para colocar gasolina, quando o encarei, o Ângelo, sabia que ele não era um sonho, meu coração acelerou, respirei fundo e me aproximei. 

-Olá, desculpa, mas já nos conhecemos? - disse sem pensar nas minhas atitudes, precisava resolver isso logo. Ele encarava com os seus olhos caramelos e sua pele quase transparente. 

-Provavelmente não. Meu nome é Ângelo, e o seu? 

-Anna, meu nome é Anna. 

Maldito, ele estava mentindo, de alguma maneira ele era real lá no Brasil e real aqui, forcei um sorriso e continuei. 

-Jurei que te conhecia, uma pena. Bom preciso ir.- disse dando os ombros e observando o quanto faltava para encher o tanque.  

-Mas nada impede de nos conhecermos melhor. 

Essa era a deixa que precisava, iria descobrir tudo que estava acontecendo. 

-Claro, anota o meu número, podemos marcar algo.  

Ele anotou o meu número e me olhou com o mesmo olhar do sonho, automaticamente o encarei da mesma intensidade.  

-Bom o meu tanque já encheu, foi bom te rever Ângelo. 

-Digo o mesmo Ana. 

-Sabia! Nos conhecemos sim! Não foi um sonho! - Quase gritei de tão irritada que fiquei, ele estava mentindo para mim.  

Ela apenas sorriu e entrou em seu carro e desapareceu. Respirei fundo, controlei a minha respiração, tinha entrado em uma enrascada, e agora só sairia com tudo resolvido. A vontade de voltar para a minha casa, mas respirei fundo e continuei o caminho, 

“Almoço, risadas e volta pra casa.” Repeti essa frase inúmeras vezes na minha cabeça. 

Em menos de 40 minutos estava em Port Angeles. Harold, estava me esperando em pé na entrada do restaurante, estava com vestido com uma calça azul escuro, blusa branco com um sapatênis de couro e de óculos ray ban, desci da moto e fiz um rabo de cavalo e fui em sua direção.  

Seu sorriso conquistou o meu e automaticamente sorri. 

Ultrapassamos a fila com 15 pessoas e fomos levados até a nossa mesa perto da janela, a mesa para duas pessoas com a toalha azul bebe e uma bela mesa posta. Harold puxou a cadeira para mim e pediu um vinho de sua preferência para a entrada. 

-Então Anna, o que fez você mudar de ideia e me reconvindar?  

O medo da depressão, carência e da solidão pensei. 

-Pensei que seria uma boa te conhecer melhor. - Ele corou e eu continuei- então, me conte mais, você é da Itália certo?  

- Esattamente principessa, sou das regiões montanhosas perto de Veneza. Conhece? 

-Infelizmente não, mas ainda quero conhecer a Itália, comer a famosa massa italiana. 

O garçom nos serviu o vinho 

-Nossa um dos melhores que já provei- disse balançando a taça em círculos apreciando o cheiro do vinho. 

-Eu tenho um bom gosto para bebidas e para outras situações também. 

Ele deu uma piscadinha e senti meu estomago borbulhar, que arrependimento, ele estava indo tão bem.  

-Legal, - dei uma pigarro na garganta, levantei a mão direita chamando o garçom, queria que isso acabasse logo. - Garçom. 

-Vou querer uma salada clássica italiana com tomates, para o prato principal Spaghetti a bolognese acompanhado com um suco de tâmaras com coco, isso é só. - Fechei o cardápio e encarei Roberto que me olhava encantado com a minha escolha. 

 

-Garçom, para mim o mesmo da senhorita. - Ele encheu as nossas taças. - Então Anna, me conte mais sobre você, como saiu do Rio de Janeiro para Washington, e ainda mora em Forks, dizem que lá é bem pacato certo? 

-Pacato não é a palavra certa, é apenas peculiar, é uma cidade simples com pessoas simples, a única coisa que me incomoda muito é o frio. Mas estou me virando bem- menti bebendo mais um gole de vinho- as vezes me sinto sozinha, mas, nada que eu não esteja acostumada.  

Merda, falei demais. 

-Podemos sair mais Anna, aliás, hoje à noite tem um local em Forks que você vai gostar de conhecer, é um bar bem simples, mas hoje terá um cantor bem legal, fica perto então não aceito um não como resposta.  

Dei um sorriso torto e agradeci mentalmente pela agilidade do restaurante, a apresentação das saladas estavam magnificas. Me mantive em silêncio durante a refeição, pois logo em seguida o prato principal estava na mesa. 

Tenho que admitir, Roberto era lindo, seus olhos azuis em contraste com o seu cabelo um pouco longo, seu sorriso era encantador, um típico italiano, ele seria uma boa distração para os dias aqui em Forks. Boa parte do tempo eu quis sair correndo daquele lugar, mas lutei imensamente contra mim mesma. 

Conversamos bastante durante o almoço, fomos da infância até a vida atual, ele era legal tirando o belo galanteador que tinha se perdido no meio de três garrafas de vinho, quando percebemos era 19h e pedimos um café para irmos ao bendito bar, após o café seguimos em direção a saída, ele insistiu que fossemos em seu carro, mas sabia que era uma desculpa para conhecer a minha casa e me levar para cama. Insisti e peguei a minha moto e o segui.  

Chegamos até ao bar, que estava lotado, Roberto pediu duas cervejas e ficamos em pé perto da porta aproveitando a música que realmente era muito boa, o bar era todo rustico, com algumas cervejas artesanais penduradas, a banda era de duas pessoas, o vocalista era incrível e estava cantando “John Mayer - In Your Atmosphere”, fazendo meu coração disparar, essa era minha canção com o Marcos, malditas lembranças, a carência bateu com toda a força. Que nem percebi que o Roberto estava me encarando. 

 

-Dança comigo?  

Fiz uma careta, e ela continuou me encarando, e me aproximei dele lentamente e me aconcheguei em seu peito e segurei as lembranças e foquei em seu perfume bom e amadeirado. 

Quando estava no final da música, não sei o que aconteceu comigo, mas fui tomada por uma coragem e o beijei, o arrependimento foi instantâneo. Me afastei. 

-Me perdoe, mas eu preciso ir. 

-Não vai, está tudo bem, eu gostei.- ele se aproximou e me beijou com mais afinco, seus lábios dançaram em minha boca, fazendo o meu corpo esquentar, nos afastamos quando nos faltou ar. Sorri de canto, e ele se aproximou novamente, nos beijamos, dançamos e rimos durante toda a noite.  

Roberto foi incrível até o momento, porém nada é perfeito.. 

Ele me apertou com força, consegui senti o seu membro ereto, ele mordeu a minha orelha de leve e disse  

-Vamos para outro lugar mais reservado. 

Me afastei na hora, eu não queria aquilo, algo nele me afastava, se fosse a uns 2 meses atrás, aceitaria com certeza. 

-Me desculpe Roberto, a noite está agradável, mas eu preciso ir. 

-Tudo bem, eu entendo. - o rosto dele ficou nublado, mas o sorriso logo tomou conta. - Obrigada pela a noite Anna, vamos, também preciso ir, amanhã vou almoçar com o meu sócio. Você quer ir? 

-Sinto muito, mas já combinei com o pessoal da agência que iriamos para a reserva. - Menti rapidamente. 

Ele sorriu e me deu mais um beijo lento e demorado. 

Me afastei e ele sorriu e pagou toda a conta, mesmo que eu tivesse contestado quase 5 minutos, nos despedimos e eu peguei a minha moto, eram apenas 10 minutos até a minha casa, mas de repente começou a chover devagar, depois a chuva foi apertando. Não conseguia enxergar nada estava ensopada, quando notei a minha moto tinha derrapado e por azar estava em uma pequena ribanceira, meu corpo foi lançado no meio da mata, eu rolei por quase 10 segundos, até bater em uma arvore, consegui sentir cada parte do meu corpo dolorido.  


Notas Finais


O próximo capítulo será bem curtinho, mas finalmente o nosso amado Jacob e Anna se encontraram.


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