História Recomeço - Capitulo 35

E agora o que vou falar?

Bom é melhor contar a verdade, alertou meu subconsciente. Mas com certeza eles vão ficar chateados. É melhor do que mentir, alertou-me novamente meu subconsciente. 

– Ainda não – respondo desviando o olhar. 

– Sophie não precisa esconder dos garotos que eu vou ser o padrinho dela – disse Scott de boca cheia. 

– Scott não se acha tá, eu é que vou ser o padrinho desse bebê – disse Ben se gabando. 

– Meninos por favor parem a Sophie é que vai decidir – pronunciou-se Mika.

– Você só fala isso porque acha que vai ser o escolhido – disse Scott bebendo seu refrigerante. 

– Talvez eu seja – disse Mika dando de ombros. 

– Olha aqui Mika... – começou Scott, mas foi interrompido pela Cloe. 

– Pessoal parem com essa discussão idiota de vocês, não vai levar em nada só estão deixando a Sophie nervosa – disse Cloe. 

– Desculpa – disseram os três de uma vez. No final das contas não pude me diverti com o pessoal porque não passei muito bem.

[...]

O Mika e a Júh me deixaram em casa meio receosos porque eu ficariam sozinha, mas acabei prometendo a eles que se eu sentisse qualquer dorzinha por menor que fosse ligaria para eles ou para a mamãe.

Fui para a cozinha e tirei de dentro da geladeira um pote com morangos. Como já haviam sido lavados segui para a sala e sentei no sofá. Ao terminar de comer todos os morangos me deitei no sofá com a barriga para cima. Levantei a blusa e comecei a acariciar minha barriga. 

– Sabe pequena a mamãe te ama muito – digo baixo e sinto ela chutar. Sorrio e continuo conversando. – Seu papai era um grande amigo da mamãe, mas agora somos como dois estranhos – mais um chute. – Não importa se você não tiver um pai, mesmo assim será amada por mim, pela vovó, pela tia Júh, pela tia Cloe, pela tia Bruna, pelo tio Mika, pelo tio Ben, pelo tio Scott e até mesmo pelo vovô. Sei que ele te ama assim como eu, mas só está decepcionado com a mamãe porque você veio muito antes do esperado.

– Desculpe-me filha – disse uma voz do outro lado da sala. Quando me levantei e abaixei a blusa. Vejo meu pai chorando. Em um ato totalmente inesperado ele aproxima-se e me abraça. – Desculpe-me filha por não ter te apoiado, me perdoa.

– Você é meu pai – digo tentando não chorar mas foi impossível. – Nós te amamos.

– Também amo vocês minhas princesas – disse acariciando minha barriga e beijando minha testa.

– Pode me ajudar a escolher um nome para ela? – Pergunto com um sorriso e ele me olha do mesmo jeito.

– Claro – disse indo para o sofá. – Sabe antes de você nascer sua mãe e eu brigávamos muito. O motivo era bem simples. Qual seria o seu nome? Bom sua mãe quis Sophie mas eu não. Sempre preferi Filipa, é um nome diferente.

– Não acredito que ia colocar esse nome em mim – exclamo brava. 

– É um nome bonito – defendeu-se.

– E sem graça – digo. – Quero um nome simples e com apelido.

– Ana – sugeri-o.

– Muito curto – digo bufando.

– Evangeline – sugeri-o outro.

– Grande demais – digo.

– Qual é Sophie desse jeito ela não vai ter nome nenhum – disse papai irritado.

– Deixa para lá pai eu vejo isso depois agora vou dormi – digo bocejando. Ele me ajuda a subir as escadas e me leva até o quarto. Assim que deitei na cama rapidamente peguei no sono.