História Recomeço (Jenlisa) - Angustia

*POV JENNIE*

Sinto meu corpo pesado, minha cabeça está latejando e aperto meus olhos para vê se passa o que piora, pois dói mais ainda. Abro meus olhos e vejo que estou deitada em uma cama e em um quarto que com certeza não é o meu, me pergunto onde estou mas logo lembro do que aconteceu. Jongin! No momento em que o vi ele parado atrás de mim meu corpo gelou, senti medo, porém não durou muito por que começamos a discutir e a última coisa que vem na mente e dele me puxando pelo braço e passando pano no meu nariz.

Levanto da cama rápido ass que vejo uma janela no quarto vou até lá e tento abri-lá mas está emperrada, solto um suspiro de desesperado, vou até a porta e claro, está trancada. Como isso foi acontecer, em um momento ele era um dos sócios mais eficientes que eu tinha, fora que também era  um ótimo amigo - pelo menos da minha parte -, agora ele estar agindo como um louco desesperado, isso inclui quando ele começa a me chamar de amor ou que sou dele. Pelo amor Deus!

Vou tentando voltar a me acalmar, respiro fundo e depois solto o ar devagar, não posso me alterar, tenho que ficar calma por mim e pelo o serzinho que estar crescendo na minha barriga, pior coisa é que eu nem disse sobre a gravidez a Lisa e os gêmeos. Ela deve "tá desesperada pelo meu sumiço, sou tirando dos meus pensamentos com o barulho da fechadura da porta e depois ele ser aberta.

- Ah! Você já acordou, como está meu amor? - Ele perguntar assim que me vê sentada na cama e coloca a bandeja que carregava próximo a mim

- Por que você está fazendo isso? Não faz sentido Kai - ele para em minha frente e sorri como se eu tivesse falado algo legal

- Claro que faz sentido! É por você que estou fazendo isso - franzi a testa em confusão não entendendo o que ele fala

- Você só pode ser louco! - exclamo para ele

- Sou, sou louco por você, meu amor! Desde quando eu te vi pela primeira vez.- fala alterando o tom de voz

- Você não sabe o que está falando, não tem como você ficar louco desse jeito se nem sabemos quase nada um do outro! - digo no mesmo tom que ele.

- Eu sei tudo sobre você, querida. Sempre fiz o possível para saber cada mínino de detalhe a seu respeito, o que faz, o que gosta de comer, qual seu passa tempo, literalmente tudo, sabe por que? Por que amo você! - fico perplexa pelas coisas que ele diz, não é possível que convivi com uma pessoa dessas

- Você não passa de um louco, psicopata! - grito para ele e a única que sinto e o meu rosto arde e o gosto metálico de sangue na minha boca

- CALA A BOCA! - ele grita com raiva e me encolhi por nunca tê-lo visto tão transtornado, ele passa a mão pelos cabelos os puxando, mas eu olhar raivoso muda assim que me olha - Olha o que você me fez fazer, amor! Isso não deveria acontecer.- tenta se aproximar mas recua quando eu me afasto do toque dele

- Não me toque! - ele concordar se afastando até a porta

- Eu vou deixar você e mais tarde volto para ver como está.- e assim quando ele sai do quarto eu começo a chorar, por culpa e por desespero, culpa por que isso não estaria acontecendo se eu não tivesse dando brecha para ter algum laço além de trabalho e por não ter ouvido a Lisa todas as vezes em que ela me alertava, também estou desesperada por estar com medo dele e do que pode ele pode fazer, por que não tenho dúvidas que ele é um louco psicopata.

Fico ali encolhida na cama chorando baixinho, pensando na minha família, na Lisa que deve está maluca sem notícias minhas, nos meus filhos pois não sei como deve "tá lidando ou pode ser que não saibam de nada, na Jisoo que deve estar arrancando os cabelos de preocupação tanto de mim como do meu bebê, não sei se ela disse a Lisa sobre o assunto ou não, sinto meus olhos pesarem depois de tanto chorar e acabo adormecendo.

       (...)

Acordo e fico olhando para o teto de madeira desejando que tudo isso fosse apenas um pesadelo e que logo as coisas voltaria ao normal, mas infelizmente não é, creio que ja faz um dia ou vai fazer que estou aqui considerando que ja estar anoitecendo, deixo um suspiro escapar de mim, não tem nada que posso fazer para sair daqui o jeito é rezar para que me achem, outro problema já que eu não sei onde estou e não dá para ver nada da janela a não ser a mato.

Depois de algum tempo ali sem fazer nada a não ser fitar o teto ou ficar perdida nos meus próprios pensamentos e suposições de onde provavelmente estou, vejo a porta se abrindo novamente e não me movo do lugar onde estou, pois sei que é o Jongin, ou achei que sabia por que quem entra é uma silhueta feminina, não dá para ver seu rosto por ela estar de costas para mim, fico olhando atentado seus próximos passos vendo ela colocar uma bandeja com comido na cômoda perto da porta e vir até mim com uma maletinha na mão, assim que vejo seu rosto arregalo os olhos para ela.

- Você? O que você "tá fazendo aqui? - pergunto incrédula olhando para ela que suspira pesadamente

- Oi, Jennie. Eu...eu sou prima do Kai, ele me pediu para trazer comida a você - ela fala com o que parece pesar na voz

- Pera, você é prima dele? Isso quer dizer que você sabia o que ele estava fazendo o tempo todo? - faço uma pergunta retórica com incredulidade na voz

- Sinto muito, eu não queria, mas eu não tenho escolha mesmo achando isso errado - seu tom mostrava arrependimento

- Você se aproveitou de nós para ficar vigiando nossos passos, se aproveitou da bondade da Lisa a quem você deveria agradecer e é isso que ela ganha em troca, você ajudando a sequestrar a mulher dela a qual está grávida! - solto tudo indignada e com raiva

- Me desc....pera! Você está grávida? - ela arregala os olhos para mim com a informação que dei - Merda, merda, merda... O Jongin sabe disso? - nego com a cabeça confusa - Não diz nada, ele pode ficar mais louco do que ja está -

- Não entendi - digo vendo ela andar de um lado para o outro desesperada

- Eu quero dizer que tenho que ajudar você a sair daqui, se antes eu não gostava dessa ideia idiota daquele doente, agora que não aprovo mesmo sabendo que você está nessa condição - exclama voltando a andar pelo quarto - Só tenho que achar uma maneira certa, o Jongin não é burro e qualquer coisa ele pode perceber e se isso acontecer as coisas só vão piorar, principalmente para mim - sua expressão muda tristonha

- Por que "tá ajudando ele? - pergunto cautelosamente e a vejo respirar fundo

- Foi ele quem pagou o tratamento de câncer da minha mãe logo quando descobrimos, ele pagou pelos complementos, os remédios, a cirurgia, tudo! Em troca eu o ajudaria quando ele precisasse, não importa em quê. Quando soube dos planos dele sobre querer ter você ou algo assim, fui contra, mas ele começou ameaçar a mim e minha mãe, então...- falou e deixou no ar, mas eu entendi  - Bom, eu vou descer se não ele vai desconfiar pela demora, não se preocupe eu vou dar um jeito de tirar daqui.- deu um sorriso pequeno acho que tentando passar confiança, aceno para ela que assim sai pela porta me deixando sozinha novamente.

Como a comida que estava ali para depois voltar a me deitar, penso no que acabou de acontecer e o que resta e rezar para que dê tudo certo e assim eu e meu bebê sairmos logo daqui.

Fico até tarde acordada sem conseguir dormir por ansiedade de sair daqui e logo ficar com minha família novamente, depois de mais algumas horas acabo dormindo com os mesmos pensamentos.