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História Recomeço no mundo trouxa - Capítulo 10


Escrita por: ULSnape

Capítulo 10 - Capítulo 10


 

Snape havia deixado seu endereço com o porteiro do prédio onde Hermione mora, no entanto a semana transcorreu e

Snape deixou seu endereço com o porteiro do prédio onde Hermione mora, no entanto a semana transcorreu e ela não apareceu.

O bruxo evitou e se controlou o máximo para não ir atrás dela novamente e implorar perdão.

As lembranças da noite de amor que tivera com ela passava em sua mente em câmera lenta. Cada toque, cada beijo, seu corpo se encaixado perfeitamente no dela era torturante supor que não a teria novamente. Se permitiu sorrir ao lembrar que foi o homem que a fez se sentir realizada e que de certa forma fez aquela noite ser especial para ela, assim como foi especial para ele, pois, não foi apenas uma transa, não foi meramente por prazer carnal, havia sentimentos e confiança.

- Nós fizemos amor. - Snape murmurou sozinho, enquanto tentava ler um livro, mas que obviamente não estava conseguindo.

Como forma de autoajuda, o bruxo começou a mentalizar que era hora de tentar sufocar dentro de si o que estava sentindo ou simplesmente deixar sentir tudo, chorar e chorar até que a dor saísse de si.

Envolto a tantos pensamentos, se questionava o por que tinha que doer tanto gostar de alguém e por que ele nunca conseguia ser feliz, e sempre algo tinha que dá errado. Se condenava por magoar quem ele nutria sentimentos.

Outra semana se iniciava e a rotina de trabalho voltava, de certa forma Snape agradecia, era melhor do que ficar em casa sozinho pensando e se martirizando.

Gutemberg que já estava a par de toda a situação do colega, fazia de tudo para o ajudar de algum jeito, na tentativa de animar Snape.

Após receberem uma notificação de que o Centro de Pesquisar Farmacêuticas de Londres foi convocada pelo governo britânico para indicar um dos seus membros para realizarem estudos e testes sobre um novo medicamento contra o câncer que estava sendo feita no Brasil, Gutemberg teve a ideia de estimular Snape a se candidatar a vaga.

- Snape! Olha, você deveria ir, talvez até te ajude a deixar essa tristeza e te fazer esquecer a moça... Quem for terá que ficar seis meses a serviço do país, além que ficaria famoso no meio farmacêutico e bioquímico internacional. - Gutemberg falava incentivando o colega.

- Eu nunca vou esquecer ela... E não quero sair do país.

- Deixa de ser dramático, olha a oportunidade, além de poder viajar com tudo pago, ainda poderá ver as lindas brasileiras desfilando nas praias do litoral, o único problema é que lá é muito quente, aqui estamos acostumados com frio quase o ano todo.

- Por que você não vai Gutemberg? E para de querer se intrometer na minha vida... Eu não estou pedindo sua ajuda. – Snape assumiu sua antiga carranca mau humorada e sarcástica de antes, já não suportava mais a mania do outro querer o regular.

- Só quero te ajudar a sair dessa depressão por causa de mulher. Tem tantas no mundo. Você deveria esta aproveitando...

Snape já estava ficando nervoso e com vontade de azarar o outro. A vontade de usar magia cresceu, querendo cruciar o colega e descontar toda amargura que estava sentido.

- Desaparece da minha frente Gutemberg. - Snape falou e o encarou de forma mortal.

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Hermione se encontrava na biblioteca da universidade quando Niki chegou a procurando.

- Oi Min, esta tudo bem?

- Oi Niki, estou bem! – Hermione falou sem um pingo de emoção.

- Não, você não esta bem! Você já procurou o bonitão para conversar?

- Não! – Hermione encolheu os ombros e soltou um suspiro sofrido.

- Mas por que não? Você vai ficar ai sofrendo até quando? Já se passou quase duas semanas e você esta ai fazendo a difícil. Com um homem daquele eu já tinha perdoado no dia seguinte e estaria sentado nele agora. – Niki falou sorrindo malicioso, fazendo Hermione ri do comentário dele.

-Só você mesmo Niki para me fazer rir.

- Ora amiga, com um homem daquele eu não estaria dando bobeira... Mas, é sério, já passou da hora de ir falar com ele... Eu tive o nariz quebrado e nem por isso estou com raiva... Vá e se entendam, com certeza ele já aprendeu a lição... Ele deve esta sofrendo com o seu silêncio... aproveite que as aulas hoje são sem muita importância e procure por ele. – Niki pegou os livros do braço da amiga e a empurrou para que ela saísse da biblioteca.

- Ai Niki... Tá bom, eu vou...

- Amiga, pondere, sei que esta magoada, mas tente agir com a razão quando estiverem conversando e principalmente seja justa e se coloque no lugar dele também... Eu vi nos olhos dele que ele te ama, sei que o relacionamento de vocês é recente, mas, ele já demonstra um sentimento intenso por você... Enfim faça o que é certo, tanto para ele quanto para você. – Niki aconselhou Hermione e por fim a abraçou forte.

- Obrigada Niki... Até amanha!

Hermione foi para casa primeiro, tomar um banho e colocar outra roupa antes de ir ao encontro de Snape...

A bruxa pegou o bilhete deixado por Snape com o endereço, chamou um taxi e partiu. Quando chegou ela se identificou na portaria e aguardou a resposta para subir.

Snape estava terminando de tomar banho quando o interfone tocou, era o porteiro perguntando se podia liberar uma moça chamada Hermione para subir. Snape estremeceu ao saber que Hermione veio, logo falou para deixar ela subir. Correu e se vestiu rapidamente e aguardou ela bater na porta e assim que a fez ele abriu e a viu ali na sua frente, linda como sempre.

Seu coração estava acelerado e suas mãos tremendo.

-Her... Hermione. – Ele falou rouco.

- Olá Snape! Podemos conversar? – Hermione tentava conter suas emoções e não fraquejar na frente dele.

- Severus, me chame de Severus... Soa estranho ouvir você me chamar de Snape depois da gente já ter.... – Snape hesitou, já não conseguia formular palavras corretas para falar a ela. – Desculpa, é claro que podemos conversar... Entre...

Snape direcionou Hemione o sofá e ele se sentou na poltrona em frente a ela.

- Você veio terminar comigo Hermione? Se for pode ir direto ao ponto... Sei que fui errado por perder a cabeça daquela maneira, de agredir seu amigo e te ofender...

- Severus! O que você fez me magoou muito, suas palavras me machucaram, você insinuou que eu fosse uma vagabunda e traidora... – Hermione começou a fazer suas ponderações.

- Eu não te chamei desse xingamento....

- Não chamou, mas pensou e insinuou. – A bruxa começou a ficar alterada e continuou: – Já pensou se você tivesse me agredido? Você chegou do nada e começou a bater em uma pessoa inocente, e se você tivesse me batido também? Por conta do seu descontrole injustificado...

Snape sentiu como se uma adaga atravessasse seu peito, ouvir Hermione falar que ele poderia a ter machucado o fez ficar em estado de choque e seus pensamentos o consumiu deixando paralisado. Nesse momento passou um filme em sua mente.

Hermione continuou a falar e falar até que percebeu que Snape não estava a ouvindo.

-Severus?... Snape você esta ouvindo? SNAPE? – Hermione percebeu que ele estava em uma hipnose, submerso em memórias.

Ela tirou sua varinha do bolso e apontou para a cabeça do homem que estava completamente vulnerável e não fazia qualquer barreira de oclumência.

- Legilimens... – Hermione adentrou nas memórias que estava sendo reproduzida na mente de Snape e o que começou a ver foi assustador.

Um homem bêbado brigava com uma mulher de cabelos negros e atrás dela havia um menino com os olhos cheios de lágrimas implorando para que ele parasse.

- Cala boca seu moleque esquisito, você é igual essa abominação da sua mãe...

- Pare com isso Tobias, não fale assim do seu filho.

- Eu falo o que eu quiser, essa casa é minha e vocês estão pegando o boi de eu não colocar vocês para dormir na rua... Sua abominação... Não passa de uma vagabunda deserdada...

Hermione viu o homem se aproximar da mulher e começar a bater com muita violência. O pequeno menino de cabelos e olhos escuros tentava defender mãe, mas, era muito frágil e não tinha forças para afastar o homem. A mulher caiu desacordada no chão com as agressões cometidas contra ela.

- Deixa minha mãe em paz seu monstro... Vai embora, eu vou matar você... – O menino pegou a varinha da mãe, mas por ser muito pequeno ainda não conseguia fazer magia com muita eficiência.

- Você vai me matar pequena aberração? - O homem avançou para cima do menino, tomando a varinha e a quebrando, em seguida agarrou os cabelos do menino e começou a espanca-lo.

Hermione estava aterrorizada com o que estava vendo. Logo a memória se modificou, mostrando uma outra realidade.

Um jovem que aparentava ter uns 14 anos com vestimentas de Hogwarts e com um malão, chegava em casa após um ano letivo, o garoto abriu a porta de casa e viu sua mãe caída no canto da sala com uma poça de sangue próxima a cabeça. O menino se desesperou e correu para cima da mãe e abraçou o corpo sem vida. Ao perceber a presença do homem no cômodo se aproximar, o garoto se levantou com os olhos marejados, mas, que continha muito ódio daquele monstro que havia matado sua mãe.

O menino apontou a varinha para o homem e conjurou o feitiço Sectumsempra, o homem caiu ao chão com vários cortes profundos pelo corpo e ficou a agonizar até a morte por esgotamento de sangue.

Nesse momento, Hermione saiu da mente de Snape.

Ao olhar para ele, ficou estática vendo o bruxo chorar.

- Você não tinha o direito de invadir minha mente Hermione. – Snape colocou as mãos na cabeça flexionando o tronco para frente e fitando o chão.

– Eu não sou um monstro igual o Tobias. Eu não sou Hermione. Jamais vou encostar um dedo em você para te machucar. – Snape desabava em lágrimas.

Hermione entendeu que aquele homem violento era o pai de Snape e que havia matado a mãe dele.

A imagem do pequeno Severus sendo surrado por aquele covarde deixou Hermione em prantos.

- Severus... – Hermione se aproximou colocando a mão no ombro de Snape...



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