História Recovery - Capítulo Quatro

Justin Bieber P.O.V

New York, EUA, dia 30 de agosto de 2018, quinta feira, 16h

Eu estava no aeroporto, Harry iria trazer minhas meninas as para me ver hoje, o último contato que eu tive com Sam, foi na segunda, quando ela me disse que Styles traria Jessie e Julie para me ver. E sim, essa foi a única mensagem que ela me mandou, nenhuma das outras que eu enviei foram respondidas. Foi simples, curta, direta, mas principalmente fria.

Harry irá a New York levar as meninas, não as confunda. – Amor.

Ah, sim, o nome dela ainda está salvo como amor. Eu ainda a amo, eu ainda sinto falta. Todas as noites que me deito na cama, ela está fria, como meu coração.

Sam tinha uma modo muito particular de dormir, nós dormíamos meio que distante um do outro por que segundo ela eu sou muito espaçoso. Mas sempre sentia ela se aproximar de mim durante a noite, claro, dormindo. Ela passava os braços pela minha cintura e colocava a cabeça nas minhas costas, eu ria fraco quando sentia e me virava para seu lado, todas as noites eu passava longos minutos a observando, sua pela clara, seus cabelos espalhados pelo rosto, sua boca vermelha, tudo, depois eu a colocava de costas para mim, e abraçava, Sam suspirava e eu ficava o resto da noite sentindo o cheiro de morango nos seus cabelos.

Mas agora, eu não tinha ninguém para sentir o cheiro, não tinha minha mulher para me abraçar a noite. A casa ficava um silêncio ensurdecedor o dia todo, por isso eu passava maior parte do tempo na empresa, tenho focado em tudo relacionado ao banco e a fábrica de joias que meu pai abriu recentemente, claro, em parceria ao banco do pai de Sam. Estamos ligados, querendo ou não.

Logo o vôo delas pousou, aparentemente, Sam não está nos EUA, por que elas saíriam pelo aeroporto internacional. Não as confunda. Eu acho que correria o risco de confundi-las, mas estava com tanta saudades que saberia quem é quem pelo cheiro.

Logo vi os cabelos loiros a altura do ombro passarem correndo pela porta de embarque, Harry atrás trazendo as malas delas​ e as dele, as duas estavam de mãos dadas, eu admirava o companheirismo delas, eram inseparáveis. Suas orbes azuis pararam em mim, eu senti meus olhos marejarem, não percebi a falta que elas me fizeram. Logo as reconheci, eu nunca mais as confundiria. Jessie estava com uma blusa azul e uma calça jeans – que julguei apertada demais – Julie vestia apenas um moletom preto com olhos de gatinho – eu realmente espero que tenha algo ali debaixo – parecia um vestido. Elas jogaram as malas no chão e algumas pessoas olhavam rindo, eu me agachei e abri os braços.

- PAPAAAI!!! – gritaram juntas. Logo pularam em cima de mim, me derrubando no chão. Me preocupei primeiro com a roupa da Julie, mas depois vi que tinha um short por baixo.

- Meus amores, o papai estava morrendo de saudades de vocês. – eu ainda estava no chão, beijava seus rostinhos e as duas gargalhavam, suas bochechas coradas naturalmente ficaram ainda mais rosinhas, as deixando adorável.

- Eu também senti sua falta papai. – Jessie falou, ela era muito apegada a mim, não que Julie não fosse, mas ela era mais. Julie se parecia e era mais apegada a Sam.

- Julie também sentiu muito a falta do papai. – ela beijou minha bochecha. Eu não aguentei, tive que morde-las.

- Papai!! – Jess ralhou.

- Desculpa bebês, mas o papai precisava fazer isso.

- Você babou a minha bochecha papai. – Julie. Eu ri da carinha de nojo que ela fez.

- Tenho uma surpresa pra vocês quando chegarem em casa. – elas logo sorriram, me levantei do chão ao perceber que ainda estava jogado lá. Quando olhei pra frente Harry me olhava rindo.

- Bieber. – me cumprimentou.

- Styles. – ele ofereceu a mão e eu peguei. – Bom, já pode me dar as coisas delas, vamos pra minha casa. – eu sorri, realmente feliz por elas estarem aí.

- Certo, estão todas aqui. – ele me passou o carrinho. – Ah, elas estão usando fraldas pra dormir.

- Pensei que Sam tinha tirado as fraldas. – disse confuso.

- Bem, ela tirou, mas só durante o dia, elas ainda fazem xixi na cama. – as duas riram e ficaram vermelhas.

- Quando... Quando você vai leva-las de volta? – perguntei com o choro preso na garganta. Não queria que elas fossem.

- Sam deixou elas ficarem até segunda feira.

- Só três dias? – questionei me sentindo fraco.

- Sinto muito Justin. – ele parecia sincero. – Acredite, eu tentei fazer com que Sam não pedisse o divórcio. – eu ri sem humor.

- Quer mesmo que eu acredite nisso? – ele riu.

- Sei que pensa que sou apaixonado por ela, mas isso não é verdade. – lhe olhei com sarcasmo.

- Então esse tempo todo perto dela, você nunca se apaixonou? Quer enganar a quem Styles? Sam é perfeita, é apaixonante, qualquer cara daria a vida para a ter.

- Menos você. - chute no meu estômago. – Você a teve desde os dezesseis anos, por que Justin?

- Eu...

- Papai estou com fome. – Julie diz e eu suspiro aliviado.

- Vamos pra casa comer então princesa. – vejo Jessie com um dedinho na boca. Ciúmes. – Vem aqui com o papai também minha outra princesa. – ela sorriu e abriu os braços. – Prefiro falar sobre isso na minha casa. – murmuro para Harry.

Ele assente e nós saímos do aeroporto.

[...]

- UM CACHORRINHO!! – Julie grita assim que olha para frente, logo em seguida Jessie vê o filhote e desce desesperadamente do meu colo. O sorriso das duas vai de orelha a orelha.

- Ele é seu papai? – Jessie.

- É de vocês, papai comprou pra vocês duas. – adverti para que não houvesse brigas.

- Qual nome dele? – Ju.

- É menino ou menina? – Jess.

- Ele vai embora pra casa da mamãe também? – Ju. Eu dou um sorriso triste ao lembrar que elas vão embora.

- Acho que sua mãe não vai ter tempo de cuidar dela. E é uma menina, o nome dela é Esther. – elas sorriram juntas e começaram a brincar com a cachorrinha.

Aproveito a distração das duas para levar as coisinhas delas até o quarto, eu comprei mais bonecas e algumas roupas para deixar aqui. Vou até meu quarto, tinha algumas coisas da Sam aqui, acho que faria falta a ela, coloquei tudo em um mala só, para entregar ao Harry. Quando eu ia fechar a porta, olho para o criado mudo, ali tinha uma foto nossa, foi tirada no dia do nosso casamento, o fotógrafo que contratamos conseguiu pegar o exato momento em que o padre disse: “pode beijar a noiva”. Nosso primeiro beijo como marido e mulher. Deixei uma lágrima solitária escorrer, e a dor em meu coração voltou. A coloquei no meio das roupas.

Desci as escadas e vi que Harry estava sentado no meio das meninas e com a Esther perto. Julie mexia em seu cabelo enquanto Jess estava entretida com a cachorrinha.

- O que está fazendo com ele Ju?

- Uma trança papai. – eu ri.

- Jess, não aperte ela. – Harry disse.

- Vai viajar papai? – Jess.

- Você vai ir morar com a mamãe de novo papai? Ela disse que vocês não estão mais juntos, por que papai? – Julie. Eu sorri triste. Estava sorrindo triste muitas vezes.

- Vocês ainda são muito pequenas pra entender isso princesas. – e provavelmente quando entenderem vão me odiar por ter traído a mãe delas. – Tem mais presentes no quarto de vocês, por que não vão lá?

Julie levantou primeiro e saiu correndo, logo Jessie foi atrás sendo seguida por Esther.

- Quem escolhe as roupas delas? – ele riu.

- Calma Bieber, elas só tem três anos, daqui há uns dez ou doze anos você pode se preocupar com isso. – ele disse rindo e se levantando do chão. – Então, vai viajar?

- Ah, isso... São coisas da Sam, ela esqueceu aqui, creio que fará falta. – ele pegou a mala.

- Bebendo muito? – olhou para um ponto fixo atrás de mim. Segui o olhar, era a minha estante de bebidas. Vazia.

- Só... É, eu dei um tempo nas bebidas, Chaz levou o resto embora.

- Eu vou embora, não esqueça de colocar fraldas nelas. – assenti.

- Obrigado por trazê-las, de verdade. E, hã, diga... Diga a Sam que... Eu a amo. Muito. – Harry me olhou como se entendesse a minha dor.

- Eu direi. – foi na direção da porta. – E Justin?

- Oi.

- Não se preocupe comigo, eu nunca me apaixonaria por Samantha, e mesmo se me apaixonasse, é você que ela ama, mesmo machucada, você é o amor da vida dela. E, bem, eu sou gay.

Saiu me deixando com o queixo caído.

Samantha Facchi P.O.V

- Quero os desenho das novas jóias na minha mesa ate às cinco horas Helena. – disse a minha secretária. Todos já sabiam sobre mim, claro, eu vinha aqui diversas vezes, mas agora sabina que eu estava divorciada, e que essa sede seria comandada por mim.

Os únicos que não sabiam eram os que estavam de férias, como o gerente geral da parte das jóias, uma nova parte da empresa que Jeremy e meu pai estão apostando tudo. E posso dizer que está dando certo.

- Sim senhorita Facchi, deseja mais alguma coisa?

- Passe apenas as ligações de Caitlin Beadles e Harry Styles, o resto, não deixe chegar até mim, tenho muitas coisas pra organizar. E por gentileza, me traga um café bem forte. – ela sorriu assentindo. Saindo pela porta em seguida.

Comecei a ler alguns papéis referente a sócios, os gastos do mês, o balanceio do lucro, a extração das jóias, pedidos e milhões de outras coisas. Em meio a tantos problemas e xerox. Ele veio em minha cabeça, como sempre.

- Eu preciso de cinco minutos da sua atenção amor. – era o nosso primeiro mês na empresa, Justin veio me perturbar na sala, como sempre. Meu pai e Jeremy fizeram nossas salas bem distantes uma da outra para que justamente isso não ocorresse, mas ele passa por cima de qualquer coisa.

- Justin, eu tenho muitas coisas pra fazer!

- Cinco minutos meu anjo, só cinco minutinhos, são quase seis horas, você não saiu dessa sala hoje, nem na hora do almoço, não nos vemos no fim de semana por que você tinha trabalho da faculdade, nem me ligou. – eu ri do bico enorme que ele fez. Justin as vezes é mais carente do que eu.

- Não sabia que você era tão carente assim. – riu.

- Temos um ano e meio de namoro e você ainda não me conhece? – ele se levantou da sua cadeira vindo até a minha e me colando sentada na mesa, ficando entre minhas pernas. – Você parecia conhecer muito bem na sexta, como conhecia. – ele disse bem baixo, e isso fez com que sua voz ficasse mais rouca. Os pelinhos da minha nuca se arrepiaram.

- Justin, estamos no trabalho, se meu pai... – eu não terminei de falar por que ele havia me beijado, um beijo quente que eu sabia muito bem onde iria parar. – Não vamos transar aqui Bieber. – ele me olhou e apertou o membro por cima da cueca.

- Com você me chamando de “Bieber” eu não vou aguentar. – ele foi pra cima de mim novamente, dessa vez tirando o seu paletó e meu blazer, seus beijos desceram pelo meu pescoço me causando sensações ótimas. – Meu pau está doendo, pode me ajudar com isso babe?

- Justin.. Nós, por favor pare. – ele riu por que minha voz saiu fraca. Voltou a beijar, mas o barulho da porta se abrindo e logo uma voz grossa o fez parar o beijo e sua mão boba apertando minha bunda.

- Creio que tenha trabalho ainda Justin. – era Jeremy.

- Porra pai, isso é hora de aparecer, puta que pariu. – ele resmungou com a mão sob seu pênis. Eu tive que rir, ele estava necessitado.

- Acho bom você ir no banheiro, não seria nada bom se August te encontrasse nessas situações saindo da sala de Sam. – eu fiquei vermelha, Justin não tinha se tocado, sua mão livre apertava forte minha cintura.

- Droga! – como se não fosse constrangedor o suficiente Jeremy nos pegar em uma quase sexo, antes de sair ele me dá um beijo quente, escuto a risadinha baixa de Jeremy e ele sussurrar: “jovens”. – Você vai para o meu apartamento hoje, temos que terminar isso. – sorriu e eu lhe dei um tapa no braço.

- Seu idiota! Jeremy está aqui, saia da minha sala, anda, os dois. Vão, vão, vão!

- Hei, eu tenho esses documentos aqui pra você. – Jeremy disse.

- Obrigada, agora podem ir.

- Quanto amor. – Justin disse irônico.

- IDIOTA!

- EU TAMBÉM TE AMO BRANCA! – ele gritou de volta, algumas pessoas olhavam para nós rindo, ela sabiam o quanto meu namorado podia ser doido.

Sem que eu percebesse, uma lágrima pingou no teclado do meu Notebook, a limpei rapidamente. Se eu soubesse de tudo que está acontecendo hoje, no passado, eu nunca teria aceitado aquela volta. Daria tudo para nunca ter conhecido Justin Bieber, mas principalmente, daria tudo para não estar sentindo a dor que sinto agora.

O telefone toca me tirando dos meus pensamentos.

- Facchi.

- Olha se não é a diretora do maior banco e joalheria da Itália.

- Oi Harry, como estão as meninas?

- Estão ótimas, e eu também estou bem caso queira saber. – não podia ver, mas tenho certeza que ele está revirando os olhos.

- Você é muito dramático, mas me diga, como foi no aeroporto, tudo certo?

- Me surpreendi, admito, as meninas saíram correndo e eu nem precisei dizer quem é quem. – eu ri.

- Você é podre. – riu.

- Ele implicou um pouco com as roupas, principalmente com a de Julie.

- Foi você que escolheu Styles!

- Elas têm a sua bunda, na verdade, a dos dois, por que a bunda do Justin é enorme. – gargalhei.

- Desde quando você olha isso?

- Desde que notei que ele seria facilmente confundido com a Nicki Minaj de costas.

- Você, não presta. Disse que elas precisam de fraldas não é?

- Que tipo de tio você acha que eu sou?

- Do tipo gay! – ele começou a tossir. – O que foi? Estou brincando Harry.

- Eu... Eu sei, me engasguei com o suco. – ri.

- Mas enfim, o que mais tem pra me contar?

- Hum, ele ficou um pouco chateado por elas ficarem só três dias, e me deu uma mala com algumas coisas que você esqueceu.

- Ah, eu ia mesmo pedir pra você pegar, diga a ele que não é para beber perto delas.

- Chaz já levou todas as bebidas dele embora. – ri baixo. Mas aliviada, meu coração insiste em se preocupar com Justin.

- Fico feliz, elas já estão passando por muita coisa.

- Ele me pediu pra dizer, que te ama. – fico em silêncio, acho que por tempo demais. – Sam, está aí?

- Quem ama não traí!

- Justin está arrependido Sam.

- Foda-se Harry, eu posso o amar, mas em primeiro lugar eu me amo.

- Ok, ok, você está certa, a campainha está tocando, não duvido nada ser a Cait, o que eu digo?

- Tudo, menos onde eu estou!

- Mas é tão óbvio! – ri.

- Por isso mesmo, eles nunca pensariam que eu viria justamente pra cá, onde Justin pode vir.

- Tudo bem, tchau morena, boa sorte.

- Fique de olho nas minhas filhas. – riu.

- Ok.

Voltei a encarar os papéis, grunhi de preguiça.

Justin Bieber P.O.V

19h00

- Vamos sair meninas, chega de brincar na água, vocês já estão enrugadas.

- Só mais um pouco papai. – Jess.

- É papai, só mais um pouco. – Ju.

- Já está bom, e vocês têm que comer.

Primeiro eu tirei Julie, depois Jessie, a toalha era daquelas que têm um capuz e na delas tinham orelhas de gatinho, suas bochechas ficaram ainda mais rosas pelo frio, os narizes vermelhinhos, como os de Sam quando está com frio ou envergonhada. Eram a cópia perfeita dela, apenas os cabelos e o narizes​ eram meus.

- Blusa, calcinha e short. – disseram juntas, elas têm essa mania que assusta.

- Não pode ser, blusa, calcinha e calça de moletom? – sim, eu já estava as influenciando a não usarem roupas curtas demais.

- Tio Harry disse que assim é lindo, e a mamãe também. – Ju disse e eu bufei.

Vesti as roupas nelas, iguais, elas as vezes gostam de se vestir assim. Fomos para a cozinha, eu as coloquei em suas cadeirinhas, Ju na roxa e Jess na rosa.

- O que querem comer?

- Biscoito. – Ju.

- Sorvete. – Jess.

- O que a mamãe disse sobre comer isso antes do jantar?

- Não pode. – disseram juntas e fazemos carinhas tristes.

- Papai vai fazer macarrão. – era a minha especialidade, e a única coisa que ficava melhor que a de Samantha na cozinha.

[...]

- Podemos dormir com você papai?

- Claro que sim meus anjinhos. – peguei cada uma em um braço. Ao chegar no quarto as joguei na cama fazendo cócegas, elas riam alto, é o vazio da casa foi preenchido. – Temos que por as fraldas não é mocinhas? – riram.

Coloquei as fraldas nelas, vesti o pijama, liguei a TV do quarto e coloquei um de seus desenhos favoritos, Frozen. Claro. Me deitei no meio delas, cada uma em um lado, seus cabelos loiros ficaram espalhados no meu rosto, eu ri e os tirei.

- Papai. – Ju.

- Oi meu amor.

- A Ju não gosta de morar só com a mamãe e nem só com o papai.

- Jessie também não.

- Eu queria ficar aqui, mas com vocês dois.

- Eu também papai. – Jess.

- Vocês poderiam até ter mais bebês, só pra Ju e a Jess cuidarem. – eu ri dela, mas na verdade queria chorar. A janela do quarto estava aberta, Jessie olhou pra lá e gritou.

- UMA ESTRELA CADENTE PAPAI!

- FAZ UM PEDIDO JESS. – Ju gritou também. Eu sentia falta delas, muita falta.

- O que você pediu Ju?

- Pode contar papai?

- Pode filha, faz assim, as duas juntas ok? – assentiram.

- Eu queria que a mamãe e o papai ficassem na mesma casa de novo. – fizeram o mesmo pedido.

Eu não fiz somente Samantha sofrer​, estava fazendo minhas filhas sofrerem, crescer em casas diferentes, sem mim por perto, me vendo a cada quinze dias, vivendo sem uma família instável e completa. Era eu, era minha culpa sempre vai ser.

- Perdoem o papai, eu amo você demais, nunca pensem o contrário ok? Eu queria ficar todos os dias assim, pertinho de vocês, e da sua mamãe. Me perdoem por separar as família, tudo vai dar certo. – beijei suas cabeças.

- A Ju te perdoem papai, não sei o que é isso mas perdoem.

- Jess também perdoem. – ela disse errado me fazendo rir.

- É perdoa filhas, quando você faz algo de errado.

- O que o papai fez de errado? – Ju.

- Quando vocês forem maiores, vão saber. Deitem aqui e vamos ver esse desenho.

- A mamãe também perdoem você papai, eu ouvi, Ju ouviu ela chorar a noite e dizendo que perdoem você.

Uma lágrima desceu como sangue pelo meu rosto. Eu destruí a minha família.