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História Red Diamond 3: Renascimento - Setenta e Dois


Escrita por: BeNerds

Capítulo 72 - Setenta e Dois


Depois de uma discussão exaltada com Akron, tendo Karina como apaziguadora, Red se dirigiu ao seu quarto. A noite de Durag estava avançada e a diamante esperava encontrar sua amada já adormecida, porém, quando abriu a porta, viu Kalissa sentada no meio da cama encostada na cabeceira.

RED: Perdeu o sono, minha Emãn? — perguntou em um misto de brincadeira com preocupação.

KALISSA: Precisava falar com você, minha Soberana — respondeu em um tom cansado enquanto a diamante se aproximava da cama.

Red subiu no leito e se sentou ao lado de Kalissa, a envolvendo com seu braço esquerdo. A hayppi virou um pouco para o lado da diamante e ajustou o corpo para se aninhar à ela.

RED: Aconteceu alguma coisa? — perguntou, preocupada com o tom de voz de sua amada.

KALISSA: Mais cedo, quando eu passei pelos aposentos de Jasper, ela abriu a porta segurando Willa pelo braço...

RED: Willa seria o nome da mulher que parece ter algum interesse em Jasper?

KALISSA: Isso mesmo. Jasper estava nua, mas logo se cobriu quando eu pedi...

RED: Melhor assim.

KALISSA: ...Ela empurrou Willa para fora de seu quarto e me disse que Willa o invadiu para, nas palavras dela, tocar o que não devia.

RED: E Willa?

KALISSA: Alegou que Jasper a havia forçado. Por um momento, Umõn, eu acreditei. Sua amiga tem uma postura e um modo de agir que nos engana facilmente. Percebi que Jasper olhava para Willa como se estivesse entediada, não era um olhar culpado, nem agressivo e nem raivoso pelo o que Willa estava dizendo. Aquilo tudo não fazia sentido para ela porque não era verdade.

RED: Jasper explicou alguma coisa?

KALISSA: De certa forma sim. Disse que Willa havia se oferecido para ela três vezes, contando aquela situação, mas que ela só aceitara da primeira vez. Além disso Umõn, eu percebi que Willa estava fingindo. Era um choro falso e sua atitude era forçada, ela queria que Jasper fosse punida de alguma forma, quase...

RED: Como uma vingança?

KALISSA: Isso. Mandei o guarda que me acompanhava a levar para Anaís e lhe dizer para manter Willa trabalhando, assim ela não teria tempo para importunar ninguém.

RED: Interessante. Gostei dessa sua decisão, mas não sei se eu teria feito o mesmo.

KALISSA: Avisei para ela que se fosse você, Umõn, provavelmente não a deixaria livre de um castigo físico, apesar de não ter especificado o que eu quis dizer com “físico”.

RED: Hum... Uma Imperatriz ardilosa — disse beijando o topo da cabeça de Kalissa. — Mas sinto que isso tudo te deixou mais afetada do que está demonstrando, meu amor.

KALISSA: O problema, Umõn, — disse em um suspiro — é que isso me fez lembrar de algumas coisas ruins.

Red abraçou Kalissa, enquanto a colocava sentada em seu colo para envolvê-la melhor em seus braços. Kalissa se deixou ser carregada e abraçada, relaxando dentro do amor e da proteção que Red tentava lhe passar ao mesmo tempo que tentava aplacar sua própria fúria.

RED: Quer falar sobre isso? — perguntou com delicadeza enquanto acariciava a pele de Kalissa com os polegares.

KALISSA: Não no momento, Umõn. Só queria que soubesse o que houve e... que Jasper me ajudou a chegar na biblioteca.

RED: Ela passou o dia com você e os meninos?

KALISSA: Sim. Ela me surpreendeu imensamente. Sempre distante e rude, mas de algum modo presente e atenciosa. Não consigo explicar, Umõn.

RED: Eu acho que entendo o que quer dizer — disse com um leve sorriso.

KALISSA: Ela me lembra minha Soberana às vezes.

RED: Ela também me lembra de mim, talvez mais do que para você. Jasper se parece comigo quando emergi. Confusa e solitária. Sem um caminho traçado como as outras gems. Isso foi se construindo aos poucos, é o que quero ajudá-la a fazer. Me parece que vir para cá a fez ver o universo de um modo diferente. Não acho que era isso que Pearl planejava, mas de fato foi uma evolução muito grande e positiva.

KALISSA: Você gosta dela — não era uma pergunta. Kalissa já conseguia ler bem a postura da diamante e seu comportamento em geral.

RED: Cada vez mais — admitiu com um leve sorriso. — Aquilo com os meninos... Não achei que ela iria interagir assim com eles.

KALISSA: Ryan é muito curioso e inteligente. Fez várias perguntas para Jasper e ela respondia do seu jeito truculento, mas com sinceridade. Ryan ficava cada vez mais admirado, acho que isso a amoleceu com ele.

RED: O que explica o “tia Jasper” — disse rindo com gosto. — Me esforcei bastante para não rir na hora. Ela demorou para aceitar que eu a chamasse de Tigresa, deixar que um garoto de uma espécie diferente a chame de tia... Até agora era algo impensável para mim, talvez muito mais para ela. – Quer me falar mais alguma coisa? — perguntou, sentindo hesitação no corpo de Kalissa.

KALISSA: Queria lhe perguntar, minha Soberana, o que houve para que aparecesse toda coberta de... sangue.

RED: Hum, quer mesmo saber?

KALISSA: Sim, Umõn, mas sem os detalhes.

RED: Eu conto pela manhã enquanto você toma seu desjejum. Você precisa dormir.

KALISSA: Ainda me sinto agitada, Umõn, não sei se conseguirei dormir.

RED: Eu tenho uma ideia para te fazer relaxar — disse com um sorriso jovial enquanto erguia o rosto de Kalissa para si e lhe tomava os lábios em um beijo amoroso. — O que acha? — perguntou se separando da hayppi brevemente.

KALISSA: Talvez funcione, Umõn, mas preciso de mais do que só um beijo — provocou, com um leve sorriso travesso.

RED: Terá quantos quiser, meu amor — disse com um sorriso, voltando a beijar sua amada.

***********

A noite passou tranquila e Kalissa despertou apenas quando a diamante lhe sacudiu o ombro levemente, dizendo que seu desjejum chegara. Anaís estava parada ao lado da mesa com um semblante preocupado e até um pouco receoso.

KALISSA: O que houve Anaís? — perguntou, sentando na cama, despertando lentamente.

RED: Está nervosa porque estou aqui? — perguntou curiosa e Anaís desviou o olhar enquanto ruborizava. — Você ganha um beijo de bom dia ou algo do tipo? — perguntou para Kalissa em um sussurro.

A hayppi assentiu ficando um pouco nervosa também, mas Red estava achando graça das reações das duas.

RED: Olha, se for um beijo rápido como esse — deu um selinho em Kalissa. — Eu não me importo, mas gostaria que Anaís me pedisse permissão antes se é o que realmente ela quer fazer.

ANAÍS: A Soberana realmente não se importará?

RED: Me importo mais com a felicidade de Kalissa. E gosto de você Anaís, não tenho ciúmes forte com você, então um beijo rápido está ok. Contudo, como eu disse, na minha presença deve pedir minha permissão, assim como a de Kalissa também, obviamente.

ANAÍS: Soberana, — disse se aproximando alguns passos antes de parar — me daria sua permissão para dar um beijo de bom dia em Lady Kalissa?

RED: Concedida — disse antes que dissesse ‘não’ só para provocar.

Red se afastou de Kalissa, que levantou da cama e se direcionou até Anaís.

ANAÍS: Milady, me daria a honra de beijá-la? — perguntou de modo solene e amoroso, não muito diferente de como Red fazia com frequência.

KALISSA: Sim — respondeu com animação.

Anaís sorriu radiante e se aproximou encostando seus lábios de modo breve, mas apaixonado, nos lábios de Kalissa. Quando se separaram, ficaram olhando uma para outra de modo sorridente com brilhos nos olhos, então a diamante pigarreou e ambas olharam para Red.

RED: Posso ter minha Emãn de volta? — perguntou com um sorriso travesso, esticando uma mão na direção de Kalissa.

ANAÍS: Claro, Soberana, claro! — afirmou atrapalhada. — Eu preciso ir. Muitas pessoas novas para instruir.

KALISSA: Pessoas novas? — perguntou olhando de Anaís para Red, aceitando a mão esticada da diamante.

RED: Eu já explico — disse guiando Kalissa até sua comida.

Anaís fez uma reverência longa e profunda para ambas, então saiu do quarto.

RED: Ela gosta mesmo de você. Isso me deixa mais tranquila — disse enquanto olhava para a porta do aposento como se ainda visse Anaís lhe fazendo reverência. — Você me perguntou sobre o que aconteceu para eu chegar naquele estado em que me viu. Bem, tem ligação com o que Anaís acabou de falar.

KALISSA: É sobre os escravistas?

RED: Encontrei três escravistas e 17 escravizados. Dentre os escravistas, dois eu não esperei para punir. Não os puni plenamente, mas eu não consegui me segurar. Das pessoas libertadas, 7 não têm nem 16 superciclos de vida. Trouxe todos para o palácio. Os adultos irão substituir algumas pessoas que Anaís, Malak e eu já queríamos mandar embora e as crianças sem responsáveis foram... adotadas de certa forma. Eli de fato adotou um menino nihmo com talvez um superciclo ou dois de vida. Zurcoff também se prontificou a tomar conta de outro menino, de sua espécie, que estava bastante ferido. Não sei se ele adotará o menino realmente, mas ao menos cuidará dele por enquanto.

KALISSA: Seria melhor se não houvessem pessoas para Umõn libertar, mas já que estão aí, fico feliz que tenha conseguido lhes dar algum suporte.

RED: Eu também — disse com certo alívio por Kalissa concordar com seu ponto de vista, porém, duvidava que Pearl fosse tão compreensiva quando lhe contasse o que fez aos escravistas. — Não quero lidar com julgamentos e punições no momento, ainda... não me acalmei para isso. Então estava pensando em ir falar com Urbatan depois do almoço, o que acha?

KALISSA: Para marcamos a execução do ritual? — perguntou ansiosa, animada e preocupada ao mesmo tempo.

RED: Essa era a minha ideia. Para amanhã mesmo se for possível. Você concorda?

Kalissa se ergueu de sua cadeira e praticamente se jogou sobre a diamante sentada ao seu lado. Envolveu Red em um forte abraço e depois lhe tomou os lábios com paixão. Quando a hayppi se acalmou um pouco se separando de Red, a diamante sorria de modo bobo, apaixonado e alegre.

RED: Devo considerar isso um sim? — perguntou mais provocativa do que insegura.

KALISSA: Sim, Umõn! Sim!

***********

Durante a manhã Kalissa participou de uma reunião do conselho enquanto Red e Jasper treinavam na Arena com uma pequena plateia de soldados juntamente com o capitão. Red sugerira para Malak que Jasper talvez pudesse treinar os soldados de um modo que nenhum dos dois conseguiria, então primeiro, ela e a quartzo treinariam como uma luta de demonstração para comprovar as habilidades da gem laranja. Quando a hora do almoço se aproximou, Red deu o treino como encerrado e foi conversar em particular com Jasper e Malak na sala do capitão, que parecia pequena demais para acomodar as duas grandes gems, mas nenhuma delas pareceu se importar.

MALAK: Senhora Jasper, em nome dos meus homens, lhe peço humildemente que aceite treinar os soldados da Soberana enquanto estiver em Durag. Sei que de modo algum seremos páreos para a senhora e dificilmente chegaremos perto de seu nível de poder e habilidade, mas eu lhe peço que considere nos transmitir um pouco de sua experiência de combate para que possamos servir melhor à Soberana e Durag.

Malak terminou seu pedido fazendo uma reverência para Jasper, a qual durou por três minutos até que a diamante vermelho acenasse para o capitão erguer a cabeça.

RED: O que acha Tigresa? Seria bom para te manter ocupada quando não podemos treinar.

JASPER: Por isso haviam soldados nos assistindo?

RED: Sim, para que entendessem a extensão das suas capacidades.

JASPER: Não sei se isso daria certo. São orgânicos.

RED: Obviamente preferimos que ninguém morra no processo, nem fique gravemente ferido. Não veja os soldados daqui como os soldados gems de Homewolrd, olhe para eles quase como olhou para as crianças ontem. Nunca serão tão fortes e rápidos como você, mas há técnicas gerais que todos deveriam saber, além de coisas como não subestimar seu inimigo; observar, analisar, planejar antes de atacar; essas coisas que fazem mais sentido na prática, mas ao mesmo tempo são mais difíceis de executar.

JASPER: Preciso responder agora? — perguntou soando confusa sobre o que pensar de tudo aquilo.

RED: Que tal me responder na hora do jantar ou perto disso? Ficarei a tarde toda fora, quando eu voltar, você me diz sua decisão — sugeriu.

JASPER: Aonde vai? — perguntou curiosa.

RED: Ao clã de Kalissa. Temos assuntos para resolver lá — explicou parcialmente se divertindo com a curiosidade da outra.

JASPER: Está bem. Te dou minha resposta quando você retornar — aceitou com um semblante conflituoso e pensativo enquanto a diamante sorria alegremente.

***********

Red e Kalissa passaram a tarde no clã Hayppi e Urbatan garantiu que elas poderiam voltar na manhã seguinte pois tudo já estaria preparado até lá. O que causou certa ansiedade nas duas, claramente notada principalmente por Jasper, que chegou a hesitar em falar com Red sobre aceitar treinar os soldados. Felizmente para a quartzo, sua decisão animou a diamante a fazendo ficar menos tensa, caso contrário temia ser colocada numa bolha por importunar a outra mesmo que Red não costumasse agir como as outras diamantes.

A noite foi agitada e sem sono para diamante e hayppi, que pareciam querer conversar, mas suas gargantas não deixavam as palavras saírem. Kalissa adormeceu de exaustão, mas Red não dormiu por causa da ansiedade. A diamante não se importava que o clã precisasse assistir sua primeira vez com Kalissa, o que a perturbava era a possibilidade de disparar algum trauma da hayppi, pois às vezes seus toques se tornavam mais brutos do que o estritamente necessário e isso poderia ferir o coração de sua amada mais do que o seu corpo realmente e ela não queria aquilo.

A manhã chegou logo. Kalissa não tomou seu desjejum, pois havia avisado para Anaís que deveria comer o que seu clã lhe desse – fazia parte do ritual –, então ninguém lhe trouxe comida alguma no quarto da Soberana. Red e Kalissa se aprontaram. A hayppi colocando uma túnica vermelha e seu kósmira, mesmo sabendo que trocaria de roupa, queria estar arrumada em sua chegada ao seu clã para um dia tão especial. A diamante não mudou muito seu estilo, mas também queria estar bem naquele dia. Trocou sua camiseta regata preta por uma camisa de botão vermelho sangue, as calças mudaram para preto – pois seus cascos não permitiam grandes mudanças com as quais ela se sentisse confortável –, seu sobretudo ganhou mangas e perdeu o gorro. A única peça de roupa extra que materializou foi um colete preto com costura bordô que formavam losangos.

RED: O que acha? — perguntou para Kalissa ao terminar sua transformação.

KALISSA: Está linda, minha Soberana. Essas roupas lhe caem muito bem, mas... — parou hesitante em prosseguir.

RED: Mas? — incentivou um pouco apreensiva.

KALISSA: Acho que sua armadura lhe serve melhor, Umõn.

RED: Acho minha armadura um pouco extravagante e perigosa, mas se quiser, minha Emãn, eu a usarei com muito prazer. Elmo e tudo.

KALISSA: Para ser sincera Umõn, eu gostaria disso, mas também me preocupo com as lâminas.

RED: Posso modificá-la — disse fazendo suas roupas formais sumirem e trazendo à tona sua armadura. — O que gostaria que eu mudasse?

KALISSA: Gostaria de poder segurar seu braço ou sua mão, Umõn...

Red olhou para seus braços cobertos de chapas vermelhas até os pulsos e as fez sumir deixando a pele exposta com exceção dos pulsos, onde manteve braçadeiras de couro vermelho. Nas laterais de seu dorso também fez as lâminas sumirem deixando à mostra um colete de couro vermelho como em seus pulsos.

RED: Melhor? — perguntou com expectativa.

KALISSA: Sim, minha Soberana, mas sinto falta de ver seu rosto — disse se aproximando, então Red modificou seu elmo para que apenas envolvesse sua cabeça e emoldurasse seu rosto. — Oh, muito melhor.

RED: Ainda acho perigoso que ande ao meu lado com as lâminas das pernas — disse pensativa.

As pernas da diamante brilharam e as chapas metálicas pontudas passaram a ter um formato oval com as bordas grossas para não cortar nada, nem ninguém, dando o mesmo tratamento ao resto das lâminas do corpo.

RED: Agora sim — disse satisfeita abraçando Kalissa com alegria para depois a beijar com amor. — Pronta, minha maravilhosa Emãn?

KALISSA: Sim — respondeu em um suspiro antes de ser beijada novamente.

***********

O caminho do palácio até o clã Hayppi foi percorrido a pé como no dia anterior, porém era nítido para todos que aquele dia era diferente. Red impunha respeito e medo e Kalissa também atraía olhares por sua beleza, o que às vezes fazia os olhos da diamante brilharem de ciúmes e a hayppi lhe beijava o braço para apaziguar a irritação de sua amada.

Quando chegaram ao clã Hayppi, este estava em festa. Todos estavam animados e ansiosos para recebê-las. Logo na entrada foram separadas, Kalissa indo com as mulheres para um lado da aldeia e Red indo com os homens para outro.

Ambas foram alimentadas – Red comeu pela tradição –, banhadas, pintadas e vestidas com túnicas brancas com fitas roxas e fivelas pratas. Em dado momento os mais velhos passaram a instruir como o ritual prosseguiria até mesmo adiantando como Red e Kalissa iriam agir e reagir. A diamante parou os anciões ali, ninguém iria lhe dizer como ela amaria sua emãn, já era muito eles terem que assistir. Kalissa também interrompeu as instruções nesse momento dizendo que quem decidiria o que fazer era seu umõn e ela sabia que nenhuma delas poderia prever o que nem como seria. Os anciões de ambos os lados ficaram irados, mas aceitaram as decisões das duas.

A tarde chegava ao fim e ambos os grupos se preparavam para levar recém Umõn e Emãn para o lugar onde o ritual seria feito. Ambas foram vendadas com faixas de pano preto e guiadas, Kalissa por sua mãe e Red por Urbatan. Quando as vendas foram retiradas, diamante e hayppi estavam de frente uma para a outra, olhos arregalados com a beleza de suas amadas. Sorriram apaixonadas, então olharam ao redor notando que estavam na base da Árvore Mãe, cujas raízes foram cobertas por panos e almofadas.

Red levantou uma sobrancelha duvidosa ao olhar aquilo. Lhe disseram que haveria um “ninho”, mas ela não poderia imaginar que fosse praticamente estar direto no chão, irregular e cheio de elevações que poderiam machucar sua amada. A diamante suspirou ligeiramente e tateou o leito para ver se havia ao menos espaço suficiente que não oferecesse perigo.

RED: Eu vou fazer uma pequena adaptação — disse olhando para Kalissa e depois para Urbatan.

URBATAN: Qual o problema? — perguntou confuso e levemente irritado como se estivesse ofendido.

RED: Levante a mão a hayppi que não se machucou de modo nenhum ao ficar aqui. Quem ficou total e completamente confortável sem pedras nem raízes lhe machucando? — questionou o grupo de mulheres, que olhavam ao redor procurando por alguém. — Não vou deixar minha Emãn passar por isso — disse para Urbatan como se o desafiasse a se opor, mas este apenas parecia chocado ao perceber que sua amada passara por aquilo.

Red ergueu todos os panos e almofadas com sua telecinesia e trouxe de sua joia um colchão kingsize, o qual colocou no chão e cobriu de volta com a preparação feita pelo clã. Satisfeita, voltou para o lado de Kalissa e a questionou com olhar sobre o que achava. A hayppi apenas sorriu radiante, quase brilhando, e a diamante espelhou seu sorriso enquanto oferecia uma mão para sua amada.

Kalissa aceitou a mão oferecida e se deixou ser guiada e auxiliada a se ajoelhar no centro do ninho, com Red ajoelhada à sua frente. Urbatan, sendo o líder, desenhou com uma essência de ervas um símbolo na testa de cada uma delas, então permitiu o início do ritual.



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