História Red Smoke: Rupture (Segunda Temporada) - Parte 5: G.B - Jealous - 03

Tao P.O.V’s On

    Uma semana. Uma porra de uma semana e sim, eu estava morrendo de saudade. Lola havia me dito que ela estava no 1Million, por isso quando saí do aeroporto fui direto pra lá.

     Basicamente, uma semana atrás G.B veio me deixar no aeroporto, para que eu pegasse um avião para a China e fosse promover algumas músicas lá. Mas agora, nós temos um espaço de dois dias livres e eu não podia perder essa oportunidade, então decidi fazer uma surpresa.

    Estacionei o carro e ansioso fui até o estúdio de dança. Eu já conhecia bem o lugar, afinal, G.B sempre vai ali e quando entrei levei apenas alguns minutos para encontrar a sala onde ela estava. Sinceramente, no momento em que vi desejei não ter visto.

    Como esperado, G.B estava dançando, o problema é que ela estava dançando com alguém. Ela e um garoto estavam dançando alguma música lenta qualquer, eles se moviam próximos um ao outro e eram bons juntos. Bati na porta e vi ela parar de dançar. No instante em que ela viu que eu estava na porta seus olhos se arregalaram pela surpresa e depois um sorriso se espalhou pelo rosto dela. G.B correu até a porta e me abraçou com força. Me chame de imaturo, mas fiz questão de beijá-la por causa da presença do outro garoto.

   - Eu achei que você estivesse na China. – ela afirmou, confusa.

   - Eu estava, mas tive um tempinho de folga e vim te ver. – eu lhe disse e ela sorriu ainda mais.

    Ela entrelaçou seus dedos nos meus e me puxou para dentro da sala. A sala era um grande retângulo de paredes em cinza, contrária à porta de vidro, uma única parede era coberta por espelhos. No teto, armações também retangulares estavam penduradas e com diversas lâmpadas trazia luz para toda a sala. Quando chegamos perto do garoto, ele se curvou e apertou minha mão, por educação, fiz o mesmo.

   - Tao, esse é Zelo – ela me disse e então acrescentou em voz baixa – do B.A.P, sabe?

    E então ela se virou para Zelo:

   - Junhong, esse é o Tao. – ela disse sorrindo.

***

   Estávamos no carro. Eu ia levar G.B para o dormitório do Red Smoke, tudo para passar por um tempinho a mais com ela que fosse. Mas merda, eu não consigo tirar da cabeça essa história do Zelo. Caralho! Nós ainda passamos um tempo na 1Million depois que cheguei, G.B queria treinar mais um pouco. E merda, ele não tirava os olhos do corpo dela. Mas não, G.B é inocente demais pra perceber as segundas intenções dele.

   - Tao, o que foi? – ela perguntou, sentada no banco de passageiro enquanto eu dirigia, os braços e as pernas cruzadas.

   - Como assim?

   - Como assim? – ela disse imitando meu tom – Você está estranho.

   - Não, não estou.

   - Está sim, pare de mentir pra mim! – ela exigiu.

   Suspirei.

   - Quer saber o que é? – perguntei retoricamente – Eu não gostei nem um pouco do que vi hoje.

   - O que tu ta falando? – ela questionou sem entender.

   - O Zelo, G.B! O Zelo! Não gostei de voltar pra te fazer uma surpresa e te encontrar com ele.

   - Ah, pelo amor de deus, para com isso Zitao! Nós somos amigos.

   - Aham, amigos. – revirei os olhos – Isso do seu ponto de vista.

   - Que besteira! – ela reclamou.

   - Não, não é besteira.

  Ela não respondeu, apenas se virou para a janela, emburrada. Mas não demorou muito ela se virou para mim de novo.

   - Ok, você está certo. Não é besteira, é você e esse seu ciúme imbecil e irracional de novo.

   - Irracional, ah, qual é? Você só pode estar brincando comigo. Não é irracional, é completamente plausível. Só que, como sempre, você acha que ele é perfeitinho e vai respeitar.

   - Já chega, isso é um absurdo! Não tem nada!

    - Nããão, imagina.

    - Não, não tem!

   - Ótimo, vá em frente! Esse é o momento em que você defende ele com unhas e dentes e fica contra mim. – eu disse, cínico.

    - Sério mesmo? Vai cismar com isso agora? É coisa da tua cabeça.

    - Não, não é. - estacionei o carro, para que eu tivesse como me virar para ela – Não é coisa da minha cabeça. Pensa bem, faz uma semana que vocês se conhecem, nessa única semana, quantas vezes vocês se viram? Todos os dias.

   - Porque nós nos damos bem, só isso. – ela argumentou.

   - Não, não é só isso. Esse é o problema é a parte que você não consegue ver!

   - Eu não consigo ou que só você vê?

   Voltei a dirigir, estávamos quase no dormitório, não tinha motivo para ficar enrolando.

   - Você não consegue ver e, sinceramente, isso chega a me irritar. Você é tão ingênua.

   - Em que ponto você quer chegar? – ela questionou, também falando mais alto, ao mesmo tempo em que eu estacionava o carro em frente ao dormitório do Red Smoke  - Ah, claro, claro, Tao. Você esta certo, com certeza. Igualzinho da vez em que você achou que eu estivesse de rolinho com o Suho.

   - Não ouse comparar isso! – falei em um tom mais alto – É diferente, sim, eu tive ciúmes mas Suho-hyung ainda teria o mínimo respeito.

    - Respeito? O que isso tem a ver?

    - Tem a ver de que Zelo esta dando em cima de você descaradamente sem o mínimo respeito pelo fato de que você tem namorado. – afirmei.

   - Exatamente! Namorado, não dono! Então pare de agir como se fosse meu dono, porque se eu estou dizendo que não tem nada é porque não tem! – gritou G.B e então saiu do carro.

    Ela se dirigiu ao prédio onde fica o apartamento do Red Smoke sem olhar para trás. Senti raiva percorrer meu corpo todo. Ótimo. Nós acabamos de brigar. E quer saber? Foda-se.

   Dirigi até o aeroporto, onde peguei o primeiro voo de volta para China. Chegando na China, me lembrei de uma modelo com a qual eu saí faz muito tempo: Jessica Gomes. Há muito tempo ela gravou um mv comigo, na época nós saímos e rolaram algumas coisas. Mas ela é australiana, por isso teve que ir embora da China e então decidimos encerar as coisas por ali. Mas bem eu sei, agora ela está na China novamente, fazendo alguns trabalhos.

   Eu não sei por que eu fiz isso. Realmente não sei. Eu estava com raiva e simples fui e fiz. Quando cheguei na China, eu liguei para Jessica Gomes. Marquei com ela um encontro. Na noite seguinte saímos juntos.

   Estávamos em um restaurante caro, mas discreto. Conversávamos em inglês e não nego, estávamos próximos fisicamente, de forma quase provocante. Eu beijava o rosto dela, segurava suas mãos e aos poucos, conforme fomos bebendo, mais soltos fomos ficando, mais as coisas esquentaram. Mas então, lá longe eu o vi. Um paparazzi. Ele estava meio escondido, mas não o suficiente. Estava tirando fotos nossas. Estava expondo o que eu estava fazendo. Ele fotografava enquanto eu tratava uma garota como se ela fosse minha princesa, enquanto a minha rainha estava no país ao lado, acreditando plenamente que, mesmo com todas as brigas, eu sempre voltaria para ela.