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História Red Smoke: Rupture (Segunda Temporada) - Parte 9: Colapse - Mrs. Potato Head - 06


Escrita por: Naomi_Ukazani_

Notas do Autor


Epa! Vim cedo hoje.
Quero agradecer à Anah_Juliah, Kai2, unicorniored que favoritaram e à SunShawn e D_Hayashida, que comentaram.
Obrigada!!!
A música dessa semana é Mrs. Potato Head, da Melanie Martinez.
Boa leitura!

Capítulo 26 - Parte 9: Colapse - Mrs. Potato Head - 06


Fanfic / Fanfiction Red Smoke: Rupture (Segunda Temporada) - Parte 9: Colapse - Mrs. Potato Head - 06

Elena P.O.V’s On

   O lado bom de ter sido escalada para esse dorama, foi que me deram um camarim só meu. Só meu. E isso que nem havíamos começado a gravar. Tudo o que eu tinha que fazer naquele dia era provar o figurino, para ter certeza de que estava tudo ok. E estava tudo ok, até aquela calça. Só uma calça jeans. Nada de diferente, azul e skinny. Mas ela não entrava. Ela tinha que entrar.

   Não precisei pensar duas vezes antes de me dirigir ao banheiro. Eu comido um pouco de salada no almoço, então era óbvio que a calça não ia entrar. Foi como de costume, me ajoelhei, levei a mão até a boca e deixei que tudo saísse. Vomitei até não aguentar mais, tudo para que a comida saísse completamente, até a última grama. Estiquei as costas e me levantei, as pernas trêmulas. Apertei a descarga e fui até a pia, onde lavei o rosto. Pequenas gotas de água molharam as pontas do meu cabelo, mas ele estava curto demais para ter sido sujo pelo meu ato anterior. Suor frio escorria pela minha pele em direção à minha nuca.

   Meu olhar estava no chão cinzento, depois no teto com suas lâmpadas fluorescentes e por fim desceu para meu próprio reflexo no espelho. Meu rímel, que já havia derretido pelo suor, agora caia pelas minha bochechas e me dava um ar despedaçado. Quem liga? Rímel é comprado, mercadoria. Posso passar quanto quiser, pelo simples fato de que posso pagar. Poder pagar torna as coisas muito mais fáceis. Pense por exemplo, nas cirurgias plásticas. Eu, mesmo tendo só 22 anos já fiz cirurgias e provavelmente ainda vou fazer mais. Ninguém sabe das cirurgias, as fiz antes de entrar para a JYP e de algum modo ninguém nunca reparou. Fiz uma cirurgia de pálpebra dupla e um plástica no nariz. Não gosto quando as pessoas são dramáticas e julgam as outras por terem feito plásticas, ninguém nos amaria se não fossemos atrativos.

    Minha mãe costumava dizer que a juventude é a chave para muitas coisas na vida, que por isso eu deveria me manter para sempre uma criança, por isso o que eu não fosse naturalmente deveria comprar. Minha mãe mesmo tem pelo menos uma dúzia de cirurgias, por isso ela sempre me disse que doeria, mas valeria a pena. Me ensinou desde pequena a reconhecer o que é bom e como botar isso em mim. Cortar e colar. A dor é suportável, é um preço a se pagar por um rosto bonito que faria tudo mais fácil na minha vida.

      Mesmo vomitando até a última grama de comida que tinha no meu corpo, a maldita calça ainda não entrava. Mas eu não tinha tempo para uma cirurgia. Então parti para um método mais antigo. Parei ao lado da quina da parede e joguei meu corpo com toda a força contra o ângulo. De novo e de novo. Aquilo doía. Sentia como se minha pele fosse se rasgar e a parede fosse ficar fincada em meus ossos. Mas funcionaria. Me achataria.

   Eu não tinha tempo de ir a um médico, tinha que terminar a prova das roupas. Bati um lado até que ficasse dormente, até que eu já não sentisse as pancadas. Depois o outro, repetindo o mesmo processo doloroso, o mesmo ato para muitas impensável. Mas não para mim, não enquanto eu não entrasse naquela calça.

   Bati uma última vez e me abaixei para pegar a calça, em meio a toda aquela dor, minhas pernas bambearam e caí de quatro no chão.  Me esforcei e tentei colocar a calça, me deitando quando chegou a hora de passar pelo meu quadril. Chorei, esperneei e me contorci. Continuei atirada no chão puxando a calça com toda a força. E entrou.

   Entrou. Simples assim, em uma puxada com força entrou. Mas doía. Fiquei deitada no chão do banheiro, meio de lado, meio de costas, sentindo o azulejo frio contra meu rosto, contra minhas costas. Mas tudo bem, a dor é bonita.

 


Notas Finais


Desculpe qualquer erro e obrigada por ler!
~chu


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