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História Redemption - Chapter 6 - Shitty Brother.


Escrita por: rarebabygirl e bieberspace

Capítulo 6 - Chapter 6 - Shitty Brother.


Fanfic / Fanfiction Redemption - Chapter 6 - Shitty Brother.

Charlie se sentou na cama em um solavanco e rapidamente acendeu o abajur que tinha no criado mudo. Ela havia tido um pesadelo com a noite em que Tyler foi morto. Suas mãos suavam, assim como o resto de seu corpo e, sabendo que não dormiria mais, ela se levantou e pegou algumas peças de roupas. Não faltava muito tempo para o café da manhã.
Toda vez que ela tinha algum sonho ou pesadelo, era real demais e nos primeiros minutos em que estava acordada, não tinha muita certeza se já estava realmente acordada. Demorava um tempo para ela diferenciar a realidade da ilusão.
Quando tinha pesadelos com a morte de Tyler, ela ficava o dia todo revivendo o momento e ela já sabia aquela hora da manhã que seu dia seria uma merda.
O banheiro estava totalmente vazio e Charlie se encaminhou para a última cabine, onde fechou a cortina de plástico cinza para se despir e pendurar a roupa no gancho fora do cubículo. Charlie ligou a ducha e desfrutou da água quente pelo maior tempo que pôde — quinze minutos. Depois de quinze minutos a ducha desligava automaticamente, incentivando a enconomia de água.

No café da manhã, Charlie esteve mais calada que o normal e Louis e Zayn aparentemente foram os únicos que perceberam. Louis pois havia se tornado o mais próximo dela, até mais que Aléxis e Zayn pois ele era o mais quieto do grupo e costumava observar todos eles, incluindo Charlie, que agora tinha um lugar na mesa. Eles haviam colocado uma cadeira a mais na ponta da mesa, mas a pessoa que sentava ali (Liam) acabava ficando distante do resto do grupo, então eles apertaram uma cadeira a mais em um dos lados e Charlie se sentava entre Louis e Niall, de frente para Zayn.
— Você tá legal? — Louis perguntou, sussurrando.
— Estou — respondeu ela, levantando o rosto e olhando para ele. Louis observou as olheiras embaixo dos olhos mas assentiu, apesar de fazer apenas uma semana que conheciam, ele sabia que Charlie não é de falar muito sobre si mesma.
Ela continuou quieta até o fim do café da manhã e depois seguiu para a sua aula de Literatura Avançada, onde se sentou na última carteira da primeira fileira. Apesar de ser sua matéria favorita, Charlie ficou escrevendo letras de músicas aleatórias em seu caderno.
— Hey.
Charlie levantou a cabeça e viu que era Zayn que a chamava. Ela nem havia percebido que ele estava naquela aula também.
— Oi.
— Quer fazer dupla comigo?
Charlie continuou a encarando, confusa, e Zayn revirou os olhos.
— É um trabalho em dupla para começar hoje e entregar semana que vem.
— Ah.
Ela não havia ouvido uma palavra sequer do professor.
— Tudo bem, senta aqui — Charlie tirou sua apostila e estojo que estavam na carteira ao lado e Zayn se levantou de onde estava — duas carteiras à sua frente, só que na fileira ao lado — e veio até ela.
Zayn observou Charlie fechar o caderno em que esteve tão entretida a aula toda e depois se virar para ele.
— Sobre o que é?
— Personagens clássicos vivendo no século XXI.
— Qual é o nosso?
— O Morro dos Ventos Uivantes.
Charlie sorriu e Zayn a acompanhou.
Zayn começou a fazer um rascunho sobre como Heathcliff se sentiria em relação à suas ideias e valores se acordasse em 2016 e Charlie o ajudou, narrando e opinando.

Durante o jantar, Charlie sentiu todo o sangue de seu rosto desaparecer e suas mãos ficaram trêmulas no momento em que ela viu ele, o cara que destruiu parte de sua vida. Conhecido como King pelos integrantes de algumas gangues, ele se aproximou da mesa em que estavam e colocou a mão no ombro de Zayn.
— E aí, maninho.
O quê?
Zayn levantou a cabeça e observou o cara atrás dele e o restante da mesa ficou em silêncio.
— Luke.
O irmão de Zayn olhou para os integrantes da mesa e ele sorriu no segundo em que seus olhos pousaram em Charlie.
— E aí, Charlie-Charlie.
— Oi — respondeu ela, quase sem fôlego. Ele sorriu e se esticou para bagunçar o cabelo dela, como costumava fazer quando Tyler a levava para os rachas e algumas baladas.
— Cara — começou ele, olhando para Zayn —, ela é irmã do Tyler. Tyler Moore, lembra?  
Zayn arregalou os olhos mas logo tratou de se recompor.
— Sei.
Zayn e Luke começaram a conversar baixinho e o pessoal voltou a tagarelar na mesa. Charlie ainda estava imóvel e pela forma como Luke a tratou, certamente não imaginava que ela sabia que era ele que havia mandado alguém dar um fim na vida de seu irmão. Quando Tyler morreu, Charlie atravessou o inferno para descobrir quem havia mandado matar seu irmão e ela teve que fazer coisas absurdas para conseguir informações de algumas gangues.
Ela sabia que Tyler tinha muitas dívidas, inclusive com Luke, mas eles sempre pareceram amigos e Luke costumava ser muito gentil com Charlie e ela era a única garota — irmã de algum integrante — que ele tratava bem e nunca ameaçou em relação à dívidas.

No caminho para seu quarto, Charlie sorriu. Ela não costumava acreditar em sorte ou destino, mas se ela deu de cara com Luke logo ali, no colégio, e ainda por cima era colega do irmão dele, isso certamente queria dizer algo e ela não deixaria essa chance lhe escapar.

Naquela noite, Charlie não foi para a biblioteca, ela precisava pensar em como acabar com a vida de Luke da mesma forma como ele acabou com a dela. Charlie se sentou em um dos bancos de concreto do jardim e apreciou a vista que tinha das estrelas visíveis no céu. Obviamente, ela não deveria ficar ali fora aquela hora da noite, mas não havia visto nenhum inspetor no caminho.
Sua mente viajou para Luke. Ela queria e iria matá-lo. Chegou a passar por sua mente acabar com a vida de Zayn, mas ele era uma pessoa até que legal, apesar de ser bem quieto; era Luke quem não merecia viver e ela duvidava muito que ele se importasse com a vida do irmão.
Mas para isso, Charlie queria conquistar a confiança de Luke, queria ver a surpresa em seus olhos quando ela aparecesse para finalmente dar um fim em sua vida, assim como ela ficou espantada quando soube que quem matou seu irmão, sua metade, era um de seus amigos mais próximos.  
— Você sabe, não é?
Charlie se virou, assustada, ao ouvir a voz de Zayn.
— Do que você está falando?
Zayn estreitou os olhos e caminhou até Charlie, se sentando ao lado dela.
— Sobre seu irmão.
Charlie pensou em esconder a verdade, mas acabou cedendo.
— Sei — disse ela, abaixando a cabeça e encarou suas mãos em seu colo — Não conta para o Luke, por favor.
— Por que?
O olhar de Zayn era distante, perdido, e em momento algum ele fez contato visual com ela.
— Luke sempre me tratou muito bem, foi um grande amigo de Tyler e meu também quando eu cobria as merdas de meu irmão. Não quero que ele me olhe diferente, sabe? Ele me olha como seu eu ainda fosse a mesma garota que era antes de começar a salvar a pele de Tyler.
E não era mentira, mas Luke era um traídor.
Zayn assentiu e se virou para ela, a encarando.
— Sinto muito.
— Tudo bem. Como dizem mesmo? Vida pessoal está à um oceano de distância dos negócios?
Zayn sorriu, com a língua entre os dentes e Charlie lhe mandou um sorrisinho de canto.
— Biblioteca?
Charlie assentiu e Zayn se levantou, sendo seguido por ela para dentro do colégio.
Charlie fumava no sofá qual passou grande parte das madrugadas durante uma semana e Zayn continuava em seu canto com algum livro; e às vezes ele nem lia, gostava da companhia silenciosa dela. Zayn imaginou como seria para ela ter de aceitar que nem poderia ficar doida da vida com Luke e talvez socar a cara dele pois era obrigada a separar sua vida pessoal — onde ela tinha um irmão que depois foi morto — da vida de gangue que ele tinha.
É como se em um dia ela dormisse se lamentando pela perda do irmão e na manhã seguinte abraçasse o autor do assassinato pois os negócios precisam estar separados da vida pessoal.
Era isso que Luke fazia, ele acabava com a vida das pessoas, de todas as formas possíveis, de forma direta e indireta. Zayn amava seu irmão mas estava cansado de cobrir as sujeiras dele, de passar a mão em sua cabeça e dar seu melhor para entender a cabeça fodida dele.
Zayn balançou a cabeça, indignado em como estava sempre vendo apenas o lado de Luke, sem se importar com as pessoas que ele machucava, pessoas como Charlie. Ele se levantou, deixando o livro em uma prateleira próxima, mesmo que fosse na seção errada.
— Sinto muito.
Charlie se sentou no sofá para encará-lo e Zayn deu os ombros.
— Eu não posso fazer isso.
E deixando ela sem entender nada, ele saiu da biblioteca. Ele nunca poderia ser próximo de Charlie, não poderia ser amigo dela ou qualquer outra coisa do tipo, pois Charlie era mais uma das pessoas que teve a vida destruída por Luke. Ela era a prova física de como seu irmão estragava as coisas.



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