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História Redemption - Capítulo XIX - True Talk



Notas do Autor


Bánotchê! Iae, meus camaradas? Tudo certo? Aproveitando a quarentena pra procrastinarem bastante? Eu tô aproveitando pra atualizar minha vida otaku, que estava uma vergonha. kkkk'
Aqui vai mais um capítulo! Esperamos que gostem. ^^
Boa leitura! ;)
~Marima
*~*~*
Olá coroners, como anda a quarentena?
Tédio? Então chega mais 😉
~Ginko
*~*~*
Boas noites, gente! Como estão? Espero que bem. Vamos avançar mais um pouquinho com essa fic? VAMOS! Aproveitem e boa leitura ^-^
~Nina

Capítulo 20 - Capítulo XIX - True Talk


Fanfic / Fanfiction Redemption - Capítulo XIX - True Talk

  

A sala estaria vazia se não fosse os dois homens no lugar, um ajoelhado em frente ao outro, o qual estava sentado em sua confortável poltrona. Um deles, o servo, parecia não ter mais que 30 anos, embora já alcançasse quase os 40; enquanto o outro, o mestre, aparentava uma idade muito mais avançada. As linhas de expressões marcadas no rosto enrugado, acompanhadas da seriedade de seus olhos negros e dos cabelos rareados quase todos brancos, lhe davam uma idade por volta dos 70 anos. O mais novo, contudo, esbanjava força e juventude com seus olhos negros azulados e cabelos, aos ombros, de mesma cor. O tom de voz de ambos era baixo, embora não precisassem daquilo, já que estavam completamente sozinhos a imensa mansão.

— E então? Tudo preparado? — o mais velho perguntou.

— Sim, senhor. Tudo pronto para quando o senhor der a ordem.

— Bem, teremos que esperar que voltem. — Pausou pensativo, recostando-se à poltrona confortável. — Até lá podemos ficar tranquilos. Assim que eles voltarem, porém, colocamos os planos em prática. Kaoru continua se dedicando a Manaki?

— Sim, senhor. Ela continuará fazendo seu trabalho até que as operações sejam colocadas em prática.

— Ótimo. Acho que podemos terminar por hoje — dispensou o subordinado, que reverenciou-se e em seguida caminhou em direção à saída. — Ah!

— Senhor? — Virou-se, já na porta, para atender ao chamado.

— Mantenha o RK520 fechado. Só quero que mexam nele quando eu der a ordem para isso.

— Sim, senhor. Manterei todos longe.

— Obrigado. Agora pode ir. — Sorriu simplesmente e voltou a dispensar o sujeito, gesticulando rapidamente.

Ele estava de muito bom humor. As coisas pareciam estar fluindo cada vez melhor. Em breve todos os seus planos seriam executados com sucesso.

(...)

— Souichiro~, volta aqui!! Devolve isso agora! — Dango corria pela sala atrás do amigo, que acabara de roubar seu último biscoito.

Todos já terminavam de tomar o café, animados. Dango havia deixado aquele último biscoito, feito pelas mãos sagradas de seu mestre, para finalizar seu desjejum, mas o outro resolvera surrupiá-lo enquanto ela atendia uma Mayume que contava animada seus sonhos com duendes e florestas mágicas. Quando a albina percebera já era tarde demais, e ele já estava correndo de seu alcance.

Assim que estava prestes a alcançar a porta, porém, parou bruscamente, quando percebeu o corpo grande à sua frente. Levantou seus olhos e se segurou para não gargalhar. Gintoki estava à porta, segurando Souichiro pelo colarinho no ar, de modo que o menor tentava se soltar, mas tudo o que conseguia fazer era balançar suas pernas e seus braços soltos.

— Oe!! Me solta! O que você pensa que ‘tá fazendo?! — o pequeno gritou irritado, ainda se debatendo.

— Comida é a única coisa que jamais se deve roubar das outras pessoas — repreendeu, ainda segurando-o. Pegou o biscoito da mão do menor e entregou a Dango.

— Obrigada... Otou-san — agradeceu com as bochechas levemente rosadas, mas ainda divertindo-se com a situação do amigo.

— Agora me solta, seu maldito!! — ele voltou a gritar.

Gintoki então finalmente o soltou, mas aparentemente o menor não conseguiu se equilibrar e escorregou, caindo de bunda no chão.

— Ittai! — reclamou, esfregando a mão dos lados. — Você vai ver só, seu velhote maldito... — resmungou levantando-se.

Satoshi gargalhou do outro lado. E Dango finalmente não conseguiu segurar a risada também, ainda que fosse um pouco contida.

— Bem-feito, por ser tão barulhento — ralhou Kagura, enquanto voltava da cozinha.

— Olha quem fala... — comentou o comandante da Shinikayou após entrar na sala e sentar-se ao lado de sua esposa.

— O que você disse? Seu velhote imprestável?! — Algumas veias saltaram em sua testa, bem como na do outro.

— Pare de me chamar de velhote, sua pirralha de merda! — xingou irritadiço.

— É o que você é!! — retrucou mais uma vez.

Gintoki estava prestes a responder a altura, quando pensou melhor e começou a resmungar consigo mesmo “Conte até 10... conte até 10...”. Mayah soltou um riso contido.

— Conseguiu conversar com Miyuki? — perguntou tranquilamente enquanto colocava uma colher de chá de açúcar no café que serviria ao marido.

— Sim, ela não ficou muito satisfeita, mas eu que dou a palavra final. Então, fim. — Pegou o café oferecido em mãos.

— Vantagens de ser o chefe — comentou divertida, não demorando muito a ser “trocada” por uma Mayume radiante que quase se jogou sobre o pai.

— Né, tou-chan. — A vozinha doce soou sobre seu colo, fazendo-o olhar para baixo e encará-la. — Eu tive um sonho muito divertido!

— Mesmo? Com um Godzilla falante e com asas de fada como da última vez?

Ela riu.

— Não! Dessa vez foi com duendes! Foi assim... — E então pôs-se a ocupar-se em contar toda a história, não demorando muito a espalhar-se deitada sobre o colo de ambos os pais.

A conversa geral voltara a destacar-se, e agora Dango e Sayuri assistiam Satoshi e Souichiro disputando uma queda de braço que Deus sabe como havia começado. Enquanto a baderna ambiente reinava, tinha alguém que observava a interação de Mayume e os pais de longe, recolhida em seu canto.

Tsukuyou assistia em silêncio a pequena divertindo-se, enquanto contava seu sonho fantasiado e esbanjava felicidade pelos olhos ao poder estar tão confortavelmente aconchegada aos dois adultos. Gintoki e Mayah, por sua vez, revezavam-se em fazer algum comentário sobre a história e em trocar alguns olhares silenciosos, que embora ela não soubesse com certeza o que queriam dizer, tinha uma noção de que estavam repletos de significados diversos como desde um pasmo “De onde saiu tanta criatividade” até um carinhoso “é realmente nossa pequena fada”.

Sacudindo a cabeça levemente resolveu deixar a sala, indo em direção à cozinha. Se já estava imaginando até mesmo o que pensavam ao olhar um para outro é porque estava na hora de parar com aquelas observações silenciosas.

Sentiu um aperto em seu peito. Já estava começando a se acostumar com aquelas sensações e aquele gosto amargo na boca. Colocou-se em frente à pia, começando a lavar a pilha de louça que nela continha.

Ela sabia que deveria parar com aquilo. Sabia que deveria, inclusive, parar de frequentar o dojô, porque estar ali como espectadora a remexia de uma maneira dolorosa. Ainda assim, toda vez que pensava que dali alguns dias não poderia mais vê-lo com frequência seu peito doía ainda mais. Por mais que lhe machucasse assistir aquelas cenas, também era reconfortante poder estar na presença dele, depois de tantos anos distantes. Era por isso que obrigava-se a ir todos os dias com Hinowa e Seita até ali; para fazer seu coração entender que aquele sentimento era apenas dela, e que jamais seria compartilhado pelo homem que amava.

— Deixa eu te ajudar com isso. — A voz suave a fizera sobressaltar-se levemente. Ela olhou para trás, encontrando assim o sorriso amigável de Mayah, que já tomava um pano de prato em mãos.

— A-ah — gaguejou um pouco e amaldiçoou-se por isso. — Não precisa, eu mesma enxugo depois. — Tentou tornar sua voz mais firme, embora ela confessasse a si mesma que estar tão próxima da outra mulher a fazia se sentir estranho.

— Iie, eu te ajudo. — Sorriu mais uma vez, aproximando-se e começando a enxugar o que a loira já havia lavado.

Desistindo de convencê-la ao contrário, Tsukuyou decidiu por ser concentrar completamente na atividade que executava. O silêncio reinou por alguns instantes, e ela percebeu que embora a situação tivesse tudo para torná-lo completamente desconfortável, não era o caso.

A áurea tranquila e amigável da morena plainava entre elas de forma com que a loira não se sentisse sequer retraída em sua presença, por mais que os sentimentos ainda controversos brigassem dentro dela.

— Tsukuyou-san — chamou ainda de maneira tranquila, novamente fazendo a cortesã sobressaltar-se. A morena riu baixinho.— Desculpe. Não tive intenção de te assustar. — Seu sorriso tornou-se então uma mistura de gentileza e pesar. — Apenas queria dizer que sinto muito.

— Sente... muito? — questionou um tanto surpresa, mas também confusa com o significado da frase.

— Sim. Eu imagino o quanto deva ser doloroso para você estar na minha presença e eu não gostaria que fosse dessa forma. Realmente gostaria que nos tornássemos amigas, assim como as outras meninas se tornaram para mim. Afinal de contas... acho que entre todas elas, somos a que temos mais em comum. — Fechou os olhos ao sorrir novamente.

Tsukuyou olhava pasma e quase sem reação para a morena à sua frente. Então ela percebera? Ora, que pergunta mais idiota. Não era tão difícil assim identificar seus sentimentos, mais ainda quando ela ficava os observando por minutos a fio. Obviamente ela iria perceber uma hora ou outra os olhares que lançava contra seu marido; e pensar sobre isso a fazia corar de vergonha. Ainda assim, com as bochechas rosadas, encarou fixamente o olhar esmeralda da mulher. Ela parecia genuinamente sincera.

Então ela, de fato, queria ser sua amiga? Mesmo que fosse sua “adversária e concorrente”?

Internamente sorriu de forma irônica. Aquilo só deixava ainda mais claro para ela que Mayah sequer temia sua presença; não havia motivos para temer, no final das contas. Ela, e apenas ela, era a esposa dele, a mãe de seus filhos. Não existia qualquer razão para que a morena temesse uma “concorrência”, porque não importava quem fosse, essa não existia.

Pensar daquela maneira fazia seu coração apertar um pouco mais. Mas também trazia a conformidade que jamais deveria ter saído dele.

Voltou a encarar a louça, lavando-a.

Seus sentimentos jamais seriam correspondidos...

— Não tem porque achar que eu me incomodo com sua presença, Mayah-san — respondeu finalmente. — Tenho certeza de que você fará a Dango-chan muito feliz, como uma mãe deve o fazer.

...O que não significava que iria admitir o flagra, porém. Para todo caso, estavam falando apenas de Dango. Era o que tinham em comum; até porque ela também foi uma espécie de mãe para a menina.

Mayah sorriu consigo mesma.

— Vou me dedicar ao máximo para isso — concordou, resolvendo entrar no “jogo” da cortesã. — E espero que você jamais deixe de acreditar o quão especial é para ela. — Olhou mais uma vez para a loira, que devolveu o olhar.

O silêncio falando por elas mesmas.

Não precisavam de palavras para expressar o amor por ambas as pessoas das quais falavam. Não precisavam delas para dizer que mesmo com todas as adversidades desejavam a felicidade para essas duas pessoas, e para elas mesmas.

Sorriram juntas. Era o bastante para informar que uma já estava dentre o grupo de pessoas especiais da outra. E por isso mesmo logo voltaram para seus afazeres, agora conversando aleatoriamente.

E quem disse que “rivais” não podem se tornar boas amigas?

(...)

Depois de pouco mais de uma hora, Gintoki anunciou que estava de saída, pretendendo voltar ao QG da Shinsegumi, para continuarem as buscas por Inori. Ele recebeu um olhar duplamente estranho do filho de Kagura, mas preferiu ignorar, levantando-se para retirar-se. Ao fazê-lo, contudo, foi impedido por Shinpachi.

— Espere, Gin-san — pediu o jovem, vindo dos corredores da casa, logo chamando a atenção de todos. — Eu e a Kagura-chan temos que dizer algo a todos vocês, e será mais fácil com todo mundo junto aqui — explicou o pedido.

— O que houve, Shin-chan? — Otae logo se preocupou.

— Não é nada com o que se preocupar, Aneue. É apenas uma notícia que queremos dar — acalmou a irmã.

Todos os olhavam curiosos, alguns olhares pareciam apreensivos. Parecia que a atmosfera ultimamente estava um tanto estranha e pesada, o que só fez com que os dois yorozuya firmassem ainda mais sua certeza.

— Bem, nós recebemos um novo pedido de trabalho na segunda à noite — iniciou sua fala, Kagura estava ao seu lado.

— E...? — Souichiro fora quem incentivara a continuarem, após ambos pausarem por algum motivo.

— E por coincidência, teremos que ir para Aokigahara para executá-lo — o jovem por fim anunciou, fazendo com que vários olhos se arregalassem e Gintoki franzisse a testa.

— O que vocês farão em Aokigahara? — o prateado questionou de imediato, fazendo com que os dois companheiros agradecessem internamente por terem conversado antes, para se decidirem o que iriam dizer ao ouvirem essa pergunta.

— Um cara nos contratou para ajudar com os negócios dele na cidade. — Kagura foi quem respondeu, haviam concordado naquilo: ela era muito melhor mentindo. — Ele é daqui de Edo, mas parece que vai abrir uma pousada lá e quer que a gente ajude, porque de acordo com ele, precisa “de pessoas que fazem de tudo e façam rápido e eficientemente” — engrossou a voz, tentando imitar o homem imaginário.

— Nossa, mas é realmente uma grande coincidência ser justo Aokigahara — admirou-se Otae, todos concordando com ela.

— E quando pretendem ir pra lá, Shinpachi-kun? — Kondou fora quem questionara dessa vez.

— Vamos amanhã! — o de óculos respondeu, causando mais surpresa nos presentes.

— Assim de repente?! — dessa vez fora Hinowa.

— Sim, — Shinpachi ajeitou os óculos. — nós ainda não tínhamos dado a resposta se iríamos aceitar ou não. Demos ontem à noite e ele pediu que fôssemos amanhã — explicou simples.

— Entendi... mas então vocês vão antes de nós ou...? — Kondou olhou para Dango, que agora estava com a cabeça baixa, parecia pensativa. — Pensando melhor... nem sabemos ainda se vamos, não é? — Sorriu fechando os olhos, um pouco sem graça, mas torcendo em seu interior para que não tivesse acabado de pressionar a pequena albina.

— Ah, mas eu faço questão de que vocês se hospedem lá em casa — Mayah finalmente pronunciara-se. Ela olhou para o marido, em dúvida sobre o que fazer em seguida ou, mais precisamente, o que fazer em seguida quanto à Dango.

Tirando seus olhos de Shinpachi e Kagura — pois ainda os observava desconfiado, analisando as recentes informações —, ele voltou-se para sua filha mais velha, que ainda tinha a cabeça baixa.

— Não se preocupa com isso, Mayah-san. Vamos ficar na própria pousada enquanto estivermos trabalhando — Kagura deu de ombros.

— Não, não. Não posso admitir que vocês simplesmente fiquem em outro lugar que não na nossa casa, como nossos hóspedes. Mesmo que eu tenha que pedir a Rose para voltar com vocês — afirmou, aparentemente irrevogável.

Shinpachi iria abrir a boca mais uma vez, mas foi impedido por Satoshi.

— Nem tenta, cara. Quando ele decide um trem, ninguém consegue tirar da cabeça dela — comentou, balançando a cabeça em negação.

— E não tiram mesmo — concordou ela firme. Olhou mais uma vez para o esposo. — Gintoki?

Esse, por sua vez, abaixou-se até ficar à altura do rosto da primogênita, chamando sua atenção.

— Dango, você não precisa se decidir sobre isso agora — falou em um tom calmo, tentando passar também tranquilidade para a menor. — Se não quiser ir, não tem problema algum, apenas pedimos para Rose ir com eles e ela cuida de tudo. — Sorriu simples.

A pequena, encarando o pai, apenas balançou a cabeça em negação.

— Iie, — ela anunciou, para a surpresa de alguns. — eu já me decidi sobre isso. E com certeza quero ir com todos vocês para Aokigahara!

O sorriso de Gintoki aumentou, evidentemente satisfeito com o que acabara de ouvir. Mayah também sorria, ao alto, fazendo com que ela corasse levemente e devolvesse o sorriso ao seu pai. Gostava de vê-lo sorrindo, principalmente quando era para si.

— Oe, Oe — Souichirou imediatamente se pronunciou, seu olhar quase em desespero para a amiga. — Como assim você vai pra lá?!

— Você também vai. — Ela sorriu para o Okita e então olhou em volta. — Todos nós vamos! — declarou animada.

Como era de costume, o cérebro de Souichiro precisou de uns segundos para processar a informação não dita, mas o menino logo compreendeu que ela queria dizer ir com eles para conhecer o lugar e passar um tempo a mais com a nova família. Não significava que ele iria perder sua melhor amiga para uma nova cidade; significava apenas que iriam todos passar as prováveis melhores férias que já tiveram na vida.

Dango piscou com um único olho para ele, o que o fez abrir também um enorme sorriso de animação enquanto a respondia.

— Agora eu gostei!


Notas Finais


E é isso aí. Vai a cambada toda pra Aokigahara! Pensa na merda aheuahuehaue'
Até o próximo, meus queridos! =*


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