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História Reden - O Fim e Um Recomeço.


Escrita por: jillianbanks_

Notas do Autor


SEM CHORO!<br />Mentira, eu tô em baldes aqui, que emoção :')<br />Não preciso nem dizer preciso? Vou dizer mesmo que se dane.<br />Obrigado a todas as leitoras fiéis e lindas que comentavam e me incentivaram a continuar a fic, eu cresci muito como escritora graças a ela, então obrigado :)<br /> Vocês podem ver isso analisando os primeiros capítulos com os de agora né :l aushaushaush morta. Era pra isso ser mais sentimental e tudo mais, mas eu odeio textinhos chorosos, então vamos ao que interessa, melhor né?<br />Fiz uma lista de músicas que me inspiraram para escrever esse capítulo e talvez vocês queiram ouvir junto? Não sei? Bom, vou deixar aqui pra quem quiser trilha sonora ❤<br />Wilder Than The Wind- Say Lou Lou<br /> Love is The Loneliest Place- Say Lou Lou<br />Free The Animal- Sia <br />Fire Meet Gasoline- Sia<br />Don't Speak- No Doubt <br />One Last Night- Vaults <br />We'll Awaken- Christy Carlson Romano <br />Crash! Boom! Bang!- Roxette
My Love- Sia ☀<br />Espero que gostem do último capítulo ❤ boa leitura Liebs

Capítulo 48 - O Fim e Um Recomeço.


Fanfic / Fanfiction Reden - O Fim e Um Recomeço.

Abro os olhos desorientada, piscando para a claridade vinda da janela. Respiro pesadamente me remexendo confortável. “Hmm, que preguiça”.
Em um segundo a outra noite voltou, como algo caindo por cima de mim, sufocando.
-Ah!
Arfo me sentando na cama, arregalando os olhos. Bill.
-Hmmm?-Ouço ele gemer preguiçosamente, se virando para me olhar. Ele estava sem maquiagem, e piscava me encarando.-O que foi, que aconteceu?-Ele pergunta ainda lento.
Pisquei o fitando. O que eu fiz? Nós dormimos juntos...
-Eu...tive um sonho estranho, só isso.-Respondo balançando a cabeça.
-Oh. Você está bem?-Ele pergunta agora me olhando com mais atenção, se sentando e franzindo as sobrancelhas.
Ele percebeu.
-Estou, eu...só assustei. Não estou acostumada a acordar com companhia.-Digo honesta.
Bill levantou as sobrancelhas sorrindo.
-Mesmo? Eu também não, mas quer saber? É bom.-Ele comenta me fitando aficionado, se apoiando num cotovelo, dando um sorriso, à vontade.
O encaro de volta tímida, e então sorrio me aproximando dele, me segurando em seus ombros e o abraço.
Bill deu risada com o carinho repentino, me abraçando de volta, e deu um beijo carinhoso no meu cabelo.
-O que deu em você? Está tudo bem mesmo?-Ele pergunta de bom humor.
Suspiro sem o largar.
-Não quero que vá, fique, por favor.-Peço afetada.
-Nick, eu...você está chorando?-Ele pergunta assustado.
Ele se afastou me segurando, olhando para mim, franzindo as sobrancelhas confuso.
-Eu fiz alguma coisa? O quê...?
Ele abaixou seu rosto para olhar em meus olhos, e piscou sem saber o que fazer. Eu comecei a chorar compulsivamente.
-Você está me deixando nervoso, me diga o que houve.-Ele pede aflito, segurando minha nuca levantando meu rosto para ele.
Balancei a cabeça.
-Você não me respondeu.-Eu consigo falar entre soluços.
Bill comprimiu os lábios e se sentou na cama, saindo das cobertas. Ele me puxou de forma que ficasse sentada em seu colo, e me embalou paciente, enquanto eu chorava desconsolada.
Ele me abraçou secando minhas lágrimas, e sussurrou palavras de conforto em meu ouvido, até que me acalmasse.
-Calma...não, não chore, me diga o que houve...? Shh, não, por favor, eu não quero te ver chorar.
Quando consegui normalizar minha respiração e parei de tremer, me afastei um pouco dele para poder me recompor.
-Me desculpe, eu não sei porque estou chorando assim.-Falo envergonhada. Caramba, nós dormimos juntos, ele me acorda com palavras bonitas e eu choro? Meus hormônios deviam estar a mil.
Bill me encarou preocupado.
-Você está me assustando, me diga o que aconteceu ou eu vou enlouquecer.-Ele pede pegando minha mão direita nas dele.
Encarei nossas mãos triste.
-Eu acho que não aguento você ir embora da minha vida de novo.-Falo intensa.
-Isso não vai acontecer...
-Não, Bill, por favor, não me prometa nada, eu fiquei em cacos da última vez. Não vê como estou instável agora? Eu acho que vou ficar doida antes dos trinta.-Falo cobrindo o rosto com as mãos suspirando.
Bill não respondeu, e continuei a me esconder, não querendo enfrentar seu olhar e me martirizar ainda mais.
-...sabe por que vim te ver?-Ele pergunta sugestivo.
-Porque eu pedi.-Respondo ainda escondendo meu rosto deprimentemente.
Ele riu.
-Não... Talvez um pouco por isso, mas a verdade é que eu vim porque não conseguia mais viver com um ponto de interrogação dentro do meu coração. Eu quero...não, eu preciso, de um ponto final em tudo isso. E acho que você também.-Bill discursa com emoção.
Levantei meu rosto e o encarei triste.
-Veio para me ver uma última vez então?-Falo franzindo as sobrancelhas desolada.
Ele piscou confuso, e então relaxou a expressão, vindo até mim e me dando um beijo lento e profundo, suspirando ao se afastar, segurando meu rosto.
-É claro que não.
Foi a minha vez de piscar.
-Está brincando comigo? Porque eu não sou boa em adivinhação.-Falo sarcasticamente.
Bill revirou os olhos com doçura.
-Eu vim para ficarmos juntos, pra sempre.-Ele fala obstinado.
O encarei completamente pasma. O que ele..?
-Sempre é um termo relativo, por exemplo, se você algum dia achar uma outra Rebeca e...
Bill me soltou irritado.
-Tinha que falar dela..-Ele suspira.
-É claro que eu tenho que falar dela! Você transou com ela Bill!-O acuso levantando da cama.
Bill fechou os olhos parecendo chateado comigo.
-Eu nem ao menos me lembro disso, ela não é nada pra mim.-Ele me lembra calmo.
Ele não revidou gritando, ou me acusando de algo, ele estava tentando me acalmar e, isso até teria funcionado em algum outro momento, mas não agora.
Eu senti a necessidade de brigar, de gritar, de fazer chantagem emocional, de chorar na frente dele. Eu queria que ele também revidasse, que ficasse irritado comigo.
Respirei fundo me sentindo ficar agitada, minhas mãos coçando por quebrar alguma coisa.
-Me responda então, o que faria se me visse deitada nua com Liam numa cama dormindo juntos?-Pergunto levantando as sobrancelhas inquisidora.
Sabia que aquilo ia deixá-lo irritado, e que ele não gostava de Liam. Mas para minha surpresa Bill balançou a cabeça ainda calmo.
-Eu não quero brigar, não vou responder.-Ele fala ficando sério.
Abri a boca frustrada.
-Me responde Bill.-Insisto.
-Não.
-Responde logo!-Grito irritada.
-Eu já disse que não!-Ele exclama olhando para mim, se contendo.
Andei até ele sentindo meu peito subir e descer rapidamente, meu sangue pulsando.
-Responde Bill. O que faria se fosse me procurar e me visse nua na cama com ele?-Pergunto fria.
Bill fechou os olhos respirando fundo, e então abriu os olhos, contendo neles uma frieza tão gélida que quase me arrependi de ter perguntado.
-Eu enlouqueceria, socaria a cara dele até o idiota chorar, e depois terminaria tudo com você. Está satisfeita?-Ele responde aborrecido, me olhando ardorosamente.
Fiquei em silêncio o encarando por um momento, e então andei até a janela, colocando as mãos no parapeito me segurando.
-Você terminaria comigo...mas ainda me amaria?-Pergunto após um minuto sem nenhum dos dois falar.
Bill demorou a responder.
-...sim.-Ele fala dando um suspiro triste.
Tampei meu rosto com as mãos, sentindo que poderia chorar novamente.
-Então, Bill, acha que estou sendo idiota te chamando para me ver, te perdoando?-Pergunto com a voz fraca.
Ouvi a mola da cama e os passos dele até mim. Bill veio até mim parando a centímetros de distância.
-Não, não acho. Eu acho que você consegue ser melhor do que eu nisso. Você é forte o suficiente para não ser orgulhosa e decidir escolher o amor, e não a raiva.-Ele fala com a voz serena.
Fechei os olhos começando a chorar de novo.
Bill arfou vindo até mim segurando minha mão.
-Eu odeio ver você chorar, por favor, pare com isso.-Ele pede ainda irritado, mas tentando fazer sua voz soar mais delicada.
Assinto limpando as lágrimas, e em seguida aperto sua mão.
-Bill me desculpe eu...eu não sei, acho que só...só não quero que você vá embora e fiquemos do mesmo jeito que antes. Eu não vou aguentar passar por isso de novo.-Falo o olhando triste.
Bill suspirou me abraçando, colocando sua cabeça acima da minha, apoiando seu queixo.
-Calma, eu já disse, não vai ser assim. Tudo depende de você.-Ele fala condescendente.
-Como assim?-Pergunto fechando os olhos, sentindo seu perfume na camiseta e suspirando.
-Se você ainda me quiser, eu fico com você, nada mais me importa. A banda, os meninos, eles são importantes, mas antes de tudo eu dou prioridade a você. Basta me dizer as palavras.-Ele fala de modo intenso.
Fiquei estática em seus braços, surpresa demais para responder.
Bill estava dizendo que ficaria e desistiria de tudo por mim? Ele...enlouqueceu?
Me afastei dele fitando seus olhos, desacreditada.
-Bill ficou maluco? A banda é o seu sonho! Como pode dizer uma coisa dessas?-Falo incrédula.
Ele continuou em silêncio, me fitando sério. E então suspirou.
-Eu já disse, essas coisas são importantes pra mim, mas você é mais. Me diga as palavras e eu faço o que você quiser.-Ele fala com adoração.
Arfei surpresa, piscando.
-Bill...que palavras?-Pergunto confusa. Sentia que minha cabeça poderia explodir a qualquer momento, eu tinha acabado de acordar e assimilar tanta coisa estava sendo difícil.
-Fique comigo.-Ele responde pegando minhas mãos nas dele.
Engoli em seco com a intensidade dele. Ele queria uma resposta...agora. Deus...o que digo?
-Eu acho que você está sendo muito precipitado, pense melhor, depois que largar todas essas coisas irá se arrepender.-Quando ele ia protestar, ergui um dedo para ele esperar.-Talvez não agora mas...daqui a cinco, dez anos, vai começar a pensar no que perdeu, e vai desejar voltar ao tempo, ficará triste. Eu não quero ser a culpada por ter feito isso com você Bill, e também não consigo imaginar você fazendo outra coisa que não música.-Falo honesta.
Bill assentiu compreensivo.
-Eu entendo o que quer dizer, mas me escute por um minuto.-Ele pede pegando minhas mãos uma outra vez, me olhando com carinho.-Antes de te conhecer, eu vivia meus dias somente pensando quando ia achar o amor verdadeiro, era só nisso que pensava. Mas, depois que você apareceu, eu me vi mais feliz, completo, finalmente achei uma coisa pela qual viver. Amor.-Ele discursa com emoção. Tentei ficar calma e não chorar novamente, e engoli em seco mais uma vez, escutando atentamente.-Eu preciso de algo para qual acordaria todos os dias, pela qual eu me doaria, eu sou assim. E...eu tive certeza de que não podia mais viver vazio nesses últimos meses, foi a pior fase da minha vida, eu não quero viver assim, fazendo tudo pela metade. Eu descobri que você é a minha outra metade, e que não posso, nem quero, viver afastado de você. Então por isso eu vim aqui para te ver, para saber de uma vez por todas se me quer de volta ou não. Não seria egoísta de exigir isso de você, estou te dando uma escolha, eu me importo mais com você do que comigo, quero que seja feliz, e se você for mais feliz sem mim eu vou entender. Você estando feliz pra mim é o que importa. Eu estarei bem se você estiver.
-Bill...
-Eu estava sem esperanças até ontem, não achava que fosse capaz de me perdoar, eu não me perdoaria, como disse a você, o meu orgulho me impediria a isso. Mas quando me disse as palavras ontem...eu...me senti feliz mais do que achei ser um dia novamente. Você consegue botar o amor acima de tudo, e eu te amo ainda mais por isso.-Ele fala com admiração, segurando meu rosto em suas mãos.
-Bill, eu...-Hesito nervosa. Seria o certo? Ele estaria mesmo disposto a largar tudo, toda sua vida, por mim? E eu, sabendo que ele não seria completo assim, ficaria feliz? Eu já sabia a resposta.
-Diga.-Ele pede intenso.
-Eu não quero que desista da sua vida para ficar comigo, Bill.-Falo circunspecta.
-Você não entendeu, eu não vou ter vida sem você.-Ele fala impaciente.
Abri a boca ainda mais surpresa. Bill estava começando a me deixar ansiosa. Não queria ouvi-lo falar desse jeito, soava como algo muito extremo, tinha medo do que ele poderia fazer caso minha resposta fosse não.
-Bill, eu te amo, e quero que fique, mas quero que concilie entre mim e sua carreira. Sei que vamos dar um jeito de nos vermos e estarmos juntos, mas não quero ouvir você dizendo que não tem vida sem mim.-Falo séria.
Bill me fitou complacente, e assentiu dando um suspiro.
-O que quiser, você me amando é tudo que importa.-Ele fala me abraçando forte.

Dei um grande suspiro segurando em volta de sua cintura, deixando meu rosto encostado em seu peito. Me permiti sorrir com sua aproximação, e senti Bill fazer o mesmo aliviado.
Finalmente alguma coisa estava resolvida. Não importava o que mais viesse, ou mil outras Rebecas atrapalhando, nem stalkers tentando me matar; eu nunca mais abrirei mão de ficar com ele. Por nada nesse mundo. E podia dizer que Bill faria o mesmo.
-Nós vamos dar um jeito.-Bill promete em meu ouvido.

....

Cinco meses depois...

-Ah! Bill! Me solta!-Falo sem fôlego.
Eu estava desempacotando caixas de decorações no chão da sala, no meio de toda a bagunça, e a última coisa que eu queria era Bill me distraindo. Ou não.
-Você costumava ser mais amorosa comigo.-Ele comenta fingindo estar chateado, franzindo as sobrancelhas, me segurando ainda em seu colo.
Revirei os olhos e ri. Segurei em seu pescoço e puxei seu rosto para mim possessivamente o beijando.
-Está bom agora pra você, senhor?-Pergunto após nos separarmos sem fôlego.
Bill sorriu malicioso.
-Ainda estou magoado, vai precisar de mais que isso pra me convencer.-Ele fala chantagista.
Saí de seu colo ficando de pé, e coloquei minhas mãos em seus cabelos, agora curtos e penteados cuidadosamente num topete. Me fingi de burra.
-Ah é? Como o que por exemplo?-Pergunto inocente.
Bill sorriu.
-Talvez isso.-Ele fala colocando as mãos na minha cintura firmemente.-E isso.-Ele aproxima seu rosto do meu, colando nossas testas.-E por fim, isso.-Bill sussurra antes de colar nossos lábios, dando início a um beijo lento e provocante.
Quando nos afastamos, fiz uma careta balançando a cabeça.
-Não, isso não. Sabe o que eu prefiro?-Pergunto segurando seu colarinho.
Ele balançou a cabeça.
-O que?-Ele pergunta curioso.
-Você, e eu...-Falo apontando de mim para ele.
-Hum?-Ele incentiva sorrindo divertido.
-Debaixo de um chuveiro quente...-Continuo levantando uma sobrancelha.
Bill deu risada.
-Como daquela vez?-Ele pergunta sorrindo.
-Não, muito pior Dr.Kaulitz.-Falo com a voz propositalmente sedutora, quase rindo de mim mesma.
-Eu virei Dr. agora? Vou poder te examinar?-Bill pergunta chegando mais perto. Sorri confirmando com a cabeça.
-Ah, vocês dois, por favor, de noite vai ter muito tempo pra isso.-Chelsea fala fazendo cara de nojo.
-É, se larguem um pouco.-Tom fala mal humorado.
Fiz uma careta para eles abraçando Bill, sem me importar com o que eles iam achar.
Mas na verdade, eu entendia um pouco o porquê disso. Esses cinco meses foram muito bons para mim e Bill. Decidimos que íamos ficar juntos, custe o que custasse. E então Bill teve a ideia de ele e Tom se mudarem para Los Angeles. Foi a melhor coisa para nós dois, e Tom também gostou da ideia, já que ele e Michele tinham acabado de terminar. Não preciso nem dizer que fui bem imparcial com os dois lados.
Mas não foi apenas eles, Chelsea e Georg também acabaram com o noivado.
Foi bem triste, houve muitas lágrimas, Chelsea ficou arrasada ao saber que Georg a traiu, e não quis mais saber dele. Georg infelizmente, para o meu pior desgosto e pesadelo de todos os outros, ficou com Susane. Curiosamente após dois meses ela teve um ‘aborto espontâneo', do qual eu e os outros ficamos muito desconfiados, mas achamos melhor não nos metermos. Georg já estava com problemas demais. Depois que Chelsea terminou tudo, ele andou bebendo e se isolando de todos.
Por isso, convidei Chelsea para passar um tempo comigo na Califórnia, ela precisava se distrair e ter companhia nessa fase difícil. E acabou que ela gostou tanto, que chamei ela para vir morar comigo, e fazer a faculdade também aqui nos EUA. Ela adorou a ideia e veio na mesma semana.
Georg e Gustav acabaram por ficar na Alemanha, já que também não tinham muitos motivos para ir para lá. Gustav e Bill eram os únicos agora que estavam felizes nos seus relacionamentos. Tom estava saindo com uma modelo metida a cretina que eu simplesmente odiava. Ria. Até o nome era estranho.
-Aliás Tom, cadê a sua peguete?-Pergunto distraída, brincando com o cabelo que caía do topete do Bill. O mesmo deu risada da minha fala. Bill também não ia com a cara dela.
-Fala da Ria?-Tom pergunta sorrindo.
Ele não ficava bravo por eu não gostar dela, Tom até fazia piada disso, ele realmente parecia não ligar que ela não tivesse nossa aprovação. Provavelmente era mesmo só mais uma ‘peguete' dele mesmo. É claro que o motivo do meu ódio nada tinha a ver com a imparcialidade da ex dele ser a minha irmã. Muito longe disso.
-É claro, de quem mais todo mundo ia chamar abertamente de vagabunda?-Chelsea fala sincera e dócil como sempre.
Tom revirou os olhos, mas depois suspirou sorrindo e dando de ombros.
-Foi fazer compras com umas amigas dela.-Ele fala muito vagamente, deixando a caixa que levava no chão e depois arqueando as costas com uma careta.
Chelsea também tinha levado uma caixa de lá de baixo no caminhão, e deu um longo suspiro.
-Meus dias de jovem se foram, eu me sinto uma idosa.-Ela comenta tão rabugenta como uma.
Estava sendo difícil aguentar as horas ruins de mal humor dela, mas como uma boa amiga, eu dava meu melhor para ajudá-la.
-Chelsea?-A chamo me sentando e voltando a desempacotar as caixas.
-Hum?-Ela responde bebendo um gole de água de uma garrafa perdida na bagunça.
-Você é jovem, mas reclama como uma velha.-Falo revirando os olhos, deixando um vaso em cima da estante. Bill veio se sentar do meu lado e começou a fazer o mesmo, e sorri com isso.
-Fala a que reclama de eu molhar o banheiro depois de tomar banho.-Ela replica casualmente vindo de juntar a nós.
-Vocês não tem assunto melhor que esse?-Tom reclama se jogando no sofá preguiçosamente.
-Fala alguma coisa você então.-Bill responde ao irmão.
Tom parou por um momento, parecendo pensar.
-Se eu pedir uma pizza no almoço soa muito mal educado?-Ele pergunta filosófico.
Eu, Bill e Chelsea demos risada.
-Olha...estranho é, mas pizza sempre é bom.-Falo dando de ombros.
-É, liga lá Tom.-Bill fala tirando uma escultura de uma caixa e a fitando curioso.-Eu nem lembro de ter isso.-Ele fala franzindo as sobrancelhas.
-Tá.-Tom fala após grunhir cansado, se levantando e indo até a cozinha pegar seu telefone.
-Eu odeio a Ria, quem odeia também levanta a mão.-Chelsea fala levantando sua mão esquerda sorrindo maldosa.
Bill e eu levantamos as mãos fielmente.
-Ela vai vir aqui hoje Chelsea, já te avisando caso queira inventar alguma desculpa.-Bill comenta sorrindo divertido.
-Mesmo? Então eu venho, porque se tem uma coisa que eu amo, essa coisa é irritar a Ria. Eu adoro perguntar sobre a cirurgia no nariz, ela fica com uma cara de nojenta...-Chelsea ri olhando para cima, como se imaginasse a cena.
Dei risada.
-E eu adoro fazer perguntas inteligentes pra ela, ela fica totalmente perdida...Ah Bill, não olhe assim pra gente! Não é como se você não risse quando a gente faz isso.-Eu falo empurrando ele de leve, já que o mesmo nos encarava censurando.
Bill revirou os olhos paciente.
-Eu sei, é engraçado, mas ela ainda está com o Tom então...-Ele dá de ombros displicente.
Chelsea olhou para ele, séria.
-Perdeu pontos comigo Billy.-Ela fala balançando a cabeça.
Bill levantou as sobrancelhas metido.
-Só quem me chama de Billy é...
-A Nick, sua mãe, Tom e sua vó. Já sei, eu estou apenas curtindo com a sua cara Billy.-Chelsea o interrompe calmamente.
Bill revirou os olhos sorrindo.
-Chelsea para de ser má por favor, eu imploro.-Digo a olhando suspirando.
-Só porque eu moro na sua casa, senão...-Ela sorri me dando um beliscão carinhoso na bochecha.
-Por falar nisso, vai dormir aqui comigo hoje não é?-Bill pergunta ao meu ouvido, mordiscando minha orelha. Sorri sentindo cócegas.
-Aí Bill! Eu não sei...não quero deixar Chelsea sozinha em casa, não ia ser legal...-Falo o olhando triste.
Bill me fitou franzindo as sobrancelhas parecendo procurar uma alternativa.
-Chelsea pode dormir aqui também, tem muitos quartos nessa casa.-Ele fala olhando de mim para ela.
Chelsea nos encarava incrédula.
-Vocês sabem que eu estou bem aqui, do lado de vocês não é?-Ela pergunta irritada.
-Quer dormir aqui Chel?-Pergunto sem ligar para sua fala anterior.
Ela bufou.
-Você está doida pra dormir com ele, e não quer que eu fique sozinha. Tá né.-Ela fala incomodada.
Sorri e fui até ela dando um beijo em seu rosto feliz.
-Obrigado Chel!
-Como se eu tivesse escolha, você daria um jeito de ficar com ele mesmo se uma cratera se abrisse entre vocês.-Ela revira os olhos dando risada da própria piada.
Bill acenou concordando, largando a caixa e vindo até mim, colocando seus braços ao redor da minha cintura.
-Eu também faria qualquer coisa para ficar com você.-Ele fala ao meu ouvido.
Sorri com o arrepio que passou em meu corpo ao contato de sua boca em minha orelha.
-Com licença, vou irritar outra pessoa, vocês dois não se abalam com mais nada, que horror.-Chel fala assombrada, saindo logo depois.
Bill observou ela sair.
-Acha que isso vai durar muito ainda?-Ele pergunta comprimindo os lábios preocupado.
-Não sei...notícias de Georg?-Pergunto em tom baixo, no caso de Chel ainda estar ouvindo.
Bill negou com a cabeça.
-Nada. Bom, pelo menos nada bom.-Ele suspira.
Me virei para ele suspeita.
-Como assim nada bom?
Ele hesitou.
-Susane e ele estão noivos.-Bill fala aborrecido, comprimindo os lábios novamente.
Abro a boca chocada.
-Não acredito! Bill..! Ele não ama ela! Ele e Chelsea são feitos um para o outro isso não pode acontecer... Eu...-Discurso incrédula, ficando frustrada demais para continuar.
Bill me abraçou mais forte, contendo um suspiro.
-Eu sei, eu também acho isso. Eu falei com ele, mas Georg está cego de raiva. Ele acha que Chelsea não ama ele mais, e quer esquecer ela.-Ele explica circunspecto.
-Chelsea sabe..?-Pergunto após um tempo em silêncio contemplativo.
-Eu não sei, Georg me contou isso ontem, então acho que não. Vai contar a ela?-Bill pergunta hesitante.
Parei, triste. Chelsea já estava muito mal, o mal humor era apenas para disfarçar como ela realmente estava, eu sabia disso. Ela também reclamava e irritava todos para se proteger, ela não queria mais sofrer uma traição. Eu sabia exatamente como era isso, se afastar de todos que ama com medo de perdê-los também. Talvez fosse melhor não contar a ela e fazê-la esquecer de Georg, porque por mais que ela o amasse demais, ela tinha um orgulho enorme, e ele estava ferido pelo que Georg tinha feito, a quebra de confiança foi demais para tolerar. Talvez o perdão fosse um fardo maior do que algumas pessoas conseguissem aguentar.
-Não.-Falo sem emoção, fitando o horizonte pela janela.
Bill assentiu compreensivo.
-Vamos lá ver se o Tom já pediu a pizza?-Bill propõe claramente querendo me distrair.
Sorri me virando para ele.
-A água já está ligada aqui não é?-Pergunto sugestiva.
Bill franziu as sobrancelhas por um segundo, e então no outro percebeu. Ele riu.
-Está. Algum outro plano em mente?-Ele pergunta sorrindo.
-Nada... Ah, Bill?-Falo inocente.
-Sim?-Ele controla a risada me olhando.
Coloquei minhas mãos em seu peito como quem não quer nada. Evitei rir.
-Hmm, tem algo no seu chuveiro acho melhor irmos checar se está tudo certo.-Falo séria.
Bill sorriu segurando minha cintura, me puxando para ele.
-Agora?-Ele sussurra em meu ouvido.
-Não, amanhã.-Ironizo revirando os olhos.
Ele riu na minha orelha.
-Engraçadinha. Vamos.-Ele fala me puxando pela mão pela casa.
Passamos muito sorrateiramente pelo corredor, e depois virando a direita dando de encontro com a cozinha. Chelsea e Tom estavam lá, mas por sorte muito distraídos brigando para nós notar.
-Ah, qual é Tom, você acha mesmo que os peitos dela são daquele jeito?-Chelsea pergunta sentada de frente para ele na bancada, sorrindo maldosa.
-Acho, eu chequei e são de verdade.-Tom responde sorrindo malicioso, o que acabou irritando Chelsea.
-Como assim checou?-Ela pergunta confusa por um momento, e então ele levantou as sobrancelhas franzidas ela entendeu.-Ah...que nojo.-Ela faz uma careta revirando os olhos.

Bill cobriu minha boca controlando a risada e me puxando para o lado certo.
Achamos a escada e subimos por ela, virando outro corredor e chegando ao quarto dele.
Bill trancou a porta e se virou para mim tentando ficar sério, mas logo depois sorriu.
-É logo ali senhorita.-Ele informa apontando para a direita, ao lado do closet.
Seu quarto devia ser o único cômodo que já estava arrumado, mas eu não fiquei surpresa, Bill deve ter feito eles arrumarem o dele primeiro. Do jeito que era perfeccionista com suas coisas.
Olhei para ele sorrindo, e obedeci indo até dentro.
O banheiro também estava arrumado, e impecavelmente organizado da mesma forma que era em sua antiga casa.
Andei até o interruptor e acendi a apaguei a luz, testando.
-Aqui tudo certo.-Comento observativa. Bill se encostou no batente da porta assistindo eu examinar a porta do box, o gabinete da pia, se a torneira estava funcionando normalmente.-Bom..parece que tudo está em ordem.-Falo balançando a cabeça.
Bill sorriu vindo até mim, e negou franzindo as sobrancelhas.
-Mas e o chuveiro? Creio que tem que tomar um banho nele para testar.-Ele fala formalmente.
Assenti comprimindo os lábios.
-É, acho que sim. Me desculpe, espero que não se incomode, eu tenho que tirar minhas roupas, não será isso anti-profissional?-Pergunto olhando para ele ingenuamente.
Bill sorriu negando com a cabeça.
-De modo algum, vá em frente e faça o que for preciso.-Ele fala cruzando os braços esperando.
Dei risada com sua sutileza.
-Se não se importa poderia se virar? Eu tenho um namorado e ele não ia gostar nadinha disto.-Falo tentando sem sucesso parecer brava.
-Oh, então me desculpe.-Ele fala se virando.
Abri a jaqueta e a deixei cair no chão com um baque surdo, começando a tirar as outras peças de roupas. Bill virou o rosto espiando quando ouviu minha calça cair.
-Com licença, você não está espiando está?-Falo sugestivamente irônica.
Bill tampou os olhos se virando mais uma vez.
-Sinto muito.
Sorri e tirei minhas últimas peças, as deixando cair no chão. Andei até o box e o fechei, ligando a água quente deixando ela cair em meu corpo.
-E aí, está tudo certo?-Bill pergunta com a voz abafada após um minuto.
-Não sei te informar, acho que terá que entrar também.-Falo maliciosa.
Ouvi Bill dar risada, e logo após isso, suas roupas também caírem ao chão. Prendi a respiração mordendo os lábios travessa.
-Tampe os olhos ao entrar.-Falo quando vi sua silhueta através do vidro.
-Como quiser madame.
Observei enquanto Bill entrava desajeitado no box, tampando os olhos com uma mão sorrindo.
-Já posso tirar?-Ele pergunta quando entrou e fechou a porta do box.
Não respondi. Andei até ele e passei meus braços por seus ombros, começando a o beijar.
Bill ofegou tirando a mão dos olhos, passando-as pela extensão do meu tronco, intenso.
Colamos nossos corpos indo em direção a água. Bill me puxou pela cintura me erguendo, e passei minhas pernas pelo seu quadril. Controlei um gemido ao sentir sua mão em meus seios. Bill começou a massageá-los lentamente, passando sua boca para meu pescoço, chupando a pele exposta.
-Golpe baixo.-Sussurro arfando.
-Eu sei.-Bill sorri voltando a me beijar.
Sorri com nossa intimidade. Não admitiria isso a ninguém antes, quando ainda era apenas uma garota ingênua, mas agora, uma mulher adulta, eu não tinha mais vergonha de o amar o mais intensa e provocativamente possível.
Bill passou suas mãos pelos meus seios e as desceu pela extensão da mi há barriga, indo ainda mais para baixo.
Arfei ao sentir seu dedo em minha intimidade. Bill como sempre parou, preocupado em acabar me machucando.
-Tudo bem?-Ele pergunta ofegante.
Apenas assenti fechando os olhos, não conseguindo falar.
-Vou ir devagar.-Ele fala no meu ouvido, dando um beijo em meu pescoço logo depois.
Segurei em seus ombros ansiosa, escondendo meu rosto em seu cabelo,  e me posicionando sobre seu quadril.
Bill me segurou em seu colo com uma mão, me encostando na parede para ter apoio, e adicionou mais um dedo em minha intimidade, dando o espaço necessário. Enquanto se movimentava, Bill ofegava com os olhos fechados, mordiscando e dando beijos na minha clavícula. Eu já estava tonta e desorientada devido ao prazer.
-Bill...-Falo em tom de aviso.
Ele pareceu entender. Bill tirou seus dedos e se posicionou, segurando meu quadril, e entrou em mim, com muito cuidado.
-Está confortável?-Ele pergunta parecendo exigir muito auto controle para ter paciência de perguntar naquele momento, e estado.
Segurei seu rosto e dei um beijo em sua testa, ainda meio enevoada.
-Sim estou...e você?-Consigo dar risada.
Bill sorriu balançando a cabeça.
-Você ainda pergunta.-Ele fala incrédulo.
Bill me abraçou, e começou a se mover num ritmo lento inicialmente, mas conforme ficamos mais ofegantes, ele aumentou a velocidade, me segurando mais forte.
Achei que uma hora fosse o enforcar com tamanha a força que abraçava seu pescoço, mas Bill pareceu não notar, ele estava ocupado apertando da mesma forma minha cintura.
Quando senti que o clímax estava chegando, procurei seus lábios desesperadamente, e Bill me ajudou já sabendo o que eu queria. O beijei ardorosa e apaixonadamente enquanto sentia meu orgasmo chegar.
Senti meu corpo exausto e dolorido, e se Bill não me segurasse teria caído. Ele também parecia fazer um esforço maior para me segurar do que o normal.
Ambos estávamos ofegantes e sem fala, quando consegui acalmar minha respiração o suficiente para falar, bati nas costas dele sorrindo.
-Está difícil aguentar aí fortão?-Falo divertida.
Bill riu, ainda sem fôlego.
-Talvez.-Ele admite suspirando.
-Que tal sentarmos um pouco e quem sabe conversar?-Brinco diplomaticamente.
Com essa Bill pareceu ofendido pelo seu orgulho como o ‘macho alfa'. Ele deu um sorriso afetado e me levantou em seu colo, saindo do box. Olhei para ele confusa, até que ele me deixou sentada numa...
-Uma banheira? Está de brincadeira eu nem notei quando entrei aqui.-Falo surpresa.
Bill levantou uma sobrancelha malicioso.
-Você estava com outras coisas na mente então.-Ele fala enquanto abria a torneira, fazendo cair água quente enchendo a banheira.
-Não vai entrar?-Falo vendo o mesmo observar a água cair mordendo o lábio inferior, pensativo.
Ele olhou para mim dando um sorriso de lado, os olhos contendo a afeição e intimidade que tínhamos adquirido ‘morando juntos' esporadicamente.
-Acho que agora quero te ver tomar banho.-Ele responde calmo.
Joguei água nele mordendo o lábio sorrindo.
-Bill!
-Ok, ok, já que você insiste vou fazer esse esforço.-Ele fala dando um suspiro desanimado.
O encarei seria enquanto o mesmo entrava, ficando de frente para mim. Quando percebeu que fiquei brava, ele deu uma gargalhada.
-O quê? Você acreditou mesmo? Pare de ser boba!-Ele exclama vindo mais para perto, pegando meus tornozelos e me puxando para mais perto ainda.
-Caramba Bill, quer me afogar?-Falo levantando as sobrancelhas irritada.
Bill me olhou com doçura.
-Oh deus, ela está brava o que eu faço?-Ele fala sem se abalar.
Revirei os olhos contendo um sorriso.
-Nick? Amor da minha vida? Lua da minha vida?-Ele me chama sorrindo.
-Usar a frase de Game Of Thrones já é sacanagem Bill.-Falo indignada.
Ele deu risada.
-Então você me perdoa por brincar com você?-Ele pergunta de um jeito tão dócil e gentil que me desarmou. Não havia motivo mesmo para ficar irritada.
-Por que você sempre me faz sentir culpada? Agora eu é quem tenho que pedir desculpas.-Falo o abraçando aborrecida.
Bill riu mais uma vez.
-Não tem que pedir desculpa, só me dê um beijo e tudo ficará bem.-Ele fala me abraçando de volta amoroso.
Me separei dele e segurei seu rosto com a expressão irritada, olhando bem para seus olhos. Bill piscou surpreso.
-Nick eu...
Interrompo ele colando nossos lábios intensamente. Bill estava tenso com a minha irritação, e então relaxou ofegando. Ele segurou minha cintura e me puxou para seu colo, me beijando de volta apaixonadamente.
Segundo round.

....

-A pizza já esfriou, onde estavam?-Chelsea fala quando Bill e eu aparecemos na cozinha, uma hora depois.
Sorri em silêncio, andando até a bancada e pegando uma fatia fria mesmo. Bill e eu estávamos corados e não respondemos. Secretamente satisfeitos.
Tom estava sentado em cima da mesa, bebendo uma latinha de coca. Ele sorria de um jeito quase obsceno.
Olhei a latinha pensativa, sentindo um dejavú muito forte.
Bill me olhou comer franzindo as sobrancelhas, desaprovando.
-Não come fria amor, eu vou esquentar no micro-ondas. Me dá aqui.-Bill fala paternalmente, pegando a fatia da minha mão e colocando ela e mais algumas num prato, e depois colocando tudo dentro do micro-ondas, apertando o botão determinando o tempo.
Observei-o fazer isso, dando um sorriso amoroso.
-Vocês não me responderam.-Chelsea fala levantando as sobrancelhas.
Bill veio até mim se sentando do meu lado, segurando minha mão inconscientemente, como num impulso. Ele e eu olhamos para Chelsea fixamente e sérios.
Chelsea pareceu ter dificuldade em entender. Ela levantou as sobrancelhas mais uma vez, pressionando por uma resposta.
-Eu não estou pegando a referência, dá pra vocês me dizerem logo?-Ela pergunta.
Tom gargalhou atrás dela, fazendo a mesma o encarar indagativa.
-Que foi Tom?-Ela pergunta incomodada.
-Não entendeu ainda? Eles estavam transando Chel.-Ele fala sem vergonha.
Chelsea nos olhos abrindo a boca, parecendo assustada.
-O quê? É sério...?-Ela fala franzindo as sobrancelhas.
-Sim.-Respondo corando.
-Tom essa não é a palavra seu canalha.-Bill fala distraidamente apertando minha mão. Sorri escondendo o rosto. Já sabia o que seria a seguir, já tinha visto muitas brigas dele desse tipo.
-O que? Prefere ‘fazer amor'? Que fofo.-Tom responde ainda rindo.
-Vai se fuder.-Bill responde revirando os olhos.
-Bill, fez aquela coisa que eu falei que elas gostam...?-Tom pergunta olhando animado para o irmão.
Bill parecia prestes a bater no mesmo, mas bem na hora o micro-ondas apitou.
-Sorte a sua.-Ele fala soltando minha mão, pegando as pizzas e deixando na bancada a nossa frente.
-Pela cara dela parece que sim.-Tom fala me observando comer a pizza. Olhei entediada para ele, sem ligar para a brincadeira. Mas logo ouvi o mesmo exclamar de dor.
-Isso era pra doer muito?-Tom pergunta tacando o talher de volta no irmão.
Bill suspirou se acalmando.
-Cala a boca logo Tom.-Bill fala ameaçador, se contendo ao meu lado.
Tom sabia que fazer piadinhas sobre sexo era a fraqueza do irmão, e Bill não levava na brincadeira quando eu estava por perto.
-Tá legal, desculpa maninho.-Tom fala fechando os olhos balançando a cabeça.
-É pra ela que tem que pedir desculpa.-Bill fala se referindo a mim.
Tom se virou para mim, dando um sorriso divertido, juntando as mãos piscando.
-Nick, minha linda cunhada, desculpa.-Ele fala bajulador.
Observei sua fala olhando para ele e revirei os olhos.
-Desculpado Tom.
Tom sorriu e veio até mim correndo, me dando um abraço. Ele saiu antes que Bill o socasse.
-Tom...! Seu imbecil.-Bill fala irritado.
Dei risada.
-Calma Bill, eu te amo.-Falo o abraçando também.
Bill respirou fundo, me abraçando de volta.
-Ficou chateada?-Ele pergunta após separarmos.
-Não, eu sei que ele só quer irritar você.-Falo sorrindo.
-Aquele idiota.-Ele fala revirando os olhos, mas depois sorriu, como prova do amor fraternal.
-...cadê a Chelsea?-Falo olhando em volta sem notá-la.
-Não faço ideia, ela estava aqui até agora.-Bill responde dando uma mordida em sua pizza.
Dei um suspiro.
-Ela deve odiar ficar vendo cenas melosas.-Falo pensativa.
-Quando não temos com quem fazer isso é meio frustrante mesmo.-Bill responde contemplativo.
O fitei em silêncio, tendo uma idéia.
-É claro! Bill você é um gênio!-Falo dando-lhe um beijo.
Ele me fitou curioso, enquanto eu sacava meu celular, discando um número.
-O que vai fazer?
-Telefonar para Johnny Depp.-Falo calmamente, sorrindo ao ver seu olhar confuso.

...

Dois anos depois...
-Jamie para com isso!-Chelsea grita dando risada, com Jaime, o meu antigo professor da faculdade (a.k.a Johnny Depp), fazendo cócegas nela. Eles estavam deitados juntos numa toalha estendida na areia. Uma cena típica de casais.
Olhei para meu projeto cupido sorrindo satisfeita.
-Você é perversa as vezes sabia?-Bill fala atrás de mim, me abraçando. Estávamos sentados a alguns metros atrás deles, também deitados numa toalha. A praia de Miami era sempre ensolarada e convidativa, o que fazia com que fôssemos lá frequentemente.
Segurei suas mãos dando risada.
-Isso é ruim?-Pergunto franzindo as sobrancelhas.
-Não, é sensual.-Bill fala ao pé do meu ouvido, me fazendo dar risada de novo.
Suspiro logo depois, me lembrando de Georg. Ele e Susane estavam casados a menos de um ano agora, e Chelsea também parecia ter superado.
Quando apresentei Jamie a ela, mesmo que há tivéssemos saído uma vez, pude ver que houve algo no mesmo momento. Talvez já fôssemos todos maduros o suficiente para superar coisas supérfluas. Ele e Chelsea começaram a namorar menos de um mês depois. Foi espantoso como meu plano tinha dado certo.
Chelsea parou com seu mal humor e voltou a ser a pessoa bem humorada e espontânea de sempre. Bill e os garotos concordaram que mereciam uma pausa, que deviam agora ter uma vida social mais ampla e aproveitar um pouco seu tempo com coisas mais banais. Como por exemplo ir à praia nos domingos, e viajar com a namorada.
-Está pensando no que?-Bill pergunta após um tempo.
Encostei meu rosto no dele, sentindo a aspereza da barba por fazer. Bill agora estava mudado mais uma vez. Tinha tingido os cabelos de loiro e deixado a barba crescer. No começo foi difícil me acostumar a olha-lo e não ver a maquiagem e cabelo impecáveis, mas depois acabei por aceitar e lembrar dele apenas assim.
Fechei os olhos dando um sorriso relaxado.
-Estou pensando que a última briga nossa foi a dois meses atrás.-Falo desacreditada.
Bill também levantou as sobrancelhas surpreso.
-Mesmo? E você conta as nossas brigas?-Ele ri imaginando tal coisa.
-Conto, elas estão cada vez mais raras.
-Isso é bom não?-Ele pergunta.
-Sim. Estou pensando também que alguns anos atrás brigávamos um dia sim um dia não.-Falo pejorativamente, balançando a cabeça.
Bill riu colocando os braços ao redor do meu pescoço, descansando seu rosto em meu ombro direito. Eu olhava para as ondas relaxada, lembrando daquela época.
-Por que éramos assim?-Ele pergunta franzindo as sobrancelhas tentando se lembrar.
-Eu era louca por você, e muito sensível. Juntando isso a imaturidade só podia dar coisa ruim.
Bill passou a ponta de seu nariz por minha clavícula, sorrindo.
-Hmmm, e eu era...
-Idiota.-Completo sorrindo.
Ele sorriu mordendo de leve minha orelha.
-Engraçadinha. Eu era louco por você também, ainda sou, e era muito vaidoso. Eu acho que só fazia o que fazia para tentar chamar sua atenção.-Ele fala dando um beijo em meu ombro.
Entrelacei minhas mãos nas dele franzindo as sobrancelhas.
-Mesmo? Obrigado por falar só agora, podia ter facilitado muito minha vida me dizendo isso antes.-Falo acusando-o.
Bill riu me abraçando mais forte.
-Desculpe então. O que você teria feito?-Ele pergunta curioso.
-Eu teria acabado com a palhaçada, porque você já tinha toda a minha atenção.-Falo revirando os olhos.
Bill me apertou ainda mais, colocando seu rosto em meu pescoço suspirando.
-Eu te amo.-Ele fala com emoção.
Aperto sua mão fechando os olhos.
-Eu te amo.-Falo serena. As ondas batendo no litoral, o sol, a brisa calma, Bill me abraçando.
Tudo estava perfeito.

Eu não me importava com mais nada, apenas eu e ele. Nosso amor, que eu sabia que seria eterno, e que nada nunca mais iria nos separar. Nos amaríamos até o fim, e talvez após ele, nossas almas conjuntas, passando pela eternidade.

Sorri, estava em paz.


Notas Finais


❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤<br />Beijos suas lindas!


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