História Redescobrindo as emoções...(Saino) - Fácil demais?

Já Ino usava um vestido bastante...  Era vermelho e curto, decorado com pedrinhas brilhantes, ela estava de salto alto, os cabelos louros presos em um coque, maquiagem carregada e um batom vermelho extravagante.

- Ino-san, o bar é bem simples...

Disse Tenten.

- Estou levando o disfarce a sério...

Ino diz.

- Sério demais...

Tenten comenta baixinho.

- Você gostou, Sai-kun?

Ela perguntou sorrindo, não consegui pronunciar uma resposta.

- Eu vou entender seu silencio como um sim!

Ela disse segurando meu braço. Saímos.

Ino on:

No bar havia apenas umas duas dúzias de pessoas, fato esse que não me surpreende muito, “uma espelunca dessas!” penso. 

Alguns tempo depois...

- Você não acha que já bebeu demais, Sai-kun?

Pergunta Tenten. Eu estava tão entediada que já estava até sentindo falta das idiotices do chouji.

- Acho que não.

Respondeu Sai. Eu brincava com meu copo de saquê.

- A senhorita está acompanhada?

Perguntou um homem de boa aparência a Tenten. Preciso dizer que fiquei indignada? Não com o fato de a Tenten conseguir companhias, mas com o fato de ninguém querer ME fazer companhia!

- Não.

Respondeu Tenten.

- Me daria à honra?

Ele perguntou.

Peguei outro copo de saquê. Os dois saíram para a “pista de dança”, tinha apenas uns cinco casais lá. “O universo está de fato brincando comigo!”.

- Sim o forasteiro...

Uma mulher na outra mesa falou.

- Tem certeza?

Perguntou o homem que a estava acompanhando.

- Absoluta.

Os dois saíram para a pista de dança.

- Sai, você ouviu isso?

- Sim.

- Tenho uma ideia.

- Diga.

Eu não disse nada apenas o arrastei para a pista de dança. É bem verdade que o que mais me interessava no momento era não fazer papel de boba, eu não tinha me produzido toda para ficar sentada mofando naquele bar ridículo, mas usei a tal conversa como pretexto.  

- Eu não sei dançar!

Sai falou.

- Vai aprender agora!

Digo.

Dançamos em uma total falta de sincronia.

- Do outro lado da cidade?

- Sim. Acho que ele esconde alguma coisa...  

O casal voltou a cochichar. A música agora era lenta, aproximei meu rosto do dele.

- É pra disfarçar.

Digo.

- Sai, eu tenho outra ideia, mas preciso que você colabore, entendeu?

- O que é dessa vez?

- Venha.

Afastamo-nos um pouco, eu me sentei em uma cadeira.

- Cuide direito do meu corpo, entendeu?

- Hã?

Preparo-me para trocar de mente com o tal homem, aproveitando que ela está praticamente imóvel ouvindo a história da mulher.

“Shintenshin no Jutsu, completado com sucesso” penso.

Sai on:

Ino desmaiou na cadeira. Segurei a para que não caísse no chão. “Esse deve ser um dos jutsus mentais dela.” Penso. Puxei Ino um pouco mais para perto para que as pessoas não percebesse que ela estava desmaiada.  Ino normalmente é muito impulsiva e estressada, mas dormindo até que ela aparentava ser meiga, quer dizer, por baixo de toda aquela maquiagem...

Minha cabeça doía um pouco, eu realmente não devia ter tomado tato saquê, mas isso não podia me impedir de completar a missão, assim que Ino voltasse iriamos atrás do nukenin, então seria missão cumprida. Alguns minutos depois Ino abre os olhos.

- Vamos, sei onde ele está.

Ela segura em minha mão e me conduz em direção a porta, Tenten dançava alegremente com um cara que creio ser um pouco mais velho do que ela.

- Acabou a festa.

Disse Ino arrastando uma Tenten totalmente desorientada para fora do bar.

- O que foi? Não poderiam esperar mais um pouco? Estava tão bom!

Tenten protestou.

- Sei que estava, mas o objetivo é a missão!

- Você falando isso Ino?

Pergunta Tenten.

- Claro. Quanto mais cedo acabar, mais cedo voltamos para casa.

- Concordo.

Eu digo.

Ino nos levou até uma área bem afastada da cidade.

- Lá.

Ela apontou para uma casa caindo aos pedaços.

Entramos o mais discretamente possível. Tenten tropeçou em uma escultura, o barulho seria suficiente para acordar a cidade inteira, o alvo então nem se fala...

Kunais e shurikens foram lançadas em nossa direção.

- Chōjū Giga: Shishi.

Digo. Leões saem de meu pergaminho e se preparam para atacar, pego a seringa que estava em meu bolso, mas não tive tempo, Tenten foi mais rápida, Kakashi-sama estava certo quando disse que o nukenin tinha uma técnica similar a de Tenten, os dois pareciam ler os pensamentos um do outro. Uma chuva de armas de todos os formatos acabou com a casa, que já estava em péssimas condições, Tenten parecia determinada a compensar seu erro.

Os dois travavam uma batalha feroz.

- Você é boa garota, mas nem tanto assim!

Ele disse. Resolvi aproveitar a oportunidade de atacar por trás, Ino parece ter pensado o mesmo, mas no caso dela não funcionou, pois ele a vi e lançou uma clava na direção dela, que desviou agilmente, eu consegui chegar perto o suficiente para injetar o sonífero. Ele caiu ao chão. Tenten sentou no chão exausta, Ino continuou mantendo a pose.

- Estou achando isso fácil demais...

Digo.

- Fácil? Quem disse que foi fácil!

Protestou Tenten.

- Se esse cara deu tanto trabalho para Ambu, como elo pôde ser derrotado tão rápido?

Tenten bufou.

- O que importa é que acabou, o hokage mandou apenas encontramos esse cara e levarmos de volta para a vila, a primeira parte já foi feita, agora vamos!

- Eu sei, só quis dizer que acho que tem algo errado, bem você tem razão, a missão realmente era só essa.

No caminho de volta encontramos um amontoado de pessoas em volta de um cadáver, Ino se ofereceu para ir ver do que se tratava, minutos depois ela voltou com a resposta.

- Parece que ele morreu do nada...

Ela diz.

- Como alguém morre do nada?

Pergunto.

- Acho que é algum tipo de vírus... Deixe para lá, não faz parte da missão. 

- Tá. Vamos logo antes dele acordar.

Ino on:

Eu pensei nos apontamentos de Sai e fiquei preocupada se algo realmente tinha dado errado, mas depois de dois dias calmos em Konoha, resolvi realmente deixar para lá.

- Filha, tem um rapaz aqui querendo falar com você.

Minha mãe disse com um sorrisinho malicioso no rosto.

- O Shikamaru ou o Chouji?

Pergunto.

- Nenhum dos dois.

Eu levanto de meu confortável futon, anda eram seis da manhã. Troco rapidamente de roupa, escovo os dentes e desço.

Sai me aguardava calmamente na sala de estar, minha mãe lhe servia chá com bolinhos, e conversava com ele como se Sai fosso da família. “Francamente mãe eu não preciso de ajuda para me sentir encalhada!”.

- Acho que deixei alguma coisa no forno...

Ela diz ao me ver e se retira da sala.

- Oi.

Digo.

- Oi Ino, aquela oferta, onda está de pé?

Sorrio.