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História Redhead - Paz


Escrita por: neliaaline

Notas do Autor


Uau, já estamos em 16 favoritos. É o dobro de repercussão comparada a minha primeira fanfic. Também fiquei boba com os comentários de vocês e todo o feedback dos capítulos. Este está bem curtinho mas acho que dessa vez consegui descrever o clima entre eles de uma forma mais completa. Estou repostando uma versão mais completa e já aviso que Mel está prestes a enfrentar coisas do seu passado...

Capítulo 4 - Paz


O caminho para casa de Castiel parecia infinito, caminhávamos lado a lado em silêncio, mas eu não estava ali. Internamente fazia um esforço para assimilar os acontecimentos do dia.

Em de 05 horas, Agatha jogou na minha cara o quanto era indesejada, fui tachada de prostituta, quase matei Ambre e estava suspensa por 3 dias do colégio. Eu ia sobreviver, já tinha me reerguido de pancadas bem mais fortes do que aquela. A diferença é que antes, não tinha Rosa e Castiel na minha vida. Juntos, eles conseguem perfurar uma armadura emocional que desenvolvi para me privar de frustrações.

— Mel, você está bem? – Castiel parou de caminhar e segurou meu rosto entre as mãos.

— Oi, eu apenas... Me desculpe. Estava perdida nos meus próprios pensamentos. – Pisquei rápido e respirei fundo colocando as mãos no rosto.

— Quer conversar? - Ele parecia muito intrigado e preocupado com meus pensamentos.

— Eu não posso... – Olhei para o chão e continuei caminhando.

— Você me irrita demais quando faz isso, Melissa! Droga... – A índole preocupada parecia ter sido substituída por um sentimento intenso de raiva. Podia enxergar a decepção nos olhos de Castiel.

— Faço o que? Eu disse que precisava de um tempo à sós com meus pensamentos! – Usei um tom agressivo e notei que ele se ofendeu.

— Você tem essa mania de guardar as coisas para si, Mel. Porra, estou aqui tentando te ajudar. Conheço você a mais de um ano e não sei nada sobre a sua vida. Odeio o fato de você não confiar em mim. – Castiel suspirou alto e fechou os punhos.

— Eu confio até mais do que deveria, mas você tem razão quando diz que guardo as coisas para mim. Sou assim, prefiro não sair compartilhando problemas com todos – Minha voz estava trêmula e senti que o sangue havia se esvaído. Nunca tinha sido confrontada daquela forma por ele.

— Às vezes eu queria te odiar, mas por algum motivo não consigo... – Castiel hesitou por um momento antes de abrir a porta da casa dele.

Na hora que entramos, Dragon veio em minha direção com tanta empolgação que mal podia se conter. Aquela felicidade me contagiou e corri para abraçá-lo.

— Parece que ele sentiu a sua falta... – O olhar de Castiel carregava uma mistura de desapontamento e tristeza.

Deixei Dragon quieto e sentei com pesar no sofá da sala, cada mísero músculo do meu corpo pesava duas toneladas. Meu estômago fervia mesmo sem eu ter comido nada até o momento. Tirei os tênis e deitei encolhida no sofá em silêncio, ainda perdida no limbo mental formado pelo meu passado e presente.

— Vou preparar algo para você comer! – Castiel disse ao se dirigir até a cozinha.

— Espera! – Gritei como se estivesse desesperada com o fato de ele se afastar de mim.

— O que aconteceu?  – Ele sentou-se ao meu lado preocupado.

— Você tem razão, nunca compartilhei nada sobre meu passado com você.  Não por falta de confiança, mas por querer esquecer. Entende? – Era a primeira vez que realmente estava sendo sincera e expondo os principais dilemas desse labirinto confuso dos meus sentimentos.

Castiel ficou calado, me encarando seriamente de braços cruzados por alguns minutos.

— Para de me olhar assim, não quero a sua pena. Eu espero tudo de você, menos pena. – Me afastei repentinamente dele e levantei disposta a sair dali.

— Espera, você não vai a lugar nenhum. Você e sua mania de interpretar errado tudo que eu faço! – Ele segurou o meu pulso com força.

— Eu não quero mais falar sobre isso, só quero esquecer,  nem que seja por um segundo de tudo que já me aconteceu.

— Eu posso te ajudar com isso, vem cá! Vou te fazer esquecer todos os seus problemas. Prometo! - Castiel lançou um olhar que  conhecia bem e me enlaçou pela cintura.

Concordei balançando a cabeça e com um simples toque já senti que precisava do corpo dele junto ao meu.

— Espera, podemos fazer do meu jeito dessa vez? - Castiel inclinou a cabeça em minha direção sorrindo e logo fiquei com vontade de beijá-lo.

Fomos para o quarto e o ruivo  fez sinal que eu me deitasse na cama. Se aproximou e prensou seu corpo junto do meu, enfiando a mão por baixo da minha blusa livrando-se do sutiã.

Ele me beijou apaixonadamente enquanto apertava levemente minha cintura. Senti cada pelo da minha nuca arrepiar quando sua  língua percorreu o caminho da minha orelha.

 — Tem certeza que você está no clima para isso? - Balbuciou ao roçar seus lábios nos meus.

— Sim, eu quero muito! - Respondi baixinho mordendo o lábio inferior.

Depois de concordar, ele enfiou as duas mãos no tecido ao redor da minha cintura tirando a calça junto com a parte de baixo da lingerie e arremessando no canto do quarto.

Eu estava completamente vulnerável aos seus caprichos. Ele sabia que estava me torturando aos poucos e parecia se divertir com a situação.

— Você quer que eu toque você novamente, Mel? - Podia sentir seu rosto quente junto ao meu me instigando.

— Sim... – Murmurei baixinho.

Ele mordeu levemente o lóbulo da minha orelha e começou a deslizar a mão pelo quadril parando na parte interna da minha coxa.

Eu agarrei seu cabelo passando os dedos por cada uma das mechas e enterrando minhas unhas em sua nuca. Não sei mais quanto tempo ainda poderia esperar por aquilo.

Ele deu um sorriso cínico pouco antes de livrar-se das roupas. Minha vontade era agarrá-lo e puxá-lo para cima de mim, mas contive o desejo.  Naquele momento, pouco me importava Ambre, tia Ágatha ou todas as pessoas que me magoaram durante minha trajetória até ali.

Ele me envolveu com os braços e levantei o quadril na direção em sua direção. Nossos corpos encaixaram em perfeita sintonia. Quando finalmente tomou a iniciativa de me possuir, pude sentir o corpo relaxar. Fechei os olhos e me entreguei ao impulso do prazer. Castiel aumentava a intensidade dos movimentos e eu nem precisava fazer esforço para acompanhar.

Nossa respiração era ofegante e suas mãos pressionavam meu quadril com tanta força que chegava a doer. Eu não reclamava, a sensação era simplesmente maravilhosa. Aos poucos nossos corpos trêmulos sediam ao cansaço. Chegamos ao ápice juntos, a respiração foi ficando mais lenta, embora ainda irregular. Ele me encarou por um longo momento, curvou-se e beijou meus lábios de leve. Me aconcheguei no peito dele e ficamos abraçados em silêncio curtindo a companhia um do outro.

— Mel, você é uma verdadeira incógnita para mim, mas não consigo me afastar de você.

— E nem precisa! - Sorri gentilmente para ele.

— Tudo que envolve nós dois é muito intenso. 

— Não sabia que você fazia a linha romântico... - Exclamei usando um tom divertido.

— Trate de não se acostumar, garota. Logo vai estar achando que vou chegar com buque de flores e uma aliança de ouro.

— De que adianta um lindo buque? As flores secam e morrem em menos de uma semana. Nunca gostei destas besteiras que a maioria das meninas suspira.

— Tem uma coisa que está me incomodando, posso te fazer uma pergunta pessoal? - Ele me encarou e franziu a testa.

— Claro! Não vejo problema nenhum nisso.

— Fale um pouco sobre seu ex-namorado. Você era apaixonada por ele?

— Que tipo de pergunta é essa? O objetivo não era me fazer esquecer dos problemas? 

—  Você nunca mencionou um relacionamento anterior em nossas conversas... - Castiel estava brincando com as mechas do meu cabelo.

— Nossas conversas nunca mencionaram a vaca da Debrah, até ela resolver atravessar meu caminho. - Questionei em tom semi rude, meu objetivo não era causar uma discussão.

— Ok, já entendi. Mas antes de encerrarmos o tópico, quando Debrah voltou eu pude perceber que você realmente estava interessada em mim.

— Você é mesmo muito metido - Sorri e bati de leve no peito dele.

— Sou irresistível, mas não tanto quanto você é. Ah, eu tenho um presente - Ele se inclinou e me beijou.

— Por favor, que não seja um buque de rosas - Juntei as mãos como se estivesse rezando.

— Muito engraçado - Ele levantou da cama, vestiu a cueca e foi até o guarda-roupa.

— Um celular, assim a sua amiga Rosa grude pode ligar diretamente para você. Perdi as contas de quantas ligações ela já me fez hoje.

— Eu agradeço, mas não posso aceitar, sinto muito por Rosa ter lhe incomodado. Ela exagera um pouco. – Estava envergonhada.

— Deixa de ser metida, esse aparelho era o meu anterior. Vai ser útil, te devo essa depois de Dragon mastigar o seu.

— Ok, você venceu. Muito obrigada, mesmo! - Me sentei na cama e roubei um selinho.

— Vou preparar um sanduíche para nós...

— Tem certeza? Você não parecia muito habilidoso na cozinha esta manhã. Posso te ajudar? - Eu comecei a rir e ele fez cara feia.

— Nem pensar, você fica aí nesta cama e eu volto logo. Aproveite para ligar para sua tia e tranqüilizar sua amiga.

Ele saiu do quarto e logo liguei para minha tia para avisar que dormiria fora. Agatha não se deu ao trabalho de tentar argumentar. Agora era a vez de ligar para Rosa... Já imaginava que ela estaria incontrolável, me enchendo de perguntas sobre Castiel, expulsão, lingerie que eu estava usando. Rosa sempre sendo Rosa.

Castiel logo voltou para o quarto com um prato com sanduíches e dois copos de suco.

— Alimente-se bem que hoje você é toda minha. - Lançou um olhar malicioso ao mordiscar o sanduíche.

— Isso que eu disse que não estava no clima, né?

— Eu perguntei se você queria, certo?  - Piscou com o olho direito para mim sorrindo.

— Você praticamente me torturou... - Bati de leve no ombro dele sorrindo.

— Eu queria algo mais calmo, ontem estávamos com muita pressa. Não que eu esteja reclamando, foi ótimo. -  Ele fez carinho na minha perna e bebeu um gole do suco.

— Até que você mandou bem no sanduíche, está ótimo. - Elogiei enquanto devorava o meu.

— Especialidade da casa, disponha.

— Reparei em um detalhe no seu corpo. Que cicatriz é essa que você tem no quadril? - Ele apontou na direção da minha barriga.

— Nada que mereça ser mencionado...

— Eu ainda quero desvendar todos seus segredos!

— É melhor darmos tempo ao tempo, Cast. Está tudo indo bem entre nós! Eu só quero um pouco de paz.

— Ok, sem perguntas do passado hoje. Topa tomar um banho?

— Lá vamos nós, hein?

Castiel despiu-se e entrou no chuveiro deixando a água cair sobre seu corpo. Pude observar as gotas dançando entre as nuances do seu abdômen. - Porra, ele é muito gostoso e sexy enquanto toma banho - tive de me conter para não entrar ali logo de cara. Ele jogou o pescoço para trás ajeitando os cabelos, cerrou os olhos, deu um belo sorriso estendendo sua mão.

— Você não vem? 

Assim que eu entrei no chuveiro, o ruivo me encarou de cima abaixo. Não deixei por menos, também queria torturá-lo um pouquinho como fez antes. Ordenei que ele saísse para que eu pudesse utilizar o chuveiro, deixei a água percorrer lentamente pelo corpo enquanto o encarava, quando percebi que estava totalmente focado em mim, mordi o lábio inferior e o chamei estendendo o dedo indicador. Ele não perdeu tempo, aproximou-se me encostando na parede do chuveiro. Agarrou minha nuca com uma das mãos e murmurou baixinho sobre o meu ouvido:  —  Você estava querendo me instigar, né? Vamos ver se aguenta as consequências. 

— Eu estou é pagando para ver! - Exclamei em tom suave enquanto mordia a sua boca.

Ele prensou seu corpo contra o meu, fez sua língua percorrer a curva sinuosa do meu pescoço com direito a leves mordidas. Enterrei minhas unhas nas costas dele com força e pelo sorriso que fez, pude perceber que ele também curtia aquele misto de dor e prazer que nos envolvia.

Sua mão deslizava pela minha cintura e pude sentir o calor do seu toque quando chegou na minha região mais íntima.  - gemi baixinho fechando os olhos. -  Antes que ele pudesse continuar, o empurrei contra a outra parede do box. Era minha vez de fazê-lo ter prazer, prendi o lóbulo da orelha esquerda dele entre os dentes de maneira que pudesse ouvir minha respiração ofegante, desci minha mão pelo abdômen arranhando de leve. Ele fechou os olhos e me agarrou pela cintura.

— Chega de brincadeira - Prendeu meus pulsos no alto da parede e me beijou de forma intensa, não posso precisar quanto tempo durou, mas eu não me importava. Ainda ofegantes, ele segurou uma das minhas coxas subindo-a na altura do seu quadril e me penetrou.

Os movimentos eram rápidos e mais desesperados que antes. A água que escorria sobre nossos corpos não era suficiente para aplacar o calor. Lancei meu pescoço para trás enquanto ele beijava meus seios. O calor da respiração, o atrito dos lábios percorrendo a pele e a química estava me levando a outro universo. Numa explosão mútua de prazer, perdi a visão do ambiente por alguns segundos. Castiel ainda estava ofegante, encostou a cabeça no meu ombro e murmurou: você é maravilhosa.


Notas Finais


Uma música para definir a personalidade da Mel: https://www.youtube.com/watch?v=MVuzXEc0jvk


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