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História RedTale - A História de Chara - Família Dreemurr


Escrita por: MaryT12

Notas do Autor


Como podem ver, eu sou tão boa quanto o Asgore para escolher nomes (de capítulos, no meu caso)
Mas enfim... Mais um capítulo de RedTale para vocês, espero que gostem e boa leitura! o/

Capítulo 2 - Família Dreemurr


Fanfic / Fanfiction RedTale - A História de Chara - Família Dreemurr

A criança abriu lentamente seus olhos e se sentiu confusa, sem saber onde estava ou o que estava acontecendo. Mas uma forte dor a fez se lembrar de tudo. Ela havia subido no Monte Ebott, mas lá, tropeçou e caiu naquele buraco.

Chara tentou se levantar, mas a dor se estendeu por todo o seu corpo. Ao olhar para cima, ela viu o céu azul de longe. Como não havia morrido caindo daquela altura?

Ela tentou se lentar novamente, sem sucesso. Estava muito ferida para se levantar sozinha.

– Tem alguém aí? – ela falou o mais alto que pôde – Alguém me ajude.

Involuntariamente, ela chamou por ajuda, mesmo sabendo da resposta que teria. Seria a mesma de todas as vezes, aquele frio e cruel pensamento que sempre aparecia quando ela pedia para alguém ajudá-la: “mas ninguém veio”. Ou pelo menos, é o que ela achava. Nas sombras, uma criatura com pelos brancos, olhos verdes, e uma camiseta verde com listras amarelas, bem parecida com a que a mesma usava, apareceu.

– Parece que veio daqui...

A criatura, que aparentemente tinha a mesma altura de Chara, começou a se aproximar com uma expressão preocupada.

– Oh, você caiu aqui, não é? Você está bem? Me deixe te ajudar...

O monstro estendeu a mão e a criança desviou o olhar, assustada.

– Qual o seu nome? – o monstro insistiu com um sorriso no rosto.

– Chara...

– Chara? É um nome lindo. Meu nome é Asriel.

Asriel sorriu e Chara olhou para ele confusa, esperando que ele notasse que a mesma era uma humana e tentasse matá-la. Mas diferente do que esperava, ela se sentiu feliz conversando com alguém ali, mesmo que fosse um monstro.

– Venha, me deixe te ajudar.

A jovem hesitou, mas logo segurou a mão de Asriel e se apoiou nele para andar.

– Vou te levar até a mamãe e o papai, ok?

– Seus... pais? – Chara perguntou confusa.

– Sim, eles vão poder te ajudar.

O monstro ajudou a humana a caminhar e pouco tempo depois ela avistou uma criatura grande e peluda, parecida com Asriel. Ela tinha pequenos chifres em sua cabeça, usava um vestido lilás com mangas longas e brancas e um emblema estranho no centro.

Ao verem os dois se aproximando, a mulher correu para ajuda-los, com uma expressão de preocupação.

– Asriel... onde você estava?

– Eu achei um humano!

– Oh, minha criança... você está ferida? Venha aqui, eu vou te curar.

O monstro se ajoelhou e olhou para Chara de uma forma amorosa, mas a jovem se assustou com a aproximação e se afastou um pouco.

– Não tenha medo, minha criança... Eu sou Toriel, pode confiar em mim.

Toriel estendeu sua mão e tocou na cabeça de Chara, que logo começou a se sentir bem e seus ferimentos começaram a sumir, deixando-a confusa.

– Isso é magia, incrível, não é? – Asriel falou.

– Magia...? Sim...

Toriel riu com a reação da criança e se levantou, estendendo a mão para ela.

– Esse é o Subsolo, o lugar onde todos os monstros vivem. Venha, minha pequena, nós lhe mostraremos tudo.

Toriel sorriu carinhosamente e a criança hesitou um pouco antes de segurar a sua mão. Asriel e sua mãe guiaram a jovem pelo local que eles chamaram de “Ruínas”, apresentando todos os monstros que haviam por lá.

No final das Ruínas, eles encontraram outro monstro grande e peludo. Ele era mais alto que Toriel e tinha chifres maiores, além de uma barba amarela e uma coroa de rei na cabeça. Sua roupa consistia em uma armadura dourada e uma longa capa roxa.

– Tori, Asriel, vocês chegaram. Por que demoraram tanto?

– Nós achamos um humano! – Asriel falou animado.

O rei olhou para a criança, que se assustou com seu olhar e se escondeu atrás de Toriel.

– N-não se assuste! – ele falou rapidamente.

Vendo o desespero de seu marido por ter assustado a criança, Toriel riu e passou a mão na cabeça da jovem. Chara não era acostumada com aqueles gestos, mas por algum motivo se sentia... bem.

– Este é Asgore – Toriel falou – Não tenha medo dele, mesmo sendo o rei, ele é o monstro menos amonstrontador.

– Tori! – Asgore falou ao notar o trocadilho.

– Mãe!

Asriel riu e logo todos começaram a rir também. Aquele clima agradável deixou Chara estranhamente confusa. O que estava acontecendo? Por que todos estavam rindo? Tudo aquilo era tão estranho, que ela não sabia como reagir.

– Então... – Asriel parou de rir – Ela vai ficar aqui?

Toriel e Asgore se entreolharam antes de olhar para a criança, com um olhar de preocupação. A barreira impedia qualquer coisa de sair do Subsolo, seja humano ou monstro, então aquela criança teria que ficar ali.

– Minha pequena... existe uma barreira que nos mantém presos aqui no Subsolo, por causa disso, você não poderá sair...

– Mas você pode ficar aqui... – Asgore falou.

– E fazer parte da nossa família! – Asriel completou sorrindo.

– Fa... mília?

A palavra família soava estranha para aquela criança que nunca havia tido uma. Ela olhou aqueles três monstros e sentiu algo diferente em seu peito. Ela tinha ido para aquela montanha esperando que seria morta pelos monstros que viviam ali, mas acabou sendo acolhida por eles mais do que em sua antiga “casa”.

– Por que estão sendo... tão legais comigo?

Antes que pudesse notar, já haviam lágrimas escorrendo descontroladamente por seu rosto. Asriel se aproximou e segurou sua mão, enxugando suas lágrimas.

– Porque somos todos seus amigos, e sua família.

Pela primeira vez em anos, Chara abriu um sorriso, mesmo que pequeno. Ela podia... não, ela queria ficar ali com aqueles monstros. Asriel a puxou pelo resto do Subsolo, agora para conhecer a sua Nova Casa.

*Você se encheu de DETERMINAÇÃO

- Em Nova Casa -

Toriel colocou um pedaço de torta na frente de Chara, que ficou encarando-a. Asriel olhou para a criança, confuso com sua expressão.

– O que foi Chara?

– Tem chocolate?

– Essa é a Canemelo, a torta de canela e caramelo da mamãe.

– Tem chocolate?

– Er... não, acho que não...

Chara suspirou e começou a comer. Era muito boa (mesmo sem chocolate).

– É deliciosa... – ela sussurrou.

Chara começou a comer rapidamente, como nunca havia comido antes, e Asriel sorriu vendo a sua mais nova amiga alegre.

Após comerem, eles foram para o quarto de Asriel. Toriel e Asgore já haviam preparado uma nova cama para Chara e colocado ao lado da de seu filho. Durante a noite, a mãe das crianças contou-lhes a história de um livro e beijou a testa dos dois antes de dormirem.

Chara abriu os olhos e olhou ao redor, estranhamente, estava deitada em uma cama de flores douradas, mas não qualquer campo de flores douradas, era o campo de sua vila. Ela se levantou rapidamente, tirando as flores que colaram em sua roupa, e olhou ao redor.

“Não, não, não, não, não... eu não posso estar aqui novamente... Como? Por que?”

Logo ela viu diversas pedras sendo jogadas em sua direção e colocou as mãos na frente do rosto para se proteger.

– Criatura maligna!

– Morra!

As pedras ficavam cada vez mais maiores, como se as pessoas estivessem jogando seus próprios pecados em Chara. Ela se encolheu no chão, sem saber o que fazer. Ao olhar para o lado, ela viu uma faca.

“Como isso apareceu aqui?”

Ela estendeu a mão em direção a arma, mas hesitou por um momento. Em um lado, humanos jogavam pedras nela, jogavam seus próprios pecados nela, os quais ela podia ignorar ou absorver para si mesma. Do outro, tinha a chance de matar todos eles, sem piedade alguma, tinha a chance de mostrar o monstro que eles haviam criado.

– Chara!

Antes de ter chance de fazer uma escolha, Chara abriu seus olhos novamente, e viu que estava novamente no quarto de Asriel.

“Foi apenas um sonho...?”

– Chara!

Ela olhou para o lado e viu o jovem monstro com um olhar assustado. Antes que pudesse entender o que estava acontecendo, Asriel a abraçou, chorando.

– Asriel? – ela perguntou surpresa – Por que está chorando?

– Você estava se mexendo muito e sussurrando alguma coisa sem parar, eu fiquei com tanto medo.

Chara achou um pouco patético ele chorar tanto por um motivo daqueles, mas não pôde deixar de abrir um sorriso.

– Você é mesmo um bebê chorão, não é?

Tendo feito ou não uma escolha naquele pesadelo, ela sabia o que realmente queria. Queria continuar ali, com Asriel e sua nova família. A família Dreemurr.


Notas Finais


Além de péssima com títulos, eu também sou péssima com trocadilhos, me desculpem ;-;
Para quem não entendeu: amonstrontador = amedrontador (só que trocando algumas letras por "monstro")
Mais uma vez... me desculpem pelo péssimo trocadilho. Espero que tenham gostado!


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