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História Reencarnação - um amor que vem de outras vidas - Um casamento desgastado


Escrita por: Cici_Hime

Notas do Autor


Segundo capítulo! Aqui veremos como é o dia a dia do casamento de Orihime e Ulquiorra. Fiquei em dúvida se deveria ou não continuar essa fanfic, mas resolvi arriscar mesmo que ela não tenha tido muitas visualizações até o momento.
Mas vamos lá! Espero que gostem um pouquinho mais desse capítulo.
Boa leitura!

Capítulo 2 - Um casamento desgastado


Sábado, seis horas da manhã. Orihime se levanta para ir ao banheiro e vê Ulquiorra dormindo profundamente ao seu lado. No dia anterior, ele tinha chegado um pouco tarde em casa, pois tinha ido a um happy hour com alguns colegas do trabalho. No início ela se incomodava um pouco, mas com o tempo acabou se acostumando com os atrasos dele.

E toda sexta feira era praticamente a mesma coisa. Ela até desconfiava de que seu marido tivesse uma amante, mas não tinha como provar. Ele parecia ser o mesmo de antes, pois seu comportamento continuava o de sempre. O moreno acordava cedo para ir ao trabalho, chegava na hora do jantar de segunda a quinta, com exceção das sextas em que saía com seus amigos da empresa em que trabalhava. Nos finais de semana, ele permanecia em casa, descansando, sem fazer praticamente nada, pois falava que estava muito cansado devido à rotina estressante como diretor financeiro de uma grande multinacional. Por isso, quase não saiam muito para passear. O máximo que a família fazia era pedir uma pizza e comer assistindo algum filme na TV a cabo.

Yuri, a filha do casal, vivia constantemente na internet, pois não tinha muito para fazer. Seu pai também não a deixava sair muito, pois achava que ela era muito nova para ficar andando de noite com qualquer um (na visão dele, é claro). O máximo que ele permitia era que os amigos dela viessem a casa deles para estudar durante o dia. Com isso, a garota se revoltava mais com o seu pai, além de perceber como sua mãe andava sempre triste pelos cantos.

A adolescente também se ressentia muito com o fato de sua mãe, tão linda e jovem, viver como uma senhora de idade. Orihime mal saía para a rua, pois estava sempre presa aos afazeres domésticos. Nem levar a garota à escola, ela levava mais, pois Ulquiorra contratara um motorista particular para isso, que também a levava ao mercado para fazer as compras do mês e a trazia de volta para casa. A linda ruiva, apesar da vida materialmente confortável, era praticamente uma princesa presa num palácio de cristal, envolta em luxo, mas com uma vida triste e solitária.

Após ir ao banheiro, ela volta para cama e tenta dormir mais um pouco. Olha novamente para seu marido, mas parece que está vendo um estranho. No começo do casamento o rapaz até que era um pouco mais atencioso, mas com o tempo ele foi cada vez mais se distanciando. Eles mal conversavam, e ele praticamente só a procurava quando estava com vontade de satisfazer seus desejos carnais. Ela consentia, pois era sua esposa, mas na verdade, nunca havia realmente sentido prazer. Então, para atender seu marido e não deixá-lo irritado, fingia que gozava para acabar logo com a sessão de sexo.

Isso a frustrava muito, pois sempre lia revistas, livros, romances em que dizia como o sexo era bom, mas para ela nunca tinha sido. Nessas horas, lembrava-se de sua primeira vez com o marido. O rapaz não fora muito paciente e rapidamente gozou, sem muito se importar com o prazer de sua jovem esposa. 

Então o tempo foi passando e nada quase mudou nesse campo. Entretanto, aos poucos, as coisas foram mudando sim, no relacionamento deles em geral. Ulquiorra foi se tornando cada vez mais ciumento e possessivo em relação a sua linda esposa, por isso contratara um motorista para que ela não saísse sozinha de casa. Com tudo isso, a ruiva se sentia uma prisioneira dentro de seu próprio lar. Muitas conhecidas tinham inveja dela, pela vida de conforto e o belo marido que tinha, mas o que elas não sabiam era que o casamento deles era praticamente de fachada e já quase não existia. O moreno, assim como todas as outras coisas que havia conquistado em sua vida, considerava sua linda esposa um troféu a ser exibido para seus amigos e colegas para causar-lhes inveja.

Perdida em seus pensamentos, Orihime não percebe a hora passar e quando se dá conta já eram oito horas da manhã. A bela mulher se levanta com cuidado para não acordar seu marido. Então se troca rapidamente e desce para preparar o café da manhã. Seria mais um dia como outro qualquer, se não fosse o fato deles estarem completando dezessete anos de casados. Entretanto, ela não tinha muito que comemorar, mas mesmo assim resolveu fazer um café especial para seu esposo. Preparou chá, café, suco, panquecas e omelete do jeito que ele gostava. Colocou tudo na mesa de jantar e aguardou sua família descer para tomarem o café da manhã.

Pouco depois, Yuri desce com cara de sono e se surpreende ao ver a linda mesa preparada.

- Bom dia mãe! O que é tudo isso? Alguma ocasião especial? – pergunta a linda adolescente.

- Bom dia filha! Esqueceu? É aniversário de casamento meu e do seu pai.

- Ah é verdade. Eu tinha quase esquecido... Desculpe mãe.

- Imagina filha, sem problema. Vamos esperar seu pai acordar para tomar o café.

Nisso Ulquiorra desce bocejando com cara de poucos amigos.

- Bom dia. – cumprimenta secamente.

- Bom dia pai.

- Bom dia Ulqui.

O belo homem de olhos verdes então se senta e começa a comer, nem percebendo o quão bonita estava a mesa.

- Pai, não reparou em nada?

- O que? – ele pergunta friamente.

- A mesa. As coisas que a mamãe preparou. – a garota fala meio irritada.

- Hum. Tá e daí?

- Tudo bem, filha! Não se preocupe, seu pai anda com a cabeça cheia.

- Mas mãe, meu pai devia se lembrar. Afinal não é todo dia que se fazem dezessete anos de casado.

Ulquiorra então levanta uma sobrancelha e finalmente lembra-se que dia era.

- Ah é isso. Já nem me lembrava mais disso. Fora que depois de certo tempo de casados, tais datas não são mais significantes.

- Como assim pai?

- Yuri, por favor, tudo bem, não precisa discutir com o seu pai.

- Mãe isso é um absurdo, como pode não ligar?

- Filha... – Orihime pede com lágrimas nos olhos.

- Deixem de besteira... Mulheres...  Vocês são todas iguais... Se preocupar com coisas tão insignificantes como essa...

- Pai... Você é um insensível mesmo.

- Como ousa falar assim com seu pai? Tome seu café quieta e não encha mais a minha paciência.

A garota irritada resolve não discutir mais ao olhar os olhos lacrimejantes de sua mãe. Então os três tomam café em silêncio. Após terminar, Ulquiorra se levanta da mesa e se prepara para sair.

- Ulqui aonde você vai tão cedo?

- Combinei de jogar tênis com alguns colegas do trabalho. Volto na hora do almoço. – assim que terminou de falar sai pela porta de sala.

Orihime sente algumas lágrimas descerem pelo seu rosto. Yuri, com o coração apertado, abraça sua linda mãe para tentar confortá-la.

- Mãe, não fique assim. Eu sei que ele é meu pai, mas ele não te merece.

- Tudo bem minha filha. Casamentos são assim mesmo e homens são todos iguais. Eu já me conformei com a vida que eu tenho. Não se preocupe, só estou um pouco sensível hoje... Deve ser a TPM – diz ela tentando colocar um sorriso falso no rosto e enxugando as últimas lágrimas.

Yuri olha meio triste para sua mãe , mas sabe que não pode fazer nada. Desolada, a ajuda tirar a mesa e arrumar a cozinha.

E assim era a rotina de Orihime, vivendo um casamento desgastado com o tempo, mas o que podia fazer para mudar isso? Sem emprego, sem carreira, como se sustentaria se resolvesse separar-se do seu marido? Sim, ela até poderia viver da pensão, mas conhecendo Ulquiorra, a ruiva sabia que ele nunca aceitaria a separação, muito menos um divórcio.   

Continua...


Notas Finais


E aí? O que acharam? Como são os primeiros capítulos, ainda está um pouco parado, mas logo vai ficar mais movimentado. Vocês devem também estar se perguntando quando o Ichigo irá aparecer não é? Não precisam mais ficar ansiosos, pois logo irá aparecer! E se gostaram, deixem um comentário, ok? Obrigada para quem leu!
Beijos e até o próximo capítulo!

Obs: próximo capítulo: "Um encontro inesperado no mercado"


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