Estava descendo as escadas e a gritaria rolava solta.
-Que barulho todo é esse? - eu falei enquanto descia a escada.
-Essa perua louca veio aqui invadindo a minha casa, junto com o restante dá facção dela - Falou minha mãe, apontando para Talia, Alberto e Cora
-Me respeita sua destrambelhada - Falou Talia.
-Você está na minha casa, eu nunca fui para a sua casa te xingar sua capivara loira. Eu quero que vocês saiam dá minha casa agora, se não vou dar parte na polícia por invasão de propriedade.
-Olha aqui senhora não fale desse modo com a minha mãe, temos todos os direitos de tentar conhecer o meu sobrinho e eles o neto - Falou Cora apontando o dedo para a minha mãe.
-Tira o seu dedo imundo dá minha cara se não eu vou quebrar ele - minha mãe estava brava.
- eu já não disse para vocês que meu filho não tem o sangue de vocês? - falei cruzando meus braços olhando para eles, Alberto estava de cadeira de rodas o que me surpreendeu.
- Talia eu não entendo o motivo de você invadir a casa dos meus pais, para tentar ver o meu filho. Se eu me lembro, eu não era um garoto adequado para o seu filho - eu estava me irritando com eles em minha casa
- Stiles, eu te amo como meu filho, sempre desejei que você e o Derek se resolvesse, depois que sofri o acidente, eu só penso em morrer, mas eu descobri que eu posso ter um neto, por favor me dá uma chance de conhecer ele. Eu te imploro - Falou Alberto com os olhos marejados
-Alberto, eu sempre gostei e respeitei muito você, mas eu estou protegendo a minha família e no momento, eles são os meus pais e o meu filho - Falei me aproximando do senhor na cadeira de rodas.
-Eu sou um homem velho, eu já desisti de viver, só me deixa ver uma vez ele, só por um minuto, eu te imploro, rapaz - Alberto, pegou nas minhas mãos, fiquei encarando os olhos verdes, que são dá mesma cor do meu filho e do cretino do outro pai, Lembrei dos momentos felizes que passei com Derek e como o senhor de cadeira de rodas sempre nos ajudou e aconselhou no relacionamento do seu filho mais velho.
- papai? - aquela voz inocente, vinha do Alto da escada onde todos olhamos e ali estava meu menino sonolento coçando os olhinhos que acabara de acordar, ele desceu as escadas com cuidado que sempre peço - quem são eles papai? - perguntou ele curioso, olhei para as pessoas a minha frente e eles estavam com os olhos vidrado em Guto com lágrimas nos olhos.
- Guto vem cá um pouquinho - chamei ele sem sair da frente de Alberto que olhava meu filho com um sorriso e os olhos brilhando, Guto veio sem hesitar, peguei ele é sentei em uma de minhas pernas - amor esse aqui é Alberto um amigo do papai - falei passando a mão em seus cabelos que estava todo bagunçado.
- porque ele tá sentado nessa cadeira? - perguntou ele colocando seu rosto em meu pescoço.
- lembra aquela vez que estávamos no parque e você viu um garotinho que também estava em uma cadeira assim? - falei e ele me olhou afirmando com a cabeça - lembra que o papai disse que ele estava nela porque ele estava dodói, então o tio Alberto também está - falei com ele que olhou de mim para Alberto que olhava para Guto encantado.
- oi - falou ele com a voz trêmula pelo choro contido.
- oi - Guto respondeu sorrindo.
- quantos anos você tem? - perguntou Alberto sorrindo para ele.
- tenho 4 anos - respondeu ele mostrando os dedinhos indicando sua idade.
- posso te dar um abraço? - perguntou ele, e Guto me olhou confuso eu afirmei com a cabeça encorajando ele que andou até chegar mais perto de Alberto que pegou ele no colo e o abraçou chorando, Guto olhou para ele e deu um beijo em sua bochecha.
- não chora tio, meu papai sempre me dá beijinhos quando eu choro para mim para de chorar - falou ele sorrindo, peguei ele do colo de Alberto que ficou me olhando.
- filho sua avó fez um bolo de chocolate como você gosta, vai lá com ela na cozinha vai - soltei ele no chão que foi até minha mãe pegando na sua mão e saindo da sala - é o máximo que posso fazer por você Alberto
- não tenho dúvidas ele é meu neto - falou ele olhando para onde Guto tinha ido com minha mãe.
- mesmo se fosse não quero que ele tenha contato com sua família - falei voltando a minha postura rígida.
- por favor não me tire esse direito, você estaria me devolvendo a vontade de viver novamente, não tire meu neto de mim - pediu ele chorando, ver um homem como Alberto chorar era raro, mas ali estava ele não ligando para os presentes na sala e demonstrando o quanto queria Guto em sua vida.
- por favor Stiles - Talia se pronunciou depois de um tempo calada.
- preciso pensar, mas se algum de vocês abrirem a boca para dizer a Derek eu juro que essa foi a última vez que falaram comigo e viram Guto entendido ? - falei frio. Eles me olharam espantados mas afirmaram com a cabeça.
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