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História Reencontros - Cap 7 - Dias de chuva


Escrita por: Amberly17

Notas do Autor


Oii, tudo bem com vcs? Então tá bom! Gentiiii saiu o momento Nalu que vcs queriam, apesar de ser um lance mais friendzone tanto para Lucy quanto para o Natsu foi uma coisa mais legal, eles conversaram bastante e a Lucy tá refletindo mais sobre as decisões dela. Enfim, espero que gostem e boa leitura. E desculpem qualquer erro que vcs venham a achar🤓🙂

Capítulo 7 - Cap 7 - Dias de chuva


Cap 7 - Dias de chuva

Estava chovendo muito então deixei Nashi faltar na escola e nem fui busca-la na casa da minha mãe. Abro a porta de casa e entro o mais rápido possível, está caindo o mundo lá fora! Tranco a porta e tiro os tênis com os pés, me arrasto até a cozinha e ponho água pra ferver em uma panela pra poder fazer um miojo. Nem espero a água esquentar e jogo o miojo lá dentro, junto com um ovo. Largo as coisas assim e vou pro chuveiro. Fico lá até o banheiro ficar cheio de vapor. Depois do banho me enrolo numa toalha grande e felpuda e vou pro quarto. Ponho as roupas íntimas e uma calça de moletom e uma blusa masculina do Batman. Volto pra cozinha e desligo tudo. Ponho o tempero no miojo e viro tudo numa tigela, então me sento a mesa e como. Meu Deus, como eu estou com sono!

Sinto algo molhado e pequeno se arrastar por meu pé e dou um grito, indo com a cadeira pra trás e consequentemente caindo no chão. Resmungo, já ficando nervosa e percebo que é Happy, o gatinho azul que Nashi escolheu. Bufo e reviro os olhos. Me levanto e arrumo a cadeira, termino de comer e lavo tudo.

Me arrasto até o quarto e me jogo na cama entrando embaixo das cobertas... acho que eu vou ficar resfriada...

(Quebra de Tempo)

Acordo lá pra umas duas da tarde com o celular tocando. Ainda bem que já é sexta-feira.

Atendo o celular sem ver quem é, porque aqui é vida louca, hehe, piadinha sem graça.

Ligação on

-Hum? -Resmungo esfregando os olhos.

-Que vozinha de sono, acordou agora amor?

Sting. Sinto que era pra mim ficar feliz em ouvir a voz dele, mas a única coisa que eu consigo sentir é uma profunda irritação por ele ter me acordado. Me sinto meio culpada por isso.

-Sim.

-Hoje é sexta, quer fazer alguma coisa?

-Hoje eu trabalho.

-Ah... e amanhã?

-Amanhã dá.

-Que bom! Então, eu quero conversar sério com você.

-Okay, pode falar.

-Mas... assim, pelo telefone?

-É Sting, eu vou levar a sério tanto com você falando pelo telefone, como com você falando pessoalmente.

-Certo... sabe Blondie, eu estava pensando... que tal a gente oficializar o nosso namoro?

Abro os olhos e giro de barriga pra cima na cama. Isso não estava nos meus planos. Eu quero sim algo mais sério, porém eu sinto que ainda não gosto o suficiente de Sting para oficializar algo sério com ele.

-Tudo bem. Eu acho uma boa ideia. -Não queria mas também não podia machucar os sentimentos dele.

-Que ótimo, Blondie. Quer ver as alianças amanhã?

Reviro os olhos e me soco mentalmente. Entendam, eu gosto dele, porém as coisas estão indo rápido de mais pra mim.

-Tem certeza? Digo, não precisa gastar dinheiro comigo.

-Tenho sim.

-Então tá bom.

-Viu amor, tenho que desligar aqui, porque meu patrão está chegando, depois a gente se fala.

-Certo, tchau.

-Eu te amo, Lucy. -Diz sério e eu engulo em seco.

-Eu também. -Respondo sem graça e então ele desliga.

Ligação off

Jogo o celular na cama e ponho as mãos no rosto, o que eu estou fazendo da minha vida?!

Preciso conversar com alguém, mas está chovendo tanto... ah, dane-se!

Ponho uma calça jeans e um moletom. Ponho o all star rosa surrado que está perto da cama e saio de casa apressada, vou pro ponto de ônibus e fico esperando. Preciso conversar com Levy.

O tempo passa e nada de ônibus, deve ter saído boiando por aí porque já faz uma hora que eu estou aqui. Ai que raiva. Me bate um arrependimento tão grande por não ter tirado minha carta de carro ou moto ou por não ter simplesmente comprado uma droga de uma bicicleta.

A chuva aumenta e começa a ventar. Isso me deixa alarmada. Qualquer pessoa sã está em casa uma hora dessas. Mas não, eu sou louca e vim pra rua no meio dessa chuva, é brincadeira mesmo viu...

Um carro vermelho de aparência cara e muito chamativo passa e depois de uns trinta metros começa a dar ré. Deve ser algum turista querendo pedir informação.

O carro para em frente ao ponto e a janela começa a abaixar devagar. Até que vejo os cabelos cor-de-rosa de Natsu e depois os olhos verdes até a janela ficar pela metade.

-Hey, cabeça quente, quer uma carona?

Faço minha melhor cara de deboche.

-Lisanna não vai ficar brava?

-Se foda a Lisanna, o carro é meu.

Estreito os olhos.

-Mesmo assim Natsu. Pega mal, e eu não quero problemas.

-Vamos Luce, você não pode negar essa oferta. Um carro quentinho, com aquecedor, confortável e com a melhor companhia do mundo. -Diz piscando um olho. Sinto meu rosto queimar e tenho certeza que devo estar da cor dos cabelos de Erza. -Bonitinha, como sempre. Entra logo antes que eu vá aí te buscar.

Reviro os olhos e vou até o carro, entro nele e Natsu liga o ar, que faz um barulho bem baixinho e deixa o carro num clima gostoso. Natsu fecha a janela que tem um vidro fumê e dá partida.

-Então, no final você voltou pra Magnólia. -Diz tamborilando os dedos no volante.

-É...

-E como tem sido a vida?

-Meio difícil, com uma filha pra criar e sendo praticamente expulsa de casa... mas fora isso, seguimos rindo. -Digo nervosa, mas não nervosa tipo brava. Nervosa tipo, ansiosa.

-Sei... eu me formei em artes, sabia?

-Sim, Erza contou.

Um silêncio se segue por alguns minutos desconfortáveis. Não deveria ter entrado nesse carro.

-E você? Fez faculdade de alguma coisa?

-Não.

-Mas você gostava tanto de...

-Natsu, nem tudo sai do jeito que queremos. Às vezes acontecem coisas que mudam sua vida inteira e te atrapalham completa e drasticamente, no meu caso isso foi um filho. -Digo exaltada. E só então percebo o que eu disse.

Natsu para o carro no acostamento e encara a pista. Estou certa de que ele vai me mandar descer, afinal, estou sendo ridiculamente idiota com ele.

-Luce, você tem razão. -Diz me encarando. -Nem tudo sai do jeito que queremos, mas isso não é motivo para a gente se jogar no fundo do poço. -Abaixo a cabeça e ele faz uma pausa. -Eu não sei se você sabe, mas os meus pais morreram... hoje faz um ano. A propósito, estou voltando do cemitério.

Olho pra ele de olhos arregalados. Eu não sabia disso. Agora. E sinto mais culpada que nunca, Grandeneey e Igneel nunca souberam da neta, e Nashi nunca irá conhecer os avós, porque eu os privei disso. Me sinto um monstro, mas também... balanço a cabeça. Na época, eu tomei a decisão certa. Mas agora tenho dúvidas se a decisão certa foi a melhor.

-Meus sentimentos eu... você deve ter sofrido muito e eu... eu gostava tanto dos seus pais... -Digo sentindo um nó se formar em minha garganta. -Igneel... ele foi como um pai para mim. E Grandeneey, sempre tão doce... eles eram pessoas muito boas.

-Tudo bem. Eu já superei... há muito tempo. -Diz Natsu com tristeza.

Ficamos em silêncio e eu desvio o olhar do dele. Natsu apoia a cabeça no encosto do banco e eu olho para minhas pernas.

Cinco minutos inteiros se passam e foram os piores cinco minutos da minha vida.

-Eu senti sua falta... -Olho para ele, sem reação. Ele está com os olhos fechados e com as sobrancelhas franzidas, parece lutar internamente contra algo.

-Eu também... senti a sua. -Admito um pouco envergonhada e um pouco triste.

Natsu segura a minha mão, mas continua de olhos fechado. Sentir o seu aperto firme me faz sentir segura e reconfortada, mas não é o bastante.

Natsu suspira e abre os olhos. Ele me encara e sorri daquele jeito caloroso que só ele sabe.

-Hey, Luce, sua filha é linda! -Diz com sinceridade.

-Er, obrigada. -Ela é sua também... essa frase me vêm a ponta da língua, mas não a pronuncio.

-E sobre Lisanna, não ligue pra ela.

Solto minha mão da dele ao ouvir o nome dela.

-Fiquei sabendo que vocês casaram.

-Mais ou menos. -Agora é ele quem desvia o olhar. -Mas me diga, arrumou alguém? -Pergunta com curiosidade evidente.

Penso um pouco antes de responder e decido falar a verdade.

-Bem, sim. Estou namorando. É bem recente, para dizer a verdade mas... eu gosto dele. Ele gosta de mim. Nashi se dá muito bem com ele... mas... não sei se estou fazendo a coisa certa.

Natsu parece surpreso.

-Quem?

-Sting.

Natsu bufa e bate a mão no volante.

-Já era de se imaginar. -Diz ligando o carro novamente e voltando para a pista.

Natsu parece bravo e eu não entendo isso. Quer dizer, ele está praticamente casado! Não tem que se afetar por coisas assim! É patético da parte dele.

Permanecemos em silêncio e começo a olhar a paisagem, então Natsu para o carro, me olha e dá um riso baixo.

-O que foi? -Pergunto, confusa.

-Nem perguntei pra onde estava indo.

Vejo as horas. 15:34. Acho que daqui a pouco tenho serviço...

Olho pra ele e rio um pouco.

-Bem, eu ia pra casa da Levy, conversar um pouco. Mas parece que achei um bom substituto. -Digo dando um soquinho em seu ombro.

-Certo, sou seu plano b então. -Diz rindo.

Minha vontade é de dizer: "no momento, sim, você é o plano b. Mas por muitos anos foi o plano a, o b, o c e todos que eu pudesse imaginar". Mas me mantenho calada.

Natsu dirige até um posto de gasolina próximo e nós vamos até uma lanchonete que tem ali. Peço uma coca-cola e Natsu, esfomeado com sempre, pede uma coxinha. Por incrível que pareça, quando eu me ofereço pra pagar ele dá de ombros e guarda o dinheiro dele. Me sinto bem com isso! Sem as pessoas me tratando como se eu fosse importante ou como se fosse... sei lá... como se fosse uma donzela em apuros. Já passei dessa fase. Uma coisa que sempre apreciei em Natsu é que ele trata as pessoas de igual para igual. Se a pessoa diz A ele responde A. Diferentemente da maioria das outras pessoas que conheço que a gente diz A e elas nos obrigam a fazer B.

Nos sentamos e ele começa a comer, mas para de súbito e ergue o olhar para mim.

-Lucy? -Tá bom, ele está me chamando de Lucy, e não de Luce, acho que o assunto é sério.

-Eu?

-Quer me contar alguma coisa? -Diz arqueando as sobrancelhas de modo sugestivo.

Engulo em seco. Por um momento cogito a ideia de contar tudo e desabafar sobre esses últimos cinco anos e como eles tem sido, de certa forma, difíceis, sei que ele vai me ouvir e me dar conselhos e talvez, me apoiar e entender meu lado. Mas espanto esses pensamentos e dou um sorriso forçado. Olho pela janela da lanchonete e miro o céu tempestuoso lá fora. Trovões ecoam fortemente e eu acho que a moça do caixa está com medo da chuva. Ou melhor dizendo, tempestade.

-Queria te contar tantas coisas, Natsu. Desde as mais banais, aos meus medos mais profundos. Mas, isso não é hora, e não quero te contar nada, por enquanto. -O olho e dou um sorriso meigo. -Mas pode ter certeza, quando eu quiser desabafar com alguém, vou tentar te encontrar. Você é um bom ouvinte.

-E sou o melhor conselheiro que você vai encontrar em toda Magnólia.

Rio descontroladamente e o rosado fecha a cara.

-Natsu, não me faça rir. Uma vez você me disse que misturar fanta com coca-cola e mentos era a coisa mais legal que já tinha feito... eu fiquei cheirando a refrigerante de laranja com coca por uma semana. -Digo rindo e ele me acompanha.


Notas Finais


E aí? Gostaram do Nalu de hoje? Foi meio caidinho mas não dá pra chegar nos beijos né? Ainda mais que eles estão, de certa forma, comprometidos e estão sem se ver a cinco anos. É isso, espero que tenham gostado, e até a próxima☺💓

OBS: era pra mim ter postado isso ontem a noite (às 23:20), mas a minha net acabou e eu fiquei puta com isso😞


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