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História (Reescrita) A Senhora das Sombras - A Mulher no Quadro


Escrita por: AndreiaPaz

Notas do Autor


Boa noite. ^^

Capítulo 3 - A Mulher no Quadro


Fanfic / Fanfiction (Reescrita) A Senhora das Sombras - A Mulher no Quadro

A EMPOLGAÇÃO COM O DOCUMENTÁRIO A FEZ ACORDAR CEDO. De roupão, abriu a mala e tirou de lá um de seus melhores vestidos. Um zibeline de alças grossas, era vermelho vivo e apesar de não ter decote valorizava perfeitamente sua silhueta, era na altura do joelho e literalmente fora feito para ela, havia ganhado como brinde em um de seus ensaios como modelo fotográfica.

Tudo o que tinha de fazer em frente à câmara era sorrir ou se manter séria, não tinha que falar, então tudo bem.

         Trabalhava com isso desde os quinze, quando decidiu entrar em um concurso de miss, a dona de uma loja em Ottaro, cidade onde seus pais moram, a convidou para divulgar algumas de suas peças através de um ensaio fotográfico. O pagamento não foi grande coisa, porém, foi porta de entrada para alguns outros trabalhos pequenos, que depois se tornaram medianos.

         Era alguma coisa junto com a ajuda financeira dos pais e seu trabalho fixo como vendedora em um Shopping. Seus pais moravam na Flórida, ela sozinha não conseguiria se manter na Califórnia com o peso das mensalidades, todavia, tentava mostrar aos pais que estava se esforçando enquanto não terminava o curso ou achava um estágio remunerado em sua área.  Dividir o apartamento com Mina também ajudava.

Ela se sentou na penteadeira e arrumou os cabelos moldando-os em cachos. Tinha um cuidado absurdo com eles, sempre estavam bem hidratados, escovados e cheirando a xampu de maçã. Era loira, ainda que alguns contestassem a cor de seus cabelos por penderem para um dourado cintilante, principalmente quando o sol batia neles. Era dona de uma beleza natural, ainda que não como uma mulher estonteante que esbanja sensualidade ao passar, sua beleza era mais sutil.

         Tinha traços delicados. Seu rosto em formato de coração quase não precisava de retoques e era bem destacado por um lindo e brilhante par de olhos verde-esmeralda, o nariz era pequeno e magro, os lábios finos e as bochechas rosadas. Sua estatura estava na média, sua pele era clara e sensível, macia como seda. Seu peso era muito bem distribuído, boas medidas na cintura, busto e quadril, nada em excesso, mas também nada em carência.

         Mina acordou enquanto ela se maquiava com esmero. Se espreguiçou na cama, rindo da vaidade da amiga.

— Já está pronta para dar a previsão do tempo? — Riu Mina, era uma piada das duas. Giselle se irritava quando Mina insinuava que ela seria a moça do tempo em algum telejornal.

— Hoje fará sol, não quero pretextos para não conhecer Brasov.

Respondeu enquanto ajeitava o colar em seu pescoço, era uma correntinha simples, banhada à prata e com um pingente em formato de cruz. Dificilmente a tirava do pescoço, havia sido um presente de sua avó que havia falecido quando ela era ainda um bebê. Mina concordou, havia prometido ser a guia turística quando os persuadiu a vir. 

A Quinta Sinfonia de Beethoven ressoou pelo quarto. Giselle se levantou para pegar o celular na cabeceira.

— Bom dia, Andrew.

Ela disse suprimindo o riso ao olhar para a cara de Mina, que não tardaria a irritá-la. E o fez de imediato.

— Amor, estou com saudades!

         Gritou a Srta. Hans tentado imitar a voz de Giselle. Então saiu rindo do quarto enquanto Andrew perguntava se Giselle não poderia deixar Mina na Romênia mesmo.

       

As ruas da comuna de Bran foram cortadas por um Jaguar preto recém-saído da concessionária. O carro deslizava imponente e em alta velocidade. Era verão, mas o céu estava escuro e o clima frio. O limpador de para-brisas lutava incessantemente contra as pesadas gotas de chuva que caiam aos montes. Seu condutor estacionou e sem cerimônias entrou no castelo, coberto por uma pesada capa de chuva. Era um homem alto e bem-vestido. Usava uma camisa preta, social, de linho italiano, calças de tonalidade similar à da camisa. Seus olhos estavam ocultos pelas lentes dos óculos escuros que usava. Não aparentava ter mais do que vinte e três anos.

         Ele correu os olhos pelo castelo procurando uma pessoa em particular, sabia que estaria ali, a havia seguido através da repentina chuva, restava aguardar. O problema é que ele jamais gostou de precisar esperar.

         Depois de passar pela conturbada recepção, Giselle finalmente entrou em um dos pontos turísticos mais famosos da Romênia: o Castelo de Bran. Munida com sua filmadora nova e tendo Dylan de suporte, ela olhava para todos os cantos procurando o que filmaria primeiro.

— É só isso? Cadê as estacas?

Dylan perguntou enquanto ele, Mina e Giselle percorriam devagar o castelo que se tornara um museu.

— Quer que eu providencie?

Mina ofereceu quando passaram por uma armadura medieval. A peça segurava uma lança verdadeira. A haste tinha cerca de três metros e era toda feita de aço, a ponta afiada estava tão bem polida e a armadura fora tão bem-posicionada que reluzia majestosamente como se pudesse sair andando dali a qualquer momento.

Dylan se aproximou da armadura imaginando o quanto aquilo deveria ser pesado. Ele era um rapaz franzino, nem alto e nem baixo, tinha cabelos ruivos e olhos azuis. Usava óculos e seu rosto era perfeito para se mostrar o antes em algum comercial sobre acne, isso claro, além das sardas que tinha.

— Essa fortaleza era da rainha Maria, Vlad não morou aqui. — Giselle explicou enquanto apontava sua filmadora para todos os lados. Dedicara algumas semanas para transformar o pouco que sabia sobre a famosa Romênia em algo digno de um documentário.

Já tinha memorizado seu pequeno roteiro sobre o Castelo de Bran, não pretendia se demorar ali. Restava saber se quando entregasse a câmara para Dylan a filmar, conseguiria se lembrar do que escreveu no roteiro.

Ela não queria perder as imagens, por isso tentou ignorar certos olhares sobre si. Achou estranho, afinal, seu vestido estava coberto pelo sobretudo branco que usava. Ainda assim alguns a olhavam, não os turistas, mas os próprios visitantes romenos. Inclusive, na entrada não lhe deixaram pagar os trinta e cinco leus de jeito nenhum, alegando que era uma honra ter alguém tão parecida com a Princesa. Nem Mina entendeu de qual princesa falavam. E ficou mais estranho ainda quando começaram a pedir para tirar fotos com ela, tornaram a dizer que Giselle era muito parecida com uma princesa da antiga Valáquia.

Empolgada com essa atenção, ela aceitou tirar as tais fotos. Ao todo, pousou com quinze pessoas diferentes até então.

— Eu esperava algo mais assustador do que aquele teatro tosco.

Retrucou Dylan se referindo a performance amadora que haviam acabado de ver na entrada. Um homem velho e calvo vestindo uma fantasia malfeita estava deitado em um caixão e em intervalos de cinco minutos se levantava dizendo “eu sou Drácula” em um inglês ruim.

Na verdade, o castelo foi eleito como ponto turístico por ser o mais perto que o país conseguiu achar da descrição que Bram Stoker fez da morada do Conde Drácula. A construção era cravada em uma rocha, recoberta por muito verde dos montes da comuna de Bran e para visitá-la era necessário pagar trinta e cinco leus na entrada. O local se tornou um dos principais cartões postais do país. Apesar de confusa com seu momento de celebridade, Giselle achava que a viagem estava valendo a pena.

— Gih, olha isso. — Mina chamou. — Nunca havia visto esse, deve ser do novo acervo.

Completou ela. Estava certa. O quadro havia sido doado recentemente ao museu, em anonimato, apenas com uma carta contendo os dizeres “Eis a imagem daquela que foi a Princesa mais amada pelo povo. Deem à Lilly o destaque que lhe é de direito”. Todos ficaram eufóricos quando descobriram que a mulher do quadro era a princesa Lilly Drăculești, os mais tradicionais conheciam-na apenas pelo nome, não tinham uma única imagem dela até então.

Sobre o quadro, os examinadores confirmaram que ele fora pintado na época em que ela viveu, e com base nas poucas descrições que tinham da Princesa, concluíram que sim, havia bastante chance de ser verídico.

— Puxa, deve ser como se olhar no espelho, né?

Comentou Dylan olhando para a inegável semelhança entre Giselle e a Princesa Lilly. Estava explicado o interesse dos romenos nela.

— Quem é ela? — Giselle perguntou quando enfim resolveu parar de gravar e prestar atenção no quadro.

— Uma tal de Lilly. — Falou Dylan lendo a plaquinha abaixo do quadro.

— Diz aqui que ela foi esposa do Vlad III. — Completou Mina lendo o restante das letrinhas miúdas. Havia estado ali ano passado e esse quadro não estava sendo exibido.

Giselle entendeu o motivo de a estarem olhando diferente, não é por nada que estivesse usando, era realmente por ela ser a cópia quase fiel daquela mulher.

Tinham o rosto no mesmo formato, o mesmo sorriso e principalmente, os mesmos olhos verde-esmeralda. Ela ficou o mais próximo que conseguiu do quadro, fascinada pela imagem que parecia de si mesma em vestes medievais. Sendo a cor e o comprimento dos cabelos a única coisa que as distanciava, já que os da mulher eram pretos e na altura dos ombros.

O doador teve seu pedido atendido, aquele quadro se tornou a principal atração do museu e foi posto bem no centro do castelo, ao lado de um requintado jarro de rosas naturais, posto em um pilar de cerâmica.

O homem que havia chegado a pouco passou por eles, que conversavam entusiasmados sobre a pintura e o motivo da súbita “fama” de Giselle.

— Turistas barulhentos. — Resmungou o homem enquanto passava sem nem se indignar a olhar para nenhum deles. Não era o maior fã de americanos, quanto mais de estadunidenses, só o sotaque já o irritava.

Ele havia avistado a pessoa que estava esperando, estava mais à frente, no mesmo corredor olhando fixamente para uma espécie de mapa da antiga Valáquia.

— Até que enfim te achei, Nicholas. Eu já estava ficando entediado.

O homem murmurou discretamente para o outro.  Havia uma raiva contida em sua voz e ele não fazia a mínima questão de mascarar isso.

— Meu senhor, que honra... em que posso servi-lo?

Ofereceu-se o outro assustado. Era visivelmente mais velho, ainda assim tratava o motorista do Jaguar por “senhor” e parecia bastante inquieto com sua presença, que, de fato, era intimidante.

— Que prestativo. — Zombou. — Suponho que esteja preparado, ou porventura crer que eu não saiba o que fizeste em minha ausência? Sabe que deixar acertos pendentes não é do meu feitio.

A maneira polida como falava soava estranha para alguém que aparentava ser jovem e estava tendo uma conversa informal, mas ele não pareceu se importar.

— São rumores, meu senhor. Apenas rumores de quem quer me ver pelas costas.

Garantiu o mais velho em tom de súplica.

— Que vergonha, Sir Nicholas. Um homem feito e com a sua estirpe! É lastimável que se venda por tão pouco.

Continuou o outro em tom de desaprovação. Falavam baixo para evitar olhares por parte dos visitantes.  O “sir” que saiu de sua boca foi carregado de sarcasmo, ele sabia que o homem com quem estava conversando já fora um cavaleiro inglês há muito tempo, o pronome de tratamento certamente deixaria o ex-cavaleiro envergonhado.

— Eu posso provar, meu senhor. Posso compensá-lo! — Ofereceu Nicholas já cedendo à aflição.

O motorista do Jaguar faria o mais confiante dos cavaleiros tremer como uma menina indefesa.

— Me compensar? Já está confessando? — O “senhor” desdenhou zombeteiro.

Ele pôs uma mão no bolso da capa e de lá tirou um isqueiro de prata, era retangular, tinha a tampa presa ao corpo por uma dobradiça soldada e uma espécie de proteção em torno do pavio. Ao acender discretamente, a chama, de um intenso azul, fez Sir Nicholas estremecer e recuar.

— Por favor, senhor. Me deixe explicar, eu só aproveitei para... — Implorou novamente como se aquele simples fogo do isqueiro fosse a concretização de seus pesadelos.

— Para vir aqui? Saíste de Sarajevo para vir até aqui só para visitar um museu? — Ironizou o homem teatralmente como se nunca tivesse ouvido tamanha sandice.

— Sabe como gosto de relembrar os anos de ouro. O novo acervo é riquíssimo. Já viste o quadro dela? — Tentou desviar o assunto.

— Naturalmente, eu sei que o acervo é valioso. Tenho uma relação intimista com o doador. — O “Senhor” respondeu de pronto. Sua paciência havia se esgotado. — Me entregue, sei que está contigo, Sir Nicholas.

Exigiu o homem uma vez mais, ainda mantendo o isqueiro acesso. O ex-cavaleiro tirou uma pequena pedra preta do bolso, era circular e não tinha mais de oito centímetros. Um olhar mais atento revelaria algumas inscrições nela, rúnicas talvez. Relutante, entregou para o outro, olhando como se aquilo fosse explodir ao tocar as mãos do novo dono.

— Ia entregar assim que o visse.

Completou, rouco. O homem fez pouco caso e enfiou a pedra circular em seu bolso, guardou o isqueiro e tirou um cartão de visitas preto e impermeável. Nele lia-se em caligrafia elegante e em boa fonte o nome “Vlad Anghel”, em letras menores estava contido um endereço residencial.

— Me procure neste endereço, às 23h de hoje. — Ordenou. — Se não vier, sabe o preço.

Concluiu a ameaça e se afastou. Não acreditou em uma palavra do que Sr. Nicholas dissera, mas ainda precisava aturá-lo, ele ainda era útil. Mesmo que sua vontade fosse acender uma pira com aquele peculiar isqueiro e jogar Sir Nicholas dentro, provavelmente o faria, mas não no momento.

No outro corredor Giselle ainda tentava assimilar aquilo. Ela parecia imersa em uma espécie de transe, não conseguia parar de olhar para o quadro.

A pintura mostrava uma mulher poucos anos mais velha do que ela, trajando um belo vestido, branco de mangas longas e decote bem discreto, seus cabelos negros haviam sido trançados com um fio dourado, ela usava uma imponente coroa e segurava um pequeno cetro de ouro em formato de flor, era meiga e delicada, ainda assim, tinha a altives de uma rainha. De repente, Giselle sentiu-se zonza.

— Gih? — Mina chamou quando a amiga se apoiou na parede. Teve dificuldade de respirar, livrou-se do sobretudo como se isso fosse de alguma valia.

Não demorou mais do que dois segundos até ela desmaiar ali mesmo. O transe persistiu, ela parecia estar sonhando.

Viu todas as pessoas à sua volta sumirem e o corredor ficar totalmente branco. Tentou falar, mas nenhum som saia de sua boca. Se viu presa em um corredor mal iluminado, a visão foi se tornando mais nítida e ela pôde ver a mulher do quadro, naquele mesmo vestido branco, só que agora ele estava manchado de sangue. A mulher cobria o rosto com as mãos, estava sentada no chão e a poucos passos dela estavam dezenas de corpos decapitados, cujas cabeças haviam sido jogadas no canto aposto.

A última coisa que Giselle conseguiu ver foi o sangue deles escorrer lentamente pelo assoalho, impregnando o piso.

— Giselle! — Dylan gritou enquanto tentava reanimá-la.

Tanto ele, quanto Mina ficaram desesperados com aquele desmaio súbito. Não foram os únicos, as pessoas e até os seguranças do museu se aproximaram para prestar socorro. O tumulto se formou bem na hora que o homem que agora detinha a posse da pequena pedra preta passou. Teria ignorado e simplesmente ido embora se antes não tivesse visto quem havia desmaiado.

— O que houve com ela? — Perguntou em um inglês quase perfeito enquanto abria passagem para ver a moça mais de perto.

— Não sabemos, ela desmaiou do nada! — Mina falou desesperada enquanto seus dedos trêmulos digitavam o número da emergência.

— Me deem licença, sou médico. — Exigiu o homem totalmente fascinado pela aparência de Giselle, que coincidentemente, havia desmaiado a poucos passos do quadro da princesa.

         O tal médico verificou o pulso dela, Giselle mexeu a ponta dos dedos da mão direita, aos poucos foi conseguindo sair do transe. Bem devagar, abriu os olhos. Por estar de óculos, ninguém notou o quanto os olhos do médico brilharam quando viu a moça acordar, parecia totalmente perplexo.

— Olhe para mim, senhorita. — Ele pediu retirando os óculos e se recompondo. Seus olhos, que minutos atrás traziam as írises totalmente negras, em questão de segundos se tornaram caramelos, a escuridão se fora de seu olhar, como acontece com as sombras expostas à luz. Ele pôs o dedo indicador na frente do rosto dela e o mexeu para lá e para cá, ela acompanhou os movimentos com o olhar. — Os sinais vitais estão bons.

         Disse sem conseguir esconder o sorriso satisfeito que se formara em seu rosto. A plateia que havia se formado aplaudiu em alívio e começou a se dispersar.

— Eu já estou bem, obrigada.

Respondeu Giselle tentando se levantar ao mesmo tempo em que tentava processar o que tinha acontecido consigo. Mina ligou novamente cancelando a ambulância.

— Não há o que agradecer.

Ele disse a ajudando a ficar de pé. No momento em que tocou sua mão e seus dedos deslizaram por seu braço desnudo, Giselle teve a sensação de que uma pequena faísca tinha tocado sua pele exposta.

Não.

A faísca não a tocara, estava em si. Habitava nela e o toque dele a havia despertado. A pequena faísca se alastrou por todo o corpo, aquecendo cada milímetro.

Por alguns segundos os olhares dos dois voltaram a se encontrar e por alguma razão aquilo lhe pareceu familiar. Ela observou o olhar que lhe dirigia, os olhos dele brilhavam em um misto de alegria e surpresa. Era um olhar intenso, firme e intimidante que dizia em silêncio que era melhor manter distância, mas ao mesmo, era convidativo, atraente e enigmático, magnético ao ponto de fazê-la ficar ali se Mina não a tivesse trazido à realidade quando perguntou se ela estava mesmo bem.

Mal ela terminou a frase, Giselle puxou a mão e se distanciou com delicadeza, o rosto a corar em um sorriso envergonhado. A faísca ainda a aquecia, ainda bailava em uma dança ritmada e estranhamente conhecida.

O suposto médico também sentiu naquele toque uma familiar conexão, embora tenha achado que estava a imaginar coisas por ter visto, depois de tantos séculos aquele inesquecível par de olhos esmeraldas.

Desconcertada, ela agradeceu novamente, repetiu que estava tudo bem e foi embora. Aquele homem não se moveu um só centímetro até que ela, juntamente com Mina e Dylan, saíssem completamente de seu campo de visão. Só então ele repôs os óculos e saiu como se nada demais tivesse acontecido.

Mesmo dentro do táxi — um pouco frustrada por não ter conseguido gravar tudo o que queria em decorrência do desmaio — o olhar daquele homem não saia da cabeça de Giselle. Ela sentia como se já tivesse o visto antes, por mais que não soubesse nem quando e nem onde. E pensar nisso lhe deu uma certeza infundada, não sabia o motivo, mas sentia que iria vê-lo de novo, que iria conhecer aquele homem que tanto a puxava como a repelia para longe com um simples olhar.


Notas Finais


Primeiro encontro ;)


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