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História Refém do Amor - O Resgate de Sakura


Escrita por: Enix

Capítulo 45 - O Resgate de Sakura


Fanfic / Fanfiction Refém do Amor - O Resgate de Sakura

Em casa, Naruto arrumava suas malas guardando tudo o que precisaria, como roupas, objetos pessoais e uma pistola. Foi a um banco mais próximo e sacou uma grande quantia em dinheiro de uma conta que lhe pertencia. 

Naruto procurou pelo rastro de Sakura e a achou na cadeia feminina em uma área mais distante de Tókio. Subornou o diretor do qual era corrupto e conhecido próximo de muitos anos, e por isso foi tão facil chegar a um acordo com ele, deixando o homem encarregado de planejar uma falsa morte de Sakura para a mídia e as autoridades locais.  Agora, Naruto sentia-se responsável em dar nova vida para Sakura, além de tentar convencê-la que a melhor saída era abandonar os negócios, pois a vida dela mudaria apartir daquele minuto. 

Pensava que esta seria a parte difícil. Sakura era uma mulher geniosa, e provavelmente iria querer fazer o que bem entendesse, justo agora que Sakura estava magoada com ele, talvez desconfiada e certamente com raiva e assustada. Ela sofria muito com perseguições, ameaças de mortes, e já se feriu mais de uma vez. Compreendia que era completamente natural Sakura temê-lo, e entrar numa postura frágil, mas defensiva. Nem sequer ouve tempo para se explicar. 

Um policial baixo, moreno e barrigudo lhe levou até a cela onde Sakura foi deixada para cumprir uma pena de muitos anos.  A viu,  com um vestido cinzento e sapatilhas negras; o uniforme padrão do cárcere. 

Ficou tristonho ao enxergá-la com um o olhar cheio de lágrimas, melancólica sentada no canto de uma cama de solteiro, olhando para o nada. Naruto soube que, vê-la daquele jeito lhe fez sentir culpado da pior maneira, porque Naruto acreditava que Sakura estava assim por causa dele. Era ele o maior motivo da dor, e Naruto queria concertar o coração dela caso estivesse estilhaçado, pois vê-la daquele jeito doía-lhe.  

Naruto determinou em sua mente que iria recuperá-la, fazê-la ser muito melhor que antes. Linda, feliz, cheia de magnitude e beleza interior que lhe conquistava através dos olhos, do sorriso doce e autêntico. Faria com que Sakura fosse dele novamente, o amor dela pertencesse a ele novamente, e fecharia todas as feridas que ele causou. Não desistiria. Não iria perdê-la. 

 Ouve barulho de chaves e correntes por todos os corredores da prisão, algo que não despertou a atenção de Sakura. Diferente de antes, esteve alheia, com a cabeça num planeta bem distante da terra, inconsciente de ruídos e movimentos ao seu redor.  Era como se estivesse desligada.

— Senhorita? —  O policial entrou no quarto, suave, esperando alguma reação de Sakura, mas ela não o olhou e nem lhe deu uma resposta. Sakura não o escutou.—  Pode sair, está livre! — Continou ele, calmo. 

Esperou algum segundos e nada. Suspirou pondo as mãos na cintura, roçando os dedos em uma arma de choque, então fez um um gesto com a mão para que Naruto entrasse e tentasse falar com ela. 

O homem com a farda azul marinho, explicou a Naruto que Sakura ignorava todo mundo, não se alimentava direito e pouco bebia água, e que a alguns dias atrás Sakura teve uma tontura e desmaiou.

— Fizeram os exames. Ela está grávida!

 — Grávida? 

 Naruto ficou feliz. Quis abraçar Sakura, mas entendia que atualmente eles estavam meio que separados, então ficou em seu lugar olhando Sakura. A barriga dela ainda não estava aparecendo.

O policial explicou também que já tentaram  entrar em diálago com ela através de uma psicóloga, mas foi inútil.  Ela não dava atenção e não abria a boca para nada, e esta era uma atitude de uma pessoa que queria se isolar. 

Naruto pensou se aquilo era culpa dele. Talvez a confiança de Sakura nas pessoas estivesse quebrada, ou simplesmente Sakura não tivesse vontade para mais nada. 

Naruto deu aguns passos a frente com a garganta seca. Tinha tanta coisa para dizer, mas nem sabia por onde começar. As palavras embaralharam-se em sua cabeça. A única coisa que podia definir com exatidão, juntar, era o que sentia. Imaginava o quanto Sakura poderia estar irredutível, impenetrável, e isto lhe fazia querer implorar pelo perdão dela, sem nenhuma vergonha.

— Sakura, sou eu, Naruto. Eu vim te buscar!

Sakura meneou a cabeça deixando o ponto fixo na parede, para expandir seu campo de visão. Viu Naruto perante a porta ao lado de um policial. Ficou assombrada, e não conseguiu dizer nada. Esteve sofrendo, pois amava uma pessoa que tinha o plano de matá-la. Um certo alguém esclareceu tudo a ela, e Danzo reforçou a confirmação depois  de uma intensa investigação. Naruto e Sasuke estavam metidos nessa história, e Sakura ficou mal por isto.  

—  Você vai com ele. — Explicou o polical. 

— Ñ-não!— A voz de Sakura saiu falha. 

— Sakura! 

Naruto se aproximou e Sakura congelou em seu lugar.  Subitamente pediu:— Pare aí mesmo! 

Naruto parou, exercendo a vontade de Sakura. O policial tomou a frente, apressado e preocupado com o tempo. 

—  Senhorita Sakura!— Cruzou as mãos, clarificando novamente o que ela tinha que fazer. —  Você foi liberada e irá com este rapaz. Agora mesmo!

— Não irei!

Naruto parou o policial com a mão quando ele demonstrou perder a paciência com Sakura. O homem pensava que ela era uma mulher mimada, mas Sakura apenas exercia sua idenpendência e direito de escolha. 

— Não tente nada.— Falou Naruto, com uma maneira bastante intimidadora.

—Veja, precisamos ser muito rápidos. Não temos mais tempo, e a minha sugestão é apagá-la agora mesmo. Não queremos chamar a atenção, não é?

Sakura ficou incrédula com o que ouviu. Será que Naruto tinha plano de cumprir com o que fora designado? Virou o rosto pensando que haveria um blecaute. Desacordada não faria ruídos e aquilo era injusto. Se planejavam algo diabólico, Sakura não teria nem a oportunidade de se defender. Não podia com dois homens, pensou com uma vontade intensa de chorar.  Apunhalada pela pessoa que amava, acreditou Sakura. Era coisa mais triste. 

Naruto prosseguiu ignorando o policial.

 — Sakura, estou com a nossa filha. Você não quer ver Michiyo? Posso levá-la até ela. 

 Sakura esteve pensando nela, preocupada com seu paradeiro, se estava bem.  — Você conseguiu! 

 Sakura passou por Naruto, saindo da cela. Naruto a acompanhou com olhar e ficou aliviado, embora soubesse que teria de encontrar uma maneira de se explicar, de fazê-la lhe ouvir, além de reconquistá-la. 

Entraram no carro discretamente,  e Naruto conduziu seu Impala para fora da penitenciária. Não conseguiram conversar um com outro, e por hora, Naruto preferiu não dizer nada a Sakura ainda. Explicaria tudo a ela quando chegassem ao destino. 

Naruto saiu da cidade e levou Sakura a uma de suas propriedades, escondida e isolada no sul, onde Jiraya e Michiyo esperavam por eles. Pediu a Jiraya que ficasse encarregado de cuidar de Michiyo e preparar os novos documentos para que Sakura  pudesse vagar livremente sem nenhum problema.  

Quando chegaram, Sakura ficou receosa. Há horas que tinha notado que saíram da cidade, e o sol sumia pouco a pouco no horizente. 

Não pode evitar em apreciar aquela casa no campo, bonita, ampla, modelo clássico que cheirava a boas e antigas recordações e histórias, no entanto, estavam muito distante de qualquer alma ser humana. Era uma casa localizada no meio de uma floresta, com pinheiros altos e um lago próximo a casa, afastada de tudo. 

Saíram do carro, e Naruto teve a impressão que Sakura estava tensa. Dirigiu seu a olhar a ela.  — Acredite em mim Sakura,  Michiyo está lá dentro.

— Como espera que eu acredite em você?

— Se você veio até aqui comigo, foi porque acreditou em mim!

Naruto deixou Sakura completamente sem resposta e desconcertada olhando para os lados.  Sakura buscou palavras para montar uma frase em defesa, mas não as possuía. Foi movido por uma força inexplicavelmente poderosa, então lembrou de Michiyo. — Eu sou mãe Naruto.  Me leve até Michiyo como você propôs. 

Então Naruto conduziu Sakura até a entrada. Passaram pela grande sala de star até que chegassem a uma cozinha ampla asséptica, e impecavelmente limpa. Viu um homem velho, porém forte, de longos cabelos brancos cortando bananas e morangos dentro de um copo de liquidificador, logo ao lado enchergou Michiyo comendo cereais numa tigela de porcelana em cima de uma mesa longa em madeira de lei. 

—Michiyo!

Michiyo escutou a voz de Sakura, parou de comer e viu sua mãe na porta com um sorriso no rosto. Desceu da cadeira e foi correndo até ela para abraçá-la. — Mamãe, você voltou. Tio Jiraya me disse que você voltaria. 

— Tio Jiraya?

Sakura teve a sensação que aquele mesmo homem de cabelos branco lhe observava. — Está com cara de que não andou se alimentando muito bem!

Sakura arrumou a franja de Michiyo com o pulso acelerado. Pegou a menina e saiu pelas portas dos fundos. Naruto e Jiraya olharam um para o outro confusos com tal atitude. 

— Ela está fugindo?— Jiraya indagou incerto.  Houve uma palidez e aflição em Naruto. Jiraya espiou na janela e enxergou Sakura atravessando o gramado na correria, com Michiyo no braço, seguindo para dentro da floresta. —  Naruto, ela está mesmo fungindo! Vá atrás dela, rápido. Antes que ela se perca. 

 

Naruto correu atrás de Sakura recriminando-se severamente por não ter explicado as coisas devidamente dentro do carro. Talvez Sakura ainda estivesse assustada, embora parecesse tranquila exteriormente.  Pediu para ela esperar, mas Sakura não parava. E agora Naruto estava preocupado com três pessoas. Sakura, Michiyo e o bebê que chegaria daqui a sete meses.  

Michiyo não conseguia compreender o que estava acontecendo. Porque sua mãe corria?Porque seu pai pareceu aflito correndo atrás delas? Começou a ficar amedrontada querendo chorar.

— Mamãe, espere o papai!

— Não posso! — Respondeu Sakura perdendo o fôlego, tendo as pernas doloridas pela longa corrida. O peso do corpo pendeu para frente, e Sakura parou tentando equilibrar-se para não cair e machucar Michiyo e Michiyo esperneou  em cima de Sakura querendo descer.

Sakura abraçou a menina, e foi doce, ocultando sua confusão de ideias. —Calma querida. Estamos voltando para nossa casa.

— Não mamãe. Não quero ir, quero ficar com o meu pai! 

Michiyo gritou usando toda a sua força para sair-se de Sakura, o que causou uma lesão no músculo do braço dela. A soltou enfraquecida, cansada, querendo desistir da vida. Nem sua filha a queria mais, então Sakura sentou em um tronco de árvore procurando saber o que faria com sua vida agora que bateu contra um enorme iceberg.

—  Papai.... 

Sakura ouviu Michiyo clamar por Naruto, mas não olhou para trás, e nem pensou em correr novamente.

Naruto tirou Michiyo do chão abraçando a menina de volta. Por um momento, coisas horrorosas se passou em sua cabeça quando imaginou que ficaria sem as pessoas mais importante de sua vida. Tinha que fazer Sakura entender que não faria mal a elas. 

—Está tudo bem! — E bejiou a mãozinha de Michiyo. 

Logo após acalmar Michiyo, Naruto seguiu por um caminho de pedras e enxergou Sakura logo a frente, sentada em um tronco de árvore, de costas a ele. Naruto sentou ao lado de Sakura, e a expressão dela era indecifrável. Começou pesaroso: — Eu entendo como deve estar se sentindo! Eu sinto muito que tenha se decepcionado tanto comigo. Eu não queria que você passasse por isto!

Sakura olhou para Naruto. Os olhos dele não ocultavam nenhuma informação, e ele pareceu sincero, que estava sofrendo tanto quanto ela. Ficou meditativa, sentindo aquela bizarra sensação que Naruto não era uma ameaça,  embora soubesse a verdade sobre ele.  

Naruto ainda não tinha esclarecido para Sakura que havia desistido do plano de assassiná-la porque queria protegê-la,  porque amava ela, e por não ter nada esclarecido, Sakura acreditou que tudo o que viveu com Naruto havia sido uma mentira. 

Voltaram novamente para casa. Entraram pelos fundos, chegando a conzinha. Naruto sumiu com Michiyo para outro cômodo, e Jiraya segurou no braço de Sakura gentilmente. — Sente-se, acho que devemos deixar alguns pontos claros aqui, por o pingo no i.

Olhando para os olhos amendoados de Jiraya, Sakura comprimiu o lábio quando o musculo machucado se contraiu dolorido sobre a mão de Jiraya. Quis grunhir, mas mordeu a bochecha como sempre fazia na infância para não se denunciar. 

 Puxou uma cadeira e sentou. Era isto. Aceitar que estava a mercê.

— Porque correu? Pensou que estava na casa monstro? — Jiraya riu tirando uma faca com a lâmina longa e bem afiada de um faqueiro,  e o sangue de Sakura congelou quando viu a lâmina brilhar com o reflexo de luz.

Tão rápido e com uma ótima mira, Jiraya arremessou o utensílio doméstico contra a mão de Sakura que esteve descansando sobre a mesa, e ela apertou os olhos para não ver seu próprio sangue se espalhar, porém não sentiu nenhuma dor. Porque não sentia nenhuma dor? Sakura abriu os olhos. A faca estava em pé, com a ponta  cravada na mesa, entre o pequeno espaço do seu dedo indicador e o médio. Olhou para ele confusa e amedrontada quando Jiraya recomeçou com suas palavras. — Entenda, se quiséssimos te matar, você estaria ferida no chão agora, sangrando sem parar. — Jiraya tirou a faca da mesa e recolocou de volta ao faqueira. — Aqui todo mundo só quer sua proteção. Naruto muito mais do que eu! Ele te ama, e teve todo o trabalho de tirar você daquela prisão antes que alguém quisessse mesmo fazer mal de verdade a você. 

"Naruto." 

O coração de Sakura latejou.

O olhar vacilou  quando lembrou em como passou seus ultimos dias feliz ao dele. Não podia negar que ainda amava ele, apesar de toda a verdade que soube, de tudo o que aconteceu. Ela amava ele. Só que no mundo de Sakura, as pessoas tinham a escolha de serem quem elas queriam ser, e lembrar disso, fez Sakura acreditar que Naruto gostava de ser um assassino de alguel. 

Quando a noite caiu, Sakura descansava dentro de um quarto que Jiraya havia lhe conduzido. Olhou todo o mini closet. Tinha roupas do número dela, modelos dos quais gostava. Tinha sapatos com seu número, roupas íntimas e sensuais do seu tamanho, e muito cosméticos com cheirinho de novo, como se tivesse acabado de sair de uma loja.  Sentou na cama, pensando no que faria. Não saíria para jantar aquela noite. Estava muito exausta e desordenada. 

Naruto e Michiyo estiveram ansiosos para que Sakura jantasse com eles, mas Sakura não desceu. Quando não consigou dormir em um quarto separado do de Sakura, Naruto pensou em falar com ela, mas Sakura tinha a porta trancada. E através de um buraquinho escondido na parede, Naruto visualizou Sakura dormindo na cama, com uma das camisolas que Naruto tinha comprado para ela. Sorriu puxadinho de lado. Preparou todo o quarto para a chegada de Sakura, e ela não recusou as coisas que comprou para ela. 

 Quando chegou perto da refeição do meio dia, Sakura resolveu que saíria do quarto. Andou sobre o assoalho de madeira, silenciosamente, como um gato. Próximo a escada, encontrou Naruto brincando com Michiyo, usando um ursinho para forjar uma voz diferente e engraçada.

— Essa menina é muito malvada....  — Falou Naruto , usando o urso para fazer cosquinhas em Michiyo. Ela ria, que se encolhia e gargalhava. — Agora você vai ter seu castigo, Hahahaha! 

— Não papai....

Michiyo gargalhou agarrando na perna de Naruto. Sakura deu um passo para trás pensando em voltar para o quarto, pois, ainda não sabia lidar com a situação, mas a madeira fez " nheeeccc!" e Naruto olhou para trás, rindo. Viu Sakura, com uma saia pêssego de tecido, e um blazer branco, com cabelos soltos e arrumados, maquiada. Aquela sim era a Sakura que conhecia, e animou-se quando pensou que Sakura tinha encontrado motivação para se arrumar e desfrutar das coisas que trouxera a ela.  Sakura estava linda, e no fundo dos olhos dela, Naruto enxergou que Sakura queria estar junto com eles, mas existia algo que a impedia, um tipo de resistência. 

Sakura desceu as escadas contagiando todo o ar com seu cheiro. E Naruto pensou no quanto Sakura era uma mulher cheirosa.  Sakura deu um beijo em Michiyo sem olhar para Naruto, e foi para cozinha.

Encontrou com Jiraya preparando um adorável cardápio. Foi a uma cafeteira expresso e se serviu numa xícara.  Dentro do seu mundo, Sakura murmurou a ela mesma: — O que vai acontecer comigo?

E Jiraya escutou achando que Sakura havia lhe perguntado.

 — Nada. Você só desapareceu do mundo para seu próprio bem.

O café travou na garganta de Sakura, e ela pegou um lenço em cima da mesa quando passou a tossir. Depois de um tempo, perguntou: — O que você quiser dizer sobre desaparecer?

Jiraya encostou o quadril na pia, examinando Sakura. Pelo jeito Naruto ainda não havia conversado com ela.  — Sakura não existe mais. Você será outra pessoa agora.

— Porque? Explique-me.

E Jiraya olhou para Sakura percebendo ela estava carente de respostas. Que não compreendia nada do que ele dizia. Ligou a Tv. 

Acabamos de receber a notícia que na penitênciária principal de Tókio, ouve um incêndio. Ainda não sabemos qual foi a causa, mas uma pessoa morreu e três saíram feridas. Encontraram o corpo de Sakura Haruno completamente cremado, e agora a justiça está resolvendo toda a papelada para passar todos os bens de Sakura a única filha que o mundo conheceu a poucos dias. 

Sakura ficou amarela e assustada. O que era aquilo? Foi dado como uma morta por um repórter. Naruto apareceu desligando a TV.

— Sakura, tenho que te explicar algumas coisas. Quero que me ouça. 

— Vá com ele! — Indicou Jiraya com a cabeça. 

Sakura apertou as temporas. Antes achava uma mulher tão esperta e inteligente, agora sentia-se como uma tola. O que eles fizeram? Porque todo mundo acreditava que ela estava morta? E como Naruto conseguiu sua liberdade se já foi decidido pelo juiz que cumpriria pena? Precisava que alguém explicasse para ela já o que estava acontecendo, e por isso, acompanhou Naruto até a varanda.  

Sentaram em duas poltronas diferentes, de frente para o outro. 

— Sakura, primeiramente quero te explicar que sua vida será completamente diferente agora.

—  O que quer dizer?

— Você não poderá voltar para casa e nem para sua empresa.

— Tudo isto porque eu fui declarada como morta?

— Exatamente.

Sakura ficou pensativa, e perturbada.  — Como me tirou de lá?

— Suborno!

 — Você que pensou naquele incêndio?

Naruto conseguia ver que Sakura tinha uma lista de perguntas em sua cabeça. 

—Por essa parte eu não tive nada haver. Deixei o diretor do presídio encarregado de encontrar uma desculpa para ocultar sua fuga. Não imaginei que a "desculpa" seria um incêndio. 

Sakura cruzou as pernas observando o lago. Era uma mudança repentina e radical. As coisas estavam escapando do controle. Naruto esteve gentil, com aquela faísca no olhar que queria ficar perto dela, tocá-la, matar a saudade. Ele continou:  — Você terá uma nova identidade, um novo CPF, registro de nascimento. A nova pessoa terá outro tipo de profissão e morará em outra cidade. 

— Isto é muito incorreto. Estamos quebrando as leis!

— A lei esteve correta quando te prenderam? Resposta fácil: Não. Nós sabemos que você não matou Ten Ten.

— Mas eu sabia e não disse nada a ninguém! — Retrucou Sakura após a vaga lembrança. 

 — Sakura compreenda. O mais conveniente é que siga a minha orientação. Você não tem opção. As coisas para você como Sakura lá fora não estariam muito boas, talvez piores que antes se aparecesse do nada depois da sua forjada morte. 

As coisas chegarem em um ponto irreversível, pensou Sakura.  Naruto tinha razão. Não tinha escolha.

— Isto significa deixar tudo para trás! 

— Imagino que não é algo fácil para você!

— Depois de todos aqueles eventos, não tenho mais nenhuma motivação.

— Me desculpe Sakura. Eu iria dizer a você....

— Que era um assassino?

Naruto recuou para poltrona. Sakura tinha soado irada.

— Deixe-me explicar.

— Faça o favor!

—  Se eu quisesse mesmo lhe matar teria feito há muitos meses a trás. — Sakura ficou em silêncio e Naruto foi complacente . — Eu fui contrato, fui pago, cheguei a tentar, mas não fui capaz de fazer qualquer mal a você. Eu escolhi ficar com você. Desonrei meu compromisso quando percebi que eu havia me apaixonado, que você não merecia morrer. Eu quis ficar do seu lado, te proteger. Fazer parte da sua vida. 

Naruto pegou na mão de Sakura e ela ficou presa nos olhos dele. Vendo-o daquela maneira, tão amável, era difícil de acreditar que Naruto matava pessoas em troca de dinheiro. 

 



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