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História Reflexo da alma - O reflexo da primeira alma


Escrita por: MahBontempo

Notas do Autor


Olá meus amados leitores, como tem estado? Espero que bem.
Hoje lhes trago mais um capítulo dessa linda história original, então espero que gostem.

Capítulo 6 - O reflexo da primeira alma


- O que o senhor achou? Esse terno é muito bom, de marca renomada e caimento perfeito. A cor combina com o senhor – O atendente disse cordialmente, uma ótima estratégia de atendimento.

- É...ele é bonito e ficou bom, mas preciso de mais uma opinião. Você pode chamar meu amigo, aquele que está sendo atendido pelo gerente, por gentileza? – Lucas estava sendo muito educado, como mandava as aulas que teve durante toda a infância – Obrigado – Uma vez sozinho, Lucas pegou o celular e mandou uma mensagem para sua melhor amiga, Ana Júlia. Ela tem a mesma idade de seu irmão, mas mesmo assim foi de grande ajuda enquanto ele fazia o ensino médio

#Najuu, tu conhece um loiro gostoso, grande e encorpado que conhece meu irmão e o Pedro?

Conheço de vista e de uma noite que o Pedro bebeu para caralho. A gente tava quase se formando, o Caio e ele tinham brigado. Na manhã seguinte o Pedrinho estava relaxado como nunca, mas ficou com dor nas costas por uma semana#

# Puta que me te pariu...como eu vou competir com aquilo? FODEU, minhas chances já eram nulas, e agora são negativas.

Se o Pedro quisesse, os dois já teriam até casado, meu bem. O Cássio, acho que é esse o nome dele, sempre foi apaixonado por ele e não deu em nada#

#Ok, você deve ter razão... Ah, ali ele. Mds, o Pedro está muito bonito, puta que pariu.

- Me chamou, Lucas? – Perguntou o mais velho, dua boca estava nem úmida e ele demonstrava estar um pouco ofegante.

- Uhum, chamei sim. O que você acha? Eu gostei, mas não tenho nenhuma experiência com essa espécie de roupa. Você está fabuloso, aliás.

- Ficou perfeito em você, tu vai arrasar. Duvido que o Caio consiga ficar mais bonito... Será que ele vai fazer um penteado no cabelo também? Seria legal ver isso.

Lucas deu uma risada, imaginando o irmão com o cabelo em um coque com flores nele. Não era algo vergonhoso, mas definitivamente não combinaria.

- Certo. Moço, eu irei levar então – Ele diz enquanto se dirige para o provador, colocar suas roupas.

Nesse momento, Cássio apareceu arrumando a gravata e com um grande, mas reservado, sorriso no rosto.

- Creio que o senhor gostou dessa peça, correto? – Ele questiona Pedro, arrumando sua gravata e tocando sua garganta discretamente.

- Sim, ele entrou em mim perfeitamente, é de tirar o ar do pulmão – Ele estava provocando o homem, querendo ver até que ponto ele aguentaria – Vou me trocar. Cássio?

- Estou indo, senhor Greco – E seguiu Pedro ao fundo da loja para terminarem seus negócios.


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Fecho meu notebook e suspiro, exausto – Isso é tão chato sem ele... O que o Pedrinho ia fazer hoje? Ele me falou ontem, mas minha cabeça está tão lotada que acho que dissociei – Apalpei a mesa em busca de meu celular, mas ele não estava lá – Amoor, você sabe aonde eu larguei meu telefone?

Minha esposa entrou no escritório. Seus cabelos louros estavam amarrados em um coque solto, ela vestia um blazer azul escuro por cima de uma camisa mais clara e uma saia branca justa ao corpo, deslumbrante e matadora – ela é muito gentil, mas dentro do tribunal vira uma juíza da mais alta qualidade.

- Ele estava comigo, querido – Ela beijou minha boca e me entregou o aparelho – Estava recuperando alguns contatos. Foi um momento péssimo para eu ser roubada, sinceramente, não aguento mais mandar mensagem para parentes irritantes – Ela disse com seu tom de reclamação – Terminou o trabalho?

Olhei o notebook fechado e dei de ombros – Não exatamente, mas para planejar o restante eu preciso convocar uma reunião com nossa equipe. Te contei que uma funcionária nossa criou um dos melhores planejamentos que eu já vi?

- Ainda não – Ela se virou de costas para mim – Abaixa o zíper da minha saia, por favor. Trabalho finalizado, formalidade também – Ela se vira e eu faço como ele pede, descendo alguns centímetros de seu zíper – Obrigado, meu bem.

- Não há de que. Ei, eu tava pensando, a gente deveria ter pamonha no nosso casamento. Sei que não é adequado, mas tipo, foda-se, o casamento é nosso.

- Não costumo concordar com suas maluquices, você sabe – Ela sorriu e me beijou, seus lábios tem um gosto bom de cereja. Me lembram muito dos lábios de Pedro, que por algum motivo também tem esse gosto – Mas isso é uma ideia incrível. Tipo, quem não ama pamonha? Faz muito tempo, mas teve uma vez que juntou mó galera do ensino médio pra ir numa pamonharia. Estavam eu, você, o Pedro, a Ana Julia, um garoto que o Pedro estava namorando e mais algumas pessoas aleatórias.

- Sim! Eu lembro, aquele dia foi o auge. Nunca comi tanta pamonha na vida – Ele disse rindo – Era legal aquele tanto de gente.

- Era sim... O Pedro nunca superou aquele garoto, né? – Ela comenta com os olhos fixos em mim, pude sentir um arrepio em meu corpo.

- É, ele...ele nunca superou. Eu tentei ajudá-lo a procurar um namorado, mas não deu frutos – Dei de ombros. A história na realidade fora bem diferente, afinal de contas eu convenci Pedro a abandonar o namorado para ficar comigo sempre. Poucos dias depois eu disse estar apaixonado por minha atual noiva.

Tudo sempre foi complicado, posso dizer com certeza hoje em dia. Eu cresci em uma casa bem conservadora, meu pai era especialmente rígido e punitivo com erros, principalmente os de “moral”.

Eu aceitei isso muito bem, engoli meus sentimentos para mim e os dividi apenas com Pedro, minha eterna âncora à realidade, o alicerce em que consegui me manter são durante esses anos – Seus olhos escuros, seu cabelo sempre bem aparado, seu queixo esculpido e aquelas covinhas... Ao mesmo tempo que é meu melhor amigo, também é meu grande pecado.

Pedro Greco, o homem que eu sempre tive para mim e nunca pude mostrar ao mundo, o sentimento proibido que há muito fora deglutido e encoberto pelo amor que tenho por Tatiana, a mulher com que irei me casar.

É assim que as coisas funcionam, as vezes é preciso abrir mão de algumas coisas em prol do bem coletivo, e essa com certeza é uma delas. Meu nome e linhagem precisam perpetuar e sou o responsável por isso.

Mas apesar disso, eu nunca irei lhe esquecer, meu Pedro...quem sabe em uma outra vida nós nasçamos nos corpos corretor para consumarmos corretamente esse sentimento. Esse é o reflexo de mim que enterro dentro de meu coração, o reflexo de minha alma.

 Continua...


Notas Finais


Era isso que eu queria lhes trazer hoje, caso tenham gostado não se esqueçam de comentar sua opinião, favoritar a história e divulga-la para outras pessoas.
Beijos de luz.


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