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História Règne - Capítulo 06


Escrita por: RaisaDeisi

Notas do Autor


Boa leitura 🧡

Capítulo 6 - Capítulo 06


(Amélia ON)

 

Assim que adentrei o grande salão, todos os olhares caem sobre mim e pela primeira vez em toda a minha vida me sentir intimidada, principalmente quando os olhos dele encontraram os meus.

Eu sempre fiz acordos de paz, evitei alguns conflitos, fui dona de mim e nunca pude pensar que ouvir um eu te amo pela primeira vez tenha me feito se sentir tão fraca. O fato de estar me casando não me intimidava, mas saber que o outro lado da relação estava criando afeto sim. Eu não o queria e nem pretendia querer, mas talvez meus esforços de o manter longe estivessem sendo insuficientes.

O jeito como ele me olha, ou quando temos um simples encostar de pele mostra o quanto tais ações são importantes para ele e isso me deixa apreensiva, porque ele estava sofrendo um equívoco. Eu não pretendia e muito mesmo queria retribuir nada daquilo e quando a ficha dele caísse de verdade, aquilo o magoaria e por mais que eu fosse esse ser humano tão amargo e indigno de amor, eu ainda me importava um pouco com ele.

Meu primeiro beijo aconteceu. Eu nunca tinha beijado um homem antes e não foi algo mágico como um dia cheguei a imaginar. Eu sabia o que deveria ser feito e apenas o fiz, então oficialmente estávamos casados. O fato de ter um reino a meu dispor me animava e faz com que toda a festa seja suportável. Muitos representantes ali estavam e eu só conseguia pensar que todo aquele teatro de casal feliz e apaixonado mostraria aos meus inimigos o quanto aquela aliança estava concreta...

Já estava anoitecendo e por um breve momento me sento em uma das cadeiras e olho em volta do lugar. Todos pareciam felizes com a comida, músicas e bebidas. Realmente, tudo estava muito bem caprichado e sem margem para imprevistos. Me perco em pensamentos até ouvir uma voz conhecida chamar e me tirar do meu transe.

– Amélia?  – Era Adelaide, e eu fico feliz em vê-la.

– Oh, Adelaide.

– E aí? – Ela pergunta sentando ao meu lado.

– E aí, o que?

– Meu Deus. O beijo, como foi? Pelo que sei foi o seu primeiro.

 – Sim, foi. Sinto-me normal.

– Meu Deus. Você me leva a frustração em segundos.

– Aí Adelaide, por favor.

– Fico imaginando o quão bom deve ser sentir aqueles lábios carnudos e vermelhos como doces morangos. – Fico incrédula ao ouvir tal comentário e vejo ela cair em gargalhadas.

– Você me envergonha, sabia? Que tipo de comentário é esse? Você bebeu, não foi?

– Dar para perceber?

– Sim. Principalmente depois disso.

– Mas sabes que é com respeito, certo?

– Sei. – Digo e nós duas gargalhamos.

– Daqui a pouco chega a hora de partimos. Está ansiosa para a primeira noite com o príncipe?

– Como diria você, estou ansiosíssima. – Respondo em tom de deboche e ela faz cara feia.

– Será a sua primeira noite casada. Tornara-se uma mulher.

Eu entendia o que Adelaide queria dizer, mas apenas ouço sem lhe dar nenhuma resposta. Eu sabia que uma hora tal coisa aconteceria entre nós dois, até porque precisávamos de um herdeiro para a linha sucessória, mas com certeza não seria naquela noite. Eu havia ordenado para que algumas mudanças fossem feitas no meu novo quarto e ninguém sabia disso, até mesmo Adelaide. Mas com certeza eu e Seokjin não dividíramos uma cama.

Enquanto converso com Adelaide vejo-o se aproximar de nós duas e Adelaide cair em encantos por ele.

– Olá moças. – Ele diz e faz uma reverência.

– Oi. – Respondo e Adelaide apenas sorrir.

– Devo me retirar? – Ela pergunta e eu olho para o príncipe.

– Não. Apenas passei para dizer que a carruagem está pronta e que podemos ir quando você desejar.

– Ah sim. Acho que se estiver tudo bem para você, podemos ir agora mesmo. – Falo.

– Então acho que devemos partir. – Ele diz e oferece sua mão para que a segure e o faço.

– Você vem com a gente Adelaide? – Pergunto.

– Óbvio que não. Irei em outra carruagem. – Ela diz com um sorrisinho e eu reviro meus olhos, fazendo com que ela e Seokjin sorriam.

Nos despedimos de todos que ainda estavam lá e caminhamos em direção a carruagem.

– Por favor, venham nos visitar. –  A rainha Kim repetia inúmeras vezes e apenas prometemos que voltaríamos mais vezes.

Com ajuda de Seokjin eu subo na carruagem e ele sobe em seguida. Sentamos um de frente para o outro e vejo seus olhos em mim. Viro meu rosto em direção a pequena janela e apenas aprecio a vista da noite surgindo.

– Você e Adelaide são bem próximas, não é? – Seokjin pergunta fazendo-me o encarar por um breve momento.

– Sim, nós somos.

– Acho bonita a relação de vocês.

– Sério?

– Sim. Não tenho muitos amigos.

– Entendo, eu a conheço desde de pequena. – De alguma forma. Falar de Adelaide era fácil para mim.

 Um silêncio se instala e eu começo a me preocupar se aquilo era algo bom ou ruim, afinal, Seokjin sempre estava tentando puxar assunto. Disfarçadamente olho para ele e vejo que ele apenas olha para as suas mãos desanimadamente. Eu não sabia o que ele tinha que fazia com que eu me sentisse mal comigo mesma. Inferno. – Penso.

– Você está cansado? –Pergunto tentando puxar assunto já que a viagem seria longa.

– Um pouco e você? – Agora ele me olhava esperançoso, o que me deixa mais confusa ainda.

– Um pouco também. – Sorriu para ele.

– Seu sorriso é bonito. – Ele diz e parece envergonhado.

– Obrigada, eu acho.

Eu já estava ficando incomodada com toda aquela tensão e parecia que nunca chegava, até sentir a carruagem parar.

– Acho que chegamos. – Ouço Seokjin dizer.

– Sim. É aqui. – O vejo descer e em seguida estender uma de suas mãos para que assim eu pudesse me juntar a ele.

– Obrigada. – Digo.

– Não foi nada.

– O que acha? – Pergunto.

– Aparentemente é muito bonito aqui.

– Amanhã você pode explorar um pouco mais. – Falo.

– Você virá comigo? – Olho pelo canto do olho e percebo uma leve tensão se formar em seus ombros, junto a uma expectativa.

– Talvez ao amanhecer você não irá querer tanto a minha companhia.

– Por que diz isso?

– Acho melhor entrarmos, os empregados nos esperam.

– Mas...

Interrompo seu questionamento e começo a caminhar para a entrada. Percebo que logo atrás ele inicia seus passos e caminha vagarosamente. Eu não queria te dar tantas esperanças, mas também não iria considera-lo um inimigo. Eu gostaria de chegar a um meio termo se assim fosse possível. Sim era isso que eu mais queria – Penso.

– Sejam bem vindos majestades. – Um dos empregados diz e o restante do pessoal se junta a ele em uma reverência.

– Obrigada. – Agradeço e vejo SeokJin fazer o mesmo.

– Eu me chamo Tomás.

– Você já deve saber nossos nomes, certo?

– Com certeza. Tudo já está pronto para recebe-los e por favor, deixe-me saber se precisam de algo.

– Por mim não, quero somente descansar agora e você Seokjin?

– Por hora não preciso de nada também.

Adentramos no nosso novo palácio e tudo estava devidamente arrumado como imaginei, sem nenhuma margem de erro, o que me deixa satisfeita.

– Você fez um bom trabalho com a decoração. – Seokjin comenta olhando ao redor.

– Obrigada. Você gostou? Caso não, pode modificar depois.

– Para mim está perfeito.

– Que bom. – Subo as escadas com Seokjin vindo logo atrás. Como esperado, todos achavam que consagraríamos nosso casamento naquela noite.

Nos corredores, encontramos algumas moças que caem em risinhos quando nos ver, fazendo-me revirar os olhos. Após percorremos o longo corredor, encontramos a porta que dava para nossos aposentos.

– Chegamos. – Anuncio antes de tentar abrir a grande porta de madeira, mas Seokjin se apressa e a abre antes, indicando que eu entre primeiro.

– Primeiro as damas. – Ele diz e eu reviro os olhos, mas sorriu para ele em forma de agradecimento.

– Obrigada. – Vejo ele vindo logo atrás de mim e parar para olhar ao redor do ambiente. Sua expressão era curiosa. Caminho por todo o quarto me certificando de que tudo estava devidamente em seu lugar como eu havia pedido e para a minha satisfação estava.

Chego a sentir um sentimento de que estava prestes a iniciar uma luta e essa luta com certeza seria uma das mais difíceis. Seokjin conheceria meu verdadeiro eu e eu tinha certeza que isso o afetaria e decepcionaria a imagem que ele havia inventado de mim eu seu coração. Mas era o certo a se fazer. 


Notas Finais


Perdoem qualquer erro ortográfico 🧡🧡


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