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História Regressão ao amor - Ciúmes.


Escrita por: Anjaries

Notas do Autor


Olá, meus amores, que saudades de vocês!!
Como estão? espero que estejam todos maravilhosamente bem! :D
Voltei com mais um capítulo para vocês! Espero que gostem.
Bjos da tia Talha_Malfoy :* :* ♥♥♥

Capítulo 7 - Ciúmes.


Draco dormiu ainda chorando nos braços de Snape. Eu fiquei ali, sentado no sofá, ainda pensando em como o meu anjinho deveria ser solitário, morando com aquelas pessoas que diziam ser seus pais, mas que não serviam para isso, como puderam não amar essa criança linda, do próprio sangue deles, filho deles? Eu não fazia a mínima ideia. Talvez eles não tenham coração.

Snape surgiu de volta na sala, depois de ter levado Draco para a cama, eu queria fazer tantas perguntas a ele, mas eu suspeitava que nenhuma delas seria bem-vinda agora, então fiquei quieto. Ele andou até a porta, mas parou e me olhou antes de abri-la.

_Suponho que você deve estar pensando, em quão infeliz Draco foi morando com Lucius e Narcisa, suponho também, que deve estar se perguntando, porque eu não fiz nada para mudar isso, sendo eu padrinho dele. E deve estar também, colocando uma grande parte do sofrimento do Draco como por minha culpa. Eu deveria ter feito alguma coisa afinal, não é? _Ele me olhou com desgosto, como se pensasse, o porquê de ele estar se explicando, já que eu não tinha nada a ver com isso. Fiquei quieto, apenas olhando para ele, com medo de que, se eu dissesse alguma coisa ele poderia mudar de ideia e ir embora sem falar mais nada. _Mas não se engane Potter, você não chegou nem perto de solucionar o problema. Draco sempre foi muito forte e inteligente, ele nunca deixou a forma como era tratado por seus pais o afetar, eu sei que você deve ter chegado à conclusão de que ele mudou tanto por isso, mas você está errado, isso nunca foi o motivo.

Dito isso, Snape saiu sem falar mais nada, sem nem me dar a chance de dizer algo. Fiquei ainda mais confuso com o que ele disse, se esse não era o motivo de Draco ter mudado tanto, eu não podia imaginar qual seria.

Depois de um tempo fui para o quarto, olhei para a cama e estava vazia, só então lembrei que Snape devia ter levado Draco para o quarto dele, já que não sabia que ele dormia comigo, fui para seu quarto para dar uma olhada nele antes de me deitar também para dormir, eu estava exausto. Draco dormia, tranquilo em seu sono. E por um momento parecia que tudo ficaria bem, eu acreditei nisso, amanhã seria um novo dia e se o que Snape disse for verdade, que Draco nunca se deixou afetar pela maneira que era tratado por seus pais, amanhã ele acordaria feliz, e com disposição para sair correndo por todo o castelo, e contagiar a todos com sua felicidade, e amanhã eu também estaria feliz, porque ele estaria.

Dei um beijinho no nariz de Draco, como sempre fazia antes de dormir e fui para o meu quarto, pensei em o pegar e leva-lo para dormir comigo, mas não queria o acordar. Chegando ao quarto fui direto para o banheiro tomar um banho, parecia que toda a tensão e exaustão que eu estava sentindo daquele dia, escorreram do meu corpo junto com a agua para o ralo do banheiro. Fiquei alguns minutos debaixo do chuveiro, deixando a agua quente trabalhar sobre os meus músculos. Quando terminei, vesti uma calça de pijama azul de algodão, e sai do banheiro indo me deitar. Draco estava sentado na cama, seus cabelos emaranhados para todo lado, seus olhinhos ainda vermelhos do choro, ele apenas me olhou por um tempo sem dizer nada, como se estivesse em transe.

_Draco? _Aproximei-me dele e me sentei ao seu lado na cama, toquei seus cabelos brancos bagunçados pelo sono.

_Não vai dormir, Ary? _Ele falou baixinho.

_Claro, Anjinho, só estava tomando um banho. Está tudo bem?

Ele me olhou por alguns segundos que pareceram horas para mim, seus grandes olhos cinzas, questionadores, fixos em mim, um olhar muito adulto para uma criança.

_Eu só quero meu travesseiro Ary, será que eu posso?

Fiquei o olhando, pensando no que ele disse, Draco me olhava com a cabeça inclinada para o lado, aguardando minha resposta e eu não estava entendendo nada, de repente me senti o ser humano mais burro do mundo, me lembrei de uma vez que Draco me disse muito mal humorado, que eu era seu travesseiro e me perguntando como ele poderia voltar a dormir sem seu travesseiro, e suas palavras fizeram sentido agora, ele queria dormir com a cabeça em meu peito, como sempre fazia. Sorri para ele.

_Oh, claro meu anjo, só vou apagar a luz e podemos dormir, ok?

Draco apenas acenou que sim com a cabeça e deu um sorriso, um sorriso que nunca alcançou seus olhos. Fiz um feitiço para apagar a luz e me deitei na cama, logo em seguida Draco se deitou com a cabeça em meu peito, não demorando para ele dormir. Aquele sorriso só fez aumentar a dor em meu peito ao o ver tão triste, Merlin, que amanhã toda essa tristeza tenha ido embora, por favor!

 

♥♥♥

 

No outro dia Draco realmente voltou a ser aquela criança, feliz e carinhosa que sempre fora, era como se nada tivesse acontecido, e eu agradeci a Merlin por isso. Snape apareceu para ver como ele estava, e Draco o recebeu feliz da vida, como sempre. Com o passar dos dias Draco parecia ficar cada vez mais inteligente e consequentemente mais curioso, ele me enchia de um monte de perguntas, queria saber o porquê de tudo, e ao mesmo tempo tinha resposta para tudo, era fascinante ver como seu rosto se iluminava a cada descoberta, como ruborizava de tanto rir ao aprontar com alguém pelos corredores do castelo e depois sair correndo para me contar. Já faziam quase dois meses que estou cuidando do Draco, e ele não parava de me surpreender. Quase dois meses conhecendo um lado do Draco Malfoy que eu nunca imaginei existir, um lado que eu amava.

Eu estava deitado no sofá da sala enquanto fazia um feitiço simples de levitação, fazendo Draco levitar pela sala, ele amava quando eu fazia isso, seu rosto já estava vermelho de empolgação. Coloquei ele de volta no chão e ele veio e pulou em cima de mim.

_Ary, faz de novo?! _Ele soprou o cabelo que insistia em cair em seu rosto e sorriu para mim, um sorriso que chegou aos seus olhos, o fazendo brilhar, o sorriso que eu amava.

A porta da sala se abriu e Snape entrou, logo Draco correu para ele o abraçando.

_Padriiinho!! _Snape o pegou em seus braços o erguendo para que pudesse olhar em seu rostinho.

_Como está o meu afilhado favorito?

Draco riu ao ouvir isso.

_Padrinho você só tem eu de afilhado! _Snape sorriu para ele.

_Não importa, mesmo se eu tivesse 100 afilhados, você ainda seria meu favorito. _Draco sorriu e o abraçou apertado.

Eu não poderia deixar de pensar o quão surreal parecia essa interação entre os dois para mim. Também não poderia deixar de notar esse sentimento totalmente novo que invadiu meu peito, e me fazia não gostar nada de como Draco se iluminava ao ver Snape, como se ele fosse sua pessoa favorita no mundo. Mas é claro que ele seria, Snape era seu pradinho afinal, e era a única pessoa que sempre esteve ao seu lado...

_Que cara é essa Potter? _Olhei para Snape que agora estava sentado ao meu lado no sofá, ele me olhava com uma cara estranha, quase como se soubesse de algo que eu não sabia e, se deliciava com isso. _Parece até que comeu e não gostou, porque está me olhando assim?

_N-Nada, professor. _Falei meio sem graça. Nem tinha notado que eu estava olhando para Snape, desviei o olhar e olhei para Draco que continuava abraçado a ele, ouvi um riso baixo, olhei para cima e vi que era Snape quem ria e me olhava balançando a cabeça em sinal negativo.

_Eu não acredito que você está com ciúmes do Draco comigo Potter.

Draco ergueu a cabeça e me olhou, e eu senti minhas bochechas se esquentarem, eu com ciúmes do Draco? Será? Eu sei o que é ciúmes, mas nunca o senti de nenhum dos meus amigos, talvez fosse porque eu nunca tive a ameaça iminente de que algum deles pudessem me odiar. Snape riu novamente da minha cara, ele estava muito risonho hoje, não sei o que aconteceu para isso, mas prefiro quando ele não ri da minha cara.

_O que é ciúmes padrinho? _Draco perguntou, olhando para Snape.

Snape parou de rir e olhou para Draco, ele pensou por um momento, enquanto isso Draco continuava a o olhar de um jeito curioso.

_Hum... Ciúmes é um sentimento gerado pelo desejo de conservar alguém junto de si ou por não conseguir partilhar afetivamente essa pessoa, Draco. É uma reação que alguém tem quando gosta muito de outro alguém e sente a relação entre os dois ameaçada por alguma coisa ou pessoa.

Draco pareceu pensar sobre isso, e então saiu do colo de Snape e pulou no meu, me abraçando forte.

_Não precisa ficar com ciúmes, Ary. Você nunca vai me perder, porque você é minha pessoa favorita no muuundo todo.

_Ei, pensei que eu fosse sua pessoa favorita no mundo todo. _Snape disse com um ar falso de indignação. Draco olhou para ele.

_E você é, padrinho. Mas você é meu padrinho favorito no muuundo todo. O Ary, é meu Ary. _Ele disse, como se isso explicasse tudo. E na verdade explicava, porque meu coração ficou bem mais leve ao ouvir isso.

_Claro, claro. _Snape concordou sorrindo. _Mas eu não vim aqui para saber que o Potter é sua pessoa favorita no mundo todo, hoje é dia de você tomar mais uma dose da poção, aqui tome. _ele disse entregando um vidrinho com a poção para Draco tomar.

De repente, senti toda leveza de meu coração se esvair, e ser substituída por um sentimento se perda...


Notas Finais


É isso, meus amores.
Gostaram?! Espero que sim!!
Não sei se posto outro capitulo essa semana, porque sou revisora, e estou com um livro para revisar que ocupa uma grande parte do meu tempo, mas vou fazer o possível para conciliar os dois, e postar o próximo capitulo o mais breve possível.
Bjos e até mais! :*
♥♥♥


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