- Quer ir à cidade?! Mas é perigoso! – Disse ele sério.
- Eu quero conhecer as pessoas daqui, afinal eu irei ser a rainha delas. – Disse.
- O seu pai nunca conheceu um plebeu, é uma tradição a casa real não visitar a cidade a não ser que seja urgente. – Disse sério.
- Então parece que eu tenho que mudar essa tradição. Manda preparar uma carruagem, eu percebi que é mau-gosto uma mulher cavalgar. – Disse eu fazendo peitos.
- Então eu irei pedir às guerreiras que cuidem da segurança de sua alteza. – Disse ele suspirando.
- Tu não vais? – Perguntei rapidamente.
- Eu tenho que ajudar a Iana com o casamento. – Disse.
- Q-Quando é que vai ser o casamente? – Perguntei.
Eu estava com medo que ele disse-se que era amanhã ou daqui a um mês, estou aterrorizada com a ideia de o perder. Porquê que ele já está noivo?!
- Quando a sua alteza coroar-se depois de alguns meses eu irei casar-me. – Disse ele sério.
- Então quando eu for rainha é quando vocês vão casar-se? – Perguntei disfarçando a minha felicidade.
- Sim… - Disse meio aborrecido.
- Thank you god! – Disse eu feliz.
- Ah? O que é essas palavras?! Bruxaria? – Perguntou ele assustado.
- É apenas inglês… - Ri-me.
Fui para o meu quarto preparar-me para visitar Arkovary, quando Marie entrou.
- A carruagem está pronta. – Disse curvando-se.
Entrei na carruagem, respirei fundo e levantei a cabeça.
- Toda a gente reconhecerá esta carruagem, acho que quando eles virem-na ficarão felizes. – Disse ela.
- Como se chama a rainha? – Perguntei.
- Janrai Donvary de Arkovary. Ela é bonita, mas não é sua mãe biológica, rainha Larane faleceu um dia depois que deu à luz sua alteza. Janrai… pode-se dizer que o povo não gosta muito dela e das suas despesas. – Disse Marie.
Por fim a carruagem parou, abriram as portas e Maire saiu. Ouvi a espadas das guerreiras serem sacadas… foi quando ouvi uma voz a falar por muitas.
- O rei está melhor?! Ele veio ver o seu povo? Ele tem algo importante? – Perguntou um homem.
- E o que irá acontecer connosco?! Iremos ter outro rei? Por favor, saia e conte-nos! – Disse uma mulher.
Ouvi logo um monte de vozes a falarem ao mesmo tempo, foi quando eu vi as guerreiras a preparam-se para defender-se.
- Parai! Guardem as vossas armas! – Saí preocupada.
Todas as vozes calaram-se, Marie mandou elas guardarem e deu-me a mão para ajudar-me a descer. Eu lembrei-me dos filmes… em que a rainha tem as costas direitas e cabeça erguida. Eu fiz o mesmo e dei um olhar confiante. Marie sorriu e olhou para o povo.
- Aqui e agora apresento-vos a filha do rei, sua alteza Thomas Donvary de Arkovary e de sua rainha Larane Donvary de Arkovary, Celie Donvary de Arkovary! Futura rainha de Arkovary! – Disse Maire com uma voz orgulhosa.
Dei um sorriso elegante, sem mostrar os dentes. Eles começaram a olhar uns para os outros e a falaram, quando depois veio as lágrimas aos seus olhos e depois um a um veio as vénias.
- Levantai-vos! Eu estou aqui para visitar a cidade, não para vos dar ordens ou para mostrarem algo a mim! Eu quero conhecer tudo o que vocês fazem, comem, quando estão felizes, quando estão tristes. Eu quero ser aquela que vos dará a mão quando mesmo Deus não deu. – Disse eu dando a mão a um homem velho e com roupa pobre.
Dei um leve sorriso e segurei a mão dele como também ajudei-o a levantar-se. Falei um bocado com ele e depois formaram toda uma roda ao meu redor.
- Ela será uma ótima rainha… mas porquê que nós temos que estar a ver daqui? – Perguntou um homem em cima de uma árvore.
- Sim, ela será. Goroh! Apenas cala-te e aproveita. A rainha que o povo tanto sonhou regressou ao seu país. – Disse Arthur.
- Mas tu não tinhas um compromisso com a Iana? – Perguntou ele.
- Eu cancelei. A rainha é mais importante para mim, do que preparações para um casamento. – Disse ele.
Aquele povo era maravilhoso, Arkovary é diferente do que imaginei, como também são diferente do Planeta Terra. Os ricos ajudam os comerciantes a carregarem as caixas, não existem escravos, as crianças são felizes e bem tratadas. Este país está mesmo em guerra? Por um momento, eu amei estar ali.
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