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História Reino Mágico de Rasen - A primeira Visita - Ella


Escrita por: TouchScream

Notas do Autor


Se tiver algum erro, me desculpem eu sou humano, pelo que eu sei.

Capítulo 1 - Ella


Fanfic / Fanfiction Reino Mágico de Rasen - A primeira Visita - Ella

A chuva está forte lá fora. Faz muito tempo que não temos uma tempestade como essa. As trovoadas provavelmente estão assustando os animais que criamos em nosso quintal.

Meu nome é Ella. Eu tenho quinze anos e vivo na cidade de Fildes, um lugarejo pequeno localizado na província maior de Lunar, uma das mais prósperas de nosso país. Moro em um bairro pequeno e pobre localizado no final da cidade, mas as pessoas do bairro são receptivas e dadas às condições em que vivem, são bem alegres. Minha casa é a última da rua, logo na divisa com a floresta. Vivo lá junto com meu pai Joseph, minha mãe Roseta, minha irmã mais nova Lucy de 3 anos e meu irmão mais velho, Tobias, de 17 anos.

                Mas minha vida nunca foi assim. Nós nos mudamos para a cidade Fildes após a morte de meu avô Almiro, meu grande amigo que sempre me contava histórias quando eu era pequena sobre um reino mágico onde existiam sereias, bruxas, duendes e fadas o Reino Mágico de Rasen, e até então estamos vivendo aqui sem condições de nos mudarmos para um bairro mais cuidado e limpo, mas eu particularmente gosto daqui, ainda mais por causa da nossa casa que é próxima a floresta, mas não me atrevo a entrar lá, como antes entrava,desde o incidente que aconteceu com minha irmã gêmea Kelsey há dois anos.

 Eu e Kelsey sempre íamos para a floresta para passar o tempo e esquecer-se dos amigos que tivemos um dia e que jamais iríamos reencontrar. Como nossa família não tinha dinheiro sempre para poder nos alimentar nós íamos à floresta sempre que podíamos para colher algumas frutas e até mesmo para pescarmos e foi num dia desses que aconteceu a tragédia. Irei relatar de uma forma bem resumida o acontecido.

Era um dia de Domingo e nós saímos para pescar, o que sempre fazíamos nesse dia. Acordamos cedo e nos aprontamos pegamos nossas varas improvisadas e fomos em direção ao nosso ponto de encontro. A caminho da floresta nos deparamos com os vizinhos, que eram sempre muito simpáticos e nos deram algumas frutas para fazermos um lanche enquanto pescávamos. Ao chegar ao nosso ponto de encontro eu e Kelsey ficamos conversando sobre as histórias que o vovô contava.

-Você se lembra daquela história das sereias? Era a minha favorita – disse ela num entusiasmo, sempre fora apaixonada pelos contos principalmente aqueles que tinham sereia em sua história.

- Lembro sim. E sempre que nadávamos ficava imaginando ser uma sereia – disse o que era um pouco verdade, quando acabávamos de pescar sempre nadávamos no lago. Nós aprendemos a nadar quando ainda estávamos na nossa antiga cidade e sempre nos destacamos na aula de natação.

- Gostaria de ser uma sereia. Dá para acreditar nas coisas maravilhosas que elas devem ver no oceano? Ou até mesmo nos lagos? – Kelsey disse em um suspiro, provavelmente imaginando todas as coisas boas que aconteciam dentro d’água.

O dia de pesca foi muito divertido e por sorte conseguimos pegar alguns peixes, colher algumas ervas que nascem nas bordas do lago e também alguns morangos que cresciam próximos daquela área. Então chegou a parte mais divertida de nosso passeio: a hora de nadar no lago.

Como nós não tínhamos roupa de banho sempre levávamos uma roupa extra para utilizar depois que a nadássemos e a roupa estivesse molhada. Então a primeira a entrar na água foi Kelsey e foi muito divertido nós brincamos de quem fica mais tempo debaixo da água e também de guerra de água quando aconteceu uma coisa inexplicável. Kelsey que era uma ótima nadadora começou a se afogar, fiquei desesperada e comecei a puxá-la para a borda do lago, mas era como se alguma força maior estava-a puxando para o fundo do lago. E foi então que vi minha irmã gêmea sendo morta na minha frente sendo que eu não podia fazer nada para ajudá-la.

Uma única dúvida estava em minha cabeça. Como eu iria conseguir falar com meus pais que minha irmã tinha morrido afogada e que eu estava lá no momento e não pude ajudá-la?  Como ainda era cedo para voltar pra casa adiei esse momento o quanto pude. Encolhi-me embaixo de um carvalho e me pus a chorar e tentar esquecer, mas relances sempre me lembravam do que tinha acontecido.

 Se minha vida já era um desastre antes, agora seria mais ainda. Naquele mesmo dia quando voltei para minha casa chorando e sem minha irmã, meus pais não me perguntaram nada somente entenderam, não sei de que forma, o que tinha acontecido e me abraçaram. Meu irmão mais velho que chegou horas depois, já que trabalhava durante praticamente todo o dia para ajudar com a renda da família, me acusou de ter a matado. O que me causou bastante dor no coração e a partir daquela dia nossa relação nunca foi mais a mesma.

Depois de dois anos do que tinha acontecido sempre tentei esquecer aquele dia, mas sempre me via a mente à imagem dela sendo puxada, mas não estava gritando apena afundando. Tive que continuar com minha vida, na realidade todos nós tivemos. Consegui um emprego na biblioteca no centro da cidade. No começo não quiseram me aceitar, pois não tinha formação completa, mas depois de tanta persistência eles me aceitaram e o próprio dono da biblioteca me ensinou a melhorar minha leitura, ao que sou muito grata a ele.

E assim que nos sobrevivemos minha mãe de vez em quando pega alguns trabalhos de lavar roupa ou até mesmo faxineira, meu pai trabalha em uma escola onde ele é assistente, Tobias trabalha na fazenda de um cara rico da cidade e eu trabalho na biblioteca. Cada um ajudando com o que pode e tentando fazer com a vida da minha pequena irmã Lucy não seja tão ruim.

Com o dinheiro que comecei a ganhar na biblioteca paguei os meus materiais de estudo e voltei à escola, mas não era como a escola que eu estudava na minha antiga cidade, mas pelo menos era uma forma de aprendizado. Lá os professores sempre me elogiavam pelo amor a História e pela Leitura e que se eu tivesse uma oportunidade eu seria uma ótima escritora, mas isso não é o que enche uma mesa.

Todo dia minha vida é assim acordar cedo e ir para a escola, onde eles dão lanche e essas coisas e após a escola me dirigir à biblioteca aonde passo boa parte do meu tempo lendo livros e ajudando as pessoas com indicações sobre qual livro escolher e por que. Na volta para casa já estou praticamente exausta, mas não me posso dar ao luxo de deitar e dormi, ainda sim tenho que ajudar minha mãe com a Lucy enquanto ela arruma a casa. Quando são praticamente uma dez horas da noite meu irmão chega cansado em casa e primeira coisa que ele faz e ligar a nossa televisão, que é um pouco velha e é utilizada somente para assistir anúncios importantes da prefeitura e o que acontece de importante na nossa província.

Só então me lembro hoje é segunda-feira e como toda segunda, eles passam uma palestra do Rei de nossa província – que ele viva eternamente- o Rei Augusto e a Rainha Sophie que sobem no púlpito do que eu vejo ser a bancada do castelo da província, onde eu nunca fui é claro. O anuncio é os de sempre, eles estão pedindo mais impostos para a proteção da divisa da província, mas eu sei para que eles usam o nosso dinheiro. Para comprar perucas novas para a Rainha. Mas algo chama a minha atenção no final do anuncio.

Um homem que está utilizando um das roupas chiques que vejo os ricos da nossa cidade utilizar, da cor de nossa província um verde da cor parecida com musgo. E então ele fala:

- Está proibida qualquer aproximação com a floresta do norte.  Seja para caça, pesca ou colhimento de frutas e ervas. Os únicos produtos que podem ser utilizados são os que são vendidos nas lojas.  Recado se sua alteza Augusto – que ele viva eternamente.

Essa noticia me pegou de surpresa. Era da floresta que nós pegamos boa parte dos alimentos que nós consumíamos, nós e todas as pessoas pobres de nosso bairro. Agora eles estão nos forçando a comprar aquelas comidas, que não são nem um pouco frescas e com um preço absurdo. Isso é somente para aumentar o lucro da província, mas sei que muitas pessoas, inclusive eu, ainda vão se aventurar na floresta agora proibida.

 


Notas Finais


Espero que vcs tenham gostado, é a primeira história que eu escrevo por aqui. Por favor comentem isso faz com que eu me sinta mais inspirada para continuar a escrever. Obrigada por lerem, e prometo postar a continuação o mais rápido possível a depender da recepção que a história tiver.


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