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História Rejecting Love - Quantos anos acha que eu tenho?


Escrita por: SleepingTriz

Capítulo 5 - Quantos anos acha que eu tenho?


Fanfic / Fanfiction Rejecting Love - Quantos anos acha que eu tenho?

 


 

Melissa

Ou esse cara estava zombando da minha cara ou ele fez um curso bem aprofundado na matéria chatice. Tenho a absoluta certeza de que não existe na face da terra, um ser mais curioso do que eu, Melissa Becker. Ou ele me conta ou não vou conseguir ficar sossegada. 

- Para de mistério e me fala logo pra onde é que você está me levando. - falei ríspida.

- Desista Becker! - ele gargalhou.

- Só me fala uma dica. - insisti.

- A dica é que já estamos chegando. - olhei para a frente e percebi que nós estávamos adentrando em uma estrada de terra. Olhei para os lados e  só consegui ver montanhas e árvores. Não havia casas, nem lojas, muito menos pessoas, só havia mato, muito mato. 

- Por acaso estamos retrocedendo para a idade da pedra? 

- Para de falar besteiras e aprecie essa paisagem maravilhosa. -  falou, apoiando o braço na janela e sentindo a brisa tocar seus cabelos, enquanto dirigia com um sorriso no rosto.

- Não sei que paisagem maravilhosa... só estou vendo mato seco! - respondi e ele riu.  

Zayn ficou calado por alguns segundos enquanto passávamos por dentro de um túnel escuro, ou caverna, ou sei lá o que era aquilo. De repente saímos do túnel e uma luz forte bateu em meus olhos, coloquei as mãos na frente em forma de defesa.

- E agora? Tem certeza que só está vendo mato seco? - perguntou sorrindo, mas eu não consegui pronunciar palavra alguma.

O lugar era belo demais, ao meu ver era perfeito! Não havia casas, nem pessoas e muito menos mato seco. Havia montanhas que davam vida ao relevo e milhares de árvores carregadas de maças. O chão era todo de gramado, coberto por flores. Eu nunca havia visto uma paisagem tão maravilhosa como esta que estava vendo. Era um lugar que trazia um estado de paz espiritual e eu só queria sair correndo, pular e rolar nesse gramado tão cheio de vida. 

Zayn estacionou o carro e eu desci rapidamente. Eu precisava sentir o ar puro.

- Eu não sei o que falar! - Coloquei as mãos no rosto em sinal de espanto.

- Não fale, apenas aprecie a paisagem. - disse Zayn, ficando ao meu lado.

- É perfeito! Esse lugar me lembra a fazenda dos meus avós em Dublin. - falei e senti meus olhos marejarem. Ah, Dublin...minha cidade Natal, como estou com saudades! Parece que foi ontem que eu tinha dez anos e corria com Bianca, atrás dos cavalos do meu avô. 

- Você está bem? - Zayn perguntou, acariciando minha mão.

- Eu nunca estive tão bem na minha vida! Sabe o que eu vou fazer agora? - perguntei, sorrindo alegre.

- Não sei. - riu. - O que você vai fazer agora? - perguntou, me encarando.

- Isso! - sai correndo, sentindo a leve brisa tocando minha face. Zayn corria atrás de mim, pedindo que eu parasse. Me joguei no gramado e comecei a rolar por ele e fazer anjinhos de neve, ou melhor dizendo, anjinhos de grama. Me senti como se eu estivesse com dez anos novamente. 

- Melissa, você está ficando maluca? Eu falei para apreciar a paisagem e não para ficar correndo como louca. - falou, me olhando como se eu estivesse fazendo a coisa mais errada do mundo.

- Larga de ser estraga prazeres e experimenta fazer isso também! - falei, gargalhando por conta das cócegas que o gramado proporcionava. Ele me encarou com uma expressão estranha. - Vamos Zayn, eu sei que você quer fazer isso! 

- Quantos anos acha que eu tenho? - Perguntou, sorrindo de lado.

- Quarenta! Com esse humor de velho gagá. - zombei, gargalhando.

- Pois está enganada Becker! - falou e se jogou na grama, rolando por cima de mim. 

- Sai de cima de mim, seu gordo! - falei, empurrando-o para o lado. - Seu cabelo tá tampando a luz. - Murmurei e ele se afastou rindo. Ficamos parados de barriga pra cima observando o imenso céu azul.

- Melissa? - disse Zayn.

- Hum? - resmunguei.

- Sabe aquela estrela ali? - apontou para cima. - É a estrela major, a mais brilhante de todas.

- Nem tem estrelas no céu, babaca. - Gargalhei.

- Fingi que tem, desmancha prazeres. - respondeu rindo fracamente e o vi revirar os olhos.

- Oh claro, me desculpe! E aquela logo ali é a estrela defensora dos idiotas.

Zayn bufou e em seguida levantou-se.

-Vamos, levanta. - falou, me puxando.

- Mas estava tão bom aqui. - resmunguei.

- Ainda falta a outra parte da paisagem, ou você não quer ver?

- Claro que eu quero.

- Então, vamos. 

Ele começou a andar por uma trilha e eu estava indo atrás, seguindo-o. Passamos por um riacho, onde tivemos que nos equilibrar nas pedras, até chegar ao outro lado.

- Que lugar é esse que não chega nunca? - perguntei, tirando alguns galhos do caminho.

- Acabamos de chegar. - disse apontamos para um pomar mais afastado.

- Não me diga que são... Cavalos! - Falei eufórica.

- E não são! São unicórnios. - Zayn respondeu zombando e eu lancei-lhe um olhar de desdém. Os pomares estavam repletos de cavalos, que alimentavam-se das maças.

- Bobo! - dei um tapinha no ombro dele. - Como sabia que eu gostava de cavalos?

- Seu colar, seu papel de parede e os quadros do seu pai te entregaram.  - falou sorrindo.

- Eu quero andar! - gritei animada.

- Foi pra isso que eu te trouxe. - revirou os olhos.

- Então vamos! - falei e o sai puxando até o pomar.

Todos os cavalos eram lindos, se eu pudesse andaria em todos. Porém um me chamou a atenção, pois estava mais distante dos outros e era o cavalo mais bonito que eu já havia visto. Ele era preto e possuía uma crista branca. Aproximei-me dele, começando a alisá-lo com cuidado. Seus olhos eram de um tom de castanho bem escuro e estavam fixos ao meu, como se ele estivesse me dando permissão para andar nele.  Comecei a dialogar com o bichinho e Zayn me olhou estranho e começou a gargalhar.

- O que foi? Será que uma pessoa não pode dialogar com um cavalo em paz? - bufei.

- Claro ué, eu não falei nada. - respondeu, segurando o riso. - Parece até que ele gostou de você.

- E eu gostei dele. - falei abraçando  o cavalo.

- Que cena linda, você até parece com aquele cavalo branco do quadro do seu pai. - Zayn disse, me provocando.

- Não enche! - falei e segurei o riso. Eu parecia mesmo.

Subi no cavalo e comecei a dar voltinhas em volta do pomar. Zayn também escolheu um cavalo e começou a me acompanhar.

- Vamos correr - disse, se afastando com o cavalo e eu o segui. Começamos a correr mais rápido, e eu comecei a gargalhar.

- Corra Beleza! Corra! - falei, batendo de leve com os pés no cavalo, para que assim ele aumentasse a velocidade. Ultrapassei Zayn com seu cavalo e dei língua.

- Não é todo dia que se vê uma égua andando em cima de um cavalo! - gritou, tirando onda com a minha cara.

Eu juro que se eu não estivesse em uma velocidade tão rápida, eu desceria e quebraria aquilo que ele chama de cara.

No entanto, não  precisei mover um dedo para que ele levasse o troco. O próprio destino fez isso por mim. Zayn se desequilibrou do cavalo e caiu de cara no chão. Freei com o meu cavalo e desci para ajudá-lo. Ele estava todo troncho no chão, mas a grama parecia ter amortecido a queda.

- Está tudo bem? - perguntei preocupada, me aproximando e ele levantou a mão em sinal que sim, ainda com a cara no chão. - Bem feito! - falei, rindo. Ele se virou e me mostrou a língua.

- Vai ficar parada ai ou vai me ajudar? - perguntou, estendendo a mão.

- Fica calmo, folgado. - falei e fui ajudá-lo. Estendi a mão e ele me puxou, fazendo-me cair junto. Ele se virou, ficando por cima de mim, rindo e me encarando.

- Como é mesmo aquele ditado... Quem ri por último ri melhor? - disse, em crise de risos.

Minhas bochechas coraram com a nossa proximidade. Fiquei observando aquele sorriso maravilhoso e sentindo o hálito quente dele soprando contra o meu rosto. Surgiu um silêncio entre nós e ambos ficamos nos encarando.

  Zayn

Fiquei encarando os olhos de Melissa fixos aos meus. Ele era tão linda e só agora eu percebi o quanto já estava envolvido com esta garota, desde o dia que a tirei daquela estrada. Nossas respirações estavam cada vez mais próximas e ofegantes. Como sempre aquela voz que sempre acompanhava a minha consciência ressurgiu na minha mente, avisando-me para me afastar. Mas pela primeira vez, eu ignorei a voz. A única coisa que eu queria no momento era sentir seus lábios nos meus. 

Com cautela, aproximei meu rosto do dela. Ela ainda me encarava. Fechei meus olhos e selei nossos lábios. Pedi passagem com a língua e ela cedeu. Iniciamos um beijo calmo e intenso. Os lábios dela eram macios e os mais doces que eu já provei. E naquele momento eu só queria ficar parado no tempo.


Notas Finais


Só acho que o coração da Melissa deve ter atingido o limite máximo de batimentos ashuha <3


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