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História Rejeitado (ABO) - Encontro inesperado


Escrita por: alteza

Notas do Autor


Boa tarde, amoras! ❤️ Com tudo isso que está acontecendo com o nosso país, eu espero distrair un pouco a cabeça de vocês com um capítulo e que tudo se acalme e melhore logo.

*Imagem retirada do pinterest, segundo a imagem seu autor é "Raidesart"*.

Boa leitura. 💛

Capítulo 13 - Encontro inesperado


Fanfic / Fanfiction Rejeitado (ABO) - Encontro inesperado

Encontro inesperado. 

Após a aula, o Naruto retornou para a casa do Sasuke com o mesmo, ambos ficaram calados o caminho todo, na mente do Uzumaki só passava imagens do Sasori, ele nunca tinha visto o alfa derramar uma lágrima e no entanto, antes de deixar o refeitório, conseguiu ver que uma deixou um de seus olhos marejados. Aquilo doía no peito do loiro, não imaginava que ele ficaria tão abalado, mas não tinha muito o que fazer, já gostava de outra pessoa e mesmo que não tivesse deixado de amar o Akasuna, agora esse era um amor diferente.

Quando chegaram no apartamento o ômega foi direto tomar um banho – mas não deixou de falar com sua gatinha. Ele não demorou muito, queria apenas molhar o corpo e parar de pensar no cara que lhe fez sofrer com tanta compaixão, o menor deixou o banheiro apenas de toalha e foi até o seu quarto para pôr um pijama.

O Sasuke bateu à porta do quarto do loiro e entrou devagar em seguida.

- Posso entrar?

- Pode. – O Naruto permitiu e se sentou na cama, já estava deitado, respondendo uma mensagem do Konohamaru.

- Você está chateado por que te pus pra fora? Eu gostaria que entendesse meus motivos, sou seu professor na faculdade e desde o primeiro dia reclamei com vocês, se eu simplesmente mudasse de postura podia ser que estranhassem. – Se explicou ao entrar e se aproximar minimamente da cama de casal em que o ômega estava.

- Apesar de eu não gostar do seu lado professor, eu o entendo. Mas não é por isso que estou triste. – Respondeu com um suspiro e agarrou um dos travesseiros da cama.

- E o que houve? É por causa do que aconteceu na cantina?

O Uzumaki assentiu com a cabeça, não sabia que a notícia chegaria aos ouvidos dos professores, porém a fofoca naquela faculdade era espalhada que nem doença transmissível e cada um inventava algo a mais para rechear a conversa.

- Sim... – Abaixou a cabeça.

- Então quer dizer que você beijou o Sasori? – O Uchiha indagou quase em um grito histérico, o que assustou o Naruto, o mesmo franziu o cenho em seguida.

- Lógico que não, o telefone sem fio fica cada vez pior, credo. – Retrucou e o moreno pôde respirar aliviado. – Ele pediu pra voltar comigo com flores e bombons, ele até se ajoelhou, isso na frente de todo mundo. Mas eu o rejeitei e pedi que não me procurasse mais, foi a primeira vez que o vi chorar. – Contou apertando o travesseiro entre seus braços e pernas.

O alfa suspirou e se sentou na frente do loiro, passou a fazer carinho em seus frios desgrenhados e o mesmo lhe olhou como uma criança perdida.

- O que eu vou falar agora nada tem a ver com o que eu sinto por você, tem a ver com seres humanos. Eu sei que você tem um bom coração e que é capaz de perdoa-lo, mas as pessoas não são capazes de mudarem sem primeiro enxergar seus próprios erros, qualquer ser humano deve ser livre e fazer suas próprias escolhas e viver refém de alguém é a pior escolha que alguém pode fazer. – Explicou calmamente, ainda acariciando os cabelos alheios.

O Naruto assentiu, concordava com o Sasuke, mesmo que ainda se sentisse triste, o Sasori agora estava por conta própria e devia perceber seus erros para poder ser uma pessoa melhor, se ele fizesse isso por alguém, uma hora ou outra sua verdadeira natureza se sobressairia pondo a outra pessoa em perigo.

- Você tem razão, eu só espero que ele fique bem.

- Ele vai ficar. – Assegurou, uma hora o Akasuna teria que crescer. – Quer dormir comigo?

O ômega olhou para o mais velho com seus olhos brilhando, ele era muito verdadeiro e não conseguia esconder seus sentimentos, mesmo que quisesse.

- Sim. – Respondeu com um sorriso, seria a primeira vez que ele dormiria com alguém na mesma cama – fora do seu cio, pois tinha dormido com o Sasuke nos momentos em que sua febre permitiu. Nunca havia dormido com o Sasori, eles transavam, mas não passavam a noite juntos e quando dormia na casa do Neji, ele sempre ficava em um quarto de hóspedes, ninguém na casa entendia o motivo, já que o Naruto é beta para eles, porém o perolado o respeitava.

- Ok, vou só me banhar, chego já lá.

O Uchiha deixou o quarto para ir tomar banho e enquanto isso o Naruto foi para o quarto dele com suas pantufas de raposinhas e com a Kurama em seu encalço, ela já era acostumada a dormir na cama com ele, mesmo que tivesse sua própria caminha.

Quando o Sasuke chegou em seu quarto, vestindo uma camiseta preta, short folgado na cor cinza e chinelos, ele se deparou com dois serezinhos deitados na sua cama. O moreno tentou esconder um enorme sorriso de satisfação do seu rosto, naquele momento ele não soube dizer se estava sonhando ou não, mas certamente, se fosse um sonho, não queria mais acordar.

O alfa apagou a luz e foi se deitar, o quarto era iluminado apenas pelo brilho da lua, o moreno se enrolou com o lençol fino e o loiro se aninhou no seu braço estirado, pondo a cabeça no seu peito e passando um braço por sua cintura.

- Boa noite, Naru. – Sussurrou e beijou o topo da cabeça do Uzumaki, seu cabelo cheirava a avelã.

- Boa noite, Sasu!

- - -

No fim de semana o Naruto foi visitar sua avó, o Neji e o Konohamaru foram juntos, então o Sasuke acreditou que sua presença não seria necessária, seria pouquíssimo provável que alguém fosse atrás deles, então o mesmo foi se encontrar com a Sakura e com o Kakashi, a festa de casamento dos dois estava próxima e eles iam experimentar o bolo e outras comidas e bebidas que seriam servidas na celebração e queriam que o seu melhor amigo comparecesse para ajudar.

Assim, o Uzumaki e os outros foram no carro do Hyūga. O loiro conseguiu se comunicar com sua avó alguns dias atrás e falou que estava indo, ela pareceu muito feliz com a notícia, fazia meses que não via seu neto. O bairro dela ficava distante do prédio do Uchiha, eles chegaram lá em meia hora. A senhora já esperava na porta de casa.

O sorriso da mesma se alargou ao ver seu neto no banco da frente do carro cinza, o mesmo saiu rapidamente quando o Neji estacionou e correu até os braços da sua avó.

- Vovó! Que saudades.

- Eu também estava morrendo de saudades de você, meu netinho. E de vocês dois também. – Ela falou ao se separar do abraço e ver os outros garotos se aproximarem, após saírem do carro. – Faz tempo que não vêm aqui.

- Realmente, dona Tsunade, estávamos ocupados com os estudos. – O Hyūga falou, ele era o melhor em mentir dos três. – Sentimos muito.

- Ora, mas o importante é que estão aqui agora. Venham, entrem, eu fiz comida o suficiente para nós. – Ela os chamou com um grande sorriso, abriu o portão da sua casa e deu espaço para eles passarem.

A casa dela não tinha mudado de lugar de onde o Naruto foi criado, ela apenas reformou cômodo por cômodo, já que não tinha onde passar os dias enquanto a casa toda era reformada. Ela continuava do mesmo tamanho, antes até podia ser pequena, mas agora que estava morando só, via que era do tamanho ideal.

Os três garotos entraram, ela trancou o portão de cadeado e os levou até a cozinha, que só era separada da sala por uma meia parede. Eles se sentaram à mesa enquanto a senhora os servia.

- Quer ajuda, vovó? – O loiro questionou ficando de pé novamente.

- Não, faz tempo que não recebo visita, me deixe ter o prazer de servi-los.

O Uzumaki voltou a se sentar e esperou ela colocar quatro pratos, copos e xícaras e talheres, em seguida pôs o bolo, baguete, queijos, uma salada de frutas com mel e panquecas.

- Quem quer café? – Ela perguntou com uma cafeteira na mão. Seu neto levantou a mão, animado e o Neji também quis, ele levantou a xícara. Ela os serviu prontamente e também sua própria xícara. – E quem quer suco de laranja?

O Konohamaru pegou seu copo e aproximou dela, a mesma pôs a cafeteira fechada sobre a mesa e pegou a jarra de suco na geladeira para servir o garoto. Por fim, a mesma se sentou na ponta da cadeira.

- Podem colocar o que quiserem comer, tem manteiga também.

Os garotos se serviram com o que quiseram, o Naruto pegou panqueca com mel, uma fatia de bolo e ¼ do baguete com queijo, o Neji apenas se serviu de salada de frutas sem mel e o Konohamaru pôs tudo que teve direito, ele não costumava comer tanto na sua própria casa, então estava aproveitando a fartura.

A loira se serviu apenas com panqueca e baguete, eles comeram conversando sobre trivialidades, ela perguntou sobre a ONG do Konohamaru, sobre o tio do Neji e sobre os estudos do Naruto.

- E como... estão os seus pais? – Questionou ao seu neto, sabia que não era um assunto muito empolgante de se falar, mas ela também não tinha notícias deles.

- Estão viajando, como sempre, devem estar bem. – Respondeu com um ar tristonho, ele agora só espalhava o mel sobre a metade de uma panqueca sobre o seu prato.

- Certo, quando for conveniente eles aparecerão. Mas como vai a vida amorosa de vocês e as namoradinhas ou namoradinhos? – A senhora perguntou com um ar divertido, aquilo deixou seu neto instantaneamente corado.

- Eu continuo no zero a zero. – O Neji tirou o seu da reta, não tinha interesse em se relacionar com ninguém, mas queria saber do relacionamento dos outros.

- Não tenho tempo de namorar, vovó, os animais e a escola tiram o meu tempo todinho e ainda tenho minha mãe falando pra eu arrumar um emprego e deixar os animais pra lá por serem muito trabalhosos. – O Sarutobi se lamentou, se debruçando sobre a mesa, não que ele estivesse procurando alguém para se relacionar, ainda era novo, porém não planejava passar o resto da vida sozinho. E seu linguajar não estava como o de sempre porque ele não falava palavrão na frente da família do Naruto, apenas do avô do mesmo, ele sempre foi o mais chegado.

- Eu sinto muito, meu bem, sei que ela pode nunca entender o quão você é importante para aqueles animais. E a única coisa que eles podem te dar é amor, mas você não deve abandoná-los, pois eles nunca te abandonariam. – A senhora confortou o mais novo, ele sempre a chamou de vó, afinal ele espelhava o que o Naruto fazia quando era mais novo. Então, mesmo com o seu amadurecimento, ele não deixou de chamá-la dessa forma carinhosa.

- É a única coisa que eu quero deles. Mas alguém aqui tem uma novidade. – O beta deu uma cotovelada no braço do Naruto, fazendo-o rosnar de descontentamento.

- Hm, novidade? Conte-me, meu neto. – Pediu calmamente enquanto tomava seu café, mas com um sorriso doce.

O Uzumaki pigarreou, coçando a garganta após olhar feio para o Konohamaru, o mesmo apenas ria e nem o Neji mostrava indícios de querer lhe salvar dessa.

- B-bem, eu não sei muito o que falar. Eu... estou gostando de um cara e nossa relação tá progredindo, ele também gosta de mim. – Contou com a mão na boca e bochechas ainda avermelhadas, era a primeira vez que falava sobre isso pessoalmente com o Sarutobi e também era a primeira vez que falava sobre alguém para sua avó, ela não ficou sabendo do Sasori, até porque não sabia que ele era um ômega.

- E como ele é? – A avó se manteve curiosa, queria detalhes, pôs a xícara sobre a mesa e colocou suas mãos sobre seu colo.

- Ele é incrível. É um alfa dominante, mas não é ciumento ou possessivo, ele sempre cuida de mim, é doce, gentil, ama a família dele, eles têm uma boa convivência e ele gosta de animais. – Comentou com um sorriso sonhador, sua avó podia sentir e ver a diferença entre seu neto neste dia e o neto que foi lhe visitar a meses atrás, tinha um brilho nele.

- Eu consigo ver que ele te faz muito feliz e uma relação saudável é importante. Fico mais tranquila em saber que está em boas mãos, depois que seus pais te tiraram da minha casa eu passei a ficar angustiada dia e noite, eu sabia que eles não eram bons pais, mas hoje você é um homem e irá formar sua própria família, não deixe nada externo acabar com sua felicidade. – Ela aconselhou e o ômega ouviu tudo atentamente.

- Obrigado, vovó, farei isso.

- Da próxima vez que vier, traga-o para que eu possa conhecer.

O Naruto sorriu, será que o Sasuke se assustaria se ele o chamasse para conhecer sua avó? Não era como se eles estivessem assinando um papel de casamento nem nada.

- Pode deixar, vovó.

A senhora se levantou da cadeira, ela planejava organizar tudo, se os garotos fossem ficar para o almoço, precisaria fazê-lo. O Neji a ajudou com a louça, ela foi colocando na pia enquanto ele foi lavando, já o Naruto e o Konohamaru deram um jeito de sumir rapidamente, o loiro disse que queria ir ao banheiro e o beta apenas foi acompanhando-o.

Eles foram até o antigo quarto do Minato, ele estava incrivelmente limpo, provavelmente a Tsunade sentia falta do filho, ou talvez a saudade fosse do Naruto, já que ele dormia naquele quarto quando era mais novo. O ômega e o beta procuraram pelo quarto inteiro, tentando ser o mais rápido possível, o Hyūga enrolava a Senju, contando-lhe histórias e falando de suas irmãs que não paravam de dar em cima do Naruto, ela ria alto e fazia alguns comentários.

O Uzumaki foi acabar encontrando o aparelho telefônico no último lugar que pensou em procurar, dentro de uma caixinha antiga que o pequeno ômega usava para guardar fotos que tirava quando criança, eram fotos com seus avós ou de algum animal que estava de passagem na rua daquela casa e até de alguns insetos, o Naruto ainda era corajoso naquela época.

Ele pôs todas as fotos reveladas no bolso da sua bermuda e enfiou o celular junto, certamente estaria descarregado, analisaria tudo em casa.

- Achei, Kono, vamos. – O menor sussurrou para o Sarutobi que não havia parado de procurar, afinal não tinha lhe dito que tinha achado.

Ambos saíram do quarto como se nada tivesse acontecido e voltaram para a cozinha, o Konohamaru teve a ideia de mostrar a Tsunade algumas fotos dos animais que cuidava na ONG. Ela era derretida por animais.

Eles ficaram para almoçar e depois disso formam embora. Foram para a casa do Hyūga, o tipo do carregador daquele celular era um pouco antigo, ele tinha certeza que o aparelho do seu tio ainda era daquele tipo, aproveitaram para passar o tempo que o celular carregava jogando e conversando.

- - -

No dia seguinte, o Naruto avisou ao Sasuke que ia se encontrar com o Konohamaru na pista de skate de sempre, ele tomou café da manhã junto com o Uchiha e o mesmo insistiu em lhe deixar no local, apesar de não ter nada para fazer fora de casa, ele chamou o loiro para morar com ele por um motivo: sua segurança, então tinha que mantê-lo a salvo. Quando chegaram no local de encontro o ômega agradeceu e lhe deu um beijo na bochecha para se despedir, o moreno corou por um instante e só voltou a si quando a porta do carro foi batida.

- Tchau, Sasu. Até mais tarde. – O loiro falou quando já estava do lado de fora, acenando para o alfa.

Este apenas assentiu com a cabeça e deu partida no veículo, ainda estava um pouco aéreo, não estava acostumado com isso e sua relação com o Naruto não estava muito certa, depois do cio do garoto, eles apenas passaram a dormir juntos, porém nada além disso acontecia. O que, em parte, era reconfortante para o alfa, ele não tinha sido muito namorador quando mais jovem, mas se via na mesma situação de quando estava com sua ex, tinha receio, estava cauteloso, não queria sofrer novamente, apesar de não sentir que o Uzumaki faria isso com ele. No entanto, da última vez também não tinha sentido que algo ruim aconteceria.

O Naruto atravessou a porta de ferro da área das rampas e acenou para o seu amigo beta, ele estava acompanhado do Mistuki, o rapaz grisalho que trabalhava com ele na ONG.

- Fala aí, irmão. – O Sarutobi abraçou o loiro brevemente com um sorriso animado. – Você conhece o Mitsuki, não é? – Indagou apontando para o amigo com o polegar.

- De vista sim, se não me engano vocês estão na mesma sala. – Respondeu cumprimentando o garoto com um aperto de mão. – É um prazer.

- O prazer é meu e sim, estudamos na mesma sala, mas eu acho que vou me formar sozinho esse ano. – Ele deu uma risada com a mão na boca.

- Você tá se divertindo com a minha desgraça, não é, cuzão? – O beta agarrou o mais alto pelo pescoço e bagunçou seus cabelos com a mão livre, ele também sorria.

- Claro que tô, imbecil.

O Konohamaru soltou o Mitsuki após levar uma mordida e gritar com ele. O Naruto se divertia com os dois, achava o amigo muito sozinho, mas vê-lo com alguém o deixava mais aliviado, ele tinha com quem contar. O beta xingou e alisou o local da mordida, eventualmente sua atenção voltou ao ômega na sua frente.

- Você trouxe o celular? – Questionou após ficar sério novamente, eles tinham se encontrado para ver juntos o que o Jiraya queria que o loiro achasse.

O Neji e o Sarutobi não acharam correto deixar o Naruto carregar todo o fardo sozinho, ele já estava fazendo isso há muito tempo, o Hyūga também queria participar, mas era o aniversário da morte dos seus pais, todos os anos os Hyūga iam até o cemitério para visitá-los, assim como iam no aniversário de morte da Yuri Hyūga, a falecida esposa do Hiashi.

- ... sim. – O Uzumaki respondeu, não estava muito certo sobre deixar o Mitsuki saber o que estava acontecendo, era a primeira vez que falava com ele.

- Tudo bem, o Mitsuki é de confiança, o pai dele é companheiro de cela do seu avô. Fiquei sabendo que ele quase morreu na cadeia por causa de uns detentos, mas o pai do Mitsuki o salvou. – O beta comentou, as sobrancelhas do Naruto arquearam-se e ele olhou para o rapaz ao lado do seu amigo.

- Isso é verdade? – O ômega perguntou.

- Sim, fiquei sabendo quando fui visitá-lo outro dia. Seu avô ainda estava no hospital e o meu pai estava preocupado, ele me falou o nome dele, então eu comentei com o Konohamaru que disse conhecer um homem chamado Jiraya e aqui estamos nós. – Contou com as mãos nos bolsos e suas costas encostada no concreto da rampa.

- Ele já voltou pra cadeia, um enfermeiro que é amigo meu me ligou dizendo que nem esperaram ele se recuperar direito, ele está sendo tratado como um animal. – O loiro respirou fundo com seus punhos fechados, queria bater em alguma coisa ou quebrar algo, mas não podia ser seu skate. – Eu só quero acabar com toda essa droga.

- E vamos, Naru. – O Sarutobi assegurou, pondo sua mão sobre o ombro do amigo e dando um meio sorriso reconfortante para o mesmo. Ele foi se acalmando aos poucos. – Eu e o Neji estamos aqui para te ajudar.

- Obrigado, Kono. – O menor sorriu de volta e tirou um celular do bolso da sua bermuda preta. – Aqui está.

Os três garotos se juntaram e sentaram-se debaixo de uma árvore, com o sol que estava fazendo, nem com o brilho mais alto do aparelho eles conseguiriam ver a tela. Se sentaram na sombra, o Naruto ficou no meio dos dois e destravou o celular, a senha era a data do nascimento do Uzumaki. Ele sorriu após digitar os números e ver que tinha acertado.

O ômega abriu os SMS do aparelho e viu o último contato que mandou mensagem para aquele número, não estava salvo, porém eram fotos, o garoto clicou e viu alguns nomes e rostos, um dos rostos que viu ele identificou o Gaara, o mesmo ainda era muito novo, porém era muito reconhecível. O Naruto sentiu um frio na barriga. Ele abriu imagem por imagem e foi lendo atentamente cada coisa, seus olhos azuis corriam desesperadamente pelas letras, estava muito ansioso e angustiado com tudo que via. Não tinha muita certeza das coisas, principalmente de uma caderneta com alguns nomes e valores ao seu lado, mas tinha certeza de que era algo grande.

- Por que tem imagens de crianças? – O Konohamaru questionou, não tendo certeza se queria realmente saber a resposta.

- Boa coisa não é. Você precisa ter essas provas em mãos ou essas fotos não valerão de nada. – O Mitsuki comentou fazendo o Uzumaki sair do choque que levou para encará-lo. – É muito arriscado.

- Eu preciso fazer isso... pelo meu avô. – Disse com um tom de voz triste, não sabia qual a relação do Gaara naquilo tudo, mas talvez se entendesse um pouco mais da vida dele, poderia ter uma pista.

- O Pain é perigoso. – O grisalho voltou a falar, queria que o loiro tivesse noção de que o que ele estava prestes a fazer não teria volta. – O meu pai está na cadeia por causa do Deidara, um rapaz que trabalha com o Pain, meu pai se livrou de muitos capangas dele, ele tinha parado de vender as drogas do Pain por conta própria, queria sair daquela vida de merda, mas o Pain não quis assim e mandou ir atrás dele, ele matou todo mundo que foi, mas não o Deidara. A maioria dos policiais são marionetes dele, meu pai foi detido por um policial disfarçado, plantaram droga nas coisas dele e como ele já tinha uma grande ficha criminal ele foi para o Complexo, principalmente porque tentou matar o policial que o deteve.

O ômega ouviu tudo atentamente, no entanto não era novidade que seria difícil, ele não sabia como usar uma arma, só era bom em luta corpo a corpo e era um ômega, mesmo sendo dominante. Estava ferrado. Ele suspirou e voltou a olhar o Mitsuki nos olhos.

- Eu irei mesmo assim. Darei um jeito de entrar lá, o ponto de encontro do Pain não é nada discreto ou escondido. Achei que pudesse usar o Gaara, mas eles conhecem meu rosto, não posso entrar no campo inimigo desse jeito, eles me matariam assim que eu passasse pela porta. – Comentou com a mão no queixo, pensando em como faria.

- Se esses filhos da puta quisessem te matar já teriam feito. – O grisalho falou novamente.

- De fato, mas seria muita afronta ir na casa dele como se não fosse nada.

- Você tem que ir escondido. – O Konohamaru falou, ele parecia pensativo também.

- Claro, gênio. – O Uzumaki deu um peteleco na cabeça do amigo, o mesmo gemeu em descontentamento e massageou o local machucado. – Venham.

O Naruto se levantou de supetão, ele ficou de frente para os dois garotos confusos e colocou o celular de volta no bolso da sua bermuda.

- Não vai adiantar de nada ficarmos sentados e nos lamentando, não conseguiremos pensar em nada agora. E eu vim até aqui, quero usar essa rampa, faz um tempinho que não ando de skate.

O rapaz colocou seu skate verde no chão e pegou um cigarro com um isqueiro no outro bolso, o Konohamaru e o Mitsuki se levantaram também para segui-lo, seu amigo de longa data o olhou com reprovação.

- Joga essa merda fora. Pra quê tu vai fumar aqui, carai? – Reclamou, indo até a rampa.

- Também faz um tempinho que não fumo. – O loiro riu e acendeu o cigarro entre seus lábios, tragando devagar e soltando a fumaça pelo nariz.

- Mentiroso! – O Sarutobi pegou embalo e derrapou com o skate, mesmo assim ele acompanhava o Naruto com sua cabeça, ele e o Mitsuki ainda estavam fora da rampa.

- Bem, é uma mentira sim, mas eu só fumo na faculdade, então desde sexta eu não fumo, estava em abstinência. – Ele tragou novamente e depois pisou no skate com força para que ele pulasse e parasse sobre a rampa.

- Você é um caso perdido. – O mais novo balançou negativamente a cabeça. – Vem Mitsu, ainda temos que passar na ONG para ver os bichinhos antes de irmos pra casa, vamos aproveitar um pouco.

- Claro.

Os três garotos passaram o resto da manhã naquele lugar, apenas eles estavam lá, geralmente no domingo era sempre vazio. No fim o Sasuke foi buscar o Naruto, ele não pediu, apenas avisou que já estava indo pra casa e que pegaria um táxi se o moreno achasse mais seguro, ele não achou e pediu que esperasse que estaria lá em cinco minutos. Assim ele o fez.

- - -

Durante a semana, o Sasuke, seus amigos e o Naruto se reuniram no Bar do Jinchuuriki, fazia tempo que eles não iam até lá, principalmente o Uchiha e o Uzumaki – que foi apenas uma vez. A Sakura estava eufórica, ela falava pelos cotovelos, mesmo que a namorada do Sai estivesse presente, ela se sentia à vontade perto da mesma.

- Mais uma rodada, Utakata. – A rosada gritou para o barman.

- Cerejinha, eu acho que já chega, vou ter que te carregar nas costas, você não deveria beber tanto. – O Kakashi comentou, segurando sua esposa pelos braços.

A Haruno fez um biquinho e olhou para o alfa como uma criança mimada.

- Mas, lobinho, o nosso casamento está próximo, eu quero comemorar. – Argumentou com uma voz manhosa.

- Eu sei, meu amor, mas há outras formas de comemorar, uma que você não se esquecerá. Se você beber na nossa festa de casamento como está bebendo aqui, será em vão. Poderá até haver fotos, mas nada é mais precioso que a memória da gente. – O grisalho afastou alguns fios suados do rosto da esposa e beijou sua testa. Ele não era de demonstrar muito afeto, ainda mais em público, porém, para lidar com a Sakura, era necessário carinho. Ela amolecia rapidinho.

- Tudo bem, lobinho. – A mulher se acalmou e o mais velho soltou seus braços, ele escorregou apenas uma mão até a coxa da mesma e ficou acariciando o local.

O Naruto observava tudo com muito encanto, ele parecia hipnotizado, já o Sasuke sentia-se bobo e envergonhado. Será que o Naruto queria que ele fizesse algo assim? O Kakashi sempre foi muito misterioso e esse era o seu charme, ele era calado, entrava e saía como uma sombra, porém quando queria, ele podia ser uma pessoa de grande presença, fazia até mesmo os alfas babarem. O Uchiha, quando era mais jovem, tinha inveja do mesmo. Mesmo que o Hatake fosse calado, ele era muito bom de lábia, já o Sasuke era tímido, depois da faculdade foi que ele conseguiu se soltar mais, precisaria disso para o seu trabalho.

O alfa percebeu um pouco tarde o quão aquilo era esquisito, o Kakashi estava com a Sakura, o Sai com a Ino – eles foram apresentados naquela noite – e o Naruto estava ao seu lado. Na vez que apresentou o Uzumaki aos seus amigos não foi tão estranho, o Sai não estava acompanhado, agora ele estava com o braço sobre os ombros da loira enquanto o Kakashi acariciava a Sakura. Sentiu um frio na sua barriga e conseguiu notar seu joelho encostado na coxa do Uzumaki.

- Sasuke! – A voz da rosada invadiu seus ouvidos. O rapaz tomou um breve susto e olhou para a amiga com as sobrancelhas arqueadas. – Presta atenção em mim, idiota. – Ela reclamou com o cenho franzido.

- Desculpa, o que você tava falando? – Perguntou pegando a sua taça de vinho sobre a mesa, ele tentou ao máximo ignorar o Naruto lhe encarando com tanto afinco.

- Perguntei se o Naruto será seu acompanhante no meu casamento. – Ela cruzou os braços e se encostou na cadeira.

O moreno parou a taça antes de chegar na sua boca, ele não pôde mais ignorar o olhar cortante do ômega. Encarou aqueles olhos azuis e engoliu em seco diante deles, não tinha muita certeza daquela resposta, apesar de gostar dele, se alguém do seu trabalho descobrisse estaria ferrado.

- Eu...

- Ninguém do seu trabalho vai, serão poucos convidados, até seu irmão vai levar um acompanhante. – A Haruno voltou a falar, era como se ela pudesse ler seus pensamentos.

Foi a vez do alfa franzir o cenho, ele colocou a taça de volta na mesa sem beber nada e olhou para a amiga.

- O Itachi irá levar alguém? Quem? A única pessoa que eu o vi namorar foi o Shisui, nosso primo. É ele, eles voltaram? – Questionou, claramente confuso. O Naruto suspirou, acreditava que o Sasuke estava apenas evitando responder a pergunta da Sakura.

- Eu não sei, o irmão é seu, ele não me disse nada. – Ela deu de ombros e cruzou as pernas por debaixo da mesa, deixando a mão do seu esposo na sua coxa mais aparente. O Sasuke a olhou por um tempo e depois voltou a olhar para o Uzumaki ao seu lado.

- Quer ir ao casamento da Sakura e do Kakashi comigo? – Ele indagou chamando a atenção do loiro de volta para ele. O mesmo tentou disfarçar sua felicidade ao ouvir aquela pergunta, mas o alfa conseguiu identificá-la muitíssimo rápido.

- S-sim. – O garoto respondeu baixinho.

O Sasuke sorriu, não esperava que ele fosse recusar, mas se sentiu aliviado. As outras pessoas na mesa também sorriram, dava para enxergar o clima que estava rolando entre eles, por mais que fossem tímidos demais ou devagar demais para admitirem.

Eles voltaram a beber e conversar, menos a Sakura, esta tocou a perna do Sasuke por debaixo da mesa enquanto o Naruto contava sobre o dia que o seu avô o levou para pegar algumas galinhas no galinheiro dele, a Ino era a que mais se divertia com a história. Os dois amigos saíram de fininho da mesa e foram até o balcão onde o Utakata se encontrava fazendo um mojito para um dos seus clientes sentado em uma mesa distante.

- O que foi? – O moreno perguntou achando estranho ela tê-lo tirado da mesa ao invés de contar o que queria lá mesmo.

- Eu estou com o que você me pediu. Sei que demorou, eu estava ocupada antes. Mas antes tarde do que nunca. – A mulher tirou um envelope de dentro de seu blazer vermelho e colocou sobre o balcão, o empurrando para o lado do Uchiha.

O alfa encarou aquele envelope amarelo por um tempo, ele respirou fundo, era agora ou nunca. O pegou e colocou entre suas calças e sua camisa, nas suas costas para não amassar.

- Obrigado, Saky, eu fico te devendo uma.

- Que bom que falou isso. – Ela chamou a atenção dele novamente, antes que saísse. A mulher entregou um outro papel ao mesmo, esse parecia mais um envelope de carta.

O homem abriu enquanto olhava para sua amiga com desconfiança e via o sorriso travesso dela. Ele tirou um papel de dentro do envelope, era rosa bebê, tinha cheirinho de cereja, o mesmo cheiro dela, e algumas palavras bem desenhadas. Após ler o que estava escrito ele a olhou, atônito, o sorriso da mesma aumentou ainda mais.

- Lógico que eu quero ser seu padrinho de casamento. – Ele falou animado e a deu um grande abraço em seguida.

- Eu sabia que ia aceitar. – A rosada retrucou com a mesma animação, o apertando em seus braços pequenos.

Eles se afastaram e o moreno a segurou pelos ombros, enquanto tinha o envelope aberto e o convite em sua mão direita.

- Isso quer dizer que o Naruto... – Ele não precisou completar a frase, a menor assentiu diversas vezes.

- Vocês estão... não estão? – Ela cochichou com um sorriso malandro nos lábios. O Sasuke corou instantaneamente e a ômega deu uma risada. – Eu sabia! Acho bom você assumi-lo.

O moreno soltou os ombros da garota e se retraiu, levando seus olhos para o chão, a animação da Sakura foi embora em instantes.

- Ah, não, Sasuke. O que foi agora? – Ela cruzou os braços, irritada e começou a bater o pé.

- Ele não merece um rejeitado, Sakura. Eu não posso fazer isso com ele. – O alfa levantou seus olhos ligeiramente, vendo a carranca na cara da sua amiga, ela podia estar bêbada, mas era a mesma coisa quando estava sóbria.

- Ele quer você e você o quer. Foda-se o resto, Sasuke. Deixa de ser frouxo. – A rosada apontou o dedo no rosto do amigo, o repreendendo.

O mesmo suspirou.

- Hey, seus fujões! – O Naruto gritou, assustando os dois amigos que se viraram para trás, para vê-lo lhes chamando da mesa. – A minha história estava tão chata assim?

O Uchiha deu uma risada sem graça e a Sakura saiu na frente para dar uma grande desculpa esfarrapada. O alfa a seguiu, quase como um filho depois de levar um esporro da mãe. Ele voltou a se sentar ao lado do Uzumaki, que o perguntou o que ele tinha com o olhar, o mesmo apenas balançou a cabeça negativamente e tentou sorrir.

- - -

Na noite do dia do casamento do belíssimo casal vinculado, o Naruto estava com o seu terno preto apertadinho que tinha comprado há alguns dias, ele nunca ia para festas formais, então nunca precisou de um antes, aquela gravata estava quase lhe enforcando.

Ele estava junto com a Sakura no camarim do estabelecimento de recepção que alugaram para o evento, não teria tanta gente, mas teve que ser um lugar grande para a cerimônia e o buffet. A maquiadora estava terminando de pôr a máscara de cílios, enquanto o Uzumaki arrumava o véu dela, ou pelo menos achava que estava arrumando, nunca tinha feito aquilo na vida.

- Pronto! Você está divina. – A maquiadora falou ao se afastar da ômega e fazê-la olhar se olhar no espelho.

A mesma sorriu, encantada com o que viu. Seu lindo vestido sereia lhe caiu como uma luva, não precisou de ajuste nenhum. Ele e o seu véu eram tão rosa quanto seus cabelos de algodão doce. O Naruto lhe entregou o buquê e sorriu quando a mesma lhe olhou.

- Obrigada, Naruto.

Ele a ajudou a ir até a porta e saiu correndo para a porta de entrada da cerimônia, era a vez dele entrar com o Sasuke.

Por fim a Sakura entrou com seu pai, sua mãe já havia falecido – tendo em vista que ela era a alfa e seu pai o ômega –, então ela achou justo que seu pai a levasse até o altar. Ele a beijou e deixou nas mãos do Kakashi, ele, que não era muito emotivo, chorou assim que a viu na porta de entrada. Ela estava linda, era sua deusa cereja.

Ele agradeceu ao pai da esposa e beijou a mão da mesma. Ambos se viraram para o celebrante e seu casamento foi realizado pela segunda vez, dessa vez do jeitinho que ela queria.

Na hora do buffet, os padrinhos chegaram depois à mesa dos Uchiha. O Naruto sorria feito bobo, nunca achou que gostaria tanto de um casamento, ele acreditava que eram chatos e tediosos, e poderiam até ser, mas não aquele. Estava feliz pela felicidade da Sakura e do Kakashi.

- Boa noite! – Ele cumprimentou todos na mesa.

- Boa noite, querido. – A Mikoto o respondeu com um sorriso doce.

- Boa noite, sentem-se. – O Fugaku pediu, indicando duas cadeiras vagas para que os rapazes sentassem. Assim foi feito.

- Obrigado.

- Vocês estavam lindos lá. – A morena comentou, ela estava sentada ao lado direito do ômega, então tocou o seu braço ao elogiá-los. – Vocês ficam tão lindos juntos.

Ambos os garotos coraram, não sabiam nem o que falar, mas justamente por não terem falado nada foi que a Mikoto deixou que sua imaginação trabalhasse.

- E-enfim, mamãe... – O Sasuke tentou mudar a atenção da mesa.

- Quem cala consente, irmão. – O Itachi comentou com um sorriso ladino.

O Uchiha pigarreou, já o Naruto só queria escorregar por aquela cadeira e sair de fininho por debaixo da mesa.

- N-não é nada disso... – O Uzumaki tentou falar, porém na mesma hora o Sasuke lhe olhou como se estivesse profundamente magoado.

- Não? – Ele questionou impulsivamente. Os demais deram uma risada baixa, nunca tinham visto o alfa tão desesperado quanto estava agora.

- B-bem... eu... – O menor coçou sua nuca e não sabia bem para onde olhar, só sentia suas bochechas e orelhas queimarem. – Eu não sei, é? - Finalmente encarou o Uchiha.

O Sasuke suspirou, precisavam mesmo resolverem suas questões.

- Vem comigo. – Ele pegou delicadamente na mão esquerda do loiro e se levantou, pretendia levá-lo para outro lugar, para que pudessem conversar à sós. Mas antes que pudesse dar mais algum passo ele esbarrou em alguém, o impedindo de prosseguir.

O mesmo franziu o cenho, quem quer que fosse deveria prestar mais atenção por onde andava. No entanto, seus pensamentos se dispersaram assim que o seu nariz sentiu um cheiro característico de pimenta, era tão forte que sentia seus olhos lacrimejarem. Sua pele todinha se arrepiou, ele engoliu em seco e levantou o olhar, dando de cara com um sorriso sarcástico em um batom muito vermelho.

- Para onde vai com tanta pressa, Sasuke? – A mulher de voz arrastada questionou com as mãos na cintura.

Todos na mesa olharam para os dois e o Itachi se levantou rapidamente.

- Ah, eu esqueci de te apresentar minha namorada Karin, irmão. Mas pelo visto vocês já se conhecem. – O Uchiha falou um pouco confuso, seu irmão nem o ouvia direito, ele estava submerso em um transe enquanto a encarava.

- Sim, meu amor, não precisa se preocupar. Conheci seu irmão há alguns meses, ele foi muito gentil comigo, coisa que ninguém mais foi, é muito difícil esquecer alguém assim. – A mulher com cabelos rosa choque retrucou, tocando o antebraço do Itachi e dando-lhe um sorriso doce.

- Sasuke, está tudo bem? – O Naruto questionou tocando o ombro do mesmo, ele ainda segurava sua mão, porém não era tão delicado como antes, podia senti-la ser um pouco esmagada.

O telefone do Uzumaki começou a tocar, não era um toque tão alto a ponto de chamar a atenção de todos na mesa, ele pegou o aparelho do bolso e atendeu assim que viu o nome do Konohamaru na tela, era estranho, ele nunca lhe ligava, só mandava mensagem.

- Alô, Kono?

- Oi, Naru. Mano, eu sei que você vai me matar, mas eu tinha que fazer isso.

- Isso o que, Kono? O que você fez? – O tom de voz do Uzumaki ficou mais abalado, foi o suficiente para tirar o Sasuke do seu torpor, afrouxar o aperto na mão esquerda do ômega e olhá-lo.

- Eu... tô aqui na mansão do Pain. Eu dei um jeito de entrar no jardim.

O Naruto sentiu um arrepio na espinha, o moreno o olhava como se pedisse informações, mas o menor estava muito concentrado na ligação.

- Konohamaru, sai daí agora. – Falou com firmeza, segurando forte seu celular, foi sua vez de apertar a mão do Sasuke.

- Não vou demorar muito, eu juro. Se eu ver que tá perigoso eu meto o pé.

- Não! Saia AGORA. – Ordenou. Só queria que o seu amigo não fosse tão teimoso e ouvisse o que ele falava.

O loiro conseguiu abalar até mesmo os pais do Uchiha, apesar daquela mulher não dar a mínima para a situação o Itachi também estava atordoado.

- Naru, você precisa confiar em m-

A ligação foi cortada. O ômega sentiu um frio na barriga instantaneamente, queria acreditar que tinha sido alguma falha na rede, que a ligação tinha caído por algum motivo plausível para se manter são.

- KONO! KONOHAMARU! – Gritou, assustando as pessoas ao redor.

- Naru, o que foi? – O Sasuke lhe perguntou, ele passou a segurar seus ombros, mas o mais novo lhe ignorava.

O Uzumaki tentou ligar várias vezes depois, mas só ouvia a seguinte frase: “o número para qual você ligou encontra-se desligado ou fora da área de cobertura”.


Notas Finais


Queria dizer que a próxima fanfic já foi decidida, Sasunaru, não será mais sobrenatural e será uma fic adolescente. Enfim, em breve será postada.

Obrigado por lerem e até a próxima semana. 💛🌈


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