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História Relation more that intimate - Fácil


Escrita por: Livv_ing

Notas do Autor


Heya pessoal. Olha eu aqui novamente .-. E como havia prometido, trouxe um capítulo grande :)
Nele algumas partes da história, seram contadas pelos pontos de vista de outros personagens, e para não ficar confuso especifiquei o nome de cada personagem no começo de cada parte.

Creio que já devem ter lido histórias assim, mas só tô explicando para não ficar confuso.

Capítulo 7 - Fácil


Fanfic / Fanfiction Relation more that intimate - Fácil

    *Namjoon*

— Aquela garota é muito fácil. Estamos cada vez mais próximos do nosso objetivo — Sorri vitoriosamente. Já sentia o gosto da conquista, e só de lembrar o que eu ganharia ao final disso tudo, meus olhos brilharam.

A pessoa que me contratou está a minha frente, camuflada como sempre. Usava um moletom com capuz e boné, além de uma máscara para esconder melhor o rosto. Calça e tênis discretos. Tudo preto. Não sabia se era homem ou mulher, na maioria das vezes falava em tom baixo, e quando levantava a voz, abafava a boca com a mão para que não pudesse distinguir seu sexo, pelo timbre de sua voz.

Quando solicitou meus serviços, se apresentou com um simples pseudônimo, para não ser reconhecido(a). E eu, não me importava com quem eu estava negociando, só o que me interessa são os meus lucros. Sempre foi assim, não posso ter relações pessoais com clientes.

Estávamos num quarto de hotel luxuoso em Hongdae (tinha planos de ir visitar Yuju ao sair do Studio de JungKook, mas recebi uma mensagem apressada do meu ilustre contratante). A misteriosa pessoa a minha frente, andava de um lado ao outro da enorme sala de estar, enquanto eu, preguiçosamente me sentava em uma poltrona.

— Não seja tolo! Você a conheceu ontem. — reclamou.

— Foi o suficiente para ela começar a se apaixonar. — retruquei — Olha, não me subestime. Eu sempre consigo resultados, de uma forma ou de outra. — falei em um tom baixo e sério.

A peculiar pessoa a minha frente, parou. E me encarou com um olhar de desdém.

— É bom mesmo!

— Aish. — revirei os olhos com seu comentário. Esses ricos, são sempre esnobes. — Enfim, porque você me chamou aqui?

— Você me disse que vão sair hoje, não é? Então, eu já tenho todo o esquema pronto, e você tem de seguir à risca.

— Okay, chefe. — ironizei.

— Este quarto está reservado a noite toda para você, além disso, em cima da cama da suíte, tem um vestido, acessórios, sapato e uma bolsa. — falou enquanto se sentava no sofá a minha frente — E você vai levar todas essas coisas de presente para a garota, ao sair daqui.

— Okay, vai ser fácil. — falei me levantando.

— Ainda não acabou. — falou demonstrando superioridade e autoritarismo. — Você vai convidá-la a uma festa de gala beneficente, em Gangnam. E quando saírem de lá, traga-a aqui e durmam juntos. Faça de tudo para que ela se apaixone de verdade. E assim poderá se aproximar mais facilmente, do amiguinho dela.

Afirmei com a cabeça, e sorri.

— Vou deixar uma BMW Z4 com você, para que finja melhor. Seus nomes já estão na lista de convidados, e para todos os efeitos, foi um amigo seu que o convidou para festa beneficente. Essa vai ser a mentira que você contará a ela. — enquanto falava cruzou as pernas e pôs as mãos entrelaçadas sobre elas. Senti sua superioridade natural neste momento. O plano estava arquitetado da forma mais fria possível. Pelo visto, odiava JungKook de verdade — Todos os dados que precisa saber, local e horário estão no porta-luvas do carro, e no banco de trás você vai encontrar seu terno e seus sapatos. O carro está estacionado na garagem do hotel. — pôs a mão no bolso do moletom e de lá tirou uma chave.

Meus olhos cintilaram ao ouvir aquelas palavras. Era excitante sentir toda aquela riqueza ao meu redor. Estendi minha mão e peguei a chave, me levantando logo em seguida para sair dali, e quando estava perto da porta, me chamou.

— Namjoon... Lembre-se... Eu sei de todos os seus passos. Se tentar me passar a perna, vai se arrepender — falou em tom de ameaça, sem alterar a voz.

Sorri de lado e dei uma piscadela.

— Relaxa, V. Eu sempre cumpro meu dever. E além disso, sou um garoto comportado — e com uma risada debochada, saí do quarto. Antes de fechar a porta atrás de mim, percebi que V (como queria ser chamado(a)), apenas revirou os olhos com desdém.


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*Yuju*


Era 13:00 quando Namjoon, bateu em minha porta. Eu estava cheia de nervosismo, para vê-lo novamente e só não o beijei quando abri a porta, para que eu não parecesse tão atirada, mas a vontade era grande.

— Oi, Namjoon — falei suspirando — O que faz por aqui? — tentei fingir despreocupação.

— Boa tarde Yuju. — ele acariciou meus cabelos, sorrindo de lado — Bom, eu só quis ver minha garota.

Sorri feito uma boba, ao sentir se aproximar de meu rosto.

— Além disso, tenho um ótimo programa para nós, esta noite — ele continuou — quero que seja minha acompanhante numa festa beneficente em Gangnam. Meu melhor amigo me convidou. Ele insistiu que eu fosse, e fiquei receoso em ir sozinho... — ele falou com um olhar um pouco triste.

— É claro que vou — sorri radiante.

— Eu sabia que ia me ajudar, — deu um leve selinho em meus lábios me fazendo corar — por isso trouxe isso pra você — ele sorriu animado e mostrou duas sacolas que estava segurando atrás de si.

Antes que pudesse ver o que elas continham, acabei percebendo que não o convidei para entrar. Peguei sua mão livre e o puxei para dentro de casa, ele me seguiu sem protestar. Nos acomodamos no sofá, e então ele me entregou novamente as sacolas.

— Quero que use isso hoje a noite. É um presente meu — sorriu genuinamente, seus olhos no formato de meia lua e as covinhas insistiram em aparecer em suas bochechas. Parecia um pouco acanhado.

Retirei de dentro um vestido vermelho e uma caixa de sapatos; e na outra sacola, descobri acessórios de todo tipo, brincos, um colar, pulseiras e até maquiagem. Além de uma bolsa pequena. Tudo de marca. Tive de abafar um grito de surpresa ao ver aquelas coisas a minha frente. É fato, que fiquei muito tentada a aceitar tudo logo de cara, mas meu senso moralista não me deixava ter tais atitudes.

— Namjoon, isso é tudo muito lindo. E eu fico muito agradecida, por ter se importado em trazer coisas tão bonitas assim pra mim. — falei segurando suas duas mãos e olhando em seus olhos — Mas, eu não posso aceitar. Se quiser que eu o acompanhe na festa do seu amigo, eu faço isso. Porém, vou com minhas próprias roupas.

Seu sorriso murchou e os olhos se estreitaram numa expressão de tristeza. Após a minha fala abaixou o olhar.

— Mas... Eu trouxe para você... Eu... Eu queria te presentear com algo bonito. — seu tom de voz, estava começando a me fazer mudar de ideia. Entretanto, eu não podia aceitar, seria contra meus princípios.

— Eu sei Namjoon, mas nós nos conhecemos ontem, isso é estranho. — podia parecer idiota, mas meus ideais feministas me impediam de aceitar.

Ele manteve sua expressão, mas após alguns instantes seu rosto se iluminou.

— Mas, e se você só usar por hoje? Tipo, emprestado. — ele falou animado — Você pode me devolver depois.

Fiquei ponderando por alguns instantes. A ideia não era ruim, eu poderia usar hoje e devolver depois. Assim não o decepcionaria e nem me sentiria culpada. Além do mais, eu tinha que admitir, que eu não tinha nada, absolutamente nada de gala para usar na festa.

— Okay — sorri, concordando — tudo bem.

Seus olhos brilharam, e suas covinhas voltaram a aparecer devido a um sorriso.

— Será uma noite inesquecivel, Yuju. — ele falou se aproximando do meu rosto e me dando um longo beijo.

Após combinarmos o horário para irmos a festa, ele se despediu e foi embora. Reservei o restante do dia para arrumar o cabelo e experimentar a roupa. E ao final da tarde, estava totalmente pronta.



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*Namjoon*

— O que achou da noite? — perguntei a Yuju, ao entrarmos no quarto do hotel, em que eu estava conversando com V, mais cedo. Tínhamos ido a festa, e a julgar pelas caras e bocas que ela fez ao ver o salão daquela mansão em Gangnam, estava maravilhada por todo aquele luxo e riqueza, e isso era mais um ponto para mim. Por isso não me surpreendi quando ela aceitou que eu a trouxesse para o hotel, quando a festa acabou. Passar uma noite com Yuju, era questão de pouquíssimo tempo.

— Foi incrível, Namjoon. Todas aquelas pessoas... Tão gentis, doando tudo aquilo para o hospital. Todos tão educados e cordiais — ela falou sorrindo genuinamente e por uma fração de segundo, senti uma coisa estranha ao vê-la assim. Instintivamente sorri, e para minha surpresa (espanto na verdade) meu sorriso era genuíno também. Resolvi entrar logo em ação, antes que o excesso de champagne, me fizesse falar mais besteiras que o necessário.

— É. Foi muito legal mesmo — sorri me sentando ao seu lado no sofá da saleta do quarto. — Você é tão linda, Yuju — falei segurando seu rosto e me aproximando de sua boca, ela riu. — sei que está muito cedo, mas eu nunca senti algo parecido por ninguém. Posso parecer inconsequente pelo o que vou dizer, mas eu não tenho receio de me envolver com você. — apelei para o lado emocional, isso sempre funcionava. Ela olhou para os meus lábios.

— Eu posso ter receios sobre você, por nos conhecermos em tão pouco tempo, mas hoje isso não importa. — ela disse e em seguida me beijou fervorosamente, e o inevitável aconteceu. Yuju, havia se entregado para mim, e eu tive a certeza que ela estava perdidamente apaixonada. Tudo estava começando a ficar bem mais fácil.


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*JungKook*

Acordei no meio da noite, sentindo um peso no peito e uma leve sensação de formigamento em uma das pernas. E quando abri os olhos, não me lembrava do que havia acontecido, mas isso durou apenas por alguns instantes. Pois, ao olhar para o lado, todas as lembranças voltaram subitamente; TaeHyung estava deitado a minha direita, um de seus braços sobre mim, e a perna também. Seu sono era pesado, pois não acordou quando me levantei delicadamente da cama.

Tirei uma calça moletom do guarda-roupa e a vesti, fazendo esforço para não acordá-lo. E então, me encaminhei a cozinha a procura de algo para beber. Acendi a luz da cozinha, e no caminho até a geladeira notei que meu celular estava com a tela acesa, em cima da mesa de centro da sala. Algo que só percebi porque a luz da sala estava apagada. Depois de tomar um copo com água, peguei meu celular e vi que haviam muitas mensagens de um único remetente, enviadas a cerca de 10 minutos. Ao ler cada uma, senti minhas pernas vacilarem, e um enorme nervosismo, tomou conta de mim. Medo, não era bem a palavra certa para o que eu estava sentindo; mas algo pior que isso estava atormentando meus pensamentos ao ver aquelas mensagens: reconhecimento.



"Olá... JungKook"

"Eu disse a alguns dias que você iria me conhecer... Bom, você já me conhece, só não ligou os pontos ainda ;)"

"Sou muito importante para você. Você mesmo disse. Não lembra? :') "

"Espero que sua noite tenha sido maravilhosa... Ou melhor, espero que tenha sido delirante"

"Eu sei que foi. Até porque, você nunca decepciona. Não é?"



Apesar da enorme bizarrice da conversa e por — de alguma forma — essa estranha pessoa, parecer saber o que aconteceu entre mim e TaeHyung nesta noite; senti uma pontada de familiaridade em seu modo de falar... Algo que eu tinha certeza, que já ouvi antes. Isso me fez arrepiar, então resolvi ignorar todas e bloquear o número, para que não me importunasse uma terceira vez. Mas, mesmo assim fiz uma nota mental para fazer algo a respeito dessa pessoa, pois seja lá quem for, estava muito bem informado sobre minha vida.

Guardei o celular no bolso e voltei para o quarto, abrindo a porta lentamente. E quando uma fresta surgiu, pude ver TaeHyung sentado e mexendo em seu celular, e ao perceber que eu estava entrando, parou o que estava fazendo e em um rápido movimento, colocou seu celular na pequena estante, ao lado da cama. Como eu estava abrindo a porta vagarosamente, ele achou que eu não tivesse notado sua atitude súbita, e sorriu para mim, após eu ter entrado. Lhe devolvi o sorriso e me sentei do outro lado, na cama. Seu modo agir foi estranho, mas irrelevei.

— Acordado tão cedo? — perguntei sorrindo.

— Percebi que você não estava ao meu lado. E me preocupei por um momento — ele parecia sério ao dizer isso.

Eu ri da sua preocupação ilógica.

— Estamos na minha casa. Seguros. Não tem porque se preocupar. — eu ri acariciando seu rosto.

— Eu sei. É que... Tudo que fizemos, pareceu tão irreal pra mim, que por um momento, quando não te vi ao meu lado... Pensei ter sido um sonho. — Ele disse com uma certa intensidade e receio.

Eu sorri ante ao seu modo fofo de falar. TaeHyung muitas vezes me surpreendia com suas atitudes. Eu realmente, esperava que ele fosse mais fechado ao expressar sentimentos. Ao menos era isso que ele aparentava.

Dei-lhe um beijo demorado, e disse próximo ao seu rosto:

— Foi tudo real. Como está sendo agora.

Como resposta ele segurou meu rosto, e me beijou com ternura e fervor. Enquanto isso, se posicionou entre minhas pernas novamente. O beijo foi se intensificando, e eu percebi que se continuássemos, faríamos amor novamente, mas eu não me importava. Eu o queria de todos os jeitos. TaeHyung também não estava diferente de mim, simulava estocadas sob minha calça. E após alguns segundos, se afastou e puxou-a para baixo, me deixando nu.

Então, voltou a ficar entre minhas pernas, enquanto suas mãos grandes e firmes dobravam meus joelhos, para se encaixar melhor. Não desviou seus olhos dos meus, e com delicadeza me penetrou lentamente, e o leve ardor foi substituído pela sensação de prazer.

TaeHyung era sutil em seus movimentos, me fazendo captar cada investida sua, da melhor forma possível. Nossos corpos estavam ficando mais quentes, aumentando o prazer. Gemidos roucos e falhos saíam de nossas bocas, a medida que nossos corpos se uniam mais rápido. Nosso ritmo se acelerava, e nosso orgasmo estava cada vez mais perto. TaeHyung chegou no seu ápice, gozando dentro de mim, fazendo com que eu também chegasse no meu limite, como eu nunca havia sentido antes, e após algumas investidas se desvencilhou do meu corpo ofegante. Deitou sobre mim e apoiou seu rosto entre meu pescoço e meu ombro, recuperando o fôlego.

Ser totalmente preenchido por ele foi uma das melhores sensações da noite, e foi ainda melhor por ter sido tão gentil. E isso, me trouxe a certeza, de que eu estava completamente apaixonado por TaeHyung. Inevitavelmente ri ao ter essa constatação, TaeHyung virou o rosto para me olhar, ao sentir minha risada baixa em sua orelha.

— Divertido, não é? — ele ergueu um pouco a cabeça e me olhou nos olhos, sorrindo enquanto falava.

— Muito — respondi ainda rindo. E ele se aproximou de meus lábios, depositando um selar demorado. Após nos afastarmos por alguns centímetros perguntei: — Vamos tomar um banho?

TaeHyung apenas afirmou com um aceno de cabeça. Nos levantamos e caminhamos até o banheiro do meu quarto. Quando entramos no chuveiro, pensei que o que fizemos na cama iria se repetir, mas não foi bem assim. E por incrível que pareça, gostei de termos sido apenas carinhosos um com outro. Houveram alguns toques e selares de ambas as partes, mas mesmo assim não passamos disso. Foi tudo muito calmo porém, intenso ao mesmo tempo. TaeHyung estava sendo delicado e atencioso ao me ajudar a tomar banho, e eu, estava da mesma forma. Era maravilhoso tudo aquilo, e melhor ainda era saber, que ele não queria apenas um parceiro sexual, mas sim, alguém que o transbordasse emocionalmente. Eu estava extasiado por essas sensações, queria sentir isso pelo resto da minha vida.

Após alguns minutos, terminamos o banho e saímos do banheiro, procurando nossas roupas espalhadas pelo chão.

— Olha o que você fez eu fazer. — Disse brincando, me referindo a bagunça que fizemos em meu quarto, enquanto pegava algumas peças de roupa do assoalho.

— Eu não tenho culpa, por você ser tão insaciável — ele disse, me olhando de soslaio, e sorrindo de lado.

— Ah, mas eu tive um bom incentivo para ficar assim... E acho que você também. — eu disse me aproximando dele, que a esta altura, se encontrava sentado na cama terminando de abotoar sua camisa. Enquanto eu, usava somente a minha calça moletom.

Apoiei meu joelho direito sobre a cama, enquanto minha perna esquerda estava do outro lado do seu corpo. Ficando assim, quase sentado sobre ele. Me inclinei um pouco para chegar mais perto de seu rosto.

Quando terminou com a camisa, me olhou com um sorriso sexy e depois fitou minha boca, se aproximando aos poucos, para mais um beijo. Porém, seu celular nos interrompeu, fazendo-nos sobressaltar. Estava sobre uma pequena estante próxima a nós. TaeHyung mudou seu semblante imediatamente, se tornou mais sério e não moveu um músculo para pegar o celular.

Quando seu telefone já estava no 4º toque, estranhei seu comportamento. TaeHyung parecia impassível, a mesma expressão de incômodo estava estampada em seu rosto, mas parecia que estava travando uma batalha interna, porque quando olhei para suas mãos (que estavam sobre suas coxas), seus punhos estavam fechados. Me afastei um pouco, ficando totalmente de pé a sua frente, esperando seja lá o que estivesse acontecendo com ele, passar.

Após o telefone parar de tocar, suas mãos foram se abrindo aos poucos, e sua expressão se tornando mais branda, mas os olhos permaneciam vidrados no celular.

— Você sabe que horas são? — ele me perguntou, sem se mover, permanecendo estático, e inexpressivo.

Apesar de toda a estranheza da situação, me dirigi ao outro lado da cama para ver as horas, no meu celular.

— São 5:40. — respondi.

Após poucos instantes ele se levanta e diz:

— Tenho que ir. Tenho compromissos de trabalho pela manhã. — Ele disse enfiando as mãos no bolso, e vestindo aquela máscara de empresário intocável e superior que às vezes ele usava. Neste momento, percebi que o TaeHyung fofo, que ama Pepero estava bem escondido e não seria trazido à tona, tão cedo.

Não pude conter a decepção em meu rosto. Eu sabia que ele teria que ir, mas não esperava que fosse dessa forma. Eu queria que a versão mais clara do TaeHyung (aquela que fez meu coração aquecer), permanecesse comigo até a hora da despedida.

— Tudo bem — falei com um pouco de descontentamento, e involuntariamente em um tom seco. Fui andando em direção à porta do quarto, para acompanhá-lo até a saída. Mas parei no meio do caminho, ao ouvir um riso suspirado atrás de mim. Me virei e ele estava rindo, mas seus olhos ainda demonstravam desconforto. Se aproximou e pegou uma de minhas mãos.

— Fica tranquilo — ele sorriu de modo doce. — eu não estou chateado com você. — ao dizer isso, depositou um beijo em meu nariz, e todos os receios e descontentamento que eu estava sentindo, se extinguiram.

Afirmei com a cabeça, sorrindo.

— Eu preciso chegar cedo lá. Outro dia marcamos um programa. Okay? — ele disse apaziguador.

— Mal posso esperar — eu ri como um bobo. Ele riu tenro e então, segurando sua mão o levei até a saída. Como despedida, ele me deu um beijo demorado e calmo.

— Até mais... JungKook. — ele disse ao seu afastar de meu rosto.

— Até mais... V. — eu disse seu apelido, que até então, eu nunca havia pronunciado, mas que ele mesmo tinha me ensinado.

Me olhou surpreso e feliz, pelo nível de intimidade que estávamos tendo.

— ... Meu V. — falei em tom baixo quando ele se afastou, indo embora acenando.


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Depois que TaeHyung saiu resolvi começar a me arrumar para ir ao trabalho, e quando estava no quarto, procurando meu relógio na mesa de cabeceira, percebi que TaeHyung, havia esquecido seu celular. Peguei-o para guardá-lo em algum lugar da sala, caso ele voltasse para buscá-lo. E quando o fiz, a tela acendeu, indicando que alguém estava ligando. Imediatamente, abaixei o celular, para não cair na tentação de atender, ou de olhar o conteúdo dele.

Porém, no momento em que fiz isso, o celular escorregou de minha mão, caindo no colchão da cama, e quando o peguei novamente, atendi sem querer.

— Merda... — falei em alto e bom som, sem perceber que a pessoa que estava ligando, pudesse ouvir. Pensei em desligar, no mesmo instante, mas a voz feminina do outro lado da linha me fez, parar no ato.


---

"— Alô?!

— TaeHyung? É você?

— Tentei ligar para você a noite toda! — suspirou ao final, em tom de cansaço.

— TaeHyung?? Ah. Se você quer me ignorar, tudo bem. Mas, apenas me ouça.

— Desculpe por tudo que está acontecendo em nossa família. Mas, eu quero que as coisas melhorem.

— Quero conversar com você pessoalmente... — Ela esperou por alguns segundos uma resposta.

— Aish — suspirou derrotada — Se você quer assim, tudo bem. Mas, se quiser conversar, sabe onde ne encontrar. — desligou sem dizer mais nada"

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Uma pergunta ficou em minha mente ao ouvir isso: Será que TaeHyung estava me enganando? Mas, eu não ouvi nada concreto, não é mesmo? Ela pode ser uma amiga, ou até mesmo familiar. Aah. Eu me encontrava mais confuso do que nunca, tudo isso era muito estranho, e mesmo que não seja nada demais, eu não estava conseguindo conter meus ciúmes, e aos poucos a ideia de estar sendo enganado foi aumentando gradativamente.

Após alguns instantes absorvendo tudo que eu havia acabado de ouvir, resolvi me levantar da cama e não deixar que essa história toda abalasse minha vida. Me levantei resignado e terminei de me arrumar no banheiro, e ao voltar para o quarto, alguém me liga. Mesmo o número sendo desconhecido, resolvo atender.

A voz do outro lado da linha me faz sobressaltar.


---

"— Oi, JungKook. Eu esqueci meu celular aí. — ele falou rindo. — mas, pelo menos é uma desculpa para que eu possa vê-lo mais uma vez hoje. Você quer sair a noite? Eu posso pegar meu celular aí, e saímos para passear em algum lugar. O que acha?

Fiquei sem voz, enquanto ouvia toda aquela animação. E por um momento eu quase fraquejei. "Não podia ser fingimento", era o que ecoava em minha mente, mas quando as palavras daquela mulher voltavam à minha memória, eu fiquei em dúvida novamente. Resolvi driblar a situação, talvez se a gente conversasse sobre isso, pessoalmente, tudo fosse esclarecido.

— Não vai dar TaeHyung. Eu já tinha marcado com uns amigos hoje. — falei um pouco áspero — mas, tem como você pegar seu celular agora pela manhã? Quero conversar com você também.

Ele ficou em silêncio e depois de alguns segundos perguntou:

— JungKook... Aconteceu alguma coisa? — sua voz parecia hesitante.

— Não. Nada. Eu vou passar praticamente o dia todo fora, então é melhor você vir agora cedo. E eu só quero esclarecer algumas coisas — falei sentindo toda a aspereza daquelas palavras em minha boca.

— Okay. Chego aí em alguns minutos. — ele falou num tom sério e desligou."

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E com certa rapidez, dentro de uns 10 minutos, ele chegou em minha casa. Abri a porta com seu celular em mãos. E ele estava estático, suas mãos apertavam uma a outra, num gesto claro de nervosismo, e seus olhos estavam ansiosos, levemente arregalados.

— Oi... — ele disse hesitante. E pode parecer loucura minha mas, ele deu a entender que estava ciente de que havia algo errado.

— Oi TaeHyung. Aqui está seu celular — falei firme, e lhe estendendo uma mão com o celular, ele o pegou mas, permaneceu com sua mão segurando a minha.

— JungKook... Nós estamos bem? — ele falou de modo vago, mas eu entendi exatamente o que quis dizer.

— Bem... É confuso. — falei sem conseguir encontrar as palavras certas. — Entra TaeHyung. É melhor a gente conversar aqui dentro.

Ele entrou e se sentou no sofá e eu fiz o mesmo, ficando ao seu lado. Ele me olhava, sério.

— TaeHyung, aconteceu uma coisa... Uma pessoa ligou para você, quando esqueceu seu celular. — falei e ele instintivamente se esquivou um pouco, enquanto a seriedade em seu rosto aumentava. — Uma mulher ligou para você, e eu antendi... — quando iria continuar ele me cortou, estendendo a palma de sua mão, fazendo um sinal para que eu parasse.

— Espera! Você atendeu??? — ele parecia um pouco alterado. — Você mexeu nas minhas coisas???

— Foi sem querer — mantive a firmeza em minha voz — ela falou algumas coisas que me deixou confuso. Queria esclarecer com você.

Seu rosto ficou pálido, balançou a cabeça diversas vezes em negativa e então se levantou passando a mão pelos cabelos irritado. E depois virou-se para me encarar, com uma clara expressão de irritação no rosto.

— Você não devia fazer isso. É minha privacidade! — ele sibilou.

— O que deu em você? — estreitei meus olhos, me alterando um pouco. — Está tentando mudar o sentido da conversa! A questão, é que ela falou achando que você estava ouvindo. E falou com certa intimidade, então fiquei em dúvida sobre o nosso envolvimento.

— Você falou com ela???? Você se passou por mim???? Quem te deu esse direito? — ele se exaltou.

— Olha aqui TaeHyung, eu já disse que atendi sem querer, então para com essas justificativas ilógicas e me explica quem é essa garota que se desculpou com você — falei entre dentes, de modo baixo, mas minha voz demonstrando que a qualquer momento poderia voltar a aumentar alguns tons.

Ele andou de um lado ao outro da sala, irritado.

— Quer saber... Não sei porque eu estou aqui ouvindo isso. Você não tem o direito de se intrometer na minha vida assim, okay? — ele disse como se estivesse conversando com uma criança que fez algo de errado.

Fiquei em choque pelo seu modo de falar. TaeHyung estava tentando jogar toda a culpa em mim, por algo que eu não fiz. Mudando de assunto completamente.

— JÁ CHEGA! Se você pensa que eu vou me humilhar, por causa de uma coisa que você ACHA que eu fiz, está muito enganado. — Falei me exaltando completamente, me levantei do sofá e fiquei cara a cara com TaeHyung. — Ache o que quiser e faça o que quiser TaeHyung! Se você quiser continuar com essa palhaçada, continue. Mas, não me meta nessa história.

Ele ficou surpreso com a minha reação, mas isso durou pouco, pois seus olhos voltaram a transparecer um pouco de raiva e ... Tristeza?. Achei que fosse se exasperar também, porém tudo que eu disse foi um basta na situação.

— Não há mais nada a dizer. — ele falou como se não quisesse se dar por vencido. Como se... Estivesse escondendo algo. Acho que bem no fundo, o que ele queria dizer mesmo era: "mic drop" como forma de ironia.

— Eu também acho. Tudo foi esclarecido — meus olhos ardiam e as lágrimas queriam ameaçar cair, mas eu me mantive firme, de pé e encarando-o da mesma forma, a alguns centímetros de distância de seu rosto.

Após alguns segundos de silêncio, ele se virou e andou até a porta. E quando estava abrindo-a parou por alguns instantes, mas logo depois saiu, fechando-a atrás de si.

Saiu sem dizer uma palavra. Me deixando completamente sem chão. Senti minhas pernas vacilarem e meu coração disparar. A raiva imediatamente começou a tomar conta do meu corpo, junto com a tristeza e principalmente decepção.

Lágrimas de ódio, se acumularam em meus olhos. Ódio por ter sido idiota e acreditado, por ter me entregado de verdade, e por ter me apaixonado. Meus punhos se fecharam com força.

E enquanto eu me martirizava, e me declarava oficialmente trouxa, meu celular toca. O tiro do bolso e na tela aparece:


-Yoongi-


Depois de enxugar algumas lágrimas, resolvi atender, e ele ao contrário de mim se encontrava animadíssimo.


---

"— Heya, Jeon.

— Oi, Yoongi — falei sem ânimo.

— Nossa. Quem morreu? 

—Minha vida amorosa. — apesar de eu ter falado sério, Yoongi deu uma risada alta e divertida.

— Ah, tenho um remédio pra isso. Mas, antes, deixa eu te falar... Consegui as entradas para você e Yuju, para aquela festa que eu disse que vou cantar, lembra?

Depois de pensar um pouco me recordei da promessa que me fez, de convidar à mim e Yuju.

— Ah, sim. Lembro, cara.

— Eu consegui. Vai ser na boate "Uzzang's", semana que vem. E não quero desculpas de que não pode ir, viu?

Comecei a rir, ao ouvir isso.

— O que foi? — ele perguntou curioso

— Cara, a Yuju trabalha em uma dessas filiais, e nós já iríamos para essa inauguração. — ri com tamanha coincidência.

— Ah, menos mal. Te vejo lá então. — ele fez menção que iria desligar mas, continuou: — E antes que eu me esqueça, eu queria perguntar se você topa um rolê hoje... Eu, você, a Yuju e um amigo meu? Queria te apresentar a ele. Aposto que vocês iriam se dar bem.

Sem nada a perder, resolvi aceitar, o que teria de mal se eu conhecesse uma pessoa nova? Seria ótimo, para esquecer esse TaeHyung. Eu iria praticar somente o "pega mas, não se apega", cansei de relacionamentos.

— Okay. Eu topo. Só não garanto que a Yuju vai. Mas, eu vou tentar convencê-la.

— Valeu, irmão. Conheço um ótimo pub em Hongdae, chamado "Ilsan pub", o que acha? — ele falou animado.

— Por mim tudo bem. Às oito está bom pra você e para o seu amigo?

— Está ótimo. Até mais, Jeon. — ele falou radiante.

— Até mais, Yoongi."

---


E me despedi resignado a esquecer tudo que eu vivi nos últimos dias. E essa noite é o que eu preciso. Uma noite de farra e bebida, para que no outro dia eu mal lembre do que falei ou fiz.



Notas Finais


Capítulo bem turbulento em? Kkk
Aposto que algumas dúvidas e surpresas apareceram ao terminar de ler hehe. Mas, confesso que estou amando escrever essa parte da história kkkk
No próximo, teremos a noite de farra de JungKook, e mais alguns acontecimentos também :X
Obrigada por acompanhar até aqui ^^
Até a próxima :))


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