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História RelaTivos - Um projeto


Escrita por: _Neptune_3H

Notas do Autor


Oie, como vão? Aqui está mais um Capítulo dessa fanfic, eu tinha achado melhor parar com ela por enquanto, mas no tédio fiz mais um, espero que gostem, foi um pouco difícil postar pois por algum motivo o spirit não enviou, mas tudo bem, né? O importante é que está aq!

Capítulo 3 - Um projeto


Hoje fazem exatamente dez meses, dez meses que a garota havia saido de sua realidade e, acidentalmente, vindo para outra. Sua vida agora estava mais estabilizada, ela conseguiu seus documentos e sua guarda foi passada para Aizawa, que ele dentre todos era o que tinha mais tempo livre e também porque o diretor achou melhor que alguém lhe fizesse companhia, sempre soube que ele era solitário na casa em que vivia.

Bom, mas o que Sakura achou disso? No começo achou um absurdo já que foi ele quem discordou com a sua aceitação, mas convenceu a si mesma que não estava em posição para contestar o que o diretor dizia, pois ele que tinha a acolhido. Nos primeiros dias morando com o homem não houve muita interação, ela passava a maior parte do seu tempo com Recovery girl, só o via durante a noite.

Mas com o tempo eles acabaram se acostumando com a presença do outro, abriram espaço até para diálogos durante o jantar, e a intimidade entre os dois aos poucos foi crescendo, hoje pode se dizer que até se afeiçoaram um pelo outro. Claro que para ela foi mais facil, era menos fechada, ele passava confiança e também a lembrava de seu sensei, talvez esse fosse o maior motivo.

Ela aprendeu muitas coisas novas, aderiu até costumes novos, tudo graças a sua tutora que lhe ensinava tudo. Ela foi preparada para alcançar o nivel dos outros alunos em questões tecnológicas, e em sete meses teve mais progresso que pessoas que estudam por anos. A pedido de Recovery girl ela fez muitos trabalhos voluntários em hospitais que acolhiam crianças e idosos feridos, e graças a sua eficiência foi reconhecida por muitos profissionais.

Diariamente repassava todas as regras da grande escola, afinal ela também vai ser funcionária de lá. Nesse meio tempo também ouve os treinos com Aizawa, onde o homem descobriu que ela era bem mais forte do que aparentava, e também parecia ter grande experiência com combates. Ele ajudou-a a aperfeiçoar suas técnicas de batalhas assim como Chiyo a ajudava com a nova medicina.

Pra ela longos foram aqueles dias. Sempre que podia a garota ia para um playground perto de sua casa, lá ela sentava em um balanço e escrevia em um diário tudo o que estava acontecendo. Sakura adotou essa prática por conta dos dias em que sua mente vagava pelos pensamentos de que tudo que viveu um dia não passou de um sonho, isso só fazia ela ficar mais aflita, então pensou em registrar os acontecimentos de sua vida.

Antes de dormir sempre lembrava de sua antiga vida, seus pais, seus amigos, seu grande amor e sua vila. Nunca pensou que sentiria tanta saudade das tardes em que consolava Ino por qualquer drama da garota, ou dos sermões que dava em naruto, sentia falta até mesmo da esperança de viver uma linda história de amor com o Uchiha, mas até essa idéia lhe abandonou aos poucos.

A realidade que ela não queria aceitar é que nunca voltaria pra casa, nunca voltaria pra sua antiga rotina, isso chegava até a doer, então colocou essa verdade debaixo do tapete e seguiu sua nova vida com a esperança de voltar, pois era essa esperança que fazia com que ela levantasse da cama todas as manhãs, essa era sua motivação, não iria soltar aquilo, mesmo que doesse segurar.


Já havia conferido sua bolsa pela quinta vez desde de que entrou dentro daquele carro, mas sua cabeça sempre insistia em deixa-la inquieta. Batucava as unhas no porta luvas fazendo um som descompassado e até se inclinava para olhar o espelho, essa inquietação estava sendo um tanto divertida para o moreno ao seu lado, que deixou escapar um sorriso ladino.

— Ei, você está muito nervosa, tente se acalmar — Aizawa profere sem tirar a atenção da estrada e seguinto pela avenida, a garota apenas bufa como uma meia resposta.

— Eu não estou nervosa, é só que...bom eu não sei o que pode acontecer, eu vou precisar fazer esse teste pra entrar pros estudos gerais, mas também tenho que auxiliar a Chiyo-sama com os feridos, sinto que o dia vai ser extremamente cansativo — Fala prendendo seus fios rosados e agora já maiores em um coque alto e respirando fundo ao imaginar a correria que ela precisaria enfrentar.

— Sei que se sairá bem, não é como se não tivesse treinado pra esse dia, tenho certeza que você pode com isso, Sakura — Ela sorri pra ele assentindo com a cabeça, ele sabia encoraja-la, não que isso fosse uma tarefa complicado, ela era realmente forte — Você fará os testes assim como os outros alunos, mas você teve um treinamento específico pra isso, terá apenas que bota-lo em prática.

— As vezes você é tão simplista que eu chego até a duvidar de suas palavras, mas parece que não me restou tempo pra isso — Tinham chegado ao portão da U.A, a grande aglomeração de repórteres e alunos tentando fazer sua identificação quase a intimidou, quase. — Até mais tarde, não esqueça de comprar o jantar.

— Até, tenha uma boa sorte, você vai conseguir — Ela faz uma pequena reverência e sai do carro pronta para enfrentar a multidão.

— Vamos lá Sakura, você pode fazer isso! — Se encoraja ajeitando sua saia perfeitamente passada e soltando seus cabelos medianos, ela se coloca naquele furduncio tentando chegar ao portão. Empurrões pra cá empurrões pra lá ela chega ao seu objetivo e finalmente faz sua identificação.

Colocou a mão no peito e respirou quando conseguiu sair do meio da multidão, pegou o espelho que sempre levava em sua bolsa e ajeitou o cabelo que foi desarrumado por conta do esforço feito. A sua frente estava o grande prédio da U.A que já conhecia de cór, mas agora não entraria nele da forma que era acostumada, agora parecia diferente, agora era diferente.



Agora estávam todos em uma sala ouvindo as instruções de Present Mic como sempre sua voz era estridente e ensurdecedora, mas ela quase não conseguia prestar atenção por conta que alguém estava murmurando na fileira de trás, isso estava sendo um saco para a mesma.

Depois ouvir alguma coisa sobre as divisões de blocos que também já sabia o que era, Se acalmou mentalmente,  já sabia o que precisava fazer, mesmo assim, ela queria prestar um pouco de atenção pra nao haver erro, mas a criatura mormurante atrás de si parecia não perceber o quanto estava incomodando, porém por algum motivo um garoto de cabelos azuis se levantou e questionou algo em relação aos robos. 

E lembrou do que se tratava, o robo que só serviria de distração, ela não iria ter problemas com ele, afinal não precisaria enfrenta-lo, e por mais que precisasse, só um soco da garota e ele voaria longe.

O garoto, que mais parecia um robo a vista de sakura por conta de seus movimentos, continuou falando, mas então surpreendeu a todos com suas palavras em relação aos murmúrios incessantes. Ao se virar viu que o pequeno motivo de encomodo tinha cabelos verdes e sardas um tanto charmosas em sua opinião, e que também ficou extremamente envergonhado por ter sido chamado a atenção. 




Com todos reunidos em seus distintos blocos, a prova começaria. Ela não estava ansiosa, mas mesmo assim um desconforto psicologico se fazia presente dentro de si, talvez fosse só a vonte de fazer aquilo acabar de uma vez, mas aquilo era ansiededa, porém não transpareceria isso na frente de outras pessoas, não queria ser vista como incapaz, pois sabia que ela era totalmente o contrário de incapaz.

Ao olhar melhor para os outros participantes, percebeu que todos se mostravam calmos e confiantes, ela também deveria estar assim, não é? Foi a que mais treinou, e, especificamente para isso.

Lembrou-se de quando foi fazer o Exame Chūnin. Claro que a ansiedade não se comparava a da pré-adolescente eufórica e com a idéia, um tanto errada, de que poderia até se aproximar de Sasuke e mostrar pra ele que ela poderia ser tão forte quanto parecesse. Como citou, uma ideia um tanto errada.

Naquela época não tinha tido o preparo necessário, e por isso ela culpava seu Sensei, que sempre negligenciou seu potencial dando atenção apenas para os dois outros de seu time. Na época não se tocou desse fato que depois teria grande importância. Hoje ela não guardava nenhum rancor de kakashi, pelo contrário, tinha ele como seu próprio pai, mas mesmo assim ainda era mínimamente mágoada, mesmo que não soubesse.

Mas agora era diferente, ela havia se preparado por meses, e também já tinha enfrentado pessoas muito mais perigosas que esses robôs. Apertou forte o punho e se encheu de determinação.

Mas sua atenção foi tirada por um falatório que se formou entre os outros que estavam alí, no centro, estava o pequeno garoto de cabelos de moita. Chegou mais perto pra ver do que se tratava e pelo que ouviu, estavam zombando dele, subestimando sua capacidade.

Isso a enfureceu, tinha certeza que ninguém alí conhecia ele e mesmo assim estavam o julgando incapaz. A garota já tinha visto esses olhares, os mesmos que um dia foram direcionados a ela, e talvez por isso, se sentiu na obrigação de interferir.

— Vocês devem pensar que são sortudos, não é? — Falou se colocando ao lado do garoto que a olhou com espanto, assim como o resto dos participantes — Sortudos por ter um oponente "fraco"? Ninguém daqui o conhece pra julga-lo incapaz, ninguém aqui sabe o que ele passou ou pode estar passando — O outro garoto de cabelos azuis se afastou dele observando ela com atenção, e por algum motivo, sentiu seu peito se encher de algo desconhecido ao ver a a garota — Se ele acredita que pode passar nessa prova, quem são vocês pra dizer que ele não pode? — O esverdeado a olhava com admiração, porém seus olhos marejavam e pareciam querer falhar — E outra, se vocês se acham sortudos por ter um oponente fraco, não deviam estar fazendo esse teste, pois se querem se tornar heróis, não esperem moleza, não esperem facilidade ou muito menos oponentes "fracos" — Ela se afasta do garoto e volta ao local que estava antes, sentia os olhares sobre ela, podiam ser de raiva, de nojo, de vergonha, na real, não a importava, não mais.

Assim que eu parou ouviu o grito inconfundível de Presente Mic avisando que poderiam começar, nem pode reproduzir direito na hora, todos estavam parados até que foram  avisados do tempo, aquilo era uma prova real.

Todos sairam correndo iniciando a prova, e ela se encorajou mentalmente, poderia fazer isso!




Passando alguns minutos e Sakura já possuía 35 pontos, os robos estavam acabando com a medida que os outros concorrentes os encontravam, então ela estava indo o mais rápido possível. Mais um, dois, três, quatro, cinco, seis pontos, e já tinha 41 pontos. 

Chegando em um beco da réplica perfeita de uma cidade real, um robô surgiu do nada e tentou acerta-la, porém o golpe foi parado por sua mão que logo arrancou a grande peça daquele robô, e com o outro punho livre deu um soco de presente pela surpresa que ele a fez, e logo o mesmo estava estrassalhado no chão.

Se lembrou de quando treinava com Eraser Head. De primeira foi um pouco difícil pra ela aperfeiçoar a sua  outra individualidade, "super força". Não era a mesma coisa de como Flowra havia lhe falado, a concentração de chakra era diferente disso, podia controlar ela mesma, o contrário da individualidade, que muitas vezes fazia a rosada quebrar as coisas de casa e até do trabalho involuntariamente.

Porém Aizawa ajudou com isso. Foram truques como levantar uma rocha com uma mão e na outra uma xícara que ajudou o seu cérebro a distinguir a força necessária pra cada afazer. Além de que havia socado muitas árvores e servido muito chá pra chegar até alí.

Continuou a acomular cada vez mais pontos, então quando os robôs  estavam acabando ela precisou recorrer até o centro que era onde estavam a maioria dos outros participantes.

Porém quando chegou lá viu algo incomum, o tal "robo fantoche" era muito maior do que ela imaginava, não precisaria encara-lo já que faltavam poucos minutos pra o teste acabar, mas então avistou uma garota no meio dos destroços, ela seria atingida!

Suas pernas se moveram sozinhas ao  socorro dela, porém antes que fizesse qualquer coisa, o garoto de antes aparece e dá um soco quase tão forte quanto o seu próprio naquele negócio distruindo-o.

A rosada se surpreendeu. Aquele robô não valia nenhum ponto, mas mesmo assim ele foi ao resgate da garota antes de si, sem se importar com mais nada, ele só foi. Pelo que tinha ouvido, muitos estavam o chamando de "garoto sem pontos", então pensou que provavelmente ele não marcou nenhum, porém ele não ligou pra o tempo que lhe restava, sua prioridade foi salva-la, ele sim pode ser chamado de herói ao seu ver.

Ele a lembrava alguém, e essa memória a deixou melancólica por poucos segundos.

Então todos perceberam que ele estava caindo em queda livre, "AI MEU DEUS ELE TÁ CAINDO EM QUEDA LIVRE!!!" Pensou Sakura desesperada.

Mas a garota que antes ele tinha salvado começou a flutuar em cima de um dos destroços, provavelmente era a individualidade dela. Quando ele chegou perto o suficiente, a garota de cara redonda fez ele flutuar a centímetros do chão impedindo a queda.

Então só aí sakura percebeu o quão tensa havia ficado com aquela situação, pois sentiu como se seus sentidos tivessem voltado apenas quando o garoto caiu ileso no chão. Quase ileso.

Assim que percebeu o garoto chorando no chão, correu pra ver se ele tinha se machucado, então percebeu seu braço todo machucado e até meio deformado. Ficou de joelhos ao seu lado virando-o com cuidado.

Todos os falatórios em volta a deixa-vam meio desconcentrada. Muitos insinuavam que o garoto tinha se fingido de fraco, mas claro que não foi isso, ele estava claramente inseguro, além de que ele parece não ter se adaptado totalmente a sua individualidade.

— Vo-você é a garota de mais cedo, não é? — perguntou ele ainda com os olhos cheios e o nariz melecado, se sentia um fracassado.

— Sim, eu me chamo Sakura — Colocou a mão sobre o braço dele com toda a delicadeza possível, depois a área começou a ser rodeada por uma luz verde, logo todos ali proferiram um "ó" — Eu achei muito corajoso da sua parte ter feito aquilo, você claramente não é seguro de sua individualidade, mas não hesitou.

— O-obrigado, Sa-Sakura-Senpai, eu me chamo Izuku Midoriya, e-e eu não sei se sou merecedor de sua admiração, provavelmente eu não vou passar — Sakura o olhou com pena, talvez ele realmente não passasse, mas seria um desperdício para o mundo não ter alguém como ele para protege-lo. Depois pode-se ouvir mais um grito de Present Mic avisando o encerramento do teste.

O braço estava muito danificado, provavelmente levaria horas pra bota-lo no lugar, então por enquanto só poderia aliviar a dor do esverdeado. Midoriya continuou alí se lamentando, não queria chorar na frente de Sakura ou dos outros participantes, mas mesmo assim não comseguiu controlar os sentimentos.

Olhou pro lado e viu os fios rosados da garota se desalinharem ao vento, alguns colando em sua testa por conta do suor resultado do esforço. Seu braço doía, provavelmente estava quebrado, porém sentia a dor aliviar.

Ao seu ver, Sakura parecia ser uma ótima pessoa, teria um grande futuro como heroína, diferente do que ele achava de si.

Sakura continuou o procedimento sendo observada por Midoriya e os outros participantes, mas a voz de sua mestra a fez ceder. Recovery Girl pediu pra que ela se asfastasse e desse uma atenção pra garota que havia salvado o esverdeado, só aí lembrou dela.

Sakura deu a assistência necessária para a garota que descobriu se chamar Uraraka. Depois olhou pra Recovery Girl e sorriu minimamente ao ver que o braço do garoto já estava curado. Ainda hoje achava essa individualidade impressionante e eficiente, ela era conhecida como "o pilar da U.A" e não seria pra menos depois de tantos feitos que realizou pela escola.

A rosada já estava bem cansada, não via a hora de chegar em casa e tomar um banho quente, mas sabia que aquilo ainda iria demorar bastante.



Já estava quase no final da tarde, mas ainda tinham algumas pessoas feridas espalhadas por alí, então mesmo cansada Sakura ainda se mantinha em pé.

— Sakura? — Falou Chiyo se aproximando da garota fazendo a mesma virar pra ela — Você está dispensada, querida, o resto dos participantes machucados decidiram ir pra casa, e você já ficou aqui por muito tempo — Sorriu doce para a garota, com tantos meses de convivência já tinha Sakura como uma neta pra si.

— Tudo bem Chiyo-sama, eu vou agora, mas infelizmente não poderei descansar tão cedo, prometi a Daiki que o ajudaria hoje no laboratório — Disse com uma cara derrotada indo recolher suas coisas acenando para sua mestra.

Daiki Satsu foi um grande amigo que arranjou em um dos hospitais que estagiou. O garoto de cabelos violeta era alguém brincalhão porém com muito potencial, ele trabalhava em um laboratório e sempre pedia ajuda de sua amiga médica para avaliar melhor seus projetos.

Pra Sakura isso era cansativo, porém tudo valia a pena por passar a tarde se divertindo com as ações desastradas de seu amigo.


Saiu do táxi com passos largos para o laboratório. Odiava se atrasar nem pelo mínimo que fosse, mesmo assim já estava quase vinte minutos atrasada. O tempo estava fresco, mas ela ainda se culpava por não ter sido mais rápida na hora de comer, teria tido ao menos tempo de se limpar.

Entrou apressadamente pelas portas dos fundos no laboratório, Sakura já era conhecida pela maioria dos funcionários alí, principalmente entre os jovens rapazes que se encatavam pela garota.

Assim que entra na sala de seu amigo o vê sentado em uma cadeira giratória, o mais velho olhou a mesma e riu de sua cara de reprovação ao ver a sala toda bagunçada.

— Você realmente não toma jeito, né? Como consegue trabalhar no meio disso? — pegou um avental que sobrava alí e começou a organizar os frascos jogados pelos cantos e os outros materias espalhados pela mesa— Você trabalharia bem mais rápido, cabeça de uva — O garoto se levanta encolhendo os ombros e revirando os olhos pra amiga.

— Nem vem, eu levaria mais tempo arrumando tudo, então eu tenho que gastar meu tempo pensando, e não virando uma faxineira — Ele fala rindo mas para ao perceber a rosada estreitando os olhos pra si — Eu também tenho uma amiga médica muito esforçada pra fazer esse traba...— Daiki é interrompido por um soco de Sakura — A-Ai Saky, foi mal, essa doeu de verdade!

— E é pra doer mesmo, seu desastrado — Diz rindo ao ver a cara sofrida do amigo — Sério, cabeça de uva, você precisar tomar jeito! — Se abaixou e começou a tatear a superfície abaixo da mesa em busca de um dos frascos que faltava — Mas aliás, você mandou uma mensagem todo empolgado pra mim dizendo que tinha uma nova idéia — Curvou a sobrancelha ao ver o rosto do mais velho se encher de emoção.

— Lembra de quando falamos que poderiamos adiantar nosso trabalho se não precisassemos comer tanto? — Sakura assentiu se levantando vitoriosa ao achar o bendito frasco.

— Sim, e eu mencionei as barrinhas de proteína que poderiam durar mais iguais as pílulas do meu antigo mundo — Disse começando a ordenar os matérias restantes por tamanhos.

— Sim, e se tentassemos reproduzir essas pílulas aqui?

— Eu já lhe disse que aqui não tem as mesmas plantas necessárias — Ele bufou, mas não desistiu.

— E quem disse que precisaríamos especificamente dessas plantas? Podemos subsisti-las pelas que temos, claro que precisariamos estudar muito mais seus efeitos e a forma de altera-los — Ele percebeu que ainda não tinha convencido Sakura da idéia.  Daiki sabia que sua amiga poderia ser muito cabeça dura, mas também sabia que a ganharia pelo cansaço — Veja bem minha amiga rosada de outo mundo — Aquilo soou pra Sakura como se ele a chamasse de E.T — Muitos Heróis não tem tempo pra comer durante o trabalho, nem nas lutas longas e cansativas, uma pílula nutritiva ajudaria muito as pessoas que estão lutando pela nossa segurança, e nós não podemos ir até seu mundo, você mesma disse que talvez não voltasse — Ao perceber que tinha tocado nesse assunto, se repreendeu mentalmente. Sakura o contou tudo o que tinha passado, ele demorou pra acreditar, mas depois a ideia de que existe outras realidades diferentes da dele o empolgava, mas sabia que o assunto ainda era delicado pra sua amiga, a adimirava demais por suportar ficar longe de casa, longe de tudo e ainda ter que se adaptar a coisas que ela nunca viu — Ok Sakura, vamos parar por aqui, não é?

— Olha Daiki, eu realmente quero te ajudar, mas veja, você está pronto pras consequências? Se nosso projeto der certo e for aceito pelas autoridades ou pelo ministério da saúde, ele estará livre pras pessoas, ou seja, poderá cair nas mãos dos vilões, você está pronto pra a sociedade nos culpando pelos desastres improváveis que uma simples coisa pode causar? — Falou mas percebeu que isso não teve efeito negativo na cabeça do amigo.

— Sim, eu estou, porque se eu quero ser um bom cientista eu preciso saber arriscar! E com a minha individualidade e sua experiência podemos fazer isso dar certo — Os dois sorriram um pro outro, conseguiriam fazer isso — Agora vamos comer, estou morrendo de fome! Será que podemos fazer essas pílulas com sabores? tipo yakisoba, Curry e também.... — Parou ao receber um tapa da amiga.

— Pare de ser tão precipitado, nós ainda precisamos pensar em como faze-las, depois pensamos nos sabor que é o de menos! 

— Ah Sakura, tenho certeza que você não vai querer botar algo com gosto de plástico na boca! — Eles continuaram descutindo enquanto iam ao refeitório. 



Ao chegar em casa tirou os sapatos deixando-os perto da entrada e fez carinho em Naruto, um gato que ela e Aizawa acharam na rua. Decidiu homenagear o amigo pois o gato além de assim como o cabelo de naruto ser amarelo, também era muito escandaloso e vivia bagunçando a casa.

Foi até a cozinha e pegou a caixa de ração sendo seguida pelo gato eufórico. Encheu o pote de água e o outro de ração que logo foi atacado pelo pequeno felino que parecia comer como se aquela fosse sua ultima refeição.

— Naruto, A comida não vai fugir de seu pote! — Deu um mínimo sorriso, toda vez que repreendia o gato se lembrava do amigo, pois sempre o fazia da mesma forma, ela pensa que esse foi o melhor nome que poderia ter dado a ele.

— Estou em casa — Disse o herói ao entrar em casa repetindo o mesmo processo que sakura com os sapatos — Parece que o Naruto estava realmente com fome, mas um gato do tamanho dele não deveria comer tanto, deveria? — Sakura riu novamente enquanto recebia as sacolas com o jantar dos dois — Mas eai, como você se saiu? — Perguntou enquanto sentava na mesa se espreguiçando, se preparar pra ser professor estava acabando com ele.

— Bem, na real — Ele olhou pra ela com a sobrancelha arqueada, parecia não ter ficado satisfeito — Sabe Shota, eu realmente fiquei impressionada hoje com um acontecimento, então eu queria que você me respondesse algo. Qual o princípio de um herói? — O moreno se surpreende com a pergunta inusitada da garota

— Uma pessoa me disse algo parecido com isso uma vez. Disse que pra ser um herói você precisa se colocar no lugar das pessoas, ter empatia por elas— A rosada olha pra ele meio confusa — eu queria te explicar com mais detalhes, mas eu preciso tomar um banho — Falou se levantando e indo até o outro andar da casa, Sakura não viu, mas ele sorriu, sorriu por saber que talvez ela estivesse começando a se tornar mais feliz aqui, a se imaginar nesse mundo. Talvez ele não devesse ter se apegado a ela, isso poderia ser perigoso.

— Ter empatia, não é? — Falou olhando para o felino enquanto cortava as cebolas — Acho que posso fazer isso.



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