História Relearning To Love - My son?

Acordo com um peso em cima de mim e sinto beijos molhados por todo o meu rosto. Abro os olhos sorrindo, quando vejo Zara em cima de mim vestindo apenas minha camiseta e uma calcinha branca. 

— Bom dia, amor — Ela sorri ficando cara a cara comigo.

— Que bom dia mais animado, aconteceu alguma coisa? — Pergunto passando as mãos na sua perna nua. 

— Não, mas minha menstruação foi embora, sempre é motivo de felicidade — Da ombros e beijo a palma de suas mãos. 

— Gosto disso, vai dormir aqui hoje? 

— Não sei — Torce a boca — Tenho que ir trabalhar nas fotos hoje, mas quero dormir contigo. 

Dou risada da sua indecisão e levanto da cama indo tomar um banho, são oito e meia da manhã e não vejo problema em chegar atrasado na empresa. Zara e eu temos tempo o suficiente para tomar um belo café da manhã. 

Termino minhas higienes matinais, e visto as minhas roupas formais de trabalho. Comandar uma empresa não é nada fácil, ainda mais agora com a ausência do meu pai. Ele está se aposentando, deixando tudo nas minhas mãos e dos meus irmãos. 

Zara está tomada banho e cheirosa. Ela está com um vestido branco, que bate na altura de sua coxa e um all-star nos pés e sem nenhuma maquiagem. Fofa! 

— Fiz um café da manhã rápido para nós dois, já que você está sem alguém para trabalhar aqui. Sua casa está uma bagunça, Justin! Amanhã vamos arrumar tudo isso — Ela revira seus olhos e agarro sua cintura por trás, beijando seu pescoço. 

— Tá bom, meu amor. Podemos fazer tudo o que você quiser — Viro ela de frente para mim e desço minhas mãos para a sua bunda. 

— Se fomos fazer tudo o que eu quiser, juro que não vamos sair daqui hoje — Zara morde seus lábios e dou risada jogando a cabeça para trás. 

— Mulher, você é uma safada, podemos fazer alguma coisa hoje à noite, amanhã já é sábado mesmo — Dou ombros e sento à mesa servindo-me com um suco de laranja. 

— Podemos sair com nossos amigos, faz é tempo que não fazemos isso. 

— Por mim tudo bem, baby. 

Ela assente com a cabeça, e senta à mesa para me acompanhar no café da manhã. Zara tem passado tanto tempo na minha casa que é até estranho quando ela vai embora. Ela está fazendo tantos trabalhos e fico cada vez mais orgulhoso por saber que as pessoas estão dando valor a ela. Todos sabem que não foi nada fácil para ela chegar até aqui, mas com garra ela conseguiu. 

— Você vai falar com a Bella hoje? — Toca no assunto e respiro fundo. 

— provavelmente não. Essa mulher está querendo me perturbar com isso, mas não irei falar com ela — Respondo e ela sorri.

— Eu fico feliz por saber que você amadureceu em relação a tudo isso que aconteceu. Se fosse o Justin de antes, ele iria surtar, mas agora está tudo tão calmo e a volta dela não nos atrapalha em nada — Confessa segurando na minha mão por cima da mesa. 

— Zara, se não fosse por você eu jamais teria superado isso. Doeu, mas passou! Ela é uma pessoa podre, e não posso me igualar a ela, por isso estou bem de boas com a volta dela. Tenho uma mulher incrível, perfeita e com os olhos mais maravilhoso que já vi na vida — A elogio e vejo suas bochechas ficarem rosadas. 

— Você não merece aquilo que passou, mas ainda bem que não se casou, imagina o que seria de sua vida sem mim? Nada, né!? — Se gaba e reviro meus olhos concordando. 

— Há males que vem para o bem, meu amor. 

— Porém, tem bens que vêm para o mal. 

— Sim. E chega de falar dessa mulher, o nosso foco é nos dois, nada mais — Aperto sua mão e beijo a palma dela.

— Sim, agora vamos comer que estamos atrasados. 

Terminamos o nosso café da manhã, e Zara está contando como está sendo o seu trabalho nesse final de ano. As meninas da empresa saíram de férias, e voltaram só no começo de 2019 para a coleção de inverno. Depois escovamos os nossos dentes, e fomos juntos para a empresa.

— Você prefere entrar sozinha ou comigo? — Pergunto, pois não estamos cem por cento assumidos. 

— Sozinha, por quê? Não temos nada a esconder, meu amor — Ela fala segurando na minha mão entrando na empresa. 

— Tem razão — concordo e aliso sua mão macia. 

As pessoas ficam olhando para nós como se fossemos o centro das atenções. Sempre fora assim, aqui eles não podem assumir um relacionamento que já é motivo de falatório. 

— Esse povo me cansa — Diz assim que entramos no elevador, e ela vira-se de frente para mim. 

— Não ligue para isso, amor. Não vou ir embora tão tarde hoje, avise-me quando acabar suas fotos e se estiver mais alguma para fazer — Peço colocando seu cabelo atrás da orelha. 

— Creio que não vai demorar. Quero passar o dia com você — Resmunga e sorrio com seu momento de fofura. 

— Zara, você anda tão manhosa por esses dias — Gargalho alto e ela fecha a cara. 

— Que namorado que eu fui arrumar, meu Deus! — Revira seus olhos e sorrio puxando ela para mais perto. 

Coloco seu cabelo atrás da orelha, e beijo os seus lábios pintados em uma coloração bem fraca de vermelho. Zara é a mulher mais bonita que já vi. Seus olhos azuis, as bochechas rosadas e os lábios que eu amo tanto, ainda mais pintado nessa cor. 

Aprofundo o nosso beijo, colocando minhas mãos por baixo do seu cabelo e ela agarra ainda mais o meu paletó. 

— Uhum, temos que parar — sussurra entre o beijo e não quero soltar os seus lábios. 

— Não — Respondo voltando a beija-la com mais intensidade. 

Desço minhas mãos por sua cintura e deixo um leve aperto, mas ouvimos o elevador apitando e separamos nossos lábios. A porta está aberta e tem algumas pessoas olhando para nós dois. 

— Eu vou para a minha sala, mais tarde dou uma passada no seu ensaio — Digo a ela que assente com a cabeça e deixo um último selinho nos seus lábios, arrancando um sorriso dela. 

Eu amo o sorriso dessa mulher, na verdade, eu amo tudo aquilo que envolve diretamente a ela. Somos duas pessoas com personalidades diferentes, mas estamos sempre arrumando um jeito de nós entender e deixar as diferenças de lado. 

Entro na minha sala ligando o meu computador, e Pilar já veio me passar agenda da semana. Daqui um mês terei uma viagem para Nova York olhar como estão as coisas por lá e se a fabricação das peças estão correndo tudo bem. 

Passo metade do dia resolvendo papéis, trocando mensagens com a Zara e vendo as fotos que ela está me mandando com a nova lingerie. Essa mulher é gostosa demais, meu Deus! 

Fico distraído com os papéis e a porta da minha sala é aberta, mas nem olho quem é. Não tenho tempo para conversas paralelas, preciso entregar isso hoje a minha mãe.

— Olha, Drew — Escuto uma voz conhecida e largo a caneta na mesa respirando fundo. 

— O que você quer aqui? Não temos nada para tratar. 

— Claro que temos! Eu disse que queria conversar com você. Vi as fotos sua com aquela sem sal chegando de mãos dadas e pensei; esse é o momento perfeito — Debocha e senta na cadeira com a perna cruzada. 

— Você lava a sua boca para falar da minha namorada, ela merece respeito! Segundo, pode fazer o favor de ir embora? Não tenho nada para falar com você — Aponto para a porta e ela sorri negando. 

Bella é uma filha da puta. O que ela quer agora? Minha vida está tão completa com a Zara que não sinto nada com a volta dela, apenas nojo. 

— Ownnn, ele fica putinho quando fala da Zarinha dele, patético — Revira seus olhos levantando da cadeira. 

— Única patética que tem aqui é você. Fazendo esse papel ridículo em estar na minha sala. Única coisa que sinto olhando para você é nojo. Às vezes eu fico pensando, como fui idiota em me relacionar com alguém tão baixa igual a tu. Sem caráter, e uma vadia desesperada por dinheiro — Levanto da cadeira ficando cara a cara com ela e Bella me empurra se levantando. 

— Justin.... Você está me ofendendo. 

— Ofendendo? Eu deveria contar a todos a vadia que você foi! Sumiu por quase dois anos, e agora volta com essa maior cara lavada. Fracamente — Balanço a cabeça em negação. 

— Eu não vim aqui para ficar ouvido as suas humilhações! Precisamos conversar agora! — Afirma cruzando os braços.

— Fora daqui, Isabella! Não venha com essa, tem noção do estranho que fez na minha vida, sua desgraçada! some de uma vez — grito e ela nega várias vezes com a cabeça.

— Não posso, por favor! Eu quero que conheça uma pessoa. Esse é o único motivo que estou aqui, precisamos colocar em pratos limpos. Não sei daqui, eu já volto — Ela sai da minha sala e frazo o cenho, que porra ela está falando? 

Ando de um lado para o outro, a Zara vai querer matar essa mulher quando vê-la na sua frente. Ela sabe o meu sofrimento e tudo que passei para finalmente conseguir assumir alguma coisa com ela. Por que isso agora? Estou seguindo em frente, mas essa porra tinha que aparecer. 

Não demora muito, e ouço o barulho da porta abrindo. Isabella entra na minha sala segurando uma criança nos seus braços e quase caio para trás ao olhar para ele. Seus cabelos são claros, quase em tom loiro, seus olhos verdes e tem uma chupeta na sua boca. Não definitivamente não é o que estou pensando.

Isabella tem um filho? 

— Justin, esse é o Jack, o meu filho, da oi para ele, amor — Sorri para o menino, que esconde o rosto no pescoço dela. 

— De quem é esse bebê, Isabella? Que porra você fez — Pergunto desesperado, com medo da sua resposta. 

Ela coloca o menino no chão e entrega brinquedos nas mãos dele, que de distrai com o carrinho vermelho. Nego com a cabeça várias vezes, essa filha da puta está insinuando que esse bebê é meu?

— Eu não sei – sussurra com os olhos cheios de lágrimas — Não sei quem é o pai dele, quando fui embora daqui descobri que estava grávida de três meses. 

Solto uma gargalhada alta. Não bastava me trair, arrumou um filho e não sabe nem quem é o pai. Inacreditável.

— Deixa eu ver se entendi, você me traiu, e depois volta com um filho nos braços querendo dizer que é meu? Acha mesmo que vou acreditar nisso, filha da puta — Avanço para mais perto dela, mas me controlo pelo bebê que está na sala. 

— Eu sei, mas vou contar o que aconteceu, e você vai ouvir calado! — Afirma e senta no sofá com as mãos trêmulas — Quando fui embora, estava desconfiada disso, foi um dos motivos que fez-me ir embora. Fai me obrigou a escrever aquela carta, ele disse que iria contar tudo e acabar com a minha vida se não fizesse o que ele mandou. Juro que me arrependo, ele criou Jack como filho, porém conheceu outra mulher e nos abandonou — Chora com as mãos no rosto e o bebê grita engatinhando até ela. Eu diria que ele não tem nenhum ano. 

Isso só pode ser uma brincadeira com a minha cara! Não bastava fugir com outro homem, tinha que voltar com um bebê nos braços dizendo que é meu! Ela acha que sou idiota. 

Jack é muito bonito, fico olhando para ele brincando com o carinho e fecho os olhos passando as mãos no cabelo com medo de toda semelhança que estou vendo entre nós dois. A boca pequena, pintinhas perto do olho, mas tudo isso pode ser uma coincidência, tem que ser! 

— Quantos anos ele tem? — Pergunto em um fio de voz. 

— Seu aniversário se um ano e daqui dois meses, ele faz aniversário dia cinco de janeiro — responde e pega seu filho nos braços. 

— Incrível, ele foi embora e você resolveu aparecer atrás de mim? Acha que sou palhaço? Que vou cair nesse seu papinho de vitimista? Vamos fazer um teste de paternidade só por causa que as datas batem, mas se ele for meu, juro por tudo que é mais sagrado, eu tiro ele de você e mostro na justiça a vagabunda que você é! — ameaço, e ela segura seu filho fortemente, com os olhos transbordando em água. 

— Não tira o meu bebê, Justin, por favor! Ele é tudo o que tenho nessa vida, não quero seu dinheiro, meu filho só precisa de um pai que cuide dele com todo amor do mundo — Agarra no menino e chego mais perto deles. 

Olho para ele, e observo os seus traços. Seus olhos são verdes em um tom quase mel, cabelos castanhos claro. Ele tem as mesmas pontas que eu no rosto, uma perto dos olhos, e outra na bochecha. Sua boca é bem pequena, e os olhos pequenos.

Pego ele no meu colo, que coloca suas pequenas mãos no meu cabelo. Sorrio para ele, que retribui com a chupeta na boca.

— Por que escondeu ele, Isabella? Tem noção que essa criança pode ser o meu filho — Sussurro com os olhos preso no bebê de dez meses.

— Eu não sabia o que fazer, fui embora estava com três meses, mesmo tempo que me envolvi com o Fai — Explica — Mas ele nunca aceitou fazer o teste, dizia que era o seu filho do coração. 

— Na primeira oportunidade te trocou por outra, um dia da caça, outro dia do caçador — Debocho e o menino puxa o meu cabelo.

— Jack, não pode puxar o cabelo dele — Ela briga com ele e o menino sorri sapeca. 

A dúvida que está dentro de mim e Amo enorme. Essa filha da puta volta de mais de um ano, e com um filho pequeno dizendo que pode ser meu. Eu acho que sou uma pessoa muito horrível para passar por todas essas merdas da vida. 

— Amor, você não sabe o que aconteceu — Zara entra na minha sala completamente animada, mas fecha a cara quando olha para nós três — Justin, o que é isso? — O que ela está fazendo aqui? 

— Olá, Zara, lembra de mim? — Levanta e para ao meu lado. 

— Infelizmente eu tive o desprazer de saber quem é você, nojo! — Encara a morena com ódio e me lança um olhar raivoso — De quem é esse bebê, Drew? 

— Nosso filho — Toma a frente e Zara dá dois passos para trás com as mãos na boca.

— Isabella, chega! Segure o seu filho — Dou ênfase na palavra e vou para perto da Zara — Você pode ir embora agora, irei procurá-la para fazer o exame de paternidade, ante disso não quero te ver na minha frente — Abro a porta e ela sai com a cabeça erguida, mas antes para perto da Zara e fala alguma coisa e a loira fecha as mãos em um punho.

Isabella sai dando um sorriso debochado e seguro a vontade de chutá-la da minha sala. Essa vadia tinha que aparecer logo agora para estragar ainda mais a minha vida. 

— Porra, estou sem saber o que pensar – Encosto a cabeça na porta e respeito fundo. 

— Justin, aquele bebê é seu filho? — Pergunta olhando para a janela com os braços cruzados.

— Eu não sei, Zara, realmente não sei — Bufo alto e passo as mãos no cabelo sentindo o nervosismo passar pelo meu corpo. 

— Ele é a sua cara — Dá ombros e sinto meu coração acelerado.

— Está tudo confuso para mim. 

— Justin, o bebê se parece muito com você! Não tenho nenhuma dúvida sobre isso, meu Deus! — Passa as mãos no rosto. 

— Se eu for o pai dele, isso tem algum problema para você? — Pergunto sentindo meu coração ficar com as batidas descomoresfas. 

— Claro que não, amor! Uma criança é inocente no meio disso tudo. Eu jamais deixaria você por ter um filho, mesmo que é com essa vadia — Sorrio para ela, mas Zara apenas dá ombros.

Ela está estranha, não consigo imaginar o que está passando na cabeça dela, na real, minha está em um turbilhão. Não bastava voltar, tinha que ter um possível filho meu. 

— Essa vadia tinha que voltar, Logo agora que estávamos tão bem... — Diz e saco o que ela quis dizer. 

Zara sempre me disse que era insegura. Bella traz essa insegurança para ela, por fazer parte do meu passado e ter sido minha noiva por alguns anos. Chego mais perto dela e agarro sua cintura, trazendo-a para mais perto de mim.

— O que foi, amor? — Falo no seu ouvido e ela trás suas mãos para o meu cabelo. 

— Nada, como está se sentindo com tudo isso? Deve ser horrível, ainda mais agora com um suposto filho. 

— Não sei o que pensar, na verdade, parece que tudo isso é um pesadelo — Confesso, e sinto-me perdido. 

— Eu não sei o que pensar, Justin, isso é tão difícil para você, mas se torna difícil para mim. Demorou tanto tempo para estarmos juntos, agora essa mulher aparece e estraga tudo. 

Viro Zara de frente para mim, e seguro nos dois lados do seu rosto, olhando nos seus olhos que amo tanto. 

— Não vai mudar nada entre nós dois, estamos juntos e vamos continuar assim. Não me importo com mais nada de você estiver ao meu lado — Colo nossas testas e ela sorri, e me abraça fortemente, aspiro o seu cheiro que amo tanto. 

— Eu tenho medo, Justin, estamos nisso tem quatro meses? Ela ficou anos na sua vida, e eu? Agora tem um filho no meio da história. 

Eu sabia que Zara era insegura, mas não a ponto de ficar com medo. Eu tomei a decisão que queria essa mulher na minha vida, e nada vai mudar o que quero é desejo. 

— Não quero que sinta-se assim, ela é uma parte da minha vida que foi apagado no momento que disse que você é a mulher que vou construir uma história. Quero só você, baby. 

Colo minha boca na sua, depositando toda a minha verdade é confiança naquele beijo. Zara tem medo de muitas coisas, mas eu juro que enquanto eu estiver ao lado dela, jamais faria algo para magoar seu coração.