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História Relentless - 2 Minutos X 1 Mês


Escrita por: jdbpower

Notas do Autor


heeey, voltei!!!

mais um SUPER capitulo ai, esse ta grande de vdd.. exagerei!!! #SorryNotSorry kjsadkdsf

OBRIGADO POR TODOS OS COMENTÁRIOS, eu to dkjnkdjfa até agora!!! Bruna vc me fez enlouquecer com o seu comentário garota!!! sadkfs OBRIGADO A TODAS!!!!

Desculpem pelo numero de palavras!!!

Capítulo 6 - 2 Minutos X 1 Mês


Fanfic / Fanfiction Relentless - 2 Minutos X 1 Mês

Justin

Minha garganta fechou. E eu não gostei nada dos olhos dela naquele momento. Pelo contrário, eu fiquei com raiva. Como assim ela não iria? Ao perceber a insatisfação no meu rosto, ela tentou se concertar.

– Eu estou cansada e tenho que estudar.

Mackenzie afundou as mãos nos bolsos do moletom que usava e desviou o olhar do meu.

– Você tem que ir, Mack. Você é a minha Lucky, entendeu? Você é a minha sorte. – pedi me levantando e indo até ela. Ela evitava os meus olhos e segurei seu rosto para que ela olhasse pra mim.

– Eu não gostei da primeira vez que fui, Justin. Por favor, não me faça presenciar tudo aquilo de novo.

Eu não podia mandar nela. E ainda me recordava da feição de desgosto dela enquanto eu lutava. Mas eu queria Mackenzie lá. Eu queria que ela estivesse lá gritando e vibrando por mim e queria poder abraçá–la ao comemorar minha vitória. Mas eu não era tão egoísta assim. Eu queria ser, mas eu me importava demais com aquela garota para estragar as coisas. Soltei o ar pela boca chateado e soltei seu rosto.

– Tudo bem.

Eu estava chateado, decepcionado. A vontade de cancelar tudo aquilo e ficar em casa com ela me tentou fortemente. Eu não precisaria da grana por um tempo, tinha aceitado apenas pela diversão que eu teria. Naquele momento ir lutar e acabar com alguns caras me pareceu uma coisa totalmente idiota. Mackenzie não gostava daquilo. Então, eu não deveria gostar também. Mas eu não podia cancelar as coisas assim de uma hora pra outra.

Calcei meus tênis e terminei de me arrumar sem o menor animo.

– Boa noite, Lucky. – disse baixo claramente triste e ela apenas assentiu me olhando. Virei–me andando pra porta, assim que coloquei a mão na maçaneta ela me chamou e senti um sorriso brotar nos meus lábios.

– Justin.

Virei–me de súbito, escondendo o sorriso novamente. Ela bufou e se levantou.

– Vou colocar uma roupa, espera. – dito isso ela se virou para o armário, pegou uma muda de roupas e foi pro banheiro. Quando ela fechou a porta fiz uma comemoração silenciosa com as mãos e eu queria gritar.

De um segundo para o outro meu coração voltou a bater com rapidez e eu já sentia a adrenalina pulsar nas minhas veias.

Cinco minutos depois, Mack apareceu no quarto. Uma calça jeans, uma camiseta um tanto colada a seu corpo com um decote V e um cardigã verde por cima. Ela era mesmo o meu amuleto da sorte.

– Eu só vou te avisando que essa carinha de cachorro abandonado não vai mais funcionar. Eu estou te fazendo um favor e...

– Vamos logo, Lucky! – puxei–a pela mão interrompendo seu sermão e ela reclamou. Quando saímos do quarto, Penélope e Taylor estavam no sofá assistindo qualquer coisa na televisão.

– Vamos logo!

Eu estava eufórico, acho que nunca tinha ficado tão animado para uma luta antes.

– Você vai me derrubar! – Mackenzie me alertou. Eu a puxava pela mão descendo as escadas rapidamente. Ela tentou se soltar, mas apertei mais. Eu gostava de segurá–la.

Taylor e Penélope foram no carro dele e eu e Mackenzie fomos na minha moto. Eu não me lembrava exatamente onde ficava o BlackSide. Já fazia um tempo que eu tinha ido até lá com os caras da fraternidade para disputar um racha, mas a demora até me lembrar do caminho certo não me incomodou. Pelo contrário, eu aproveitei cada segundo em que as mãos de Mackenzie estavam em meu peito me apertando. Parei a moto vendo o sinal fechar e ela levantou o rosto apoiando no meu ombro, deslizei minha mão para sua coxa e apertei fazendo um leve carinho.

– O que foi?

– O sinal. Ficou vermelho. – expliquei e ela olhou pra cima.

Ela riu fraco na minha orelha e senti cada pelo do meu corpo se arrepiar.

– Você nunca respeita os faróis, por que está fazendo isso agora? – perguntou.

A verdadeira resposta era: porque eu quero aproveitar meu tempo com você. Mas é claro que eu não diria aquilo, sorrir como um idiota já estava sendo vergonhoso demais.

– Eu não me importo com a sinalização desde que eu esteja sozinho. Mas quando você está comigo, eu me preocupo com a sua segurança.

Ela pareceu abalada de alguma forma com a minha resposta e eu fiquei incomodado com a falta de resposta dela. Voltei minha mão até o guidão e ela voltou a me apertar. De longe já era possível ver as luzes no meio da escuridão da estrada vazia. O som estava alto e em um raio de um quilômetro a música já podia ser ouvida. Estacionei minha moto ao lado das outras que provavelmente disputariam um racha depois da minha luta e observei Mack descer da moto como uma profissional. Ela até mesmo balançou os cabelos pra lá e pra lá e pra cá como as garotas que andavam na minha garupa faziam.

– O que foi? Vamos logo! – eu fiquei alguns segundos reparando nela e ela me empurrou.

Enlacei nossas mãos e dei a volta entrando na multidão. As pessoas iam abrindo caminho gritando para mim ao me reconhecerem. Eu adorava toda aquela adoração do público, mas confesso que o que estava fazendo meu coração correr era as mãos de Mack junto as minhas.

Os olhos de todos estavam sobre nós, e Mackenzie soltou minha mão escondendo–as dentro do bolso do seu jeans. Eu não gostei daquilo, mas ela pareceu incomodada com o olhar das pessoas em nossas mãos. Encontrei Trent conversando com Taylor e Logan mais a frente, Penélope estava perto conversando com algumas garotas. O lugar estava insano. Era iluminado por tochas localizadas em pontos estratégicos e caixas de som altas rodeavam as pessoas.

– Campeão! – Logan gritou, batendo nas minhas costas. Cumprimentei Trent batendo os punhos e olhei para onde Mack andava.

– Preparado?

– Sempre. – procurei andar até Mackenzie e entrelacei nossas mãos puxando ela para um local mais afastado do tumulto. Eu sabia que ela não queria estar ali, mas eu estava contente com a sua presença.

– Justin, pare com isso! Se ficarmos andando de mãos dadas por ai, eles vão pensar que temos alguma coisa! – reclamou, me soltando grosseiramente.

Aquela doeu.

O engraçado sobre ela era que, ela passava mais tempo tentando deixar claro para todos que eu e ela não tínhamos nada, do que pensando em aproveitar o tempo.

– E dai? Eu não preciso da opinião deles pra nada e não estou nem ai. – dei de ombros.

– Mas eu me importo Justin. Ontem mesmo na aula eu escutei as garotas comentando sobre nós dois. Elas acham que eu sou patética por ficar com você enquanto você fica com varias outras. Eu não quero que eles pensem que nós temos algo. – ela parecia estar falando com um idiota. Eu entendi onde ela queria chegar. Lucky tinha vergonha de mim e aquilo me deixou triste.

– Já entendi. Você tem vergonha de ser vista comigo. – endireitei minha postura colocando os punhos cerrados dentro dos bolsos da minha jaqueta.

– Mas... Você não entendeu nada do que eu disse? Por Deus, Justin. Eu só não quero atrapalhar você e suas conquistas. Se acharem que temos algo...

– O que é que tem se eles acharem isso? Eu não me importo com os que as pessoas dizem de mim, Lucky. Se eu me importasse não estaria aqui. Mas parece que você se importa e parece que o julgamento das pessoas sobre a sua vida é mais importante do que a nossa amizade. Isso me chateia!

Ela encolheu os ombros, me olhando nos olhos sem saída. Ela abraçou o próprio corpo quando uma ventania bateu e bufei tirando minha jaqueta e me aproximando para cobrir seus ombros.

– Me desculpe, ok? Eu só não quero ficar conhecida como a garota patética do campus, quando nós não temos nada. – a voz dela saiu baixa como se ela estivesse envergonhada da situação formada. Mackenzie arrumou minha jaqueta no corpo e me olhou como se dissesse “obrigada”.

– Eles não seriam loucos de inventar coisas sobre você, Lucky. Não sabendo que você é minha amiga. E se disserem, pode ficar tranquila que eu mesmo me certifico de acabar com eles, ok? – segurei o rosto dela, mas minhas mãos lhe dando um sorriso. Ela retribui tímida e abraçou meu tronco.

– Ok.

Abracei–a e respirei fundo.

Quando Mackenzie estava comigo eu tentava ao máximo fazer a coisa certa e manter o controle. Nunca antes eu tinha me preocupado em impressionar tanto uma garota como eu fazia agora. Eu sabia que ela era especial no momento em que meus olhos caíram sobre ela, mas eu não sabia o que ela ia se tornar pra mim. Repousei o rosto na cabeça dela e senti os braços dela me apertarem mais.

– Vamos logo. Eles já devem estar nos procurando. – ela puxou minha mão e saímos andando para a concentração. Trent me avistou e me chamou, não soltei a mão dela por nenhum segundo. Havia muitos caras ali e eles estavam bêbados demais para Lucky ficar por ai sozinha.

– Mack vem aqui! – Penélope puxou Mackenzie e elas saíram pela esquerda. Tentei procurá–las com o olhar, mas havia bastante gente.

– Presta atenção, Justin. O Shawn está ai todo cheio de marra. Vai ser uma luta fácil, mas você sabe, deixe ele te acertar um ou dois golpes pra coisa ficar interessante. – Trenton me alertou falando bem próximo ao meu ouvido.

– Trent, olhe só com quem você está falando. Está querendo ensinar um lutador a lutar? – debochei e eles riram fraco.

– Só estou avisando. Você ainda tem vinte minutos.

Assenti e eles saíram.

– Não desgruda da Mack enquanto eu estiver lutando. Esses caras estão pra lá de chapados. – ordenei para Taylor vendo as pessoas passarem. Ele assentiu e sai para procurar as garotas. Algumas pessoas falaram comigo enquanto eu andava, mas não dei muita atenção. Encontrei as duas perto do bar, Penélope comprava uma cerveja.

– Achei vocês. – abracei o corpo de Mackenzie por trás, passando a mão pela cintura dela e Penn olhou para aquilo incomodada, mas não disse nada. Ela simplesmente saiu dizendo que iria procurar o Taylor.

– Esse lugar é horrível. – Mack comentou baixo cobrindo as minhas mãos com as suas.

Estava nítido que ela não queria estar ali e eu fiquei incomodado com aquilo, porque de certa forma eu a forcei a vir.

– Prometo acabar com ele rápido. – disse baixo no ouvido dela e ela se virou me olhando com a sobrancelha erguida.

– Você é todo cheio de marra mesmo, hein!

Eu ri.

– Mas é a verdade. Todo mundo já sabe quem vai ganhar essa luta. E eu posso acabar com o Shawn em menos de cinco minutos se isso te conforta.

Ela me olhou com uma cara divertida e encostou–se ao bar, eu fiquei na sua frente tampando seu corpo com o meu.

– Duvido!

– Quer apostar? – desafiei sorrindo e ela assentiu. – Se eu acabar com ele em menos de dois minutos você fica morando comigo pelo resto do semestre.

Ela me olhou surpresa e negou. – Por seis meses? Está maluco? Claro que não! – ela disse rindo alto.

– Por três meses então.

– Um mês! – propôs e eu ri.

– Tudo bem! Um mês. Depois disso você vai querer ficar comigo pelo resto do ano mesmo. – sorri convencido e ela me deu um soco na barriga.

– E se eu ganhar, o que eu ganho? – perguntou e pensei em algo.

– Eu fico um mês sem fumar. – propus. Ela odiava quando eu fumava, vivia dizendo que eu ia morrer antes do quarenta com câncer no pulmão e falava uma infinidade de coisas que eu nunca prestava atenção porque estava perdido admirando o rosto preocupado dela.

– Ah, mas essa é fácil. Você fica um mês sem transar!

Eu pude ver a alegria e malícia dela naquela hora. Um mês sem sexo por um mês com ela na minha cama. Era justo.

– Um mês sem sexo? Acho que não sobrevivo à primeira semana. – fiz uma cara sofrida e ela riu alto.

– Mas é isso ai. Eu sei que você não vai conseguir então...

Ela me desdenhou e cerrei os olhos. Olhei para trás do balcão e vi um dos calouros da fraternidade Magna servindo as bebidas. Geralmente eram os calouros que faziam o trabalho pesado nas festas.

– Zack! – o chamei e ele nos olhou.

– O que quer, Justin?

– Dois shots de vodca. – disse, batendo uma nota de dez dólares no balcão.

– Não! Tequila! – Mackenzie disse animada e virando para o balcão e ficando debruçada sobre ele.

Naquele momento senti todo o meu corpo tencionar. A bunda dela estava colada ao meu corpo e senti meu pau endurecer com aquele contato. Ela não podia ter feito aquilo. Respirei fundo para não ficar em maus lençóis e pensei na coisa mais broxante da minha vida.

– O que foi? – ela perguntou e abri os olhos encontrando ela me olhando confusa.

– Nada, Mack.

Zack colocou os shots no balcão e despejou tequila dentro deles.

– Pra que isso?

– Pra firmar a nossa aposta. Alguns fazem pacto de sangue, mas isso é macabro demais pra mim. Quando engolir a tequila não tem mais volta, ok? E fique certa de que eu já ganhei essa. – avisei e ela me olhou, sorrindo com malícia. Ainda sim, ela tinha um brilho inocente nos olhos.

– Você não vai derrubar aquele cara em menos de dois minutos. – ela disse certa e pegou o shot. Peguei o meu e nos olhamos, em seguida viramos rapidamente e batemos o copo no balcão novamente. Senti o líquido arder pela minha garganta e chacoalhei a cabeça.

– Uau! – ela gritou e piscou algumas vezes, os olhos dela lacrimejaram e ela começou a rir.

– JB! – Taylor apareceu batendo no meu ombro. – É agora. – alertou e eu assenti, puxando ela pela mão novamente.

Andei até a parte de trás onde estava Trenton e Taylor estava com Penélope ao seu lado.

– Você não vai trocar de roupa? – Mack perguntou me olhando eu podia ver a linha de preocupação dela em sua testa.

– Não. Eu só me troco quando são lutas mais especiais. Essa aqui é uma luta qualquer. – expliquei e ela assentiu.

Ela olhou pro chão e depois olhou pra mim.

– Está nervosa, Lucky? – perguntei abraçando pela cintura.

– Sim.

– Eu disse que não tinha volta. Já está sentindo que vai perder, não é? – zombei.

– Não, idiota. Eu estou preocupada com você. Ele é um cara grande. – ela comentou sem graça, olhando para o outro lado onde Shawn estava com seus amigos.

– Já lutei com caras maiores e venci. Não precisa se preocupar. Minha sorte está aqui e eu tenho que ganhar essa para levar ela para minha cama hoje à noite. – provoquei me curvando para dizer isso na orelha dela.

Mack riu e me beliscou.

A voz de Logan começou a soar em um megafone anunciando a luta da noite. Ele anunciou Shawn e algumas pessoas gritaram.

– Dois minutos. Eu vou estar contando. – ela disse e beijou a minha bochecha me dando um abraço. – Acaba com ele.

Sorri e assenti, soltei–a e passei por perto de Taylor. – Não deixa ela sair da sua vista.

Ele assentiu e em seguida escutei todos gritarem mais alto e escutei meu nome.

Aquela era uma luta sem importância, mas eu estava tão ansioso para começar logo com isso e ter Mackenzie comigo por um mês.

Mack

Taylor me levou para um lugar onde eu pudesse ver o Justin com precisão. O círculo era formado pelas pessoas e todos estavam eufóricos. Eu estava apreensiva. Não por conta da aposta, porque de qualquer forma aquilo seria divertido ganhando ou perdendo, mas eu estava apreensiva por causa de Justin. Não queria ver ele se machucar. A jaqueta dele cobria meu corpo e eu podia me perder ali dentro, contudo, o cheiro dele preso a jaqueta me trouxe uma sensação boa.

A luta começou e Justin não esperou até que seu adversário o atacasse, ele avançou diretamente, acertando o primeiro soco e fazendo o brutamonte moreno perder os sentidos.

Olhei no visor do cronometro do meu celular vendo os segundos correrem. Justin parecia estar contando em sua mente. Ele deu outro soco certeiro no nariz de Shawn e o fez cambalear para trás, Justin acertou um chute em seu estômago, o fazendo perder o ar.

Ele era bom. Ele sabia como fazer. Shawn não tinha as mínimas chances contra aquilo. Ele estava sendo atingido antes mesmo de pensar em reagir. Shawn caiu no chão, mas Justin não parou de ataca–lo. Sangue espirrava do rosto dele e Justin continuava intacto. Faltavam vinte e sete segundos ainda. Mas Justin só parou quando Logan o tirou de cima do cara já desacordado no chão. As mãos de Justin estavam sujas de sangue assim como a sua camiseta, mas ele sorria.

Ele tinha ganhado. Ganhado a luta e a aposta. Logan levantou o braço de Justin, declarando vitória e todos gritaram loucos. Eu sorri orgulhosa do meu garotão e ele veio correndo na minha direção me abraçando com força.

– Acabei com ele e ainda faltavam quinze segundos. – sussurrou na minha orelha e meu corpo todo se arrepiou. Segurei a cintura de Justin e ele riu.

– Você está todo sujo de sangue, que nojo. – desdenhei empurrando–o para longe.

Taylor e Trenton agarraram Justin, comemorando sua vitória e Penn sorriu me abraçando. Ela tinha bebido, mas não estava bêbada.

– Vamos comemorar isso com vodca! – Justin gritou animado, mas Logan apareceu o chamando pra algum lugar. Ele não tinha a melhor das expressões e fiquei preocupada quando ele sumiu com Justin.

– Fica tranquila, Justin deve ter ido pegar a grana que faturou essa noite. – Taylor me avisou e assenti ainda incerta.

Fomos novamente para o bar e a música estava alta. Minutos depois, Justin apareceu sorridente como nunca e me abraçou por trás.

– Um mês. Toda minha. – ele segredou aquilo no meu ouvido e sorri largo corando.

– Zack mais quatro shots de tequila! – ele gritou e o garoto apareceu colocando os copinhos no balcão e despejando tequila neles.

– Tequila? – Taylor sempre certinho perguntou com a sobrancelha erguida.

– TEQUILA! Eu amo tequila! – Penn gritou e pegou o shot. Taylor e Justin trocaram um olhar cúmplice e sorriram. Eu odiava quando eles faziam aquilo porque eu ficava curiosa.

Justin pegou o shot dele e eu o meu.

Cantamos até três e todos viramos o shot. Aquilo ardia pra caramba, ardia tanto que meus olhos lacrimejaram e perdi o ar por alguns segundos. Mas em seguida ri alto. Era bom.

– Vamos dançar! – Penélope puxou Taylor pela mão entrando na pista de  dança e me virei pra Justin.

Ele me segurava com firmeza, não queria me soltar de jeito nenhum. E aquilo era bom e ruim. Eu via as pessoas comentando sobre nós dois e tentava parar de me importar. Mas era difícil. De uma semana para outra eu, a garota certinha estava me envolvendo com o mau exemplo da faculdade. As pessoas comentavam e até eu mesmo estranharia se fosse com outra pessoa.

– Vamos ter que passar no seu dormitório pra pegar mais roupas e...

– Você está adorado isso não é?

– Mas é claro! Acho que vou até apostar na loteria com a minha sorte ao meu lado eu posso fazer qualquer coisa. – ele era inacreditável. Conseguia ser convencido, carinhoso e bobo ao mesmo tempo.

– Me vê duas cervejas, por favor? – pedi me debruçando no balcão e senti o olhar de Justin em mim.

O garoto colocou duas garrafas de Heineckein na minha frente e dei uma a Justin para brindarmos.

– À minha vitória.

– Não! À sua sorte! – pisquei e ele riu concordando e depois bebendo. Ele não quebrou nosso contato visual e me senti estranha com aquilo.

Puxei–o para uma dança. Eu não era a pessoa mais habilidosa nesses quesitos. Eu quase nunca saia para dançar, mas naquele momento eu achei que aproveitar aquele tempo com Justin somente tendo ele comigo era o certo a se fazer. Ou talvez eu só o quisesse bem perto de mim. A música era agitada. As pessoas ao nosso redor dançavam sem se importar com quem estava do lado. Justin tentava me proteger dos esbarrões, mas era muita gente.

Virei–me de frente pra ele e segurei suas mãos dançando com um sorriso nos lábios. Ele ficou parado me vendo dançar, mas depois se aproximou mais e dançou comigo. Justin segurava meus quadris e cintura tentando me guiar e me ensinar como fazer aquilo. Eu só queria me divertir. Virei–me de costas e Justin me puxou contra seu corpo afundando o rosto no meu pescoço, ele era tão mais alto que eu que teve que se curvar. Minha bunda estava colada a seu corpo e eu senti algo estranho dentro de mim. Não foi desejo, foi um pouco mais do que isso.

Minhas mãos cobriram as dele e virei meu pescoço dando mais acesso para ele ao meu pescoço.

Justin me cheirou e me apertou mais contra seu corpo, me apertou tanto que eu pude sentir algo rígido se chocar contra as minhas costas e posso afirmar de que não era o abdômen definido dele. Arfei baixo fechando os olhos. A pegada dele me tirava o ar.

Justin beijou e em seguida lambeu minha nuca e aquilo foi demais. Sentir a língua áspera dele contra a minha pele fez tudo parar de girar e uma vontade surreal de me virar e provar de seu beijo me atingir. Eu me virei de frente pra Justin e evolvi minhas mãos em seu pescoço. Ele olhou nos meus olhos aproximando sua face da minha e eu quis beija–lo.

A vontade foi insana, Justin provocou minha boca abrindo a sua ficando a milímetros e mudando o foco. Ele beijou minhas bochechas, meu queixo e o canto dos meus lábios, mas não me beijou. Apertei sua nuca cravando minhas unhas ali e ele sorriu mordendo o próprio lábio inferior. Fiquei cega de desejo por ele mesmo. Perdi a noção de tudo e todos somente para me concentrar nele.

– Peça. – ele sussurrou em um tom malicioso e autoritário.

– Não faz isso.

Nossas testas estavam coladas e sua respiração pesada se encontrava com a minha.

– Não vou fazer até que você queira. Assim não vai ter como dizer que te forcei a alguma coisa.

Ele não estava jogando. Aquilo era mesmo pra valer. Justin beijou minha bochecha com força e depois me virou continuando a dançar colado a mim. Eu perdi a conta de quantas cervejas tomamos, mas eu já estava cambaleante. Justin continuava são, mas fazia algumas gracinhas. Ele estava se aproveitando da minha embriagues para me provocar e eu estava gostando.

– Bieber! – algum homem gritou e apareceu ao nosso lado.

Eu nunca tinha visto ele e ele não me parecia do tipo de pessoa simpática.

– Michael.

Justin me apertou ainda mais, como proteção. O homem me olhou de cima a baixo e Justin não gostou daquilo.

– Tenho uma corrida para você. Que tal? Quatrocentos até o final da estrada. Você e mais quatro. – ele propôs e senti meu coração palpitar.

Eles estavam falando de racha. Senti uma vontade insana de saber como era aquilo e sentir a emoção. O que estava acontecendo comigo? Céus! Pelo menos no dia seguinte eu colocaria a culpa na bebida.

– Já ganhei grana demais por hoje, Mike, mas obrigado.

Eu sabia que Justin estava tentado a aceitar, e sabia que ele não aceitou por minha causa. Virei–me pra ele e sorri confiante.

– Tem certeza? Eu ia adorar ver você correr. – sorri segurando seu rosto e ele sorriu colando sua testa na minha. Os olhos de Justin brilharam em excitação e ele sorriu largo.

– Mike. Eu vou. – ele assentiu e Justin saiu caminhando comigo. Voltamos até o lugar onde as motos estavam e fomos até um lugar mais afastado.

Havia uma série de motoqueiros com suas garotas, música alta bebidas. O ambiente não era muito diferente do BlackSide, mas havia um número menor de pessoas.

Justin andou com a moto até a fileira onde mais quatro estavam e desci. Ele me puxou me mantendo perto de seu corpo.

– Vou ganhar essa grana e ela vai ser toda sua, porque você me convenceu a correr.

Assenti sorrindo e descemos da moto. As garotas me olhavam torto e falavam entre si. Justin cumprimentou alguns caras e uns eram da universidade.

– Vamos fazer o cinturão. – o tal Michael avisou alto para os competidores e Justin apertou mais minha mão.

– O que? Não Mike, você não me disse sobre isso. – Justin estava visivelmente irritado.

– Qual foi, Justin? Vai desistir? – um cara provocou e Justin o olhou seco.

– Justin como você tem uma garota pensei que não tivesse problema. – Mike explicou de uma maneira nojenta.

Eu não entendi o que eu tinha a ver com tudo aquilo.

– Eu não vou fazer isso.

Olhei para Justin e me aproximei de seu rosto.

– O que é o cinturão?

Ele negou com a cabeça como se estivesse dizendo que aquilo não ia acontecer.

– É quando corremos com uma garota na garupa grudada ao nosso corpo. Amarramos os cintos e ficamos presos apenas por isso. – ele explicou apontando para um casal que se preparava um pouco distante de nós.

Eu engoli o seco, apreensiva, mas suspirei.

– Eu vou com você.

– É isso ai. Vou arranjar um cinto pra você garota. – Mike disse alto contente.

– Não, Lucky. Não vou deixar você fazer isso. É perigoso.

– Eu confio em você e eu quero.

Eu tentava passar segurança, mas nem eu mesma conseguia me convencer. Eu estava fora de mim, o álcool no meu sangue procurava por adrenalina e correr com Justin me traria isso.

– Eu quero, garotão. Vamos, por favor. Quero essa grana e você prometeu que ia me dar! – o encorajei falando de uma forma um tanto infantil.

– Isso não vai dar certo.

– Por favor...

Ele me olhou perdido por alguns segundos e bufou pegando minha mão e indo até o Michael. Ele me entregou um cinto e Justin tirou o que ele vestia entrelaçando junto ao meu para que ficasse grande o suficiente para rodear nossos corpos. Ele não estava certo do que fazia comigo. Eu sentia que ele estava apreensivo, mas eu sorria tentando passar confiança.

– Se você quiser que eu pare é só gritar, ok? – ele segurou os dois lados do meu rosto preocupado e eu sorri.

– Sem problemas, garotão.

Ele sorriu com o apelido que eu tinha lhe dado e me abraçou.

Voltamos para o local onde as motos estavam apostas. Eu fiquei apreensiva quando tive que sentar ali, vi as outras garotas passando o cinto pelo corpo delas e de seus companheiros e fiz o mesmo. O que eu não imaginava era que eu teria que sentar de costas. Agora fazia sentido. Levantei–me e me sentei de costas para Justin. Eu não teria como me segurar nele e aquilo me deu um pânico. Justin apertou nossos corpos e fiquei nervosa.

As outras garotas pareciam fazer aquilo com naturalidade e estavam animadas para tal, mas eu, bem eu estava morrendo de medo.

Justin se virou e me olhou como se estivesse arrependido daquilo. Sorri fraco e apertei a mão dele lhe passando confiança e tentando encontrar alguma também.

As motos começaram a se alinhar mais pra frente e eu coloquei minhas mãos nas alças escondidas abaixo do banco.

Quando a moto avançou para frente a sensação esquisita de estar andando de costas me abateu e senti um frio na barriga esquisito. Ainda não tinha começado a corrida. Michael falou algumas coisas no alto falante e todos começaram a acelerar suas motos, Justin fez o mesmo e eu senti algo esquisito dentro de mim borbulhar.

– Go! – em seguida senti de um segundo para o outro a moto começar a correr loucamente. A sensação de andar de costas ficou ainda pior, na minha frente eu via tudo ficar cada vez mais distante e fiquei tonta por alguns segundos. Apesar de tudo a sensação era insana. A alta velocidade juntamente com a adrenalina me deixava alegres. Eu segurava o alça com tanta força que poderia arranca–la dali.

As outras motos estavam bem perto de nós e as garotas gritavam eufóricas. Eu e Justin estávamos a milímetros de distancia a frente das outras motos e eu achei aquilo incrível. Comecei a ver barris passando no meio da estrada e percebi que aquilo eram obstáculos na pista. Justin sabia como pilotar a cada segundo a velocidade aumentava e as batidas do meu coração se igualavam a velocidade da moto. Eu sentia medo, mas a euforia era bem maior.

Senti meu corpo caindo para frente e gritei de susto. Justin tinha levantado à moto assim como todos os outros andando somente com a roda traseira da moto. Aquilo era louco! Eu só não cai por conta do cinturão que me prendia a Justin e ai entendi o desafio em si. As outras garotas também gritavam a menos por uma que parecia estar acostumada com aquilo. Eu via o asfalto a poucos centímetros de mim e eu senti que ia cair, o frio da minha barriga se multiplicou mil vezes e eu parei de gritar para fechar os olhos e não ver aquilo. Se eu caísse era morte na certa. Justin voltou a colocar a moto no chão e suspirei nervosa. Pude escutar uma risada dele e ele andava cada vez mais. Eu vi as outras motos ficando pra trás e eu sorri ao perceber que faltava pouco para a chegada e que nós estávamos na frente. Quando ultrapassamos a linha demarcada da chegada, Justin virou a moto com tudo e fez a volta. Droga, tinha o caminho de volta! Mas confesso que toda a minha carga de medo já tinha ido embora na primeira parte do percurso. Nós tínhamos ganhado aquela corrida.

Gritei animada quando finalmente passamos a linha de chegada que era demarcada por dois barris com fogo equidistantes um do outro. Justin foi parando a moto aos poucos e quando a desligou soltou o cinturão e me tirou dali de cima me abraçando com força. Ele estava tenso. Parecia preocupado, mas estava contente.

– Isso foi a coisa mais louca que já fiz na minha vida. – disse rindo sem motivo algum.

– O que achou?

– Hmm... Excitante! – sussurrei na orelha dele e Justin apertou minha cintura me castigando por provoca–lo.

– Bieber! – Michael gritou ao longe e Justin sorriu animado indo pegar o meu dinheiro. Michael veio até nós e entregou as notas para Justin.

– Você é o cara. – Mike bateu nas costas de Justin com um sorriso malicioso e se afastou. Justin se virou pra mim e me entregou o dinheiro.

– Todo seu.

Para falar a verdade eu não queria o dinheiro, só usei aquilo como desculpa para convencê–lo. Mas acabei aceitando pelo calor do momento. Eu ainda sentia a sensação esquisita dentro da minha barriga e eu ainda não conseguia acreditar que tinha mesmo feito aquilo.

– Droga. – Justin xingou baixo olhando para algum lugar atrás de mim e me soltei de seus braços me virando para ver. Penélope e Taylor caminhavam apressados até nós dois e as feições dele eram as piores.

– Mas que porra você estava fazendo encima daquela moto? – Penélope gritou transtornada comigo e dei um passo para trás assustada.

– Eu estava correndo com o Justin! E ganhei quatrocentos dólares! – comemorei sorrindo.

– Mas que merda Justin! O que você tem na cabeça seu idiota? – Taylor gritou com Justin da mesma forma que Penn gritou comigo.

Porque eles estavam bravos?

– Ei! Eu quis correr! Parem com isso. – retruquei brava.

– Cala a boca Mackenzie! – ela gritou comigo e me encolhi.

– Para de gritar com ela. – Justin ordenou abraçando meus ombros.

– Justin, o que você tem na cabeça de colocar ela nisso? E se... Porra eu não quero nem imaginar. – Taylor passou as mãos pela cabeça andando de um lado para o outro indignado.

– Ela quis ir comigo! Vocês não tem nada a ver com isso. – eu podia perceber a raiva nas palavras dele.

Taylor e Justin trocaram um olhar de ódio como se um quisesse matar o outro e eu não gostei de ver aquilo. Eles eram melhores amigos, praticamente irmãos. Taylor deu as costas e saiu andando até o carro que estava mau estacionado na pista. Penélope me olhou brava e saiu Indo trás de Tay.

Eu não tinha entendido nada, mas aquilo tinha estragado minha noite.

Justin

Mackenzie tinha ficado chateada com a discussão. Ela estava um tanto bêbada, mas ficou triste mesmo assim. Eu tinha consciência do que tinha feito. Tinha sido perigoso correr com ela comigo, mas eu simplesmente fiz porque eu não conseguia negar nada à ela.

Eu odiava brigar com o Taylor porque ele era o tipo de cara que te faz ficar mau por uma briga. Ele te deixa pra baixo e faz você se sentir a pior pessoa do mundo. Ele era todo certo na vida, quer dizer, ele sempre fazia as escolhas certas diferente de mim. Por isso nós dávamos bem. Ele me colocava nos trilhos e eu o tirava deles.

Voltamos pra casa e quando parei a moto do lado do carro dele me senti ainda pior. Mack desceu e respirei fundo antes de descer também. Quando fiquei em pé ela se agarrou ao meu braço andando comigo para dentro do apartamento.

Abri a porta e como já imaginei eles estavam no quarto. O lugar estava todo escuro e não acendi nenhuma luz, não tinha precisão. Fui para o meu quarto com Lucky e me sentei na cama coçando os olhos.

– Acho que a culpa disso tudo é minha.

Levantei os olhos até ela vendo a minha garota com um olhar triste e cabeça baixa.

– Não, Lucky. A culpa não é sua. Você só queria se divertir, mas eu não devia ter deixado você fazer aquilo comigo. Foi arriscado e você não estava preparada.

Ela olhou pra mim com os olhos tristes e me senti um trapo. Ela estava triste por ter brigado com Penn por isso.

– Você e o Tay acabaram brigando por minha causa. Não estou orgulhosa disso.

Fiz carinho nas bochechas dela com os polegares e sorri fraco. – Lucky, não se sinta assim. Pra falar a verdade ninguém tem culpa de nada, foi só uma enorme confusão. Amanha a gente resolve isso, ok?

Mackenzie cobriu minhas mãos com as suas encima de suas bochechas e sorriu fraco, mas ainda sim triste. Aproximei–me e beijei sua testa em sinal de carinho.

– Vou trocar de roupa. – ela saiu de perto de mim e foi até o armário pegando seu pijama nada sexy. Ela andou em direção ao banheiro, mas tomei sua passagem.

– Aposto que não tem nada ai que eu não tenha visto antes. – provoquei com os braços cruzados apontando o corpo dela com o indicador. Falei aquilo só para fazê–la rir um pouco e funcionou.

– Quem te garante? Eu posso ser uma caixinha de mistérios.

Ela rebateu minha provocação da mesma forma. Só que com um sorriso lascivo nos lábios que me deixou sem fala enquanto ela rodeava meu corpo indo para o banheiro.

Que garota era aquela?

Tirei minha roupa ficando apenas de boxers e arrumei a cama para nós dois. Quando ela saiu do banheiro o cheiro de pasta de dente e enxaguando bocal invadiu o lugar. Eu podia dizer que o pijama infantil não ficava tão infantil nela, pelo contrario o short curto me dava uma extensa visão de suas pernas e a blusa de mangas 3/4 tinha um decote em v, pequeno, mas ainda sim estava ali. E de certa forma aquela roupa evidenciava suas curvas. O cabelo dela estava preso em um coque bagunçado e o rosto limpo, sem maquiagem alguma.

Mackenzie deixou suas roupas encima na minha poltrona e se arrastou até minha cama passando na minha frente e se deitando ali. Eu ainda estava concentrado no corpo dela.

– O que foi?

Tudo. Fiquei maquinando coisas na minha mente sobre o que eu poderia fazer com Mack e nas maneiras que poderia retirar aquele pijama para descobrir o que ele cobria. Quando senti que estava ficando animado demais com aqueles pensamentos me virei de costas e bandeira a cabeça mais uma vez pensando em qualquer coisa que tirasse a fantasia do corpo de Lucky da minha cabeça. Ela ia me deixar maluco.

– Justin? Está tudo bem? – a voz dela tinha adquirido um tom de preocupação que me fez sorrir fraco como um idiota.

– Sim. Está tudo bem, Lucky. – me virei de frente ora ela é desliguei as luzes. Levantei a coberta da cama e me deitei. Ela observou meus movimentos minimamente e quando descasei do lado dela ela me olhou assustada.

– Você vai dormir... Comigo... Assim? – ela apontou para as minhas pernas referindo–se as minhas vestimentas. As bochechas dela tinham colorado e ela estava visivelmente constrangida. Toda vez que ela corava eu ria, ela parecia um morango, talvez um tomate por conta das bochechas gordinhas.

– Eu posso tirar a cueca se você quiser. Ficaria bem mais confortável...

Ela corou ainda mais e eu ri alto. – Eu estou brincando Lucky.

Ela bufou e rolou os olhos, me inclinei contra seu rosto e mordi sua bochecha. Ela pareceu apavorada pro alguns segundos pensando que eu ia beija–la.

Por mais que a vontade fosse grande eu não faria aquilo sem que ela pedisse. Não seria tão fácil. Como mais cedo, os olhos dela tinham se enchido de algo inexplicável, era um misto de vontade, desejo e timidez. Algo que eu só tinha visto no olhar dela.

– Ai! Seu canibal! – reclamou passando a mão na bochecha mordida.

– Toda vez que rolar os olhos vou morder sua bochecha como castigo. – expliquei a ideia repentina.

Ela bufou e rolou os olhos novamente. Inclinei–me mais uma vez e mordi a outra bochecha.

– Justin! Pare com isso! – ela reclamou rindo.

– Então pare de rolar os olhos.

– Que seja. Temos que dormir. Vou precisar sua ajuda amanha com física.

Eu já não dava mais atenção ao que ela dizia. Eu estava concentrado no rosto dela a milímetros do meu. Estávamos deitados de lado, um na frente do outro. O corpo dela também estava muito próximo e enquanto ela falava eu sentia sua respiração contra a minha. Era proximidade demais para que eu pudesse manter a sanidade. A boca dela parecia fazer um convite a minha para que eu a beijasse. Ela provocava sem nem ao menos se dar conta disso. Seus olhos estavam cansados, mas ainda sim brilhavam como a lua. Sua pele era macia como algodão e eu não encontrava defeito nenhum ali. Ou melhor, havia uma cicatriz no supercílio esquerdo que fazia uma pequena falha na sobrancelha. Mas aquilo não podia ser considerado um defeito porque a deixava linda de uma forma única.

Sem me dar conta, levei meus dedos até a cicatriz e acariciei. Ela ficou em silencio e olhou nos meus olhos.

– Aposto que ela tem uma história. – brinquei e ela ficou séria abaixando o olhar e respirando fundo.

– Não gosto de lembrar.

Imaginei que aquilo deveria ter ligação com o incêndio em sua infância e por isso não prolonguei o assunto.

– Temos que dormir. Já são duas e meia da manha.

Ela respirou fundo e fechou os olhos de vez. Ela estava encolhida na minha frente e nos cobri até a altura do ombro. Aos poucos fui sentindo a respiração dela se estabilizar e ela entrar em um sono profundo. Lucky exalava calma, paz. Acariciei o rosto dela lentamente e com cuidado para não acorda–la. O jeito de ela agir mesmo quando inconsciente estava me enfeitiçando. Eu nunca tinha me sentido tão atraído pro alguém antes e ela, justamente ela não queria nada comigo. Era frustrante, mas instigante. Eu queria conquistar ela e ia conseguir.


Notas Finais


so... e então? valeu a pena ler tudo isso ou..? ksjdfks eu realmente espero que tenham gostado gente!!! to nervosa, primeira cena de "ação" que eu escrevo.. mais uma vez obrigado por estarem lendo!!!!

se quiserem falar comigo é só mandar uma ask ask.fm/gojdrewb


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