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História Relíquia do Amor - O Traidor


Escrita por: DaianeSales

Notas do Autor


Olá, voltei!!!

Quero agradecer a todos os comentários e aos que favoritaram ^^
Já são 616 favoritos, imaginem minha alegria?!

Esse capitulo tem muita surpresas, então espero que gostem.
Enfim, vou parar de enrolar....

Boa leitura!!!!!

Capítulo 30 - O Traidor


Pov Harry On


 

Neville ia na frente contando tudo que ocorrera em Hogwarts nesse tempo em que tivemos caçando Horcruxes, mas mal consigo prestar a atenção, meus pensamentos estão focados em Draco e Mellisandre. Sinto um aperto no coração pelo fato de não ter presenciado o pequeno desenvolvimento da minha bebê. É tão injusto o fato dela ter crescido dentro de mim e eu não estar lá para vê-la crescer novamente. Tudo que eu mais queria era estar com ela e com Draco, e nunca mais nos separarmos, mas infelizmente as coisas não são como desejo.

Draco está zangado comigo por ter montado nas costas de um dragão, e sei que isso deveria ser algo bom, pois pelo menos mostra o quanto ele se importa comigo, mas não pude deixar de me sentir um pouco magoado por ele não ter demonstrado saudade, ou ao menos me abraçado de verdade quando nos reencontramos, afinal passamos algumas semanas afastados sem qualquer ligação para amenizarmos a saudade.
Mesmo que eu não quisesse, esse tempo longe de Draco me fez lembrar do tempo que ele me deixou quando eu mal sentia fome ou sono e tudo que se passava pela minha mente era a dor por que pensar que ele não me amava.

Era um vazio tão intenso e doloroso, que apenas a lembrança é o suficiente para me deixar arrasado. Não sei exatamente quando minha vida se tornou tão dependente de Draco, quando passei a não poder mais viver sem ele, mas o fato é que realmente não posso. E sinto que os sentimentos dele são tão intensos quanto os meus, e isso não deixa de me preocupar, por que sei que vai chegar o momento em que terei que morrer e deixá-lo…

Sacudi a cabeça afastando esses pensamentos.

O momento ainda não chegou, e tenho que me focar na Horcrux que temos que encontrar. E também há o fato de que Draco virá me encontrar na Sala Precisa daqui a alguns minutos, o que me deixa determinado. Se ele prefere continuar teimoso se fingindo de bravo, que seja, mas assim que ele surgir naquela sala, o abraçarei com todas as minhas forças, demonstrando minha saudade, ele querendo ou não.

Me esforcei para prestar a atenção na conversa de Neville com Rony e Hermione.

– Mas continuamos a lutar, agindo as escondidas, até algum tempo atrás. – dizia ele. – Até que eles concluíram que não havia maneira de me parar, suponho, e prenderam minha avó.

– Eles o quê? – exclamamos Rony, Hermione e eu juntos.

– É, dá para entender o raciocínio deles. O sequestro de crianças para fazer os parentes se comportarem, tinha conseguido bons resultados, e suponho que seria apenas uma questão de tempo para que eles pensassem em fazer o contrário. Agora, com a vovó eles deram uma dentada maior do que cabia na barriga. Acharam que uma bruxa velhota, que vive sozinha, provavelmente não representaria grande perigo. Enfim – Neville deu uma gargalhada. –, o Comensal que tentou prendê-la ainda está no St. Mungus e, vovó, foragida. A alguns dias ela me mandou uma carta dizendo o quanto está orgulhosa de mim.

– Legal, cara. – disse Rony.

– É. Só que depois da fuga dela, perceberam que não poderiam me aprisionar, então concluirão que Hogwarts poderia muito bem passar sem mim. Não sei se planejaram me matar ou me mandar para Azkaban; qualquer que fosse o caso, achei que era hora de desaparecer.

– E se escondeu com os outros na Sala Precisa. – concluí.

– Sim. Luna havia sido levada no trem, Gina não voltou das férias da Páscoa, não havia motivo e nem seria sensato que eu permanecesse frequentando as aulas. – disse ele. – E por falar em Gina, ela estava realmente determinada a convencer a todos de que Draco estava mentindo sobre vocês, Harry.

– Ah… – falei corando um pouco. – Bem, talvez isso seja minha culpa. Quando eu terminei com ela após o velório do Dumbledore, eu disse que estava terminando por que seria arriscado para ela manter um relacionamento comigo, por que não queria magoá-la. Talvez ela tenha concluído com isso, que eu ainda gostava dela, mas que havia feito algum tipo de sacrifício nobre, ou algo do tipo.

– Terminou com ela para ficar com Draco? – indagou Neville.

Arregalei os olhos.

– O quê? Não, não, claro que não. – me apressei a dizer. – Naquele momento eu nem sabia que… que gostava do Draco dessa forma. Eu só soube algumas horas depois.

Olhei para Rony rapidamente para checar sua reação. O ruivo permanecia olhando para frente, fingindo não ouvir a conversa.

– Algumas horas depois? Como assim?

– Bem… é complicado de explicar agora, Neville. É uma história meio longa. – e vergonhosa, completei mentalmente. Então senti uma pontada de curiosidade. – Neville? O que Draco disse a vocês na Sala Precisa? E como ele foi parar lá?

– Gina, Simas e eu o levamos até lá para o interrogarmos sobre o beijo de vocês que Gina havia visto. O encontramos em um corredor ameaçando o professor Slughorn e…

– Ele estava ameaçando o professor Horácio? – perguntou Hermione o interrompendo.

– Sim, ele parecia querer saber sobre alguma coisa, não sei, só sei que…

– Ele chegou a descobrir o que queria do professor? – perguntou Rony, o interrompendo também.

– Acho que não. Quando o encurralamos, não o deixamos terminar a conversa com o professor, e ele pareceu um pouco irritado com isso.

– Droga. – resmunguei.

– Espera, a informação que ele queria era para vocês? – perguntou ele.

– Sim. – contou Rony. – Provavelmente ele queria saber a razão para o professor ter dado uma Poção Gestante para o Harry.

– Droga, sinto muito, Harry. Se eu soubesse que era para você, não teria o impedido. – ele parou para pensar. – Eu já ouvi falar nessa poção, minha avó comentou uma vez sobre um contrabando que estava sendo vendido na Travessa do Tranco, e ela também me explicou seus efeitos. Espera, o professor, mesmo sabendo que é um crime, preparou e deu uma Poção Gestante para você?! – concordei com a cabeça. – Mas ela não funcionou, certo? Quero dizer, minha avó explicou que ela não funcionaria a menos que… Oh Merlim! Você e o Draco! Você disse que descobriu o que sentia por ele algumas horas depois de ter terminado com a Gina… Harry, no dia do funeral do Dumbledore você foi encontrado dormindo na Floresta Proibida… e… Caramba, você engravidou do Draco naquele dia, não foi?

Meu queixo caiu. Ele simplesmente ligou as coisas e descobriu tudo sem que eu ao menos abrisse minha boca.
Suspirei pesadamente e ele levou isso como um sim.

– Nossa, ninguém vai acreditar quando souber! Você… você ainda está esperando um bebê, ou…?

– Por acaso está vendo alguma barriga de quem engoliu uma abóbora inteira nele Neville? – questionou Rony em tom debochado.

– Rony! – repreendeu Hermione.

– E, cara, você não era um desastre em poções?!

– Bem, eu era, até por que morria de medo do professor Snape. – comentou e nós rimos. – Mas, caramba, você teve mesmo um bebê com o cara que foi seu inimigo? Isso não é estranho?

– Bem… talvez. Hum, podemos não falar da minha filha nem de Draco agora? Você ainda tem que me contar…

– Filha?! Uma menina?! Parabéns, cara. Qual é o nome?

– Mellisandre. – contei sorrindo um pouco.

– Nome estranho. – comentou.

– Isso por que você não viu o nome que ele colocaria na coitada se ela nascesse menino… – disse Rony rindo.

Revirei os olhos.

– Tudo bem, deixaremos esse assunto de lado por agora, o.k.? Quando tivermos mais tempo contarei tudo o que ocorreu. – falei. – Neville, até o momento, somente pessoas de confiança sabem da existência da minha filha, então, por favor, não…

– Não contarei a ninguém, não se preocupe. – afirmou ele me cortando.

Suspirei sorrindo aliviado.

– Mas, então, como vocês conseguiram convencer o Draco a ir a Sala Precisa para interrogá-lo? E vocês não se preocuparam com o fato de estarem mostrando o esconderijo a um Comensal da Morte? – indaguei realmente curioso.

– Tivemos que forçá-lo a nos acompanhar, e não nos preocupamos com o fato dele ser um Comensal, por que o desarmamos. Mas sempre houve a opção de apagar a memória dele caso algo saísse do controle.

– E ele contou sobre nós assim, de primeira?

– Não. De início ele se negou a dizer algo, e até mentiu, mas quando a Gina começou a dizer que você a amava… ele simplesmente contou tudo. – Neville riu. – Ele realmente é muito ciumento.

Sorri timidamente corando. Eu realmente queria ter presenciado Draco com ciúmes. Embora eu já tenha o visto assim várias vezes depois que soube do beijo entre Rony e eu.

– O que exatamente Draco disse a vocês? – não pude deixar de perguntar.

– Que vocês estavam em um relacionamento e mais algumas coisas que te conto em um outro momento. – nós viramos em um canto e logo a diante a passagem terminava. – Chegamos.

Um pequeno lance de escadas levava a uma porta igual à que havia no Cabeça de Javali. Neville abriu-a e galgou a escada. Quando o segui, o ouvi gritar para pessoas que eu ainda não podia ver:

– Vejam quem está aqui! Eu não disse a vocês?

Assim que emergimos da passagem para a sala além, pudemos ouvir gritos e aplausos…

– HARRY!

– É Potter! É POTTER!

– Rony!

– Hermione!

Tudo que tive foi a impressão confusa de coisas coloridas penduradas, de candeeiros e muitos rostos. No momento seguinte, Rony, Hermione e eu fomos engolfados, abraçados, recebemos palmadas nas costas, tivemos os cabelos despenteados e apertamos as mãos de, pelo menos, vinte pessoas: parecia até que havíamos ganhado uma final de quadribol.

– O.k., o.k., calma gente! – gritou Neville e, quando o amontoado de gente recuou, pude observar melhor o ambiente.

A Sala Precisa está irreconhecível. Lembrava o interior de uma casa de árvore particularmente suntuosa, ou talvez uma gigantesca cabine de navio.
Redes multicoloridas pendem do teto, as paredes sem janelas estão revestidas por painéis de madeira escura, cobertas de tapeçarias de cores vibrantes. Vi o leão dourado da Grifinória sobre o fundo vermelho, o texugo negro da Lufa-Lufa sobre o amarelo, e a águia bronze da Corvinal sobre o azul. Só está ausente o verde e prata da Sonserina, Imagino o que Draco deve ter pensado quando esteve aqui.

– Uau, cara. – disse Rony olhando em volta.

– A Sala Precisa foi demais desta vez, não? – perguntou Neville sorrindo. – Os Carrow estavam me perseguindo, e eu sabia o esconderijo perfeito: consegui passar pela porta e foi isso que encontrei! Bem, não estava exatamente assim quando cheguei, era bem menor, só tinha uma rede e a tapeçaria da Grifinória. Mas se expandiu à medida que mais gente da Armada de Dumbledore foi chegando. E eu soube que aqui seria o lugar perfeito para abrigar a todos que precisassem.

– E os Carrow não conseguem entrar? – perguntei, olhando ao redor a procura da porta.

– Não. – Respondeu Simas Finnigan, que não reconheci até ouvir a voz: seu rosto está inchado e roxo. – É um esconderijo de verdade, desde que sempre haja um de nós presente, eles não podem nos surpreender, a porta não abrirá. É tudo obra do Neville. Ele realmente saca essa sala. Você tem que pedir exatamente o que precisa… tipo “Não quero que nenhum seguidor dos Carrow possa entrar” e a sala fará isso! Você só tem que garantir que não deixou nenhum furo! Neville é o cara!

– Na verdade não tem mistério. – disse Neville, modestamente. – Eu estava trazendo comida para o pessoal que se escondia aqui, pois curiosamente comida é a única coisa que a sala não faz…

– É, bem, comida é uma das cinco exceções da Lei de Gamp sobre a Transfiguração Elementar. – afirmou Rony, para surpresa geral.

Neville olhou para Rony com curiosidade antes de pigarrear e voltar a contar a forma como a passagem surgiu e Aberforth, misteriosamente, veio até eles oferecendo alimento, não parecendo nada surpreso em encontrá-los escondidos aqui.

Logo o assunto mudou para o que andamos fazendo durante esses meses em que estivemos fora. Perguntaram até mesmo se os boatos sobre termos arrombado Gringotes e fugido em um dragão eram reais, e ficaram ainda mais eufóricos quando descobriram que eram.

Foi então que senti uma dor terrível na cicatriz. Ao me virar rapidamente de costas para os rostos curiosos e extasiados, a Sala Precisa desapareceu, e me vi parado no interior de um casebre de pedra, em ruínas, as tábuas podres do assoalho arrancadas aos meus pés, uma caixa de couro desenterrada aberta e vazia ao lado de um buraco, e o berro de fúria de Voldemort vibrou em minha cabeça.

Com um enorme esforço, forcei-me a sair da mente de Voldemort e retornar a Sala Precisa, oscilando e com o suor gotejando em meu rosto. Rony me sustentando em pé.

– Viu algo, não é? – sussurrou ele, e assenti discretamente.

– Você está bem, Harry? – Neville perguntou parecendo preocupado. – Quer se sentar? Imagino que esteja cansado, não…?

– Não. – respondi, me soltando de Rony e lançando a ele e Hermione um olhar comunicativo, tentando mudamente e inutilmente avisá-los que Voldemort havia acabado de descobrir que a pedra desaparecera.

O tempo está se esgotando depressa: se Voldemort decidir visitar Hogwarts em seguida, perderemos todas as nossas chances de conseguirmos encontrar a Horcrux.

– Precisamos ir andando. – falei, e todos me olharam com compreensão.

– Que vamos fazer então, Harry? – perguntou Simas. – Qual é o plano?

– Plano? – repeti, precisando de toda minha força de vontade para não me deixar invadir a mente de Voldemort novamente. – Bem, tem uma coisa que nós, Rony, Hermione e eu precisamos encontrar, depois temos que sair daqui.

Os olhares compreensivos desapareceram dando lugar a expressões sérias.

– Como assim “sair daqui”?

– Não viemos para ficar. Há algo importante que temos que fazer.

– Que é…?

– Eu… eu não posso dizer.

Murmúrios de desagrado com essa notícia preencheram o ambiente.

– Por que não pode nos dizer? É uma coisa ligada a luta contra Você-Sabe-Quem, não é? – indagou Neville.

– Bem, é…

– Então nós os ajudaremos.

Vários membros da Armada de Dumbledore assentiram, alguns entusiasticamente, outros solenes. Uns dois se levantaram de suas cadeiras para mostrar determinação.

– Você não está entendendo. – falei passando as mãos na testa em uma tentativa inútil de fazer a dor parar. – Precisamos fazer isso sozinhos.

– Por quê? – perguntou Neville.

– Por que Dumbledore nos encarregou de uma tarefa que ele queria que realizássemos somente nós três.

– Mas nós somos a armada dele. – insistiu Neville. – Estivemos todos unidos nisso, enquanto vocês estiveram lá fora sozinhos…

– Não foi exatamente um piquenique, colega. – disse Rony.

– Eu não disse que foi, mas não vejo por que não podem confiar na gente. Todos estiveram lutando, e acabaram aqui por serem perseguidos pelos Carrow. Todos já provamos que somos leais a Dumbledore. Leais a você.

– Escutem…

Foi então que a porta da passagem se abriu novamente e Luna e Dino passaram.

– Recebemos sua mensagem, Neville. Olá, vocês três. Achamos que deveriam estar aqui. – disse Dino.

– Oi, pessoal! – cumprimentou Luna. – Ah… é bom estar de volta.

– Luna? O que vocês fazem aqui? – perguntei.

– Pedi a ela para vir. Prometi a ela e a Gina que, se você voltasse eu avisaria. – disse Neville. – Todos achamos que sua volta é uma verdadeira revolução para finalmente derrubarmos Snape e os Carrow.

– Claro que é isso que significa. Vamos expulsá-los de Hogwarts a força, não vamos, Harry? – perguntou Luna sorridente.

– O quê?! – perguntei assustado. – Eu sinto muito, mas não foi para isso que viemos! Temos que encontrar uma coisa…

– Então vão nos deixar nessa confusão?! – quis saber Miguel Corner.

– Claro que não! – protestou Rony. – O que estamos fazendo é muito importante! Pode acabar com Você-Sabe-Quem!

– Então nos deixem ajudar! – falou Neville parecendo irritado. – Queremos participar!

Suspirei nervosamente, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, a passagem se abriu novamente e meu queixo caiu: Gina vinha entrando na sala, seguida de perto por Fred, Jorge, Lino Jordan e um pouco atrás Cho Chang, que sorriu para mim.
Droga, agora sim estamos perdidos. O que toda essa gente faz aqui?!

– Aberforth está ficando meio rabugento. – disse Fred. – Ele quer dormir, e aquilo virou uma estação de trem.

Cho sorriu para mim novamente, antes de dirigir seu olhar a Neville e erguer o galeão falso que costumávamos usar para nos comunicarmos com a Armada de Dumbledore.

– Recebi sua mensagem. – disse ela, indo se sentar ao lado de Miguel Corner.

Antes que eu pudesse abrir a boca para expressar o quanto estou chocado, Gina correu até mim e se atirou em meu pescoço em um abraços apertado. Arregalei os olhos, surpreso, e não fui o único, já que Rony, Fred, Jorge, Hermione e Neville tiveram essa mesma reação.
Tentei, timidamente soltar seus braços de meu pescoço, me sentindo incomodado.

– Então, qual é o plano, Harry? – perguntou Fred, provavelmente tentando desvencilhar a atenção do comportamento constrangedor da irmã (que ainda não me soltou).

– N-não tem p-plano…

– Vamos chegar no improviso, metendo bomba em todo mundo! Assim que eu gosto! – exclamou Jorge.

– Ah, Harry, senti tanto sua falta… – disse a ruiva, aos poucos me soltando do abraço sufocante e me olhando nos olhos. – Houveram tantos boatos sobre você e…

Olhei em volta e aproveitei que os gêmeos distraiam o pessoal planejando com Simas diversas formas de explosões que poderiam usar na sala do diretor, para olhar severamente a ruiva.

– Gina, escute – falei em voz baixa, colocando minha mão sobre o ombro da garota para mantê-la a uma distância segura. – Eu te falei antes de sair na missão que gostava de outra pessoa, e…

– Eu sei, eu sei, Harry. – ela me interrompeu. – Sei que você só disse aquilo para me manter segura e…

– Não, Gina, você não está entendendo, eu estou com o Dr…

Minha fala foi interrompida pelo barulho da porta que havia em um canto da sala sendo aberta. Com toda essa confusão eu tinha até me esquecido que Draco me encontraria aqui. Ele entrou rapidamente, com sua pose de superioridade que nunca perde, sendo acompanhado de perto por Zabini, Nott, Dafne Greengrass e… Pansy Parkinson. O que eles estão fazendo aqui com ele? E o que a ex-namorada dele faz ao seu lado?!
Senti meu rosto esquentar com raiva.
Assim que a porta se fechou, todos olharam para lá e o som das conversas morreram.

– Ih, Draco. Olha, está levando chifres. – caçoou Zabini.

  Rapidamente me afastei de Gina dando dois passos para longe da mesma.

– Cale a boca, Blaise. – ele falou revirando os olhos. – Viro as costas por alguns minutos e já caem em cima de você? – comentou e riu em seguida. – Demorei?

Sorri e neguei com a cabeça, logo me esquecendo da minha raiva e me lembrando da saudade que eu senti.
Sem pensar duas vezes, ou sequer me lembrar de que estou com a cicatriz queimando, cercado de pessoas, e me levando pelo impulso da saudade e dos batimentos acelerados do meu coração, andei apressadamente, quase correndo até o loiro e joguei meus braços em seu pescoço. Ele imediatamente envolveu minha cintura, afundou o rosto em meu pescoço e me apertou contra seu corpo, praticamente me erguendo do chão.

– Eu estava com tanta saudade… – murmurei suspirando.

– Me desculpe por ter te tratado tão mal… Eu só estava irritado por ter me feito ficar tão preocupado.

– Tudo bem, prometo nunca mais montar em um dragão. – ri contra seu pescoço.

– É bom mesmo.

Fechei os olhos, praticamente me esquecendo da dor e aproveitando o momento.

– Não é que eles estão juntos mesmo… – comentou Zabini.

– Eles são sempre assim? – ouvi Neville perguntar.

– Sempre, colega. É melhor se acostumar. – respondeu Rony. – Parece que esquecem completamente que há outras pessoas por perto.

E isso me fez acordar para realidade e soltar-me de Draco rapidamente. Senti meu rosto queimar.

– Então era verdade? – questionou Ernesto Mcmillan, fazendo uma careta de nojo. – Você está mesmo namorando o Malfoy?

Eu respirei fundo e deixei que Draco segurasse minha mão e entrelaçasse nossos dedos.

– Sim, é verdade. Eu gosto dele e estamos namorando. – falei firme e olhei para a ruiva que continuava parada no mesmo lugar, nos olhando com os olhos arregalados e marejados. – Eu sinto muito, Gina.

E então o barulho retornou três vezes maior do que antes. Todos falavam ao mesmo tempo tentando inutilmente arranjar uma explicação para o que acabei de confirmar. Falavam sobre a possibilidade de Draco ter usado a maldição Imperius, Poções do amor e mais um monte de baboseiras. Alguns nos defendiam afirmando estarem felizes por nós, entre eles, Rony, Hermione, Fred, Jorge, Luna, Dino e Neville tentavam, acalmar a situação falando que não havia feitiço nem poção alguma. Outros nos criticavam por sermos homens, ou por Draco ser um Comensal.

Logo Rony e Hermione passaram a discutir com Gina sobre os perigos que poderíamos ter corrido por conta da garota ter saído espalhando para todos sobre o beijo entre Draco e eu que ela viu, imaginei que ela fosse retrucar ou se defender, contudo a ruiva simplesmente permaneceu de cabeça baixa, sem responder as acusações.
Senti uma pontada de culpa começar a me corroer, mas logo algo me distraiu.

Me surpreendi e corei como nunca quando ouvi alguns rapazes da Lufa-Lufa comentarem que teriam tentado algo comigo se soubessem que sou gay. Mas meu queixo caiu literalmente quando ouvi Simas comentar algo como “ainda há chances de tentarmos algo com ele, afinal só teremos que competir contra um Comensal da Morte”.

Minha cabeça parecia que ia explodir por conta da confusão e raiva, que não parecia se comparar a de Draco, que nesse momento está esmagando minha mão, descontando sua fúria nos meus pobres dedos.
De todos nós, os únicos que pareciam se divertir com toda essa confusão, eram os Sonserinos que riam descaradamente de tudo que os outros falam e comentavam coisas como “até que valeu a pena sair da cama para assistir a isso.”

– Chega! – gritei calando a todos de uma vez. – Meu relacionamento com o Draco não é relevante aqui! Estamos em Hogwarts, Snape logo descobrirá que estou no castelo, temos algo importante para achar e tudo que sabem fazer é falar sobre minha vida amorosa! Se isso é tão importante, quando esse merda toda acabar eu conto tudo! Dou até uma entrevista para o Profeta Diário se quiserem, afinal minhas intimidades já se tornaram expostas a tempos, portanto será que podemos parar com esse assunto e nos focar no que é importante?!

– Muito bem falado, Harry! – elogiou Simas, o que me fez revirar os olhos e Draco esmagar novamente meus dedos.

A maioria pareceu pensar no assunto e assentiram se desculpando, no entanto, alguns outros insistiam e me alertar sobre uma possível poção do amor…

– EU NÃO TOMEI DROGA DE POÇÃO ALGUMA! – berrei completamente irritado. – Estou com o Draco por que estou apaixonado por ele, mas que saco, eu…

– Neville, onde é o banheiro desse lugar? – perguntou Draco me interrompendo.

– Ali. – Neville respondeu prontamente apontando para uma porta quase imperceptível no canto da sala.

– Vem comigo, Harry. – antes que eu pudesse falar alguma coisa, Draco já me puxava pelo pulso para a porta que o outro indicou, sem parar ou sequer dar atenção as perguntas das pessoas a nossa volta.

Assim que entramos, ele usou a varinha para trancar a porta, me empurrou de encontro a parede de pedra escura e começou a beijar meu pescoço.

– Draco o que…?

– Não gosto de ninguém te olhando daquela forma. – falou. – Quem aquele Finnigan pensa que é? “Ainda há chances de tentarmos algo com ele…” – Draco usou uma voz fina e irritante para interpretar Simas, o que me fez rir.

– Draco, se acalme, ele nunca… – comecei, mas fui interrompido.

– Me acalmar?! Aqueles Lufanos não notaram que estamos em um relacionamento?! Quem pensam que são?! E você? – perguntou e levantei uma sobrancelha intrigado. – Por que não disse a eles que não é gay, e sim Dracosexual?

– Dracosexual? – indaguei rindo novamente.

– Sim! Você é meu! Só meu! – falou possessivo beijando meu pescoço. Até que gosto desse lado possessivo dele. – Se já não bastasse ter que aturar aquele ruivo irritante esse tempo todo, agora ainda tenho que passar por mais essa?!

Ele não parecia notar, mas suas bochechas estavam vermelhas de raiva o que me fez suspirar apaixonadamente e rir novamente do seu ciúme. Realmente é divertido vê-lo assim.

Passei a mão por seu rosto calmamente, o olhando no fundo de seus olhos azuis acinzentados.

– Se acalme, Draco. Nem o Simas nem nenhum outro garoto tocaria em mim… – murmurei o olhando no fundo de seus olhos.

– Mas é claro que não! Eu arrancaria fora as mãos do miserável…!

– Draco! – exclamei com uma falsa indignação, antes de rir de seu ciúme novamente.

– Tudo bem, tudo bem, agora chega de conversa, temos pouco tempo. – falou ele afobado, beijando e chupando meu pescoço.

Franzi o cenho.

– Pouco tempo para q… – antes que eu terminasse a pergunta seus lábios esmagaram os meus com fome e um certo desespero.

Retribui o ato igualmente desesperado não deixando de suspirar ao sentir sua língua acariciar afobadamente a minha. Todo meu ser pareceu entrar em alerta com esse contato, afinal eu senti tanta falta dele, desse calor, desse gosto… Minhas mãos subiram para sua nuca e agarraram os cabelos dele com mais força do que eu planejava, mas ele não reclamou. Muito pelo contrário, ele ofegou e desceu suas mãos pelas laterais do meu corpo passando-as pelos meus quadris e indo parar em minhas… nádegas? Ele deslizou as mãos delicadamente pelo local antes de apertar com força quase me erguendo do chão. Ofeguei pelo susto, e só então me dei conta do que ele queria, quando ele soltou meu traseiro e enfiou as mãos por dentro da minha calça, logo apertando novamente, o que me fez gemer por entre seus lábios.

 Desci minhas mãos para seus ombros e tentei afastá-lo. Sua boca se desgrudou da minha com um estalo, antes dele arrastá-la para meu pescoço novamente.

– D-Draco… O-o-o q-que você está faz-zendo… Ahn! – exclamei quando ele afastou minhas nádegas delicadamente e deslizou a ponta de um de seus dedos por minha entrada. – P-para! Aqui não é l-lugar para isso… – falei fechando os olhos com força, enquanto ele forçava levemente seu dedo sobre o local.

– É claro que é. Nós já transamos na Floresta Proibida, então um banheiro não será problema. Eu preciso de você! Não sabe o quanto senti falta de você Harry. Não sabemos quando teremos chance para isso novamente. – ele chupou o lóbulo da minha orelha. – Não sentiu minha falta? – sussurrou em meu ouvido, me fazendo ficar arrepiado por conta do seu hálito quente.

– Senti… claro que senti, mas não podemos fazer amor aqui! Está todo mundo no outro cômodo nos esperando. Draco, Você-Sabe-Quem pode vir a qualquer momento, precisamos nos preparar e… achar a… Ahn, merda! – gemi exasperado, quando Draco forçou um pouco mais seu dedo, ao mesmo tempo em que, com sua mão livre apertou meu membro rijo por cima do jeans.

Ele retirou sua mão de dentro da minha calça, e pensei que ele havia desistido dessa loucura de querer transar agora. Ledo engano. Suas duas mãos foram para frente da minha calça, e rapidamente o botão e o zíper estavam abertos.
Arregalei os olhos com a loucura que ele está prestes a cometer.

– Claro que podemos fazer aqui. E ninguém vai reparar, seremos rápidos. – ele sorriu maliciosamente e em um único movimento, abaixou minha calça e boxer de uma só vez, antes de sorrir novamente, se abaixar e sem aviso algum abocanhar meu membro chupando-o deliciosamente.

– Ahn, Draco… Droga! – exclamei levando minha mão a sua cabeça e agarrando seu cabelo automaticamente. – Não podemos. Não podemos. – tenho total consciência de que estou dizendo que não podemos, mas não estou fazendo nenhum esforço para afastá-lo. – Isso é loucura… Humm… Ahh…

Ele soltou meu membro e olhou para mim.

– Harry, por mais que seus gemidos me excitem, nesse momento é melhor fazermos aquele jogo do silêncio se não quiser que todos da Sala Precisa saibam o que estamos fazendo, que acha?

– E-eu acho que… AH! Ahn, Draco! – gemi novamente quando ele voltou a me abocanhar, chupando e deslisando sua língua sobre meu falo. Levei minha mão a boca e a mordi tentando abafar meus gemidos.

Ele me chupava com gosto, deslisando sua língua, aumentando e diminuindo a velocidade, até que não pude mais aguentar e acabei, acidentalmente, me desfazendo em sua boca, o pegando de surpresa e o fazendo engasgar-se.

– Droga, desculpe, Draco! Foi um acidente! – pedi desesperado, dando tapinhas em suas costas.

Quando ele se recuperou, se levantou e sorriu para mim.

– Está tudo bem… Só avise da próxima vez. – pediu me envolvendo em seus braços novamente, voltando a me beijar.

Em um movimento rápido, ele me virou de frente a parede, fazendo-me inclinar e apoiar minhas mãos sobre a mesma. Abriu a blusa de moletom cinza que estou vestindo e o retirou. A essa altura já não me importa mais o local e situação em que estamos. Quero sentir a pele dele sobre a minha… E tem que ser agora!

Senti algo molhado tocar minha entrada, que constatei serem seus dedos. Gemi sôfrego quando aos poucos eles me penetraram. Draco ergueu minha camiseta e distribuiu beijos e chupões por minha coluna me causando arrepios fortíssimos somados a sensação de seus dedos se movendo em meu interior.

– D-Draco… chega. – pedi fechando os olhos e me empinando mais em direção a seus dedos. – Eu te quero logo… S-se vam-mos fazer mesmo e-essa loucura-a, tem que i-ir logo! V-você sab-be que não… temos muito tempo…

Ele moveu os dedos mais algumas vezes antes de os retirar. Me encontro ofegante, novamente excitado e ansioso pelo que está por vir… Pude ouvi-lo abrir o botão e o zíper de sua calça apressadamente.
Senti sua glande úmida tocar minha entrada e ofeguei antecipadamente.

Draco distribuiu beijos por minhas costas e segurou firme minha cintura, enquanto se forçava lentamente para dentro de mim. Mordi com força meu lábio inferior contendo um gemido de dor, mas não aguentei quando seu membro adentrou-me por inteiro tocando diretamente em minha próstata.

– Ahn! Aí, Draco… Ah… – gemi encostando minha testa que ainda queimava na parede de pedra gelada, o que aliviou um pouco a dor.

Se bem que, no momento a dor pouco me importa. Só consigo pensar no prazer de ter Draco dentro de mim.

– Shh… – pediu ele em meu ouvido. – Ahn, Harry, você é tão deliciosamente apertado. Que saudade eu senti de você, meu amor…

Sorri ao ouvi-lo me chamar de meu amor, e logo gemi baixinho e sôfrego quando ele começou a se mover lentamente tocando diretamente em minha próstata. Suas mãos apertavam meu quadril com força.

As estocadas foram ganhando velocidade me causando um prazer tão intenso que senti lágrimas escorrerem dos meus olhos. Eu joguei meu quadril de encontro ao dele acompanhando seus movimentos, e mordi meu punho tentando abafar os sons que saiam dos meus lábios.

– M-mais… – pedi ofegante, tirando o punho da boca e apertando os olhos. – Mais fundo… mais rápido…! Ah!

Draco atendeu meu pedido começando a aumentar ainda mais a velocidade das estocadas, tão fundo que estava surrando minha próstata sem dó. Os movimentos quase violentos, fizeram meus óculos caírem, e tive que firmar mais meus braços para impedir que meu rosto se chocasse contra a parede. Percebendo isso, Draco, sem parar com os movimentos me puxou para trás, me fazendo encostar a cabeça em seu ombro. Virei meu rosto tentando beijá-lo e gemi longamente quando ele sugou minha língua de forma bem erótica.

Ele está me estocando com tanta força que senti minhas pernas fraquejarem. Rapidamente, Draco se retirou de meu interior me virando de frente para ele. Nossas bocas se uniram, e eu o abracei com força, sentindo meu coração palpitar tamanho o sentimento que sinto por ele. Ele deslizou suas mãos por minhas costas, descendo-as por minhas coxas e me erguendo em seu colo. Logo senti a parede gélida tocar a pele quente de minhas costas, estremeci, e gemi sobre seus lábios ao sentir seu falo adentrando de uma só vez meu interior. As estocadas foram retomadas, cruzei minhas pernas sobre sua cintura, me apoiei em seus ombros enquanto subia e descia com vontade. Nossos lábios não puderam permanecer juntos por conta da velocidade dos movimentos, então afundei meu rosto sobre seu pescoço.

– Hum...h-hum… Ahn… ain… an… Draco…

– Ahn, Harry… Como você p-pode ser t-tão… perfeito? – gemeu ele em meu ouvido. – O q-que v-você fez comigo, em?

Cravei minhas unhas em sua pele sentindo arrepios deliciosos em minha coluna. Eu entendi exatamente o que Draco quis dizer com essa pergunta, por que eu mesmo passei meses fazendo-a a ele mentalmente. O que diabos Draco fez comigo para que eu o ame tanto?!

Ainda gemendo retirei meu rosto de seu pescoço e o olhei nos olhos. Seus olhos azuis acinzentados se encontravam semicerrados enquanto ele mordia o lábio inferior, o rosto pálido e suado, se encontrava completamente rosado.

– Hm… humm… an… – gemi sôfrego, encostando minha testa suada na dele.

– Goza, Harry… goza para mim… – pediu ele, aumentando o ritmo das estocadas e apertando a carne das minhas coxas que já estão doloridas.

Não precisei de esforço para acatar seu pedido. Meu membro era pressionado levemente entre nossos corpos e ele me tocava na minha próstata a tanto tempo que rapidamente minhas pernas apertaram ao redor de sua cintura, enquanto meu corpo tremia violentamente em espasmos e meu quadril formigava.

– Draco…! Ahhhhnnn…. – gemi quando gozei pela segunda vez de forma avassaladora. Senti meu interior se contrair por conta do prazer intenso.

– Ah, droga, Harry, como você está apertado… Ãn… ah! – senti o corpo de Draco tremer quando ele se desfez em meu interior.

Permanecemos abraçados por alguns segundos normalizando nossas respirações. Eu não queria soltá-lo, mas era necessário. Logo ele se retirou do meu interior lentamente e me colocou no chão, o que claramente não foi uma boa ideia por que minhas pernas fraquejaram e tive me apoiar nele para não cair.

– Droga, Draco! Como vou sair daqui agora, sem que ninguém perceba o que aconteceu?! – exclamei, me esforçando para firmar minhas pernas e recolher minhas roupas que estão no chão.

Draco riu sem nem disfarçar. Filho da mãe!

– Não culpe somente a mim. – falou erguendo as mãos em forma de rendição, arrumando suas calças e vindo me ajudar com um feitiço de limpeza. Assim que terminei de me vestir, comecei a me dirigir a porta do banheiro, irritado com a dorzinha incomoda em meu traseiro e meu quadril que não me deixa andar sem mancar, Draco me segurou pelo pulso e me puxou para seus braços. – Ei, não fique irritado comigo, o.k? Você também quis isso que eu sei. – ele suspirou e segurou meu rosto me forçando a olhá-lo nos olhos. – Eu só queria matar um pouco da saudade que senti. Foi quase insuportável ficar longe de você… e você disse que o Lorde das Trevas pode vir a qualquer segundo… e você… bem, eu só precisava disso.

Ele me lançou um olhar triste, que interpretei ser por ter sentido minha falta. Não há como ficar zangado com ele por que o entendo, e por que eu realmente quis que ele me possuísse. E também prefiro que ele me tome em seus braços demonstrando que sentiu minha falta do que brigue comigo por ter montado o dragão.
Suspirei e o abracei, mas antes que eu dissesse alguma coisa ouvimos alguém bater na porta.

– Ãh, Harry? – chamou Neville parecendo um pouco sem graça. – Vocês vão demorar muito aí dentro? É que Rony e Hermione estão meio impacientes e…

– Ei, Longbottom – uma voz o interrompeu, e reconheci ser Blaise Zabini. – deixe os dois. Uma provável guerra está para começar, o que melhor que sexo para relaxar os nervos? Por que está corando…? Ahh… Entendi, você não sabe como sexo pode relaxar por que, provavelmente, é virgem, não é? – ele fez uma pausa e deu uma risada. Olhei para Draco que parecia tão curioso quanto eu para saber no que essa conversa ia dar. – Ora, não precisa ficar tão vermelho, eu entendo completamente sua situação. Mas, sabe, a guerra pode começar a qualquer instante, e o perigo de morte é eminente, não acha um terrível desperdício se você morresse virgem? Mas não precisa se preocupar, eu sou um Sonserino de bom coração que se compadece das pessoas. Não sou um estúpido apaixonado como o Draco, mas te acho atraente. Posso facilmente acabar com seu probleminha de virgindade e… Ei, Longbottom, volte aqui! Alguém já te disse que você fica uma gracinha quando fica com vergonha? Ei, não precisa correr, veja bem, estou sendo gentil e…

Ele continuou falando, mas estava muito longe para que pudéssemos ouvir.
Olhei para o loiro a minha frente boquiaberto, e ele parecia tão chocado quanto eu.

– Eu ouvi mesmo o que penso que ouvi? – indaguei.

Ele começou a gargalhar.

– Não acredito que o Blaise fez isso! – sem folego de tanto rir. – Eu sempre soube que ele era cara de pau, mas não imaginei que fosse tanto.

– Pobre Neville… se eu fosse ele, estuporava o idiota e fugiria assustado.

– Pois eu acho que vai acontecer exatamente o oposto. – ele se recuperou parando de rir aos poucos e ergueu uma sobrancelha. – Quer apostar que até o final dessa noite Blaise terá conseguido resolver o “probleminha” do Neville?

– Apostado!

Draco riu e envolveu minha cintura com os braços.

– Você vai perder essa aposta. Blaise sempre conseguiu qualquer pessoa com esse jeito cafajeste dele.

– Até você? – perguntei sério.

– Qualquer um que não seja da Sonserina. Nenhum Sonserino é idiota para cair na dele. – disse Draco rindo novamente e enchendo meu rosto com beijos. – Veja pelo lado bom, eu não sou como ele e adoro te encher de carinho.

Suspirei apaixonadamente.

– Eu te amo, sabia? – falei selando nossos lábios.

– Eu sei, até eu me amo. Como não me amar?

Revirei os olhos e o empurrei.

– Argh! Por que fui amar alguém tão idiota?! Eu deveria realmente dar uma chance para o Simas… – falei abrindo a porta do banheiro e rindo sem que ele visse.

– Como é? – ele perguntou, claramente chocado. Não respondi e saí do banheiro. – Harry Potter, volte aqui agora mesmo e explique-se! – continuei andando, rindo disfarçadamente. Todos que estão presentes na sala dirigiram sua atenção para nós. – Se aquele Grifinório estúpido tocar um só dedo em você, eu juro que arranco as mãos dele e… – ele me alcançou e olhou para meu rosto notando minha risada que não me dei mais ao trabalho de disfarçar. – Urgh, idiota. Isso não teve a menor graça.

– Harry, que bom que você voltou. Vocês demoraram, o que estiveram fazendo, em? – perguntou Lino Jordan erguendo uma sobrancelha de forma insinuante.

Senti meu rosto queimar como nunca.

– Não importa o que eles estavam fazendo. – disse Hermione surpreendendo a todos. – A guerra pode começar a qualquer instante, e acho que eles mereciam um tempo a sós.

Ela me lançou um olhar tristonho, e foi então que minha ficha caiu. Se Voldemort pode vir a qualquer momento, e eu conseguir destruir a taça que já está conosco, e a Horcrux que está escondida aqui no castelo, só sobrará a cobra e… a mim.
O que quer dizer que, possivelmente, está pode ter sido minha última vez com o Draco. Uma despedida.
Senti uma aperto sufocante no meu coração, e olhei para o loiro ao meu lado que, curiosamente, também está com uma expressão triste.

Espera, não há a menor chance dele saber que sou uma Horcrux, há? Quero dizer, se ele desconfiasse de algo, ele, com certeza, teria me perguntado, não teria?
Meus pensamentos foram interrompidos por Dino:

– Ei, Harry, nós vamos lutar, não vamos? Então vou precisar de uma varinha…

– Você não tem varinha…? – perguntou Simas.

Suspirei pesadamente, pronto para, mais uma vez, explicar que não poderão nos ajudar. Mas Rony virou-se subitamente para mim.

– Por que eles não podem ajudar?

– Quê?

– Eles podem ajudar. – ele abaixou a voz, para que somente Hermione, Draco e eu pudéssemos ouvir. – Não sabemos onde a Horcrux pode estar. Você mesmo disse que não temos tempo, Você-Sabe-Quem já terá chegado aqui antes que consigamos revistar o castelo inteiro. Não precisamos dizer a eles que é uma Horcrux.

Olhei para Hermione e para Draco em dúvida.

– Acho que Rony está certo. – disse Hermione ao ver meu olhar. – Nem sabemos o que estamos procurando. Você não pode fazer tudo sozinho.

Parei para pensar e percebi que ela tem razão. Eu sei que posso confiar em todos que estão aqui, tenho certas dúvidas sobre os Sonserinos, mas se Draco confia neles, eu sei que são de confiança. Percebo que estou ficando muito parecido com Dumbledore, guardando segredos sempre só para mim, com medo de confiar nas pessoas. Se bem que, Dumbledore confiou em Snape, e a que isso levara? A morte no topo da torre de Astronomia…

Sacudi a cabeça tentando afastar essas lembranças de minha mente, e, enfim, optei por confiar. Contei a eles que estamos procurando por um objeto, que possivelmente pertenceu a Ravenclaw. Logo descobri que existiu um diadema que acreditava-se ser mágico, e que pertenceu a bruxa, porém o objeto não era visto a séculos.

Vi meu próprio desapontamento espelhado nos rostos de Rony e Hermione. Afinal, um objeto que se perdera a tanto tempo, sem deixar vestígios, não parece ser um bom candidato a Horcrux escondida no castelo.

– Se você quiser ver a aparência que acreditam ter o diadema, eu posso levá-lo a nossa Sala Comunal, Harry. – disse Cho se levantando de sua poltrona. – Ravenclaw foi esculpida usando-o.

Minha cicatriz queimou outra vez. Voldemort está voando para algum lugar, talvez indo verificar outra Horcrux. Talvez vindo para cá… tanto faz. Só sei que precisamos nos apressar.

Olhei para Rony, Hermione e Draco.

– Ele está viajando. Não sei se está vindo para cá. – falei passando a mão na testa. – De qualquer forma, a única coisa que temos é a possibilidade de ser esse diadema. Não é grande pista, mas vou até lá dar uma olhada na estátua.

Olhei para Cho e ela sorriu para mim, mas antes que ela desse um passo Draco exclamou:

– Pode parar por aí, garota! Quem vai com Harry sou eu, você fica!

Cho me lançou um olhar desapontado e voltou a se sentar.
Olhei para Draco surpreso por vê-lo com ciúmes novamente. Caramba, nem tinha parado para pensar no fato de que minhas duas ex-namoradas estão aqui, e meu atual ao meu lado. Claro que ele sentiria ciúmes. Somente em olhar para Pansy me senti enciumado, então sei como ele se sente.

– Draquinho, querido. – disse Pansy. – Você está aí enciumado, mas nem ao menos sabe onde fica a Sala Comunal da Corvinal, estou certa?

– É verdade. – concordou Draco rapidamente. – E é por isso que Luna virá conosco, não é Luna?

– Aaah, claro, com todo o prazer. – respondeu Luna, alegremente.

– Harry, vocês três não caberão embaixo da Capa da Invisibilidade. – disse Rony.

– Deixe-os, Rony. Harry pode usar o Mapa do Maroto, assim ele saberá se alguém se aproximar. – falou Hermione, ainda com o olhar tristonho.

Respirei fundo e olhei para Neville.

– Como saímos daqui?

– Por aqui. – Ele nos levou para um canto, onde um pequeno armário se abria para uma escada íngreme. – Surge a cada dia num lugar diferente, por isso, nunca conseguiram encontrá-la. O único problema é que nunca sabemos exatamente onde vamos parar quando saímos. Cuidado, Harry, há sempre patrulhas nos corredores.

– Tudo bem. Vejo vocês daqui a pou… AH! – senti uma dor extremamente forte na minha cicatriz. Tão forte que senti meus olhos lacrimejarem e levei minhas mãos a testa cambaleando para trás.

Então a Sala Precisa desapareceu novamente…


 

Voldemort está irritado, andando de um lado para o outro, não entendendo o que aquela garota estúpida tanto quer. Mas seu estresse está no auge a horas, se o que ela tem a dizer não for de fato importante, a matará sem hesitar. Afinal, ela não é importante. Sequer é uma Comensal.

A porta da sala da mansão dos Malfoy se abriu, Lúcio e Narcisa entraram primeiro, com seus típicos olhares amedrontados, seguidos pela garota que parecia determinada. Tão estúpida. Se soubesse o que a aguarda se estiver o fazendo perder seu precioso tempo…

Astoria Greengrass se aproximou, olhando para o chão.

– Espero que seja importante. Lorde Voldemort não é misericordioso com quem o faz perder tempo. – falou avaliando o comportamento da garota. – Passou horas incomodando meus Comensais para ter o privilégio de me ver pessoalmente. O que tem a me dizer, garota estúpida?

– C-creio, Milorde, que já saiba que há um traidor entre seus Comensais da Morte. – começou a garota. Voldemort ergueu a cabeça interessado. Ah meses procura esse maldito traidor, ansiando para saber de quem se trata. – Sei quem é o traidor, Milorde. Essa pessoa confessou a mim sua traição, que é bem maior do que pode imaginar. E-ele não só o traiu salvando Potter, como também manteve um relacionamento amoroso com ele, sabendo assim todos os lugares em que Potter esteve se escondendo nos últimos meses, e, sempre que possível, o alertando quando sabia que seus Comensais poderiam capturá-lo. Mas a maior de todas as traições, que também é a maior prova que o incrimina, é a criança que ele e Potter geraram, Milorde.

Completamente surpreso com a informação, Voldemort deu um passo para trás.

– Criança? – murmurou olhando para a garota. – Que criança?

– O traidor me contou que Potter ingeriu uma poção no dia do funeral de Dumbledore, Milorde. – contou a garota, parecendo nervosa. – A poção que ele tomou é chamada de Poção Gestante, ela possibilita que qualquer um, inclusive homens, possam engravidar. E foi o que ocorreu, Milorde. Potter engravidou e deu à luz a uma menina… Filha de um de seus Comensais…

– M-Milorde… não é prudente ouvir o que essa garota tem a dizer, não seria melh…

– Não me lembro de ter pedido sua opinião, Lúcio. – sua voz era aguda e fria, mas fúria o queimava por dentro.

Nunca imaginou algo do tipo, essa é sem dúvida a maior das traições. Ter um filho com o Potter. O garoto sempre vem lhe surpreendendo. Primeiro sobre o fato de ter descoberto sobre as Horcruxes, e agora isso.

– Quem é o traidor? – perguntou, sua voz se elevando. – Diga, quem é?!

– O traidor é Draco Malfoy, M-Milorde.

 

 

 


Notas Finais


Sim, eu já sei que muitos querem me matar por ter parado na melhor parte kkkk
Espero que tenham gostado ^^
Postarei o próximo em breve, deixem bastante comentários para me animar, ok?
Beijinhos <3


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