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História Remember me - The second sun


Escrita por: HarunoUchiha16

Notas do Autor


Olá amores!!!!
Espero que estejam todos bem <3
Mais um capítulo pra vocês com muito amor ^^

Capítulo 6 - The second sun


Fanfic / Fanfiction Remember me - The second sun

 

"Eu só queria te contar
             Que eu fui la fora e vi dois sóis num dia
             E a vida que ardia sem explicação"

Após concluir seu treinamento e ver sua amada Ilha de Andrômeda destruída por dois cavaleiros de ouro, June retornou à Grécia. Treinando com Shina, a amazona mais impiedosa que conhecia, sofreu um acidente complicado. Talvez ficasse internada por um tempo, pelo menos até recuperar suas pernas quebradas por ela. Pediu à enfermeira que telefonasse à Marin, sua única amiga que restava nesse país.  

 

A ruiva a visitou e ficou por um bom tempo conversando com June. Passava pelos corredores de maneira distraída, quando parou à porta de um dos quartos. Só podia estar ficando louca. Se aproximou da entrada do quarto e tentou processar o que via. Não era possível. Não era! 

 

_Dr., por favor – se exasperou ao ver o médico saindo de dentro do quarto – Pode me informar sobre esse homem que está na cama? - apontava para a cama do quarto. Suas palavras saíram trêmulas e exasperadas. 

 

_A senhora é da família? - o médico questionou. Ninguém da família daquele rapaz o havia visitado desde que ele chegara lá.  

 

_Bem... De certa forma...- respirava fundo. Seu coração palpitava todo o tempo – Cunhada – deixou uma lágrima escorrer por seus olhos castanhos.  

 

_Bem, você deu sorte, pois sou o médico responsável por ele desde que chegou – suspirou. 

 

_Há quanto tempo ele está aqui? O que há com ele? - atropelava as palavras. Não conseguia medir seu nervosismo.  

 

_Por que não vieram vê-lo antes, já que é da família? - interrogou apreensivo. 

 

_Não sabíamos que ele estava... Vivo... - sussurrou com pesar a última palavra. Aquilo ainda não estava sendo digerido por ela.  

 

_Já que é assim, a senhorita pode completar o vazio que temos a respeito deste rapaz – respirou fundo – Vamos até minha sala – a conduziu até uma outra sala branca e se sentaram. As pernas da moça não conseguiam parar de se mexer, tamanho era seu desespero – Bem, tudo o que sabemos sobre este homem é que há dez anos, Mitsumassa Kido, um importante empresário japonês o trouxe para cá e deixou todas as despesas por conta da empresa dele, a Fundação GRAAD... Ele chegou aqui em estado semivegetativo, parecia ter marcas de combate por todo o corpo. Conseguimos através de três procedimentos cirúrgicos, deixar seu quadro menos pior, o que significa seu estado de coma que perdura até hoje, como você pôde ver naquela sala. 

 

_Ele está em coma? Há dez anos? - estava incrédula. Como Aioros podia ter vivido por tanto tempo bem debaixo de seus narizes e nunca souberam? Ah, claro, ele estava morto para todos! 

 

_Sim... Creio que vocês têm uma razão forte para nunca terem aparecido por aqui...? 

 

_Na verdade todos pensávamos que ele estava morto há exatos dez anos – suspirou – Ele era um cavaleiro de Ouro quando "vivo". Foi dado como morto após um combate com outro cavaleiro de ouro... Eu nunca pensei que...- não conseguia completar sua frase. Não conseguia montar um raciocínio. Pensava em tanta coisa ao mesmo tempo, que era humanamente impossível desenvolver um pensamento centrado – Quais as chances dele?  

 

_De acordar? - suspirou – Eu como médico, diria que são remotas. Não queria que perdessem a esperança, porém em toda a minha vida profissional, poucas vezes vi um quadro comatoso com tantos anos ser superado... Infelizmente é esse o meu prognóstico. Mas não desistam... O apoio da família é importante – sorriu. Realmente, acreditava que seria um milagre que esse rapaz acordasse.  

 

_Muito obrigada, Dr. - voltou para a sua casa em estado de choque. Sua mente parou na imagem de Aioros deitado em uma cama de hospital. Em coma. Dez anos! Estava tão absorta que mal notou que Aioria lhe falava – Sim!? 

 

_Marin, onde está com a cabeça? - sorriu – Estou há dez minutos falando e você nem me ouviu! 

 

_Me desculpe...- suspirou. 

 

_Aconteceu algo, Marin? - tomou as mãos dela entre as suas.  

 

_Oria, a verdade é que aconteceu, sim – respirou fundo - É algo que eu não faço ideia de como começar... 

 

_Está me deixando com medo, amor – suas feições se tornaram mais sérias. Nunca viu Marin assim em todo esse tempo de convivência. Ela parecia em outra dimensão.  

 

_Me desculpe, amor... É que realmente algo muito sério está acontecendo. Aioros... Ele vive – suspirou.  

 

_Amor, eu também queria que ele estivesse aqui, mas... 

 

_Você não está entendendo – chorou – Ele está VIVO, Aioria! Seu irmão não morreu! - arfou. 

O mundo parecia ter desabado sobre sua cabeça nesse momento. Mas como?! Por que ele nunca voltou? 

 

_Marin, não pode ser verdade! Por que ele não voltou? - apertou os punhos - E Seiya? E eu? Por que ele nos abandonou?  

 

_Por que ele está em coma, Oria – deixou mais lágrimas escorrerem sobre seu rosto - Há dez anos ele dorme em um coma profundo. Foi por isso que ele nunca voltou – tapou o rosto com as mãos e Aioria fez o mesmo.  

 

Ambos permaneceram naquela posição por longos minutos. Ainda estavam tentando entender o que houve. Tentando entender como seria a vida dali em diante. Aioria vivia um impasse. Queria mais que tudo que seu irmão vivesse. Mas temia mais que qualquer coisa no mundo perder aqueles que mais amava. Temia perder Marin e Seiya para ele. "Quanto egoísmo, Aioria! Seu irmão está vivo!" 

 

_E então? - o leonino questionou, ainda com o rosto entre as mãos trêmulas. 

 

_Então? O que quer dizer com isso? 

 

_Quero saber o que faremos... Seiya... O que diremos a ele? O que faremos? Vamos abandonar Aioros numa cama de hospital?  

 

_Claro que não! Mas sabe que não podemos levantar suspeitas! Shura pode tentar matá-lo outra vez caso descubra! 

 

_Se ele tentar, quem morre é ele! - Aioria esmurrou o sofá e sentiu as mãos de Marin segurarem as suas.  

 

_Se acalme, por favor! Nosso filho está dormindo! - a ruiva o repreendeu. Era muito sensata, ao contrário do marido, sempre explosivo e impulsivo – Precisamos ser discretos, não podemos ir ao mesmo tempo... Agora terei mais oportunidades, já que June ficará internada por um mês, mas depois temos de traçar um plano para visitá-lo – se sentou ao lado de Aioria e suspirou.  

 

_Tudo bem... Mas eu quero, eu preciso ver meu irmão - deixou as lágrimas rolarem soltas por seu rosto. Apesar de seu temor, seu amor por Oros era imensurável. Independente do caminho que a vida reservou para eles, seu amor era maior que o mundo. 

 

Passou a noite em claro sentado sobre a poltrona ao lado da cama de Seiya. Não conseguiu fechar os olhos por um segundo sequer. Mirou o filho por toda a noite. "Será que ele vai amar Aioros como me ama?". "Será que Aioros o conquistará? Todos amam Aioros!"."Será que ele vai acordar?". Em meio a mil "serás", o dia amanheceu. O loiro deixou um bilhete na geladeira para a esposa, avisando onde ia.  

 

Caminhou em passos pesados até o hospital. Conversou com o médico de quem Marin lhe falou. Conseguiu autorização e foi conduzido até o quarto. Entrou com pesar e seus olhos se recusaram a acreditar no que viam. 

 

_Oros...- tapou a boca com as mãos e chorou. Chorou muito. Tantos anos se passaram e ele não se acostumou. Ninguém substituía aquele amor. Nem tirava aquela saudade de seu peito. Seu melhor amigo. Seu pai. Seu filho. Seu irmão... Se sentou sobre a cama e lhe abraçou de maneira breve – Oros - deitou sua cabeça sobre o peito que ressonava devagar. Um movimento lento e contínuo - Oros... É o Aioria quem está aqui... - sussurrava. Tentava com quem ele lhe escutasse. Mas nenhum sinal. Nenhum movimento. Apenas a respiração lenta e angustiante. Os olhos fechados e a face serena. Parecia dormir. Parecia que em cinco minutos, ele abriria seus olhos e desataria a falar e falar. Brincar e rir, como sempre fazia. Como era. Mas nada acontecia naquele ambiente a não ser aquele silêncio corrosivo - Você não ficará sozinho, meu irmão - segurou a mão do mais velho e a afagou. Jamais o deixaria. Mesmo que fosse visitá-lo até o fim sem ouvir seu "adeus". 

 

______xx______ 

 

Marin esperou que o filho acordasse e levou o café-da-manhã para ele em sua cama. Era o feliz dia de sábado, o que significava que não havia escola. O menino era pequeno, mas não era tonto. Notou claramente uma angústia em sua mãe. 

 

_Está gostoso, meu amor? - afagou os cabelos castanhos do menor, tentando transparecer felicidade. Apenas tentava. 

 

_Sim, mamãe... Você está bem? - olhou para ela de forma curiosa. 

 

_Sim, amor, está tudo bem, sim... Filho, você se lembra o que dissemos a você sobre o papai? Seu pai de verdade? 

 

_Meu pai de verdade é o Aioria – comeu o bolo com indiferença, demonstrando que esse assunto não era agradável para si. 

 

_Filho, nós já conversamos sobre isso – se fez séria. Entendia os sentimentos de Seiya para com Aioria, mas jamais aceitaria que ele menosprezasse Aioros – O que dizemos sobre Aioros?  

 

_Ele morreu – permanecia comendo, mas desta vez, para não ouvir o que Marin tinha a dizer. Não importassem o que diziam, Aioria era seu pai e ponto final. 

 

_Sim, meu amor, era o que pensávamos - suspirou e viu um olhar espantado do filho – Seiya, ontem fui visitar a tia June e vi que seu... Aioros, ele está vivo. 

 

_Então ele nunca me procurou por que não quis? - sua expressão se tornou infeliz, cortando o coração de Marin. 

 

_Não, meu filho, não é tão simples assim... Ele está em coma desde antes de você nascer, por isso nunca veio ver você - respirou fundo e secou rapidamente uma lágrima que estava prestes a cair. Não queria que seu filho se sentisse rejeitado.  

 

_O que é coma?  

 

_É... Sabe quando dormimos? - viu um aceno positivo - Então, é algo que acontece e nos faz dormir por muito, muito tempo, entendeu? Ele sofreu um acidente, você se lembra? Defendendo Atena de um homem muito mau? - outro aceno positivo. Pensou estar evoluindo – Pois esse acidente o deixou "dormindo" até hoje... Por isso ele nunca te procurou, meu amor. Mas se não fosse por isso, ele estaria aqui com a gente – sorriu. Ao olhar para a porta, viu um Aioria completamente furioso. Droga! - Espere um pouquinho aqui, meu filho – correu até o marido. Tinha medo de que ele entendesse mal o que disse – Aioria, você... 

 

_Por que fez isso, Marin? - respirava com raiva – Por que contou ao nosso filho sem mim?  

 

_Aioria, se acalma, por favor! 

 

_Então você queria que fosse ele quem estivesse aqui com você?! Pois bem – saiu em direção ao quarto do casal e abriu o armário com força desmedida. 

 

_AIORIA ME OUVE! - teve de aumentar seu tom de voz, ou ele jamais a escutaria – Por favor...- suspirou - Não torne as coisas mais difíceis do que já estão - se sentou sobre a cama e cobriu seu rosto delicado com as mãos. Sentiu que ele se sentou ao seu lado. 

 

_Marin, você não faz ideia de como remoí isto a noite inteira... Não sabe como tive e tenho medo de perder vocês dois para... E escutar você dizendo que queria que ele estivesse aqui, foi... Meu coração doeu, Marin... Eu amo você, garota! - chorou.  

 

_E eu também amo você, seu idiota! - o abraçou forte – Eu só dizia ao nosso filho que ele teria os dois pais dele juntos – dizia, ainda abraçada a ele – Isso era tudo o que eu queria... Mas isso não diminui meu amor por você, não destrói o amor que construímos! Não faz de nós culpados... Nós nos amamos, amamos nosso filho acima de tudo – segurou o rosto dele entre seus dedos - Só queria que Aioros pudesse ver o filho... E que Seiya também pudesse vê-lo. Que nosso filho pudesse preencher esse vazio que apenas Aioros preencherá. Mas você sempre será o pai dele, o homem que o criou e que o amou, quem o ensinou tudo... Você não será menos amado por nós por culpa de Oros. O passado ficou no passado – selou seus lábios - Eu sou sua e você é meu – voltou a abraçá-lo. Apesar de tudo, ainda sentia medo de que isto virasse uma tragédia. Uma grande tragédia.   

 

Continua


Notas Finais


E aí, amores? O que será que vai dar isso tudo?
Oros vivo, meu Deus!!!!! :O
Beijíneos <3


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