1. Spirit Fanfics >
  2. Remember me >
  3. Bring me to life

História Remember me - Bring me to life


Escrita por: HarunoUchiha16

Notas do Autor


Oie meus amores!!!
Desculpem a demora, mas aí está mais um capítulo chorante pra vocês <3
Boa leitura

Capítulo 8 - Bring me to life


Fanfic / Fanfiction Remember me - Bring me to life

"Acorde meu interior 
Não consigo acordar! 
Acorde meu interior 
Salve-me! 
Chame meu nome e salve-me da escuridão!" 

 

Aioria voltou para seu templo em euforia completa. Não conseguiu contar a Marin o que viu, o que sentiu. Seu corpo tremia, sua mente girava. Se deparou com Shura ao subir pelas escadarias. Não sabia calcular o tamanho de seu ódio, sua repulsa por aquele ser.  

 

Se deitou em sua cama, mas não conseguia pregar os olhos. Sentia a mão de Aioros apertando a sua a todo momento. Será que havia uma chance, mesmo que pequena de que ele voltasse? Como seria tudo dali em diante? Será que estava fantasiando demais? Era somente um movimento ínfimo após dez anos em coma. Pelo que entendia, quanto mais tempo a pessoa se achava nesse estado, menor eram as chances de recuperação.  

 

Esperava com toda a sua alma que Oros pudesse um dia retornar. Um dia, talvez.  

 

_____xx_____ 

 

Marin estranhou a ausência de Aioria naquela noite. Por que ele não voltou para casa? Podia demorar o quanto fosse, mas ele jamais dormia sem se despedir do filho. Seu coração estava angustiado. Após perder Aioros para uma luta sem sentido, temia que acontecesse o mesmo com seu marido.  

 

Já era nove da noite e nada de Aioria chegar. Pegou Seiya em seu colo e andou com ele até o Santuário. Se ateve na primeira casa zodiacal e foi recepcionada por seu guardião.  

 

_Boa-noite, Marin... Veio procurar por Aioria? - o ariano disse calmamente. 

 

_Boa-noite... Sim! Ele está aqui? - a ruiva parecia nervosa. Algo a estava deixando inquieta.  

 

_Na verdade ele chegou há algum tempo, mas subiu sem falar quase nada... Marin, está tudo bem entre vocês? - o outro notou o desespero claramente nos olhos orientais.  

 

Marin não sabia se devia confiar nele. Não sabia se podia confiar em alguém que não fosse ela mesma e Aioria. Mu era um cavaleiro, servia ao Mestre. Se soubesse da verdade, poderia estragar tudo. 

 

_Está sim... Obrigada! - andou na direção oposta, intrigando o guardião da primeira casa. Aquilo estava muito estranho.  

 

Marin chegou sorrateiramente ao alojamento das amazonas. Pegou uma pedrinha no chão e a atirou na janela de June.  

 

_June! June! - viu a janela de madeira se abrir e uma face surpresa na amiga. 

 

_Marin? - a loira sussurrou e desceu as escadas até a porta, abrindo-a e fechando rapidamente – O que houve? 

 

_June, por favor, não posso explicar! Pode ficar com Seiya para mim? Em uma hora eu volto e o busco! 

 

_Mas... Marin? 

 

_Ju, eu não posso dizer! Entenda! Se não puder ficar com Seiya, tudo bem... 

 

_Não! É claro que posso. Só queria saber o porquê! 

 

_Quando eu puder dizer, você será a primeira pessoa a saber! - beijou suavemente a testa da amiga e entregou o filho nos braços dela, que voltou para o alojamento rapidamente para não correr o risco de ser vista.  

 

Marin caminhou até o hospital e o médico concedeu a visita diária a ela. Entrou no quarto que tanto conhecia. Se sentou na cadeira ao lado de Aioros. Não conseguia deixar de se entristecer a cada visita. Não se conformava com um destino tão cruel a uma pessoa tão boa.  

 

_Marin, seu marido esteve aqui mais cedo... Ele lhe contou sobre o ocorrido? - o médico disse em tom preocupado.  

 

_O... Ocorrido? - seu coração falhou uma batida.  

 

_Aioros apresentou melhora repentina... Ele se moveu, Marin. 

 

A ruiva voltou a se sentar. Por que diabos Aioria não lhe contou a verdade? Por que estava guardando essa notícia maravilhosa para si? Por acaso não queria que... Ela soubesse? 

 

_Isso é... 

 

_Sim, é uma boa notícia, mesmo que eu queira dizer para ter cuidado com as expectativas que coloca sobre o quadro de Aioros. Mas de qualquer forma, foi uma evolução - sorriu e se retirou do quarto, deixando uma Marin completamente atônita. 

 

_Oros...- segurou a mão do cavaleiro como fez Aioria. Queria ter essa sensação. Queria entender como seria se ele lhe respondesse um sinal. Ao menos um sinal - Será que você pode me ouvir? - esperou ansiosamente por um movimento - Você pode? - chorou ao ver que uma lágrima fina corria pela maçã do rosto de Oros. Ele estava mesmo reagindo! Isso era... Não havia palavras para definir sua emoção - Aioros...- apertou a mão do rapaz novamente.  

Longos minutos se passaram. Perdeu a conta do tempo que passou ali, apenas rezando para que ele voltasse. Não compreendia que tal sentimento era esse. Remorso? Saudades? Sabia apenas que ver Aioros tão perto de voltar era uma sensação única.  

 

Seu estômago revirou. Sua mente parou. Viu os olhos dele se abrindo lentamente. Tão lentos, que pareciam o tempo da natureza. Lágrimas corriam pelas orbes verdes semicerradas.  

 

_Aio... Meu... Meu Deus...- sua respiração falhou. Podia ver que havia um esforço sobre-humano para que mantivesse os olhos minimamente abertos. Fixos em uma única direção. Não se moviam. Não parecia ver o que se passava ao seu redor. Apenas a respiração descompassada e lenta – Doutor! - correu para fora do quarto e buscou o médico, que não entendeu de imediato o porquê de tanta euforia, até entrar no recinto e ver o que jamais esperou ver um dia: Aioros parecia ter acordado daquele coma profundo. Não parecia reagir ao mundo exterior, mas seus olhos estavam abertos, seus lábios estavam trêmulos. Não era um mero reflexo. Era uma chance de vida.  

 

_Marin, eu...- estava sem palavras. Nunca em toda a sua vida profissional, se deparou com um caso tão assustador. O homem que chegou naquele hospital praticamente morto, se salvou da morte, mas não do sono. Aquele sono profundo e tão desconhecido. Nenhum movimento durante anos – Preciso que me dê licença, Marin... Preciso conversar com a junta médica sobre o futuro desse rapaz – suspirou. 

 

_Tudo... Bem... Quando podemos... Voltar? - estava quase tão sem reação quanto Aioros. Se retirou do hospital ao ouvir a resposta do médico. Queria sair sem destino. Queria andar. Queria sentir o vento lhe tocar. Não sabia o que dizer a Aioria. A Seiya. Não sabia o que seria de suas vidas dali para frente.  

 

Retirou seus sapatos e pisou na areia gelada. Andou pela beira da praia deixando seus passos marcados, até se sentar. Por um segundo, esqueceu do mundo lá fora. Fechou seus olhos e pensou. Precisava pensar muito. Saiu de seus devaneios ao ouvir uma voz chamando por si. 

 

_Marin...- inclinou brevemente sua cabeça. Viu um Aioria completamente desnorteado ao seu lado – Me perdoe por ter sumido... Eu... 

 

_Oria, eu preciso...- foi calada com o dedo indicador dele, que se sentou ao seu lado. 

 

_Eu preciso te dizer o porquê - respirou fundo – Marin, Oros... Ele reagiu – deixou uma lágrima cair enquanto fitava o horizonte – Ele... Ele apertou minha mão e eu... 

 

_Oros abriu os olhos, Aioria – disse, tão atordoada quanto. Também mantinha seus olhos fixos no mar – Ele acordou...  

 

O leonino teve o ímpeto de chorar copiosamente. Definitivamente, sua vida estava perdida. Não sabia o que dizer ao irmão quando precisasse contar a verdade. A dolorosa verdade. Perderia sua mulher e filho de uma única vez. "Zeus! Seu irmão acaba de acordar do coma e você está pensando em si mesmo, Aioria?". Se martirizava. Não sabia o que responder a Marin. Apenas sentia seu mundo ruir. Desaparecer sob seus pés.  

 

Continua 


Notas Finais


E aí, amores? #Orosvolta? Será?
Espero que tenham gostado desse cap e esperem que ainda tem muita coisa tensa pra acontecer! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...