1. Spirit Fanfics >
  2. Remember When >
  3. Capítulo XXV

História Remember When - Capítulo XXV


Escrita por: LittleStar15

Notas do Autor


Olá meu povo! Eu disse que voltaria hoje, não disse?! Estava com saudades de escrever essa história, de verdade. Para não enrolar muito, queria começar agradecendo a ~Bum_chan ~bloomrS2 ~Ruby_Rose_ ~Hellen_Noir ~SrtMaldegard
e a ~fairywind01 por favoritarem a história desde a nota anterior! e a ~DreamGirl101 pelo comentário lindo!

Boa leitura, vejo vocês nas notas finais.

Capítulo 27 - Capítulo XXV


“No fundo do oceano/ É onde eu deixei meu amor/ Limpo na superfície/ Superficial ao toque

Não sobrou nada/ Ele é um naufrágio/ Enterrado profundamente na areia” - Bridgit Mendler, Atlantis.

 

 

Eu e Keita entramos cautelosamente na base. Estava tudo muito escuro e eu estranhei, mas o rapaz ao meu lado não. Ele parecia em estado de alerta ou coisa assim.

 

A primeira coisa que vi foram todos já na mesa de reunião, batucando os dedos enquanto tomavam refrigerante. A visão era um pouco perturbadora, já que o líder parecia não dormir há muito tempo, estando com olheiras enormes e os cabelos bagunçados. Eu toquei em seu ombros e ele se pronunciou:

 

- Está atrasada, Lane. - Kai virou os olhos cinza para mim e eu assenti, meio contrariada.

- Não era meu objetivo, mas estava resolvendo um probleminha para o Keita, nada demais.

 

Me virei para os outros garotos, que observavam sem muito interesse a conversa. Shin estava com uma prancheta em mãos, Takashi com o seu computador - como sempre - e Kou encostado num canto com os olhos baixos. Parecia ter chorado. Me preocupei com seu estado, mas resolvi deixar quieto. Tínhamos prioridades agora, e só faltavam duas semanas para a partida.

 

- Olha, ontem de manhã aconteceu uma coisa. Uma coisa bem, hum, suspeita. - Engoli em seco e apertei os nós dos meus dedos, sendo observada atentamente por eles. Expliquei o acontecimento, recebendo olhares chocados de Keita, um raivoso Kai e Kou no seu estado de letargia.

- COMO ISSO PODE TER ACONTECIDO! Estamos tomando o maior cuidados. - Kai bateu o punho na mesa e começou a digitar freneticamente ao telefone

- Isso com certeza foi um descuido da parte do pessoal da segurança. Ou então… - Takashi terminou num sussurro e eu me preocupei mais ainda. Eu não o tinha visto ficar nervoso daquele jeito. - Essa pessoa é ligada a alguém do outro lado da linha.

- Você diz ao pessoal da Máfia? - Kai indagou, com uma sobrancelha erguida.

- Não. Eu sinto que há muito mais gente envolvida nisso. E o pessoal da Máfia já deixou muito claro seu posicionamento. Eu me refiro ao bilhete que a amuga dela recebeu. - Ela virou-se rapidamente para mim. - Havia alguma identificação, nome ou assinatura naquele papel?

- Sim, uma tal de ELKA. Agora que você disse, também acho que são pessoas diferentes. Ele falou que era um “jogo” enquanto o outro disse exatamente o que queria de mim.  - Ele pensou durante uns minutos e eu tirei o bilhete da minha mochila xadrez e o entreguei. - Vou mandar analisarem as digitais, mas por enquanto é isso. Ah! Pode me dizer o nome da sua amiga e endereço para não colocarmos acidentalmente na lista de suspeitos? - Ele perguntou calmamente e eu ri, nervosa. Ferrou, ferrou, ferrou. Como eu iria dizer que Hoshina Utau era minha amiga?! E ainda dar seu endereço de trabalho para ele?!

Olha, haha-

- Ela precisa conversar sobre isso com a garota sabe? Ela é meio complicada. - Keita veio em meu socorro. Sabia que a “cunhada” era famosa demais para isso. Takashi deu de ombros e disse para conversarmos sobre isso o mais rápido possível.

- Obrigada. - Eu falei baixinho para o castanho, que piscou em retribuição.

 

Os garotos logo se dispersaram e eu suspirei, restando somente Kou e eu na sala, que se levantou em minha direção.

 

- Começaremos seu treinamento logo, e será das cinco da tarde às sete da noite, quatro dias por semana. - Ele me fitou seriamente.

Eita, tinha até esquecido! Mas vocês vão pegar leve comigo né?! - Ele sorriu, divertido, pela primeira vez aquela tarde.

Não conte com isso. Esteja aqui amanhã.

 

¤¤¤

 

Era por volta das cinco e meia da tarde e eu iria para a Seyo Academy depois de algum tempo afastada. Os novos guardiões sabiam da minha ida e deixaram a chave num local que eu pudesse achar, mais cedo.

 

Convidei os antigos guardiões para essa reunião de última hora para contar sobre o estranho acontecimento que nem os garotos da Kiroshima se inteiravam. Ficou claro que essa noção do poder que supostamente rondavam os guardiões chara não permitia que nós ou qualquer um que se envolvessem pudesse descanasar em paz.

 

Ambição descontrolada é o que afunda os seres. - Falei, afundando minhas mãos no agasalho da escola e suspirando. Não esperava uma boa reação de nenhum deles, visto que na anterior fora quase insuportável o clima tenso. Eu mesma não aguentava mais o peso que uma vida tão importante para todos, imprescindível para mim, mais ainda, pudesse pagar por tanto descontrole e ganância de pessoas erradas.

 

Mas nem tudo estava perdido, de qualquer maneira. Eu só teria que arrumar minhas prioridades e não deixar que toda a ansiedade me consumisse. Não; eu teria que manter a postura e não me entregar.

 

Coloquei os fones no ouvido e comecei a ouvir a Quarta Sonata em Mi maior do Beethoven. Era umas das minhas inspirações para ensaiar a minha própria no dueto com Nagisa Mamoru. Mas eu estava mais inclinada à uma valsa de qualquer maneira, uma coisa mais tocante do que uma melodia leve como a que agora escutava, e talvez não tão condescente e clássica.

 

Ri internamente enquanto as meninas se aproximavam para desfrutarem também do som. Era incrível o quanto a pessoa se descobre com o passar dos anos. Eu nunca nem cogitara a ideia de aprender a manusear um instrumento quando mais nova, cumprindo meu papel de simples admiradora. Agora não conseguia passar um dia sem sentir as teclas lisas deslizando sob a ponta dos meus dedos.

 

Desliguei a música ao entrar no pátio da minha escola. Um clima estranho pairava, não combinando com o lugar alegre que passei parte da minha vida. Alguma coisa mudara desde a última vez que estive aqui e isso me preocupou. Foi somente quando senti a mão de Tadase no meu ombro que notei estar tremendo. Ele avaliou o espaço com os olhos castanho-avermelhados com cuidado, também sentindo alguma presença estranha, e eu assenti, indo para o outro lado do pátio. Aí aconteceu.

 

Uma onda de energia sombria, um verdadeiro enxame de batsu-tamas invadiu o espaço, gritando que era inútil. Eu estreitei meus olhos. Não iria deixar aquilo passar. Evie tocou em minha mão, e eu exclamei, sendo seguida pelo príncipe com Kiseki:

 

- Meu próprio coração, Unlock! - E o que se seguiu a seguir foi uma transformação que eu nunca havia feito, e, dessa vez, eu me senti quase que inteiramente eu enquanto ela se procedia, então deixei a coisa fluir. A pequena coringa ria de satisfação dentro de mim e eu sorri. Usava um vestido tomara-que-caia listrado preto, branco, vermelho e a barra na cor vinho, batendo três palmos acima do joelho e com uma legging preta até o calcanhar. Meu cabelo estava em duas tranças com mechas pretas e o chapéu de coringa com sininhos e tudo. Havia luvas brancas também e sapatos de alfaiataria pretos.  

 

Tadase estava em sua transformação usual e começou a distribuir golpes com o cetro para juntar em um só lugar os charas, mas parecia que quanto mais ele atacava, mais deles apareciam, como uma fonte infinita.

 

- Amu-chan! Há alguém os controlando! Ache a fonte… Evie comentou e eu comecei a procurar, meus olhos dançando sobre os batsu-charas. Até que achei. Uma pessoa escondida entre as árvores.

 

- Te encontrei! - Saltei facilmente e decidi testar as habilidades do chara nari. - Card Master!

 

Uma porção de cartas de baralho afiadas como katanas cortaram o ar e prenderam a pessoa na árvore mais próxima. Eu tentei chegar mais perto, mas todos os charas vieram para perto de mim naquela hora, desviando o foco do meu amigo, obstruindo a passagem.

 

Bufei de raiva, mas não deixei aquilo me abalar. Uma máscara apareceu em minha mão e eu a coloquei no rosto.

 

- Mascared Defense! - Vários clones meus imitaram meu movimento e foram correndo cada um para um lado, com uma risada indicando para qual direção eles foram. Isso dispersou suficiente a passagem, mas quando eu cheguei perto, só havia um bilhete preso pelas cartas.

 

Eu guardei e me voltei para o grupo dos charas do mal, que seguiram meus hologramas de volta para mim. Fiz uma purificação enorme, liberando grande energia minha e eu senti, naquele momento, que alguma coisa mudara. Uma onda vermelha soprou sobre nós, brilhando e eu arregalei os meus olhos.

 

- Não pode ser… - Tadase-kun estava estático, e eu apavorada. Ele correu para onde os batsus estavam e eu o segui. - Parece que… sabem que está aqui, agora.

- Oh-oh. Você quer dizer que já sabia que existiam outros? - Ele me encarou, uma certa mágoa inundado sua expressão assim que ele passou as mãos pelos cabelos loiros.

- Eu fui seguido, Amu-chan. E não foi nada agradável, se quer saber. - Eu engoli em seco. - Vamos até o Royal Garden ver se os outros já chegaram, aí eu conto tudo o que sei.

 

        Eu estendi minha mão para ele, que pegou meio apreensivo. As meninas junto com Kiseki discutiam alguma coisa sobre o ocorrido e eu fiz uma nota mental de perguntar o que seria depois. Mas, naquele momento, eu soube que a ELKA tinha tudo a ver com isso, o que se confirmou quando eu abri o bilhete no papel amassado.

 

“GAME START”

 

¤¤¤

 

    O lugar estava do jeito que eu me lembrava da última vez, com o pôr-do-sol inundando as paredes e fazendo as plantas bem cuidadas parecerem reluzir, o que não combinava com o semblante assustado dos nossos amigos. Estavam ali sentados à mesa Kukai ao lado de uma Utau disfarçada, Rima discutindo com Nagihiko e esse pensando em outra coisa e, finalmente, uma Yaya chorosa e Kairi com a expressão fechada e os punhos cerrados.

 

Eles se levantaram quase derrubando as cadeiras e a antiga Ás deu um gritinho, balançando as madeixas ruivas, agora cacheadas.  

 

- Amu-chi, está tudo bem? Nós não conseguimos sair para te ajudar! - Ela apontou para a porta de onde tínhamos saído.

- Ela estava trancada e nem chutando ela se abria. - Kukai me olhou com a expressão pensativa e eu soube na hora que ele e a namorada sabiam para que Tadase os havia chamado para conversarem. Contudo, eu ainda não havia contado tudo a ele também.

- Olha… acho melhor explicarmos tudo de uma vez. - Comecei a partir do momento em que entrei de verdade para a gangue Kiroshima. - Eu havia dito que já havia conversado com um integrante dela antes, e ele me apresentou os outros integrantes, que como eu já contei para vocês antes, conhecem o Ikuto. Na verdade… os irmãos Kai e Kou são amigos dele desde a infância. - Utau me olhou desconfiada e confirmou.

- Você nunca me disse que os nomes deles eram esses. É verdade, eu os conheço, assim como a Nora, aquela garota de antes. - O pessoal ficou confuso naquele hora com a menção do nome da garota, e eu dei de ombros. Ela não era ninguém importante agora mesmo.

- E eles têm mais a ver com isso do que eu mesma. Eles são filhos do homem que hoje comanda aquela Máfia, e foram profundamente afetados por isso. - Kukai me incentivou a continuar e eu pedi sua permissão para contar sobre o seu irmão, no entanto, ele mesmo me pediu para continuar o relato.

- O que a Amu está querendo dizer é que podemos confiar neles. Eu não concordava com isso antes, mas… - Ele olhava para baixo naquela hora, com o cabelo castanho acobreado caindo sobre a face. - O meu próprio irmão trabalha nisso. Sinto muito não ter contado antes, mas como alguns daqui já sabem, eu soube disso há pouquíssimo tempo.

- Souma-kun, achei importante da sua face compartilhar isso, pois precisamos de pessoas leais agora, ainda mais quando temos uma ameaça direta à nós. - Tadase continuou, se servindo lentamente do chá que alguém havia trazido. Ele ainda estava tenso.

- Que tipo de ameaça, Hotori-san? - Kairi levantou uma sobrancelha e eu e o loiro nos entreolhamos.

 

    Me sentei também e expliquei todo o lance do primeiro bilhete e do “jogo” que supostamente envolvia todos os meus amigos. Utau contou também como havia sido entregue a ela o papel, quase de supetão.

 

- Eu tenho certeza que isso já começou, ainda mais quando eu mesmo fui abordado noite passada. - Tadase-kun voltou a se pronunciar.

 

Flashback On:

 

O loiro caminhava calmamente pela rua, havia acabado de sair do cursinho de língua estrangeira que fazia há algumas semanas. Desde que recebeu a proposta irrecusável da Universidade americana Yale, estava se dedicando muito mais a atividades como essa, para enriquecer o próprio currículo.

 

    Não havia ninguém que o acompanhasse àquela hora, mas já era normal, passava das nove da noite. Só que aí sentiu a presença estranha.

 

- Tadase, Batsu-tamas! - Kiseki se preparou com a exclamação e o rei estranhou.

- Não há ninguém aqui- ouch! - Ele sentiu um chute em suas costas e caiu com tudo no chão. - Quem está aí?!

- Ora, ora, se não é que o engomadinho não tem medo. - A pessoa usava um capuz escondendo o rosto, mas seus olhos estreitos eram perfeitamente visíveis para o outro, que percebeu que o agressor estava desacompanhado e sorriu.

- Acho muita coragem sua me atingir assim, plebeu. - Antes que percebesse, já estava com o cetro na mão e levantava, ignorando a dor fina nas costelas para empurrar a figura, que desviou com dificuldade, mas tentou desferir um murro no rosto do outro, que desviou.

 

Tadase não estava entendendo mesmo o que estava acontecendo, mas não deixou que o outro ganhasse vantagem na “disputa”. Tinha uma vaga sensação de saber o motivo, foi aí que se ligou. Amu…

 

- Oh, acho que percebeu, não é?! - O encapuzado gargalhou como um louco, colocando as mãos para trás, tirando uma arma. - Pois bem! Você contará e-xa-ta-men-te o que eu vou dizer…

- C-contar a quem? - O outro estava no seu limite de paciência e apertou o mais o garoto contra a parede.

- A Hinamori, ou Lane, sejá lá como a chamam! Se ela não seguir as regras do jogo, irá se arrepender muito. E não tentem fugir, sabemos de muita coisa, não irão gostar de desafiar meu mestre.

- Seu mestre? De que diabos você está falando?! - Ele riu, mostrando os dentes brancos.

- Ela saberá do que eu falo. Até breve, king. - A pessoa desapareceu rapidamente depois disso, deixando um garoto sem palavras e extremamente preocupado. O que Amu não o contara? Havia mais alguém atrás dela e ela não disse isso a ninguém?

 

Ainda abalado, saiu meio cambaleante em direção à própria casa, não deixando que seus parentes o vissem naquele estado, com as roupas sujas de água da chuva e sangue dele e da pessoa. Iria resolver aquilo o quanto antes.

 

Flashback Off

 

- Quando isso aconteceu? - Eu me levantei, ainda chocada com o seu relato tão real.

- Ontem à noite, por quê? - Andei de um lado para o outro no espaço limitado e pisei firme no chão, tentando descontar minha frustração.

- Porque ontem aconteceu algo parecido comigo também. No ônibus, pela manhã, um garoto com óculos escuros e uma bolsa cheia de batsu-tamas. Quando ele percebeu que eu havia visto, tentou me segurar no espaço e me impedir de sair de lá. Foi um horror.

- Pelo o que vocês dizem, parece que a pessoa quis reforçar o seu recado à Hinamori-san depois com você, Hotori-san. E pareceu saber mais do que nós achamos, pois essa organização, a ELKA, também sabe quem é a Hoshina-san. - Kairi limpou os óculos enquanto falava. - E isso não é tudo, visto o que acabou de acontecer aqui hoje.

- Ela sabe os meus passos, assim como disse no primeiro bilhete. Com o que mais eu tenho que me preocupar, meu Deus? - Encolhi meus ombros, cansada de lamentar essas coisas, e Rima, que estava em silêncio desde o começo, me abraçou forte, como se dissesse que estava ali sempre que eu precisasse, o que quase bastou para me acalmar. - Vou resolver a primeira parte do problema daqui há duas semanas, pessoal

- O que quer dizer, Amu-chan? - Foi a vez de Nagihiko falar, juntando as sobrancelhas. - Ir até a Rússia?

- Sim, com os garotos. E era sobre isso, realmente, que eu queria conversar com vocês. Preciso que fiquem aqui, cuidando da minha e das suas famílias enquanto estou fora. Vai ser pouco tempo, juro. E além do mais… - Eu mordi o lábio inferior. - Deixa, é só isso.

- Pode contar conosco. Com o que precisar. Estamos aqui. - As garotas apertaram minhas mãos, e eu relaxei, sorrindo pela primeira vez ali.

- Obrigada. A todos vocês. E se precisarmos, marcarei outra reunião antes da partida, explicando tudo detalhadamente.

 

Foi um pouco díficil esquecer o tópico, já que ficaram levemente preocupados com a situação, mas no final deu mais certo e eu fiquei feliz. Aquele momento que se seguiu, de todos juntos com certeza iria ficar na minha memória por muito tempo depois, eu sabia. E era o que eu mais queria naquele momento, meus amigos agindo do jeito de sempre não importando as circunstâncias.

 

¤¤¤

 

Saí de lá já era noite, um pouco antes do resto deles. O dia havia sido muito cheio para mim, e eu estava exausta. Tudo o que eu queria agora era descansar um pouco, o que minhas charas perceberam e conversaram mais baixo. Eu agradeci mentalmente a elas por serem tão compreensivas. Mas eu me lembrei de uma coisa para fazer no dia seguinte e que tomou meus pensamentos por um tempo.

 

   Flashback On:

 

Eu e a Hijirikawa-san continuamos a andar em direção à sala de aula, porém ela me parou antes de entrarmos e eu suei frio. Todo cuidado era pouco perto dela.

- Amu… preciso falar com você sobre um assunto. Você vir tomar chá em minha casa este fim de semana? - Ela parecia mais apreensiva do que eu estava internamente, mas não vi porquê recusar. Eu não tinha nada a esconder mais mesmo.

- Claro, pode me contar qualquer coisa. Somos amigas, não somos? - Ela abriu um pequeno sorriso.

- Somos.

Flashback Off

 

- Meninas, acho que amanhã iremos tomar chá na casa da Hijirikawa-san. - Eu me jogava na minha cama, ainda de uniforme. Elas pularam em cima de mim.

- Você vai contar que ajudou a roubar a casa dela? - Ran perguntou inocentemente e eu corei de vergonha. Não era nada fácil lembrar desses detalhes sórdidos, principalmente quando isso envolvia roubos que eu não gostaria de ter cometido.

 

Felizmente, Dia contornou a situação, sendo apoiada por Suu, que não admitia para si mesma que o que eu havia feito era totalmente errado.

 

- Bem por aí, Ran. Vou contar tudo a ela. Isso se eu não perceber que ela tem algo de culpada nessa história. - Ri sem graça, prendendo meu cabelo num coque e me dirigindo para o banho. - Já chega de arrumar inimigos por nada, vocês não concordam?

    Depois de algum tempo na banheira com sais de banho, Miki me perguntou, cautelosamente. - Você não conseguiu contar a eles que irá embora para os EUA daqui há alguns meses.

 

- Tentarei isso da próxima vez, Miki. Eu prometo. - Ela assentiu e voltou a desenhar qualquer coisa no pequeno caderno, aí eu me lembrei. - Você ainda tem o desenho do homem do ônibus? - Ela procurou nas páginas e o mostrou a mim, me arrepiando só por lembrar de sua expressão. Eu não sentia vida em seus olhos, disso eu tinha certeza. - Guarde isso bem. Algo me diz que iremos precisar dele logo.


Sim, logo logo, refleti comigo mesma.

 


Notas Finais


Dever cumprido, essa semana eu posto o outro. Tentarei atualizar o mais rápido possível, já que estou de recesso outra vez XD! Até a próxima.
Pra quem quiser ler outras fanfics minhas, vai lá no meu perfil!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...