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História Renascer - Especial Renascer: Mudanças (FIM)


Escrita por: SaturnChild

Notas do Autor


E ESSE É FIM!!! DEPOIS DE TANTO TEMPO, E 80 CAPÍTULOS, FINALMENTE ACABOOOOOOOOU!

Antes de tudo, gostaria de agradecer a todo mundo que aguentou todos esses capítulos e manteve-se até aqui, fico muito MUITO feliz mesmo pois foi cansativo até mesmo para mim chegar nesse final kkkkk preciso admitir que agora só escrevo fic pequena, pelo menos por um bom tempo quero me dedicar a apenas fanfics pequenas, porque olha...deu trabalho XD

De qualquer forma, obrigada de coração a todos que chegaram até aqui, mesmo sem comentar eu sei que estavam lendo então, muito obrigada. Queria fazer um agradecimento especial ao @Mysterious91 que esteve comentando sempre que possível, você foi um guerreiro em não só ter lido até o final como também deixado um comentário em todos os capítulos. Amigo você é um amigo!

Também não posso deixar de agradecer ao @LucasSReis que fez a capa e que também é um amigo já tem um bom tempo. Amigo você também é um amigo!

PS: FELIZ ANO NOVO MEUS CHEGADOS!!! Felicidades a você e toda sua família, que tudo de bom venha em dobro para todos nós esse ano, e que o c0r0n@ vá pra casa do baralho!!! (Amém).

É isso, deixemos de enrolação e vamos logo para o que interessa.

BOA LEITURA!!
(Desculpe qualquer erro).

Capítulo 80 - Especial Renascer: Mudanças (FIM)


Fanfic / Fanfiction Renascer - Especial Renascer: Mudanças (FIM)

KIRITO.

Respirei fundo e abri os olhos assim que senti uma borboleta pousar em minha mão, olhei para ela e com cuidado levantei minha mão até que a borboleta branca estivesse na altura da minha visão. Sorri minimamente a vendo voar logo em seguida, mais uma vez eu estava sozinho, dessa vez foi por escolha própria, eu não tinha motivos para continuar num lugar que não me fazia se sentir em casa.

Depois de viver uma vida inteira ao lado das pessoas que amava, ter visto todos envelhecer ao meu redor e consequentemente envelhecer junto, ainda que de forma diferente que os outros, mais lentamente. Ver meus entes queridos se irem um após o outro e ficar por último, eu não podia simplesmente permanecer ali, não quando não era minha casa.

Eu renasci novamente, mas diferente de antes não como filho de Uzumaki Naruto e Hyuuga Hinata, pois nessa vida meu pai não existia. Após todos que conhecíamos e que amávamos morrer, ele decidiu retornar para o templo, renascer como o deus do Tempo que ele era. Então na próxima vida que tivéssemos ele não existiria nela, ninguém o conheceria. A história de Uzumaki Naruto havia chegado ao fim, permanentemente.

Levantei-me de onde estava sentado e segurando o chapéu que usava o levei a cabeça e voltei a caminhar depois de algumas horas descansando. Meu pai e eu continuamos mantendo nossas memórias, por eu ser uma anomalia, eu nunca deixaria de tê-las, eu precisava mantê-las para ajudar meu pai, foi uma decisão que tomamos juntos. Manteríamos o equilíbrio da vida e da morte, do tempo e destino juntos. Então seria assim sempre, eternamente.

Eu estava bem com isso, de qualquer forma nós dois já aceitamos isso então estava bem. A única coisa difícil era ver nossos queridos amigos e familiares seguirem suas vidas sem saber quem somos, o que fomos e fizemos ao lado deles. Mas não era ruim de verdade, só era um sentimento pesado de se carregar.

Eu nasci numa vila longe de Konoha, com outros pais e outra família, visto que eu precisava renascer de alguma forma, meu pai optou por me dar uma nova família, entretanto por mais que ele tivesse feito isso e eu aceitado, não me sentia fazendo parte daquela família, não me sentia em casa. Por conta disso, assim que fiz meus quinze anos eu sai daquela vila e segui meu caminho em direção de Konoha. Eu queria ver de perto todas as mudanças que aquele mundo sofreu com a perda de Naruto e é por isso que estou caminhando por longos dias até Konohagakure.

O mundo de fato mudou drasticamente desde que meu pai deixou de existir nesse mundo. Por ele não existir, Uzumaki Kushina e Namikaze Minato não morreram. Meu avô ainda permanece como o quarto Hokage. Sendo assim o clã Uchiha não deixou de existir, teve algumas controvérsias sim por conta da política de Konoha que com o envolvimento de meu avô isso foi mudando com o tempo. Por isso conseguiram evitar uma revolta por parte dos Uchihas, estão numa posição melhor, inclusive um dos Uchihas é cotado para ser o quinto Hokage.

Mas e Tsunade? Você pergunta. Bem, ela e Shizune continuam suas aventuras pelo mundo, da mesma forma que Jiraya, ele retorna para a vila vez ou outra por Minato e Kushina, mas com menos frequência. Infelizmente algumas coisas acabaram mudando para ruim, como por exemplo os amigos do meu pai não são próximos como antes, são evasivos e muitos deles agem de forma duvidosa, como meu tio Neji, ele ainda odeia com todas as forças a casa principal dos Hyuuga, e isso afetou minha mãe com mais força que antes. Sem meu pai, que foi o combustível que ela precisava para querer ser alguém mais forte, minha mãe não teve a vontade que precisava para ser mais forte e estagnou no mesmo lugar, sendo manipulada pelo meu avô como queria, e sendo rebaixada a apenas uma muleta para que minha tia Hanabi tivesse o destaque que merecia na casa principal. Sasuke, entretanto mudou isso assim que voltou para casa.

Oh! Sim, Sasuke agora é o novo Rikudou Sennin, depois que meu pai deixou de existir, Sasuke teve de aguentar esse fardo sozinho, mas isso era algo que aconteceria de qualquer forma, pois ainda quando meu pai existia e ele ficou preso no passado por conta de suas decisões, Sasuke era o único a quem ele confiava essa tarefa. Por tanto Sasuke ter se tornado o Rikudou Sennin já era provável.

Voltando a falar sobre mudanças no mundo Shinobi. Como meu pai não existe nesse mundo, Sasuke teve de agir como o porta voz de todo mundo e devo dizer que isso gerou uma leve tensão nas nações, afinal um Uchiha, tendo um histórico como o clã possuía, ser nomeado o Rikudou Sennin não surtiu um efeito bom, entretanto Sasuke soube convencer a todos que ele não estava ali em nome dos Uchihas e sim dos Shinobis. Graças ao treinamento que ele teve não só com Indra como também com Ashura, ele aprendeu a compreender melhor o mundo Shinobi e sabia como mudar tudo da melhor forma. Não vou negar que Ashura introduziu pensamentos do meu pai em Sasuke, pois ele sabia que isso era necessário.

Sasuke começou seu treinamento para ser o Rikudou Sennin muito mais cedo que meu pai, e não precisou morrer para isso acontecer, por isso quando Orochimaru invadiu Konoha em busca de sua vingança ele não recebeu a marca da maldição, pois além de não conseguir se aproximar dele, Orochimaru foi impedido por Itachi que descobriu o plano dele e pelos dois Hokages. Sandaime ainda assim morreu durante a batalha contra seu discípulo pelo mesmo motivo de estar preso com ele na barreira de chakra, Minato tentou impedir, mas teve de focar sua atenção nas cobras gigantes que Orochimaru e Suna acabaram invocando no meio da vila. Junto dos Uchiha eles impediram que muitos outros se ferissem e que Sasuke tivesse recebido a marca.

Então Sasuke saiu numa jornada para conhecer o mundo ninja e treinar para se tornar o Rikudou Sennin, mas sem ser influenciado por Orochimaru, retornando alguns anos depois para casa. Ainda assim, o perigo ainda morava ao lado e os acontecimentos que vinha antes da existência do meu pai ainda aconteceram, por tanto Obito e a Akatsuki ainda existiam, assim como Nagato e seu Rin’negan. Jiraya infelizmente acabou morrendo num confronto mortal contra Pain, mas isso ajudou a Konoha se protegerem quando eles vieram atrás de Kurama. Você pergunta quem era o Jinchuuriki? Bem, logicamente que era Uzumaki Kushina, como ela ainda estava viva, ela ainda era a Jinchuuriki da Kyuubi.

Foi uma batalha intensa contra Pain, mas o Yondaime mostrou que era mesmo um gênio, assim como o clã Uchiha que ajudaram, em especial Uchiha Fugaku e Uchiha Itachi. Os três derrotaram com uma incrível inteligência os seis Pain e posteriormente Nagato. Minato conversou com Nagato sobre Jiraya, entretanto não teve o efeito que foi com meu pai, por isso as baixas que houveram em Konoha não mudaram nada. Entretanto não houve perdas grandes, pois a ajuda do clã Uchiha, do Yondaime e Sasuke ajudou bastante nessa.

Após essa batalha intensa, houve um pequeno intervalo de paz até que tudo voltasse a complicar, isso porque a Akatsuki ainda estava em ativa, e infelizmente, ou não, precisavam agir. Sasuke seguiu um concelho dado por Ashura em seus sonhos e contatou todos os cinco Kages, criando uma aliança entre eles para acabarem com a Akatsuki juntos, houve relutância com toda certeza, afinal a tensão entre eles era enorme, ainda mais entre Suna e Konoha, inclusive, Suna não possuía Gaara como o Kazekage, isso porque ele não mudou seu espirito assassino, afinal meu pai não batalhou contra Gaara no passado, e também foi pego pela Akatsuki e morto nas mãos deles.

Konoha ainda tentou ajudar, mas infelizmente a tensão entre Suna e Konoha era muito grande para ter mudado o infeliz destino de Gaara. Sasuke assegurou que iria se responsabilizar por tudo e manteriam todos em segurança, novamente usando pensamentos de Ashura, consequentemente de meu pai, para isso. Por fim a aliança teve de ser criada depois da visita de Obito no meio da reunião. Danzou inclusive foi descoberto usando um jutsu proibido para causar um golpe militar em Konoha e acabou sendo preso, e isolado, ele não teve outra alternativa afinal ele não possuía mais os Sharingans como espólios de guerra.

Inclusive foi Uchiha Shisui quem fez isso acontecer, descobrindo os planos dele e impedindo tudo, isso porque foi o próprio Hokage quem pediu para Shisui o fazer, graças a isso Danzou teve sua sentença decretada e impedido de manter-se como líder da Anbu raiz. Por conta disso o próprio Shisui se tornou líder da Anbu com maioria de voto. Depois que a aliança foi formada tudo foi se movendo para uma grande guerra, que resultou em baixas enormes, mas ainda assim com a vitória da Aliança Shinobi, tendo com eles todos os clãs mais poderosos do lado dele, era impossível, mesmo tendo Madara ao lado contrário. Sasuke selou Juubi, com a ajuda da aliança shinobi que emprestou o chakra necessário para ele, e com isso deu fim à toda aquela guerra.

E Kazuki? Bem, ele foi para Konoha por vontade própria, depois de saber que ele nascera aqui e que seus pais também eram de Konoha. Ele foi aceito por Minato como um shinobi de Konoha, ficando bem próximo de Kushina e de Minato, de alguma forma viam nele um potencial incrível e foi por isso que ele permaneceu ali. Sakura e Sasuke se casaram, e minha mãe se casou com um Hyuuga qualquer. Karin foi encontrada por shinobis de Konoha e acabou sendo levada para a vila sob custódia, isso porque ela estava num dos esconderijos de Orochimaru, então era questão de tempo até que a encontrassem. Assim foi com Juugo e Suigetsu, Juugo foi o mais difícil de se controlar, mas graças a Sasuke que o manteve por perto nada de ruim aconteceu.

Karin foi acolhida por Kushina, visto que ela era a única Uzumaki que ainda restava. No início as duas não conseguiam se entender, entretanto acabaram se tornando amigas daquela forma. Ela se casou com Suigetsu depois que Sasuke se casou com Sakura. Elas se tornaram amigas depois disso, inclusive. Kazuki-sensei por incrível que pareça se apaixonou novamente por Shiina-sensei e isso me deixou surpreso, pois mesmo com tanta interferência e mudança no destino eles acabaram juntos.

Quanto aos Bijuus, todos eles foram libertos como antigamente e estão vivos e livres, inclusive Kyuubi. Minha avó era a única pessoa capaz de ter o Bijuu extraído sem tecnicamente morrer por isso, então quando todos decidiram deixar livres os Bijuus, Kushina libertou Kurama também, que vive livre numa floresta próximo de um vulcão.

Parei em frente do portão da vila e olhei para o símbolo pintado na madeira, sorri um pouco mais e entrei. Depois da guerra Minato passou o chapéu de Hokage para Uchiha Shisui em seguida, visto que ele era de longe o mais cotado para o cargo. Depois dele Kakashi foi o sexto, aliás.

Eu olhava para a imagem das pessoas indo e vindo pelas ruas de chão batido, sorridentes e em paz, reconheci rostos que um dia estiveram olhando para mim, que estiveram falando comigo, que pude chamar de amigos e sabendo que eles, hoje, não me reconheceriam. Sorri aliviado por vê-los bem, vivos, felizes e em paz, principalmente em paz.

Desviei meus olhos para uma certa moça, seus cabelos negros e olhos escuros poderosos focados no caminho que fazia até a entrada da vila, parando volte e meia para cumprimentar alguém, sorri novamente e respirei fundo. Senti vontade de ir até lá, cumprimenta-la, saber como todos estavam, entretanto não podia, para manter o equilíbrio do universo e a paz daqueles que eu conhecia e que se importava precisava me manter longe, prometi que o faria.

Por tanto antes que eu acabasse chamando a atenção me virei de costas e segui para longe da garota que um dia chamei de melhor amiga. Toquei no cachecol azul escuro e escondi minha boca e nariz com ele antes de saltar para uma rua deserta, ajeitei o chapéu de palha para cobrir meu rosto e continuei caminhando em silêncio novamente pela estrada de chão. Minhas mãos estavam nos bolsos e meus olhos passeavam por cada pequeno canto daquela vila, gravando cada mudança e recolhendo uma memória ou outra que despertava ao ver alguma coisa que permanecia igual mesmo depois de tanto tempo.

Parei erguendo os olhos quando notei a silhueta passar ao meu lado, me virei levemente, olhando para o rapaz que passou por mim, reconhecendo-o rapidamente, sorri da mesma forma nostálgica que sorri para Ayza-chan e constatei que todos eles haviam ficado bem fortes, voltei para meu caminho quando o outro virou na esquina e enquanto voltava a caminhar retirei de meu estojo de Kunais a minha favorita. Girei a Kunai de lâmina dupla nos dedos e parei olhando para o talismã de boa sorte entalhado no cabo da Kunai, sorri girando-a mais uma vez antes de guardá-la novamente. Eu possuía esses presentes por ter quebrado uma pequena regra do tempo para busca-los na vida passada, meu pai reclamou bastante por isso, mas logo entendeu que eram objetos muito importantes para mim, então deixou passar.

Segui mais adiante parando brevemente quando notei uma pequena borboleta voar de uma flor para o céu, suas asas brancas batendo desengonçadas por conta do vento que atrapalhava seu voo e senti meu corpo, que ao menos sabia estarem tensos, relaxar mais enquanto sorria aliviado, de alguma forma aquela pequena borboleta branca sempre me deixava ainda mais em paz do que qualquer outra coisa, mas isso poderia ser pelas memórias que possuía guardadas com carinho por tantas vidas passadas. Ela sempre representaria minha vontade de ser livre.

Quando a perdi de vista segui meu caminho até parar numa árvore, detendo-me atrás dela e olhando para uma casa de dois andares, reconhecendo cada detalhe dela, como se não fizesse uma vida que estive longe dali. Segui para a frente da casa olhando para o jardim bem cuidado, os detalhes das cores dela, a pequena varanda e a porta de entrada. Olhei para a direção que levava para a parte dos fundos, a qual me lembrava de ver da janela logo acima meu pai sempre sentado e meditando por lá, sorri de lado e baixei o chapéu novamente me escondendo na parede do muro de concreto que rodeava a casa quando a porta da frente se abriu.

— Vamos logo Kaa-chan!! – A voz infantil exclamou e correu para o portão a abrindo. Caminhei para a esquina da casa e olhei na direção do garoto. Seus cabelos tão escuros quanto os da mulher que se aproximava com um sorriso no rosto, e olhos perolados, idêntico aos dela que tocava nos cabelos do garotinho.

— Acalme-se querido, eles não irão começar sem nós dois. – Disse ela com um sorriso carinhoso e gentil enquanto seguia com o outro para o lado oposto da que eu estava. Observei as costas da minha mãe e me recostei no muro quando a mesma olhou para trás brevemente, sentindo os olhos de alguém sobre si.

— Algum problema, Kaa-chan? – O garoto perguntou quando notou que a mãe havia parado de caminhar, Hinata voltou-se para o filho e sorriu negando.

— Não mesmo. Vamos? – Perguntou voltando a caminhar ao lado do mais novo. Voltei a olhar para ela e acabei sentindo uma imensa vontade de abraça-la, sentir o calor que eu tanto me lembrava e sentia falta. Mesmo não querendo admitir, meu corpo, coração e alma ansiavam poder receber o carinho que somente aquela mulher soube me dar desde os primeiros segundos em que passei a existir naquele mundo.

Mas eu não podia se aproximar, havia prometido que não o faria, por tanto decidi me afastar daquele lugar antes que deixasse meu coração falar mais alto e acabasse fazendo alguma bobeira. Segui por aquela estrada, mas por pouco tempo, pois quando olhei para o topo de um prédio e notei a presença dele, seus olhos tão escuros quanto os de Ayza encaravam-me desconfiados, sorri suavemente e antes que ele pudesse exigir qualquer resposta minha fiz meu corpo se desmanchar em sombras e desaparecer dali.

O vi franzir o cenho saltando do prédio e olhando para os lados, tentando de alguma forma localizar a minha presença. Sorri encarando tio Sasuke de dentro do meu espaço-tempo nas sombras. Sabia que ele não poderia ou iria sentir minha presença naquele lugar, que basicamente era como estar dentro de um mundo só meu, eu podia enxergar o mundo real, mas o mundo real não podia me enxergar, assim como não podiam tocar nas sombras, mas ela sempre estava ali.

— Você continua incrível...tio Sasuke. – Murmurei e me virei para se afastar dali. Ficar aqui era perigoso, tentas pessoas e sentimentos misturando-se, mas era mais forte que eu podia conter. Eu me sentia em casa estando ali, ainda que eu não pudesse deixar ninguém saber sobre mim, eu ainda queria, ainda ansiava estar ali.

Parei olhando surpreso para uma pessoa, reconhecendo-a tão rápido quanto os outros. Me aproximei dela quase automaticamente, me detendo brevemente quando ela se virou para mim, não explicitamente para mim pois eu ainda estava dentro do meu espaço-tempo, mas ainda assim de frente para mim. Arfei levemente e pisquei algumas vezes para voltar ao normal. Não esperava encontra-la aqui, nessa vida, ou se quer nessa vila.

— Mirai-chan!! – Nós dois desviamos a atenção para o lado assim que ouvimos o chamado de Kushina, ela vinha sorridente em sua direção, Mirai retribuiu o sorriso e acenou de volta.

— Kushina-san! – Anunciou ela me fazendo voltar a observa-la. Mirai nessa vida parecia realmente feliz, ela não tinha ou aparentava ter um peso que anteriormente possuía por conta de sua responsabilidade como deusa do tempo. Ela parecia uma Kunoichi normal.

— Que bom que já voltou de sua missão! Fico feliz, estou pensando em fazer um jantar maravilhoso hoje para comemorarmos sua posse como uma das líderes da Anbu! – Exclamou ela segurando as mãos de Mirai que corou levemente.

— Mas isso não é necessário, Kushina-san... – Murmurou e minha avó desdenhou.

— Ora, não fique com vergonha Mirai-chan! E é claro que é importante, dattebane! Todas as conquistas de uma filha são importantes para seus pais, ainda mais grandes como essa! – Disse ela levando as mãos até a cintura e piscando com um sorriso grande para a mulher à frente. Mirai riu levemente e confirmou.

— Tudo bem, tudo bem. A Kushina-san pode fazer o jantar, eu irei adorar. – Disse ela desistindo de ir contra a outra, ela sabia que minha avó era muito teimosa.

— ÓTIMO! Venha, vamos comigo comprar tudo o que vamos precisar para hoje, ttebane! – Rindo ela agarrou o braço de Mirai e ambas caminharam até o mercado da vila. Acabei rindo levemente e ficando realmente feliz por isso. Baixei meus olhos para sua mão quando notei um brilho e logo notei a aliança em seu dedo o que me fez voltar a ficar surpreso, isso poderia ser...

Voltei meus olhos para algum ponto e concentrei meu poder para encontrar alguém especifico, assim que encontrei eu saltei para lá e acabo soltando uma exclamação de surpresa, levando minha mão a boca em seguida.

— Então eles se casaram mesmo..., bem como deveri...! Será que meu pai fez alguma coisa de propósito, apenas para que ela tivesse um final feliz? – Me perguntei observando Itachi-san não somente com a mesma aliança no dedo como com uma criança no colo, uma garotinha muito parecida com Itachi, mas tendo o sorriso doce de Mirai. Suspirei negando e acabando por rir novamente, não era nenhuma surpresa se ele acabasse fazendo uma mudança ali e outra aqui no tempo. – Só espero que você esteja bem. Segurar o tempo já é muito difícil, modifica-lo então...não deve ter sido muito legal.

Me agachei próximo da pequena e a observei brincando com os dedos do pai, enquanto Itachi sorria e respondia as palavras enroladas da pequena, numa conversa entre pai e filha, que só eles entendiam. Me levantei e me afastei em seguida, ainda que eu estivesse feliz por todos eles, o sentimento que pesou em meu coração foi realmente pesado. Saltei para o topo do monte Hokage e olhei para a imensidão que Konoha havia se tornado com os tempos de paz. Acabando por deixar algumas lagrimas correrem livremente por meu rosto, saí do meu espaço-tempo e me sentei na estátua de Kakashi-sensei ficando ali por algum tempo.

O mundo estava em paz, a vida de todos estavam em paz, todos eles estavam vivos e felizes, e era apenas isso que nos importava, a mim e a meu pai, por isso aguentaríamos. Não importa qual decisão tomarmos ela sempre virá com uma consequência, seja boa ou ruim. Nós somos os únicos capazes de aguentar esse fardo, não importa quantas vezes renascermos, esse é nosso único propósito de existirmos.

— Certo, pai? – Perguntei olhando para o céu, sentindo um vento soprar meu rosto e levar as lagrimas que ainda corriam por meu rosto para longe. Sorri e confirmei baixando os olhos. – Sim, é isso mesmo. – Suspirei e levantei meus olhos, permanecendo ali por mais um tempo, esperando que o sol finalmente fosse dormir e a escuridão da noite acordasse e mais um dia chegasse ao fim naquele eterno mundo de sombras.


Notas Finais


Abraço Da Uzuu Neko-chan :3

Espero que possam ter gostado e espero nos vermos em uma nova aventura no futuro!!


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