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História Renascido nas trevas. - A morte é só o começo.


Escrita por: lucasdarcry

Notas do Autor


Bem, mais uma fic.

Queria esperar mais um pouco, mas ela está aí... Resolvi postar para não perder a idéia, boa leitura.

Capítulo 1 - A morte é só o começo.


Mais uma vez ele estava ali, mais uma vez havia sido atacado por razões a qual o pequeno loiro não fazia ideia, mas dessa vez eles haviam exagerado. Ele sempre acabava no hospital depois desses ataques, mas das outras vezes sempre aparecia alguém para lhe ajudar na última hora… só que dessa vez foi diferente.


Dessa vez ninguém mais havia lhe ajudado como havia sido o pior ataque que já sofreu, seu corpo estava cheio de ferimentos e ossos quebrados, o pequeno loiro já havia perdido muito sangue. Mas esse não era o maior de seus problemas.


Em um ato de pura crueldade, um dos seus carrascos haviam furado seus olhos com uma kunai banhada de chakra do elemento katon. Eles não queriam que o loiro morresse logo, mas sim que sofresse para morrer da forma mais lenta e dolorosa possível.


Aquele era seu fim, mas o loiro não estava triste ou desesperado com aquilo, ele estava em paz… sua morte traria fim a seu sofrimento, toda a dor que sentia finalmente iria acabar… só assim ele poderia viver em paz.


Seu único arrependimento era não ter descoberto quem eram seus pais ou a razão pela qual todos naquela vila o odiavam, mas isso não importava mais… finalmente tudo estava tendo um fim.


Era engraçado como as coisas funcionavam, a única coisa que ele recebia por querer um pouco de carinho e atenção foi desprezou… enquanto aqueles que lhe faziam mal sempre eram vistos como heróis entre os moradores. 


Chegava a ser loucura ver como eles eram tratados por todos, haviam até mesmo aqueles que atacavam o pequeno loiro apenas para ter uma dívida perdoada ou conseguir algum trabalho de confiança daqueles que o odiavam.


"Simplesmente patético…" Ecoou uma voz na mente do pequeno loiro.


Mesmo com dificuldade, a pobre criança fez um esforço para se sentar… sabia bem o que iria acontecer se não fosse socorrido a tempo. E mesmo que fosse salvo aquilo voltaria a se repetir, sem dúvidas morrer era a melhor opção.


"Vai mesmo morrer assim?" Mais uma vez aquela estranha e sombria voz ecoou em sua mente.


Aquela voz… não era a primeira vez que o pequeno loiro a ouvia, mas nas outras vezes ele a escutava apenas em seus sonhos, o que fez com que ele pensasse que aquilo não passasse de sua imaginação. Mas pelo o que ele podia ver, não era apenas um sonho.


"Apenas venha até mim… está na hora de você saber de tudo." Disse a voz na mente do pequeno loiro.


Em instantes ele se viu em frente a uma imensa cela, ele sabia que aquilo não era um sonho, mas ao mesmo tempo não tinha certeza se tudo aquilo era real. Era difícil saber disso em seu estado atual, seus ferimentos não estavam mais ali, mas a dor sim.


— Devo estar tendo alucinações… eu perdi muito sangue. — disse o loiro para si mesmo.


— Estamos em sua mente pirralho… deu bastante trabalho lhe trazer até aqui. — explicou a voz chamando a atenção do loiro.


Dois enormes olhos vermelhos brilharam dentro da escuridão que enchia aquela enorme cela, olhos que passavam uma enorme sede de sangue. Foi impossível para o loiro não ficar paralisado diante daqueles olhos.


— Chegue mais perto, temos muito o que conversar. — pediu a enorme criatura.


Sem medo, o pequeno loiro se aproximou da cela, se perguntava o que era aquilo e como estava em sua mente. Muitas dúvidas surgiram em sua cabeça, mas não havia tempo para perguntar tudo… Teria que ser direto e saber melhor o que está acontecendo.


Ao se aproximar, o pequeno loiro pôde ver melhor a enorme raposa que estava presa na sua cela. Bem, agora tudo fazia sentido para o pequeno loiro, quando estavam lhe atacando sempre era chamado de demônio ou garoto raposa… ele iria morrer, mas só menos uma de suas dúvidas tinha sido respondida.


— A terrível Kyuubi está presa em mim, isso explica muita coisa. — disse o loiro forçando um sorriso.


— Você é bastante inteligente para sua idade, me arrisco a dizer que nunca tive um Jinchuuriki tão inteligente. — disse a Bijuu com um sorriso seco. — Mesmo assim não estou surpreso, afinal você é o segundo melhor aluno da academia, atrás apenas do herdeiro do clã Uchiha.


— Isso não importa, estou prestes a morrer… — disse o loiro suspirando. — A não ser que tenha alguma ideia em mente.


— Eu poderia tentar convencê-lo a abrir o selo e me libertar, mas isso te mataria e acabaria me matando no processo… seu corpo está fraco demais e nem mesmo sua linhagem Uzumaki e meu poder de cura estão dando conta do recado. — explicou a Kyuubi. — Mesmo que pequena, existe uma chance de você sobreviver… mas esse ataque vai deixar sequelas.


— Eu sei… ao menos tudo acaba hoje. — disse o loiro olhando para cima.


— A propósito, meu nome é Kurama, já que existe uma grande chance de morrermos aqui não há porque esconder meu nome. — disse a Bijuu. — Me permita contar como vim parar aqui… está na hora de você saber toda a verdade…


— Não sei se isso fará diferença, mas é bom saber mais sobre mim. — respondeu o loiro.


— Paciência Naruto… apenas tenha paciência. Tudo começou há sete anos atrás, quando a esposa do Yondaime Hokage estava prestes a dar a luz a seus dois filhos… nunca um nascimento foi tão aguardado. — começou a contar a Kyuubi.


O loiro estranhou aquela informação, até onde ele sabia, o yondaime Hokage não tinha filhos, só menos era o que ele sabia… mas pelo visto havia muita coisa que ele não sabia. Só se perguntava o que aquilo tinha haver com ele.


— Antes que pergunte, a esposa do yondaime era minha antiga Jinchuuriki.... Mas isso sempre foi ocultado da população, a forma como você é tratado explica bem o porquê. — disse a Bijuu.


— Ainda não consegui ver onde a história dela tem comigo. — disse o loiro sem entender.


— Paciência garoto… eu vou chegar lá. — disse Kurama. — Mesmo em um momento de grande felicidade, havia muita tensão… o selo ficaria bastante fraco durante o parto, seria o momento perfeito para escapar, mas o Hokage não é considerado o gênio de sua geração a toa… ele ao lado do antigo Hokage se prepararam para agir caso fosse necessário.


— Pelo o que contam na academia… ele morreu durante o seu ataque sete anos atrás. — comentou Naruto.


— Essa informação está correta, mas isso não é tudo o que aconteceu naquele dia. — disse Kurama. — O dia do parto finalmente chegou, tudo estava indo perfeitamente bem, o local foi escolhido a dedo, bem afastado da vila e apenas aqueles que estavam presentes sabiam sua localização… ao menos era o que todos acreditavam.


— O que aconteceu? — perguntou o loiro.


— Um dos bebês nasceu com complicações por estar com o cordão umbilical enrolado em seu pescoço… esse incidente foi o suficiente para todos presentes se desesperarem. Esse momento foi o suficiente para permitir que um indivíduo mascarado invadisse o local, ele alegava ser Uchiha Madara… mas eu vi e fui usado como arma pelo próprio quando o mesmo tentou derrotar Senju Hashirama pelo título de Hokage da recém fundada Konoha. — disse o Bijuu encarando o loiro. — De fato o homem que invadiu aquele lugar era um Uchiha… mas posso afirmar com toda certeza de que ele não era Madara.


— Creio que para bater de frente com o Hokage e seus homens de confiança ele não deve ser qualquer um.  — observou Naruto.


— Isso é verdade, um mero qualquer não faria o que ele fez… e muito menos não teria conseguido me controlar, mesmo que por breves instantes… — concordou Kurama. — Porém mesmo sendo bastante habilidoso ele não foi capaz de fazer frente a dois ninjas nível Kage, mas ele se aproveitou da brecha que um dos anbus que estavam de guarda, ele pegou um dos filhos do atual Hokage e o usou como refém e distração para conseguir capturar Kushina que ainda estava bastante debilitada.


Seja quem fosse o homem mascarado, ele não era apenas um ninja habilidoso, mas também alguém com bastante frieza… usar uma criança recém nascida como refém sem dúvidas exige uma frieza que poucos devem possuir. Mas isso era apenas a visão de Naruto sobre tal acontecimento, ele não duvidava que haviam pessoas capazes de atrocidades muito piores pelo mundo.


Mas o loiro ainda se perguntava o que toda aquela história tem haver com ele, a única ligação entre ele e aquela história era o fato da Kyuubi estar selada nele, o que explicava o motivo dele ser odiado por todos sem ter feito nada.


— Ele retirou a Kyuubi da esposa do atual Hokage e tentou fugir, mas ele foi encontrado pelo yondaime que não apenas resgatou Kushina que sobreviveu a extração graças a sua linhagem Uzumaki. — continuou Kurama. — Houve uma batalha intensa, e por mais habilidoso que o mascarado fosse, ele não estava à altura do maior gênio que Konoha já viu.


As palavras da Bijuu chamaram a atenção do loiro, ele lembrava perfeitamente de que nem mesmo sua linhagem Uzumaki o ajudaria a sobreviver caso ele retirasse o selo… talvez aquilo fosse mostrar onde ele entrava em toda aquela história.


— Vejo que já percebeu que a história já está indo para o ponto que lhe interessa. — disse a enorme raposa com um sorriso. — Vendo que seria derrotado, o mascarado me libertou no meio da aldeia… como estava confuso com tudo o que aconteceu, comecei a destruir tudo. O atual Hokage não teve outra escolha a não ser deixar o mascarado fugir e ir me enfrentar.


— Bom, esse é o dever dele certo? — perguntou Naruto sorrindo. — Mas o que aconteceu depois?


— Ele conseguiu me atrair para fora da aldeia… mesmo ele sendo forte, ele não iria conseguir me vencer. Até hoje os únicos humanos capazes de bater de frente com uma Bijuu foram o shodaime Hokage e o sandaime Raikage, ninjas tão poderosos que nem mesmo exércitos inteiros podiam dete-los. — respondeu Kurama. — Vendo que ele não seria capaz de vencer, ele decidiu me selar outra vez… porém Kushina estava fraca demais para servir como receptáculo, ela não sobreviveria ao processo… foi então que o antigo Hokage teve um plano.


Bem, chegou a hora, Naruto finalmente iria saber qual sua ligação com aquela história e saber de onde ele era ou quem eram seus pais. Por mais que ele acabasse morrendo, poderia morrer em paz, ele finalmente iria saber a verdade.


— O plano original do Yondaime Hokage era usar o selo do cefeiro da morte para me selar em um dos seus filhos, mas isso custaria sua vida. — disse Kurama. — Porém o antigo Hokage teve a seguinte ideia, uma das crianças estava prestes a morrer, ele iria usar essa criança para selar meu espírito e meu chakra yang enquanto meu chakra yin seria selado em sua outra filha que estava completamente saudável… assim eu iria morrer junto com a criança fraca enquanto meu poder ainda iria continuar com Konoha…


Naruto estava sem reação, era por isso que todos o odiavam… mas o pior de tudo era que agora ele sabia quem eram seus pais e os mesmos mesmo sendo capazes não apenas não faziam nada como o abandonaram sem pensar duas vezes.


— E assim o Sadaime fez o que queria, porém no momento que eu fui selada em você meu chakra curou todos seus problemas de saúde. Seus pais pensaram que eu havia dominado seu corpo, mas sem provas eles não poderiam fazer nada. — explicou Kurama. — Então a esposa de Kurama cuidou dos dois até os dois anos de idade… lógico que eles davam mais atenção para a adorável Minami, após isso Kushina entregou a sua filha querida para seus padrinhos, Jiraya e Tsunade foram encarregados de cuidar dela para que a mesma fosse capaz de aprender a controlar seu poder. Após isso, Kushina não pensou duas vezes em lhe deixar em um orfanato.


— Então é isso… — disse o loiro dando uma risada nervosa. — Tudo o que eu passei, tudo isso foi apenas por causa da ignorância das pessoas que me condenaram ao inferno.


Kurama apenas suspirou, sabia que aquela reação era mais do que natural, mesmo assim não havia mais muito o que fazer. Seu poder não estava dando conta de tantos ferimentos, a única coisa que ele poderia fazer era esperar.


— Isso não importa, o que fará a seguir? — perguntou a Bijuu.


— Eu não quero vingança… mas se nós conseguirmos sobreviver, farei todos se arrependerem. — disse o loiro firme. — Todos irão ficar debaixo dos meus pés.


Porém uma movimentação fora do corpo de Naruto chamou a atenção da enorme raposa, ele não imaginava que outros dessa espécie ainda estivessem andando por aí. O último deles que a Kitsune viu foi quando estava selada no corpo de Miko


— Interessante… muito interessante… — disse a enorme raposa sorrindo.


— Do que está falando? — perguntou Naruto sem entender. 


Naruto começou a sentir seu corpo queimar, uma dor insuportável começou a tomar conta de cada osso do seu corpo. O loiro estava tentando entender o que estava acontecendo, era como se seu corpo estivesse se quebrando em milhares de pedaços e se colando apenas para tudo começar outra vez.



— O que é isso? — perguntou o loiro com dificuldade.


— Fique calmo garoto, parece que não vamos morrrer hoje… ao menos não por enquanto, tudo vai depender dessa noite. — respondeu Kurama. 



[...]



Mais um dia estava se encerrando na vida de uma enfermeira em Konoha, seu tempo ali estava acabando… ela sabia que só tinha no máximo mais cinco anos naquele lugar antes que ela começasse a chamar a atenção. E isso não era nada comparado aos incontáveis séculos que ela ainda tinha pela frente


Havia entrado no hospital de Konoha há mais de vinte anos, era o lugar perfeito para conseguir tudo o que precisava. Mas lógico que nada era melhor do que a emoção da caçada, mas diferente dos demais predadores, eram suas presas que vinham até ela.


Seus seios fartos e pernas grossas eram bastante valorizados pelo uniforme que ficava um pouco curto, isso sem contar sua bunda grande empinada, seu quadril largo e sua cintura fina combinada com uma bela pele negra como a noite, tão macia que chegava a brilhar com a luz naquele lugar.


Por mais que a comida fácil do hospital fosse ótima, nada era melhor do que comida fresca. O que levava a enfermeira até aquele momento, seus amigos estavam o esperando do lado de fora… tudo estava devidamente preparado.


Seu alvo? Um bêbado que estava se vangloriando de ter matado o demônio da vila, a enfermeira sabia bem de quem ele estava falando, havia cuidado do garoto algumas vezes e de certa forma não entendia o porque ele era tratado daquela forma. Mas isso não importava, saber que ele era que atacava uma criança inocente era mais do que o suficiente.


— Eu finalmente livrei Konoha daquele monstro, depois disso o Hokage vai implorar para me ter de volta e minha esposa vai rastejar para ficar comigo outra vez. — disse o homem completamente bêbado.


Completamente embriagado, sem emprego e sem família, para a mulher não tinha como ter encontrado um alvo melhor… tudo o que ela precisava fazer era atrair ele para o local de abate, e isso não seria um problema para ela.


De forma bastante provocante, a enfermeira apenas virou seu corpo para olhar melhor o homem… ele não era grande coisa, o cheiro de bebida era forte e claramente ele não era adepto dos meios convencionais de higiene. Ele não serviria para satisfazer seus outros desejos, mas ao menos ele seria comida suficiente para ela e seus companheiros.


De forma lenta e bastante sugestiva ela cruzou as pernas enquanto apreciava seu saquê. Como ela esperava seu gesto convidativo, chamou a atenção de seu alvo que não pensou duas vezes em se aproximar.


— Boa noite, posso me juntar a você? — perguntou o homem tentando agir de forma sedutora.


Era em momentos como aquele que ela odiava seus sentidos apurados, o cheiro daquele homem lhe dava ânsia de vômito, mas na situação atual ela não estava podendo escolher seus alvos. Qualquer gesto ou atitude mais extravagante poderia acabar chamando a atenção das autoridades locais, o que a obrigaria a se mudar antes do previsto.


— Nada melhor do que uma boa companhia depois de um longo dia de trabalho. — respondeu a enfermeira sorrindo.


— E o que uma beldade como você faz aqui sozinha? — perguntou o homem se sentando. 


— Sabe como é? Não tenho muitos amigos e a maioria deles está de plantão hoje… mesmo assim eu preciso relaxar um pouco. — respondeu a mulher sorrindo.


— Te garanto que posso te dar toa a diversão que procura, sem contar que vou te deixar bem relaxada. — disse o homem com um sorriso safado no rosto.


A enfermeira teve que segurar a vontade de rir, se até mesmo entre os dela haviam poucos capazes de lhe satisfazer daquela forma, imagina entre os mortais. Isso sem contar que aquele cara não deveria ser grande coisa mesmo entre os humanos que não eram grande coisas.


— E de que forma você pode me fazer relaxar? — perguntou a mulher se fazendo de desentendida.


— Você sabe… posso realizar seus maiores desejos. — disse o homem sorrindo de forma confiante.


Bom, nisso ela tinha que concordar… ele poderia ajudá-la a satisfazer seus maiores desejos naquele momento. E ele iria ajudá-la… ele mataria sua fome para depois ela ter o prazer de cortar sua garganta e esmagaria sua cabeça, depois disso ela jogaria seu corpo em um bueiro e deixaria os ratos se livrar do resto.


— Então porque não me mostra? — disse a enfermeira se levantando.


A enfermeira apenas começou a caminhar em direção a saída bem lentamente, movimentando seu quadril de forma bastante sensual. Ela podia sentir não apenas o olhar de sua presa como também sentia o olhar de vários homens direcionados a seu traseiro formoso.


E para aplicar o golpe final, ela apenas olhou para trás com um sorriso safado no rosto enquanto chamava sua presa com o dedo indicador.


E como ela esperava, o pobre coitado não pensou duas vezes em ir atrás dela sem fazer a menor ideia do que lhe aguardava, mas infelizmente isso era uma escolha dele.


Ela saiu do bar sendo seguida por sua presa, a noite estava escura e as ruas já estavam desertas, até mesmo os ninjas que cuidavam da segurança da aldeia não estavam mais circulando naquela área. Tudo estava ao seu favor


— Sua casa é longe daqui boneca? Infelizmente eu moro fora dos limites da aldeia. — disse o homem passando seu braço em volta dos sombrios da mulher.


— Não se preocupe, tem um lugar ótimo aqui perto… não é confortável, mas teremos privacidade. — disse a mulher sorrindo. 


— Você pensou em tudo não é cadela? — perguntou o homem de forma maliciosa.



Sim, até porque ele não era o primeiro que a enfermeira levava até aquele lugar, ali ela poderia comer, brincar com suas vítimas e se livrar das evidências sem deixar rastros. E hoje aquele lugar seria seu parque de diversões, e aquele homem seria seu brinquedo.


Não demoraram muito para chegar até um beco escuro, ele ficava na parte de trás de dois prédios e não tinha saída, ninguém ia ali, o que tornou o lugar perfeito para virar seu matadouro. Seus amigos já estavam lá, apenas escondidos esperando a hora de agir.


— Não sabia esse lugar existia. — comentou o homem.


— Sim, quase ninguém vem aqui… é perfeito não é? — perguntou a enfermeira.


— Sim é perfeito, agora que tal começar a brincadeira… só vou avisando que não gosto de carinho ou gentileza. — disse o homem se preparando para abaixar suas calças.



— Que coincidência, eu também adoro ser bruta. — disse a enfermeira sorrindo.


Antes que o homem pudesse dizer ou fazer algo, a enfermeira atingiu uma forte cotovelada em seu rosto. Apesar do golpe ter sido simples, foi forte o suficiente para quebrar o maxilar do homem, assim sua boca estaria travada e não teria como gritar… por mais que ninguém fosse ali, todo cuidado era pouco.


— Vamos  brincar querido, você gosta de forma ríspida e bruta certo? — perguntou a enfermeira de forma fria.


Sem cerimônia ela chutou o joelho do homem fazendo o mesmo gemer de dor, após isso ela apenas chutou a lateral do outro joelho fazendo a perna do homem quebrar.


— Oh machucou? Deixa eu te ajudar a levantar. — disse a enfermeira agarrando o homem pelo pescoço.


Sem nenhuma piedade, a mulher jogou o pobre coitado com violência na parede. O mesmo apenas caiu gemendo de dor e tentou fugir se arrastando, porém a mulher apenas pisou com força na perna quebrada e amassou com força fazendo o homem se contorcer de dor.


— Kayena, pensei que sua mãe havia lhe ensinado a não brincar com a comida. — disse uma voz vinda das sombras.


— Deixe ela se divertir maninha, nem todas lidam bem com a rejeição. — disse outra voz em meio às sombras.


Duas figurinhas saíram da parte mais escura do beco, havia sido uma tarefa difícil mas depois de quase três meses finalmente eles iriam ter comida fresca, não aquela coisa sem vida que sua amiga trazia do hospital.


— Pensei que não de juntariam a refeição, digamos que nosso amigo aqui merece esse tratamento especial. — disse a enfermeira colocando mais força em sua perna. — Refeição, conheça meus companheiros de viagem Gunnar e Freya, eles vem de uma terra bem distante… estamos juntos a alguns séculos, e apesar de serem esquisitos estamos andando juntos há quase dois milênios.


Gunnar era alto, possuía a pele branca como a neve e olhos verdes como duas belas esmeraldas. Assim como Kayena, ele também fazia uso de sua aparência para atrair suas presas até seu matadouro, mas hoje era vez de sua amiga trabalhar.


Freya era de estatura mediana, suas curvas não eram tão volumosas como a de sua amiga, mas seu traseiro grande e firme combinados com suas coxas grossas bem trabalhadas garantiam que seus alvos fossem até aquele lugar.


— Não é hora pra brincadeira, estou cansado desse sangue gelado que vove rouba do hospital. — disse Gunnar animado. 


— Concordo com ele, não há nada melhor do que comida fresca.



A enfermeira sabia que seus amigos estavam certos, isso sem contar que se batesse demais nele poderia deixá-lo cheio de hemorragia e coágulos, isso deixava o gosto do sangue horrível 


Não querendo perder tempo, Kayena apenas pegou o homem pela nuca e o levantou, o mesmo já estava praticamente sem forças para reagir, o que deixou seu momento de diversão sem graça.


— Fiquem com os pulsos, eu mesmo quero rasgar a garganta dele. — pediu a enfermeira.


— Tanto faz. — respondeu a albina agarrando o braço direito do homem.


Sem cerimônia, a enfermeira abriu sua boca e cravou suas presas no pescoço do homem enquanto os gêmeos se concentravam nos pulsos. O homem estava tão fraco depois dos ataques que nem sequer conseguiu se mexer.


Depois de terminar a refeição, Kayena apenas rasgou a garganta do homem e esmagou sua cabeça… isso iria garantir que ele não iria voltar como um segundo os demais se referiam: um faminto, uma estranha criatura que devorava tudo o que estava em sua frente.


— É impressão minha ou os ratos desse boeiro estão engordando? — perguntou Gunnar levantando a tampa.


— Talvez de dar carne humana para eles devem ter comido todas as outras coisas que viviam nesse esgoto. — respondeu Freya.


— Vamos logo, diferente de mim vocês não contam com nenhum truque que os protejam do sol. — avisou Kayena jogando o corpo no bueiro.


Depois disso o grupo apenas se limpou e apagou qualquer possível evidência, assim não teria nada que pudesse levar alguma pessoa intrometida até lá. Agora era só aguardar até a próxima vítima ser escolhida.


— Pronto, agora é sua vez Freya. — disse a enfermeira.


— Deixa comigo que já tenho um alvo em mente, só vamos dar um tempo… — disse a albina. — Alguma notícia do seu irmão? 


— Ele estará aqui dentro de seis meses, acho que meu estoque de ervas dura até lá… quando ele chegar vamos decidir nisso próximo passo. — disse a enfermeira.


— Passeamos quase um milênio rodando as nações elentares, acho que não há porque mudar por enquanto. —  disse Freya.


— Sim, isso sem contar que aqui não atraímos a m atenção indesejada… mas é melhor aguardar Kyron chegar, talvez ele saiba de alguma coisa que não podemos ver daqui.

— disse o albino.


Porém um grupo sentiu um cheiro bastante conhecido para eles, mesmo sem saber o que poderia estar acontecendo eles foram ver o que podia ser visto. Afinal, havia grandes chances de ser uma refeição grátis.


— Esse cheiro… eu conheço ele. — comentou Kayena.


— O que? — perguntou Freya sem entender.


A enfermeira não respondeu, apenas acelerou o passo e foi correndo até a origem do cheiro de sangue. Ela se lembrou das palavras do homem que havia usado para se alimentar, se tudo o que aquele homem falou, ela tinha que correr.


Não demorou muito para a enfermeira chegar a um beco deserto onde viu o corpo de uma criança jogado perto de uma lixeira. Dessa vez eles haviam se superado, estava visível que dessa vez as coisas seriam diferentes.


Ela não pensou duas vezes em correr até o garoto, seu corpo estava cheio de perfurações e hematomas, mas o que mais chamou sua atenção foi seus olhos que haviam sido perfurados e cauterizados, estava claro que queriam que ele morresse da forma mais lenta e dolorosa possível.


— Quem fez isso? — perguntou Freya.


— E que outra espécie trata uns aos outros dessa forma? Os humanos são patéticos, fazem tudo movidos a vaidade e ambição. — disse Gunnar— Vamos, não é problema nosso.


— Eu tenho que ajudá-lo… não posso deixar ele assim— rebateu Kayena.


— Olha o estado dele? Nem um jutsu vai salvar ele agora, ele não tem chances de sobreviver. — disse o albino.


Aquilo era verdade, nenhum jutsu médico iria resolver aquele problema, depois de tantas tentativas aquele garoto finalmente iria morrer. Mas ela tinha algo melhor do que qualquer jutsu médico.


— O que está fazendo? — perguntou Freya vendo sua amiga pegar o braço do garoto.


— Dando a ele uma chance. — respondeu Kayane.


A enfermeira apenas cravou suas presas no pulso do garoto, não havia chances de sobreviver… seja aos ferimentos ou à mordida, mas se por algum milagre ele fosse sobreviver, ele teria grandes chances de se recuperar agora.


— Os anbus estão vindo, vamos embora agora— avisou Freya.


— Agora é com você garoto… Tudo vai depender dessa noite. — disse Kayena.


O grupo apenas saiu correndo em meio às sombras antes que os ônibus chegassem. Levaria tempo até o veneno cumprir seu papel e decidir se ele iria viver ou morrer, se ele sobrevivesse a aquela noite, as coisas iriam mudar completamente.



Notas Finais


Até a próxima


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