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História Renegades - Nosh - The Hunting Night


Escrita por: Effie_Chase

Capítulo 5 - The Hunting Night


Fanfic / Fanfiction Renegades - Nosh - The Hunting Night

Noah


- Nem pensar! - disse Sina brava comigo enquanto se arrumava para a Caçada


- Porque?? Gente, eu só quero ir com vocês! - falo fazendo birra igual a uma criança na minha cama


- Noah, a Sina está certa. Não é seguro você ir com a gente na caçada. - disse Sofya prendendo seu cabelo num coque


- Quem vê pensa que vocês duas são mercenárias profissionais em caçar Bestantes né? - falo cruzando o braço debochando delas


- Não somos profissionais, mas já abatemos vários deles. E Hina nos disse que você ainda não está preparado. 


- Mas Sina!!! 


- Sem mais Noah. Não quero ver você enrolado num lençol e depois ter que te enterrar! - ela já estava meio brava


Fecho a cara e deito na cama meio bravo. Sofya se aproxima de mim e senta ao meu lado


- Hey Nô, quem sabe logo Você esteja lá fora com a gente. E outro, a Shivanni disse para você ir no quarto dela, ela não curti muito esse negócio de caçada e não quer ficar sozinha.


Eu me reviro na cama, olho para ela meio bravo. Eu podia jurar que minha cara deve estar igual de uma criança depois de implorar por um brinquedo e não ter conseguido. Sofya sorri para mim, e eu não pude deixar de fazer o mesmo.


- Tá legal. Se cuidem lá fora - falo me levantando da cama


- Você está falando com a dupla de loiras mais mortíferas que já viu Urrea! - Disse Sofya dando um soquinho no meu ombro. Desde quando ela ficou marginal desse jeito?


- Nós estaremos de volta antes das uma da manhã. - disse Sina meio séria comigo. Ela não gostava de ter que gritar comigo 


- Promete que vai se cuidar? - falo meio sentimental


- Prometo - ela me abraça, então Sofya também se junta - você não conseguir se livrar tão fácil assim de mim querido.


Damos risada. Saímos do quarto, e vou ao encontro de Hina e Diarra para me despedir delas também. Depois disso, as quatro vão para fora da escola e eu vou no quarto da Shivanni. Ela dormia junto com Hina e Diarra, então podia se sentir meio sozinha, igual a mim.


- Hey Shiv! Licença que a diversão da sua noite chegou e...


- Shhhhh! Silêncio Noah!- diz ela sentada com as pernas cruzadas em cima da sua cama. Estava com os olhos fechados e as com as palmas das mãos coladas uma na outra em frente ao seu corpo. Estava meditando


- Desculpas, não tá mais aqui quem falou. - falo indo me sentar na cama da Diarra. Vejo que elas tinham uns pacotes de batatas fritas guardado, e eu que não sou bobo nem nada abro e como um pouco.


Enquanto comia eu pensava que essa caçada era simplesmente um suicídio. Óbvio que tinham mortos no grupo, eles estavam procurando o perigo. Josh era meio idiota em fazer isso. De novo sou pego pensando no Josh. Droga cérebro! Eu claramente não tinha superado. Mas eu me iludia com o jeito que ele disse para mim que estava aceitando me ajudar se eu precisasse de algo, e meio envergonhado por ele ter me visto chorando no banheiro naquela hora,  porém ele deve ajudar todos aqui, é o dever dele como líder. Não sou exclusivo dele nem nada. 


Meus pensamentos são cortados quando vejo Shivanni me fuzilando com os olhos.


- Que foi? - pergunto


- Dá para fazer menos barulho enquanto come? Tá me desconcentrando - disse fechando os olhos novamente e relaxando suas feições


- Careta! - resmungo, porém ela ouve e mostra o dedo do meio para mim. Nem um pouco zen da parte dela 


- Shivanni! - ouço alguém dizer entrando no quarto. Era Any


- Mais que merda! Qual é a dificuldade de entender que para meditar preciso de silêncio! - a indiana surta, o que me faz dar risada porque era difícil irritar a mesma


- Ui a bruxinha está brava? - disse Any zoando a menina. Shiv lança um olhar mortal em Any - relaxa, o Krys me mandou te entregar esses brincos que você emprestou para ele.


- E por que ele mesmo não veio trazer aqui? - pergunto debochado, enquanto Shiv levanta de sua cama para pegar os brincos e guardar em uma caixinha


- Porque ele e Heyoon caíram num sono. Estão cansados da patrulha que fizeram hoje a tarde para pegar suprimentos. - responde a morena cruzando os braços


- Tanto faz - falo com desprezo e deito na cama de Diarra. Fecho os olhos e tento dormir também.


Se passaram alguém segundos até que Any diz


- Posso ficar aqui? - estava no mesmo lugar, porém agora com os braços soltos


- Você não foi embora ainda? - pergunto meio irritado com a mesma - não, vaza


- Tô perguntando para a dona do quarto, seu idiota- diz ela irritada também comigo


- Desde que os dois não atrapalhem minha meditação com suas briguinhas - diz ela em sua cama com os olhos fechados e posição de meditação com yoga


Fuzilo Any com um olhar, e a mesma me encara cerrando seus olhos. Ela se senta na cama da Hina 


- Por que você não está com seus amigos? - falo meio baixo para ela, mas ainda com um tom severo


- Joalin foi com Bailey na Caçada, e como eu disse, Heyoon e Krys estão dormindo. - responde como se fosse a resposta mais óbvia do universo.


- E veio encher a nossa paciência? - pergunto 


- Se está achando ruim eu posso sair daqui - ela diz aumentado seu tom bem irritada


- Ótimo, será incrível para nós. - falo debochando dela


- Qual é seu problema garoto? - ela se levanta


- Meu problema? Você sempre implicou comigo e minhas amigas e agora quer pagar de amiga de todos. - falo já bem bravo


- Parem! - Shivanni gritou, não olhava nem para mim e nem para Any, olhava entre nós dois meio assustada, parecia olhar para o nada


- Foi esse merdinha que começou a bater boca comigo - disse Any já muito irritada lançando toda a culpa sobre mim


- Não! Não é isso. - diz a indiana se levantando da cama - Noah, pega um ramo de alecrim na minha gaveta 


Não questiono. Ela estava meio assustada e histérica, então apenas pego um raminho de alecrim e entrego para a mesma. Ela coloca a planta dentro de uma tigela de barro que tinha debaixo da sua cama, onde havia outras ervas diferentes, secas e queimadas, lá dentro. Olho para a Any, e a mesma estava tão confusa que nem eu.


Eu já imaginava que isso era um costume de Shiv. Ela era uma "bruxa". Quer dizer, não uma bruxa com poderes que nem nos filmes, mas era tipo uma crença ou religião. Porém Shivanni não era Wicca nem nada. Ela nos disse que sua vó, com quem ela foi criada desde pequena, acreditava numa ligação do homem com a natureza, e Shivanni acredita no mesmo. Muito da suas crenças são orientais, já que os antepassados dela era da Índia. Esse seu lado espiritual era um dos motivos de Bailey e seus amigos tirassem sarro dela junto comigo, mas a mesma não ligava, dizia que realmente aquilo era algo estranho e sabia que iria sofrer críticas desde o início. Tão sensata ela.


- Por que tudo isso? - pergunta Any se aproximando, ainda meio confusa e diria que bem assustada 


- Alecrim afasta energia ruim - responde Shiv segurando sua tigela com força e com os olhos fechados. Parecia orar ou meditar 


- Energia ruim? - pergunto


- Sim. - ela se vira - sinto que algo de ruim vai acontecer lá fora.


A única coisa que veio na minha cabeça foram as minhas amigas. Saio correndo do quarto e vou para o meu. Procuro minhas adagas que havia deixado do lado da cama, coloco um tênis e um moletom por cima, entrava meio frio lá fora. Em um minuto já estava saindo de meu quarto, mas ouço Shivanni me chamar


- Aonde você vai? - pergunta, e percebo que Any estava do seu lado. As duas caminhavam pelo corredor vindo em minha direção


- Salvar as meninas.


- Noah, elas não precisam ser salvas, são fortes, dão conta do recado!


- Você acha que essa visão é real mesmo? - disse Any


- Não foram visões. São pressentimentos - protesto - Shivanni já sentiu várias delas e sempre estava certa. Lembra de quando quebrei o braço?


Shivanni assenti, ainda assustada, e Any fica mais assustada ainda. Não que eu acredite muito nisso, mas realmente Shiv já teve vários pressentimentos, e alguns deles realmente estavam certos.


- Mas Noah você pode se machucar - Shiv disse se aproximando de mim


- Noah, não vai adiantar nada sair despreparado.- Any disse meio preocupada


- Cala a boca Any! Nem sei porque você está aqui preocupada comigo!


Ela me fuzila e diz


- Porque eu já perdi minha amiga nesse caos. - ela se referia a Sabina - não quero que suas amigas passem pelo mesmo


Eu paro um pouco e penso.


- Mas se eu não for, eu que posso perder elas. Eu não quero perder mais ninguém importante na minha vida.


- Então faça o que você quiser! - ela se vira e cruza os braços


Shivanni olha para mim meio preocupada. Ela respira fundo e me abraça, e diz em meus ouvidos


- Só promete que vai se cuidar? De verdade?


- Pronto, Lil Shiv. - respondo com um sorriso em meu rosto


Nós separamos do abraço, olho para Any, e ela vira o rosto para mim disfarçadamente. Lanço um olhar para ela e ela parecia estar meio preocupada. Depois disso respiro fundo e corro em direção aos portões.


Que Deus me ajude lá fora.


(Flashback) 24/08/2019 - Sábado

Noah


Era uma tarde de sábado, e lá estava eu no mercado, onde trabalho, fazendo meu turno. Para ser bem sincero, era um lugar de sossego, quer dizer, passou a primeira semana de aula, que foi simplesmente horrível e cansativa, não sabia se ia aguentar mais aquilo por muito tempo. Ter um bando de marmanjos e uma patricinha vagabunda no seu pé e no da suas amigas todos os dias é uma tortura. Mas aqui no mercado era mais sossegado, por mais que eu perdia meu sábado, eu precisava sacrificar um pouco da minha adolescência para o bem da minha família. E quando o movimento era pequeno, que nem hoje, eu gosto de ficar colocando meus pensamentos em ordem, era relaxante.


Retiro o que eu disse.


- Oi Noah.


E lá estava ele, bem em minha frente, com seu topete loiro perfeito, sua roupa com um moletom do time de futebol da escola, verde, com listras brancas nas mangas e seu número, o 14, bordado no peito e atrás. Ele se aproximou do meu caixa, e uma raiva subiu em mim. Sério que nem aqui tinha sossego.


- O que está fazendo aqui? - perguntou falando baixo porém com meu tom mais bravo e calmo possível - não é o suficiente me irritar na escola?


Ele olha para os lados e suspira.


- Eu não vim aqui te irritar. - diz Josh calmamente


- Ótimo. Então deixa eu trabalhar e vai embora! - digo um pouco menos calmo e mais surtado


Ele então coloca sobre o caixa um fardo de cerveja. Olho para o fardo e para ele logo em seguida. Inacreditável. 


Passo o leitor sobre o produto e digo:


- Deu 11 dólares. CPF na nota? - seco, eu disse aquilo o mais seco possível


- Noah, me escuta, eu só queria vir aqui pedir desculpas. Eu sei que foi péssimo o jeito que tratei vocês e suas amigas essa semana, foi péssimo...


- Estamos com uma nova promoção. Se quiser se inscrever... - falo ignorando tudo o que ele dizia, não me importa os seus pedidos de desculpas, sabia que era mentira


- Noah! É sério! - ele muda seu tom


Respiro fundo, reviro os olhos e falo:


- Olha Josh, sinceramente eu não tô nem aí a sua consciência tá pesada ou não. Mas uma hora essas suas atitudes vão ter consequências, e não vai ser em vocês, mas na gente. Você sabe muito bem do que estou me referindo. Cicatrizes não saram para sempre - falo olhando no fundo dos seus olhos azuis como safiras, que transbordavam remorso - para ser bem sincero, eu posso até aguentar essa birra suas, mas não sei dizer em relação as minhas amigas. 


- Eu sinto muito - ele abaixa a cabeça


- Eu realmente espero. - falo ríspido - eu só peço que esqueçam elas. Bailey tem problema comigo, e não com nenhuma das minhas amigas, não é justo pagarem por isso.


- Noah, eu não posso controlar ele. - ele fala em protesto


Eu reviro meus olhos junto com minha cara, soltando um riso de incredulidade. 


- Mas vejo que ele tem total controle sobre você - solto para cima dele


Ele parecia ter sido atingido em cheio. Ótimo. Não era a primeira vez que consegui acertar seu ponto fraco, me lembro do que eu disse para ele quando Bailey quase me atropelou. Francamente, nem parecia que eu realmente tive um leve crush nesse imbecil. E para ser sincero, acho que nunca deixei de ter realmente.


Droga.


Ele pega seu fardo e sai da minha frente. Meus olhos o acompanha até a saída, que para minha surpresa, se vira para mim, lançando aquele olhar de cachorro que foi expulso da casa por fazer cocô no tapete.


Eu devolvo com meu olhar frio. Sem emoções.


(Dias atuais)

Noah


Acabei de sair da escola, e confesso que o arrependimento bateu quando eu me vi sozinho. Seguro as adagas com força, e dobro minha atenção em volta de mim. Realmente eu não estava preparado para aquilo.


Ando uns três quarteirões da escola, e não tinha nenhum sinal de Bestantes. Ando mais um pouco, queira chamar por elas, mas não era uma boa ideia. Meu corpo Inteiro tremia de mede e de frio, principalmente medo, sentia que me faltava ar de tanto bater os dentes. Dobro a esquina. E de novo. Não ouço nada, nem ninguém e nem nenhum Bestante. O silêncio era o que mais me dava medo. Passo por uma loja com a vitrine quebrada. 


Alguém quebrou aquilo, e fora recentemente algo me dizia, tinha sangue na ponta dos vidros, e estava úmido ainda. Me viro em direção á rua, olho para os lados. Qualquer que seja a coisa que atacou, não está longe.


Meu coração para quando sinto uma mão sobre minha boca, e a outra me puxando para dentro do loja. A pressão caiu.


- Shhhhh - dizia a pessoa em meus ouvidos


- Noah, o que faz aqui? - Ouço uma voz feminina dizer do outro lado da loja, era Diarra


Quando me dou conta, Sina havia me puxado para dentro. Estava tudo escuro. Aos poucos vi Sofya e Hina também.


- Você quase me matou de susto menina! - falo depois que Sina libera minha boca


- O que está fazendo aqui fora? Ja disse que é perigoso - diz ela me examinando


- Shiv teve mal pressentimento. Resolvi vim... Ajudar vocês. - falo então percebendo a merda que eu fiz


- Noah, você não consegue nem mexer suas adagas e veio nos ajudar? - disse Hina surpresa - foi coisa mais idiota, burra e...


- Mais corajosa do mundo! - disse Sofya


Confesso que sorri quando ela disse aquilo. Elas também sorriem.


- Desde quando você acredita nos pressentimentos da Shiv? - perguntou Diarra


- Não sei. Mas não pude arriscar. - falo - o que fazem aqui dentro? Por que tem sangue no vidro?


- Tinha um grupo de cinco Bestantes nós seguindo. Quebrei o vidro com a mão e entramos - disse Hina


- Ui poderosa - disse Sina zoando a japonesa - porém estamos no lado do bairro que não tem outro grupo patrulhando, estamos sozinhos.


Um calafrio subiu pelo meu corpo.


- Temos que sair daqui - falo


Elas concordam. Cada uma pega suas coisas e arrumam suas armas. Saímos da loja e fomos em direção a escola. Tínhamos que fazer silêncio no caminho inteiro. Éramos em cinco, cada um ficava atento a cada lado, com as armas em posição. Um calafrio sobe pelo meu corpo, e meus pelos se eriçam. A quantidade de arrepios que venho sentindo esses dias estão fora de controle. 


Um barulho. Veio da nossa direita. Nós cincos nós viramos para a direção do som, veio de um beco. Odiava esses becos, sempre tinham algo neles. 


Todos nós estávamos encarando o breu do beco esperando que algo saísse dele, porém eu tremia de medo. Ninguém tinha coragem de continuar até que algo saltasse de lá.


- Gente... - diz Sofya atrás de nós


Nós nos viramos para ela, que se mostrava assustada olhando para o beco oposto da gente, do lado esquerdo. Quando me dei conta, ela olhava para uma criatura que rosnava para a gente. Meu coração para, mas algo me dizia que se eu gritar, ele vai atacar. O Bestante nós encarava rosnando, estava em posição de ataque, igual a um felino.


- Ninguém... Se mexe... Ou fala nada - disse Hina pausadamente com uma perceptível dose de medo em seu tom


Engulo um seco. Mas meu coração realmente sai pela boca quando levo um susto. A coisa da um salto e nossa direção, mais especificamente na minha. Fecho os olhos e espero meu final, não tinha forças para levantar minhas adagas. Sou surpreendido com um som de tiro. Se passaram alguns segundos e ainda estava vivo.


O Bestante se encontrava morto no chão, bem aos meus pés, com uma poça de sangue negro ao seu redor. Viro me para o lado e vejo Sina com sua arma ainda apontada para o bicho.


- Obrigado - falo recuperando o ar 


- Vamos, esse tiro vai atrair mais deles.- disse Diarra


- Eu acho que já atraiu. - diz Sina assustada olhando para o outro lado da rua


Havia vários Bestantes, uns 10. Porém surgiram mais por cima dos telhados e pelos becos. Tinha bem mais Bestantes do que aquele dia que fomos perseguidos. Todos estavam encarando a gente como se fôssemos o banquete daquela noite. E realmente éramos. 


- Devemos correr? - pergunto


- Sim. - diz Hina


Eu já vi esse episódio uma vez, só espero que tenha o mesmo final.



(Flashback) 24/08/2019 - Sábado

Josh


Assim que havia saído do mercado, fui no carro com Bailey. Fomos para o lago, onde ele estacionou seu carro para podermos tomar as cervejas que eu havia comprado. Sento em cima do capô do seu carro e encaro as famílias brincando com os patos naquele fim de tarde de sábado.


- E a Any, como está? - ele pergunta - você nunca fala dela


- Daquele jeito - falo sem tirar os olhos do lago - e a Joalin?


Ele sorri


- Daquele jeito também. Sempre ao meu lado.


Fica um silêncio, mas eu não acho ruim, pois eu e Bailey sempre viemos aqui para tomar um pouco de álcool. Respiro fundo e pergunto


- Bailey... 


- Oi?- ele se vira para mim


- Por que você tem essa birra com o Noah? Pelo o que eu sei ele está passando pelo mesmo que você, ele não teve culpa nisso.- falo me referindo ao motivo que Bailey sempre dava quando pegava no pé do Noah


- Que foi? Ta defendendo ele agora?- ele parecia meio surpreso e bravo


- Não, é que eu não acho certo isso. Você sabe muito bem que o bullying pode ter certo peso na vida da pessoa, e eu não quero ser um motivo para isso - falo sincero


Ele me analisa procurando a razão de eu ter dito aquilo, olha em meus olhos e parecia ter encontrado


- Você andou conversando com o Urrea no mercado não é? - ele pergunta, mas pela minha cara achou a resposta - o que ele te disse que mexeu tanto com o senhor sentimental?


Eu olho para ele meio bravo


- Que porra Bailey! Ele só está de saco cheio. Disse que não se importa de continuar sendo alvo seu, mas disse para deixar as amigas dele em paz. - falo irritado


- E o que você me diz? - ele disse sádico


- Digo que eu estou fora, não faço mais parte disso. - falo já bem mais bravo


- Okay. Eu vou parar - ele fala


Olho para ele, dou um olhar de aprovação.


- Porém - continuou - só vou parar se você der o troco final no Urrea. Se não, nada feito.


Respiro fundo. Merda.


- E que troco seria esse? 


(Dias atuais)

Noah


Estávamos á várias quadras de distância da escola, e corríamos entre elas pela nossa vida. Sofya e Sina conseguiam atirar e acertas alguns deles, mas não quero virar para trás, a última vez que fiz isso eu quase caí. Porém dessa vez quem caiu não fui eu, foi Sofya. Para e vou levantar ela


- Minha arma! - diz ela se referindo a sua arma que caiu alguns metros atrás de nós, e logo após vejo o bando de Bestantes vindo em nossa direção 


- Esquece a arma Sofya! Vamos - digo, porém um Bestante chega bem perto de nós


Algum instinto ou reflexo que surge dentro de mim faz com que eu finalmente levante minhas adagas e faça algo. Corto sua cabeça fora, com um corte preciso e uma manobra incrível. Fico paralisado e surpreso por um momento


- Aí - Sofya solta um gemido de dor, e vejo que a mesma havia um machucado em seu braço. A criatura que eu matei conseguiu arranhá-la 


- Fiquem atrás da gente - Disse Diarra chegando junto com Sina e Hina. Sina atirava nos Bestantes mais próximos, e Hina s Diarra, que usavam Katana e espada, conseguiam acertar os que conseguiam se aproximar.


Eu e Sofya estávamos logo atrás dela. Dou uma olhada no machucado da mesma, estava bem profundo, bem mais que o meu quando o Bestante me atacou no hospital. 


- Está doendo muito? 


- Não - ela diz com dificuldade, mas sinto que mentia.


Olho para frente, haviam vários corpos mortos, porém havia bem mais vivos. Os Bestantes recuaram um pouco ao sentirem que revidamos, porém rugiam de fome e cólera bem mais do que antes.


- Não vamos dar conta de todos - diz Hina


- Minhas balas acabaram - Diz Sina guardando sua arma em suas costas


Diarra e Hina dobram sua atenção com suas espadas aos Bestantes. Mando Sina vir cuidar de Sofya, e pego minhas adagas e me junto as duas.


- Não da para correr! - diz Diarra - não com Sofya daquele jeito


Meus ouvidos ficam tapados, e se instala um zumbido neles. Tudo fica em câmera lenta. Respiração pesada, fogo nas veias. E mais arrepios. Droga já tive essa sensação antes, foi na noite da fogueira.


Estávamos sem saída. Não podíamos correr, e se lutarmos, claramente íamos perder. Dou um passo a frente, depois outro. Largo minhas adagas no chão, e ao caírem, fazem um som ensurdecedor de metal se chocando com o outro. Esse barulho claramente incomodou os Bestantes, que vieram correndo em minha direção. 


- Noah! - ouço elas gritarem, mas parecia que eu estava submerso em uma piscina, não ouvia direito, apenas ecos 


Olho para os Bestantes correndo em nossa, minha, direção. Tudo em câmera lenta. Fecho os olhos e sinto tudo. Os arrepios, o fogo que corria, a adrenalina. Eu não os via, mas sentia aqueles monstros se aproximando, conseguia dizer a quantos centímetros exatos estavam de mim. 


Cinquenta centímetro.


Ouço as meninas gritarem pelo meu nome, mas ignoro.


Quarenta centímetros.


Estavam desesperadas. Gritavam e choravam de medo.  


Trinta centímetros.


O fogo dentro de mim ardia, eu emanava calor e adrenalina pura.


Vinte centímetros.


Sentia o cheiro de terra e lodo dessas criaturas perto de mim. Seus rugidos e grunhidos eram ensurdecedor.


Dez centímetros.


Estavam prontos para me atacarem.


Agora.


Abro os olhos, via a manada colada em mim, raiva era o que eu sentia. Eu gritei.


Gritei o mais alto que consegui, sentia que todo o fogo e a adrenalina saíram pela minha boca. E uma onda sônica se quebrou na minha frente, e se propagou em direção aos Bestantes, jogando eles o mais distante possível de mim e das minhas amigas.


Eu empurro minhas mãos para frente, e aquela onda se espalha pela a avenida inteira, estourando todos os postes de luz que havia lá, quebrando todos os vidros das lojas, varrendo tudo que havia na minha frente.


Faíscas de energia dançavam pela rua devido aos postes que estouraram, e os Bestantes estavam mortos caídos no chão, e de suas bocas escorria o sangue negro.


Me senti vazio, não corria mais sangue e nem adrenalina em mim. Me senti ter corrido uma maratona, minhas energias evaporaram do meu corpo, olho para a minha esquerda onde havia uma vitrine ainda sem quebrar. Me assusto com o reflexo que vejo.


Estava eu em pé, porém algo brilhava em mim. Meus olhos estavam num tom azul mesclado com dourado, e minhas tatuagens brilhavam num dourado incandescente, da qual eu pude ver através da camisa que usava. Porém o brilho foi esvaecendo aos poucos, até sumir por completo.


- Noah? - ouço Hina dizer meio assustada, e não parecia ser com Bestantes, mas sim comigo


Já não me sentia mais submerso, ouvia tudo normalmente, e nada mais estava em câmera lenta. Me viro para elas, estavam tão chocadas quanto eu.


- O que foi isso? - perguntou Sina agachado ao lado de Sofya


- Eu... E-eu não sei. - falo assustado


- As suas tatuagens... - disse Hina, mas não conseguiu terminar a frase, então Diarra completa 


- Brilharam.


Me virou para os Bestantes mortos e para a rua destruída


- Fui eu que fiz isso? - falo, mas claramente fui eu


- Gente, temos que chegar o mais rápido possível.- diz Sina - o machucado da Sofya está piorando, e não quero me deparar com mais Bestantes.


Concordamos. Pego minhas adagas no chão e fomos o mais rápido possível para o Forte.


Que merda acabou de acontecer aqui.


(Flashback) 26/08/2019- Segunda feira

Noah


Era o último intervalo antes da aula final, e pelo incrível que pareça, Bailey não apareceu hoje para me irritar nem nada. Perfeito.


Resolvo ir ao banheiro, entro numa gabine, só que para minha surpresa, antes de eu fechar a porta, Josh entra rapidamente. Eu estaria gostando daquela situação se não fosse pelo fato dele ser um saco tanto quanto Bailey.


- Existe uma coisa chamada espaço pessoal e privacidade. - falo ironicamente


Ele me olha no fundo dos meus olhos. Droga, eu me perco. Respiração acelerada e batimentos loucos. Parecia estar com dó ou pena de mim.


- Sabe porque Bailey pega no seu pé? - diz


- Porque ele é um babaca e não aceita que o pai dele é mais babaca ainda por ter traído a esposa, e joga a culpa em mim? - respondo em tom de pergunta


Ele respira fundo e diz


- Não. Ele pega no seu pé porque você é um perdedor. Um merdinha.


- Espera aí, o que? - falo meio incrédulo no que ouvi


- Um merdinha, igual a família sua. - continua dizendo, não parecia vir dele - por que acha que seu pai largou vocês? Porque nem ele aguentava mais viver lá. O filho viadinho, a mulher alcoólatra e perdida, igual a filha, que tem um filho para sustentar...


- Qual é o seu problema? - falo com as lágrimas se juntando nós meus olhos, não queria deixá-las caírem, mas ele falava da minha família como um saco de merda - sai daqui!


- O que foi? Dói ouvir as verdades? - ele diz num tom sádico


Saco, já estava chorando. O que deu nesse garoto, eu resolvi sair do banheiro antes que eu desmoronasse e ele visse. Chego no corredor e vou ao encontro das meninas, estava tremendo de raiva e segurando o máximo possível as lágrima. Sinto uma mão em meu braço me segurando. Me viro e vejo Josh


- Me solta seu idiota! - falo bravo empurrando ele para longe de mim - você acha que é tão perfeito assim? Que sua família é um exemplo? Eu conheço seu tipo, o garoto perfeito com a namorada perfeita, que tem a reprovação do papai. Quer sempre mostrar para ele que está errado, mas que não importa o que faça, nunca receberá orgulho. - falo no mesmo tom sádico, com algumas lágrimas já caindo


Ele parecia desestabilizado, e me arrependo na hora de ter dito aquilo, mas sou acertado com um soco do mesmo na cara. Foi em cheio.


Sinto gosto de sangue se formando na boca, e minha cara doía muito. Não curtia brigar, e não ia. Mas quando vejo, Josh havia avançado em mim, me derrubando no chão, e enchendo minha cara de socos. Não revidei, seria pior, porém deveria. Só que um pessoal tira ele de cima de mim, o afastando.


Ele estava vermelho de raiva, e todos em volta olhavam assustados. O gosto de sangue na boca aumentou, sinto minha cara inteira doer, e acima de tudo eu sentia raiva. 


- Noah! Você está bem? - ouço Sofya chegando preocupada ao meu lado


Vejo que Sina e Diarra chegaram logo em seguida para me levantarem. Encaro Josh, ele parecia estar mais calmo, e não encontrei seu olhar mortal, agora parecia estar se remoendo. Que bom. Porém do seu lado vejo Bailey, que sorria mediante a situação. Claro, só podia ser, foi Bailey que mandou Josh dizer tudo aquilo para mim.


- Isso aí Josh, a cadelinha fez tudo o que o dono pediu né? - falo para ele


- Esquece isso Noah! - diz Sina


- Vem, vamos para a enfermaria - diz Shivanni


Antes de me virar, vejo Bailey ainda sorrindo para mim, devia estar amando a situação. Josh agora parecia ser outra pessoa de que me espancou.


Realmente não sei porque Josh dez aquilo, mas agora eu sabia que o odiava tanto quanto Bailey.




Notas Finais


Hey gals! Capítulo de hoje foi bem grandinho pois fiquei essa semana sem postar (eu falei para algumas pessoas nos comentários que foi devido as provas que tive essa semana de, sim amigos, Quarentenah não é férias ksksksks) enfim, acho que não vou conseguir postar nesse fim de semana também, porém vou tentar me adiantar o máximo possível ok?

Gente, esse lado negro do Noah? Ele foi bem afrontoso nesse Capítulo. E esses poderes?

Enfim gals, Quero agradecer novamente pelo apoio que venho recebendo de vocês, sério, vocês são incríveis, amo cada um infinitamente 💙

PS: PROMETO QUE OS PRÓXIMOS CAP NÃO SERÃO TÃO GRANDES ASSIM GENTE, DESCULPAS DE VERDADE 😐


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